Confusions escrita por tiiayaah


Capítulo 2
Capítulo 2 - Humanoid City


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Dyennifer por estar aqui comigo, nessa minha volta.



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Humanoid era uma cidade localizada no sul da Alemanha, em sua volta havia pequenos bosques e rios, sua arquitetura era mista, parte ainda mantinha a ideia de era medieval, e com o passar do tempo, surgiram prédios modernistas, era referencia em tecnologia, cidadania, e sustentabilidade, mas apesar de tudo isso, era um lugar calmo, com clima de cidade do interior em seus bairros afastados do grande centro, as casas eram geminadas, milimetricamente dimensionadas, com seus jardins verdes e suas cercas brancas, o sino da igreja tocava e era sinal de que mais um dia havia nascido.

As crianças iam bem uniformizadas para o colégio, os pais iam para seus devidos empregos, e as mães ainda cuidavam de suas casas, iam aos chás da tarde, ao clube da leitura e era possível ouvir tímidas risadas nas conversas, bem como no interior, e era isso o que mais encantava como uma cidade tão urbana tecnologicamente poderia manter essa convivência tranquila.

Havia uma casa a venda, era antiga e a única mal cuidada, a cerca não tinha mais a cor branca, de certo a casa estava vazia há anos, era no alto do morro, quase um mirante de toda a cidade, as crianças se divertiam dizendo ser mal assombrada, muitos iam com pose de valentes, mas no final, todos corriam de volta para o braço da mãe. Mas num dia de sábado, bem ensolarado, podiam reparar que havia um caminhão baú, de mudança, estavam retirando moveis e adentrando na casa, os pais conversavam enquanto observava os objetos serem colocados dentro da casa, um rapaz saiu do carro, devia ter os seus vinte anos, seus braços tinham tatuagens, seu cabelo negro e escorrido, ajeitou os óculos escuros suspirando e observou toda a cidade.

- Gostou meu filho? – A mãe aproximou do rapaz e sorriu.

- Nem um pouco, me fez sair de Los Angeles para essa cidade de merda. – O rapaz disse acendendo seu cigarro, e soltou lentamente a fumaça.

- Aqui tem as mesmas coisas de Los Angeles, alias aqui é ponto de referencia em tecnologia, algo que você tanto gosta.

- Quero voltar.

- Não, você sabe muito bem que não podemos voltar para lá, aqui não vão nos achar, e você pode recomeçar.

- Mas não tenho amigos aqui.

- E você chama aqueles seres que você andava de amigos? De três, dois querem te matar, acorde Zacarias, esse é o seu novo lar.

A mãe se afastou, entrando em casa com o marido, enquanto Zacky encostava-se ao carro e observava com mais calma toda a visão que tinha daquele lugar, a fumaça do cigarro saia pelo nariz, e seus olhos passeavam pela rua extensa a sua frente, as mulheres o observavam com certa duvida de quem ele seria, ele sorriu do lado, e então a sua frente passou um rapaz de cabelos medianos, andando no skate, sem nem olhar para os lados, Zacky passou a língua pelos lábios carnudos, enquanto reparava o corpo passar a sua frente, não deixando de anotar mentalmente que ele não era o único tatuado na região, existia aquele ser skatista que afinal nem o viu, mas tinha uma beleza que Zacky gostava, deviam ter a mesma idade, e o mesmo tinha problema com idade. Jogou o cigarro fora e entrou em casa, subindo diretamente para o seu novo quarto.

Era um tanto quanto obscuro e ele gostava disso, a cama estava localizada bem no meio do quarto, ele poderia dar uma volta completa na cama, não gostava de ter a cama encostada em algum lugar, gostava de ter acesso a todos os cantos, sentou na cama, e pegou sua guitarra, seus olhos automaticamente se fecharam e os dedos criaram vida própria, passando por aquelas cordas de fibra, o som penetrava em seu ouvido, e tomava conta do seu corpo, que arrepiava a cada nota que o mesmo acertava, se sentia leve com a musica.

Suspirou quando terminou a musica, deixando o instrumento na cama, e deitou ao seu lado, seus olhos passearam por todo o teto, o piercing que se encontrava no lábio inferior foi sugado lentamente, enquanto a mão deslizava por cima da roupa, passando pelos mamilos, barriga e parando sobre o botão da calça. A imagem daquela pessoa pedindo para parar, chorando veio rapidamente para sua mente, o corpo era tão pequeno e frágil, seu pênis era esmagado tamanho o desesperado daquele ser abaixo de seu enorme corpo, Zacky lembrava cada momento daquele ultimo assedio em sua cidade, enquanto sua mão masturbava com violência seu pênis já inchado, arqueava o corpo a cada grito que lembrava cada tapa daquela pequena mão que recebia, só o deixava mais excitado, e ele gozou com o ultimo grito que recordava daquele ser.

Era tão doentio, havia passado por vários tratamentos e nenhum conseguiu bons resultados, a dor o excitava, e ninguém nunca iria entender aquilo, um dia ouviu de um dos seus médicos dizer que a única cura seria ele se apaixonar por alguém e então essa “tara” passaria, mas Zacky tinha certeza que nunca aconteceria tal fato, riu consigo mesmo, enquanto enrolava sua maconha e acendia, era tudo que queria fazer, fumar, e ficar dentro do quarto, assim ele não corria perigo e as crianças poderiam continua brincando lá fora, na rua, rindo e tranquilas.


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Notas finais do capítulo

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