O Amor Em Preto E Branco escrita por Lilly C


Capítulo 18
Overdose


Notas iniciais do capítulo

Eu sei... demorei muuuuuuuito para postar. O motivo é que comecei a achar minha história ruim e ia parar de escrevê-la, mas decidi continuar, em respeito a você leitor. Os próximos capítulos, talvez, demorem a vir, estou meio sem tempo e criatividade.
Espero que me perdoem!



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Demorou, mas aconteceu.

Era sexta-feira, meu dia tinha seguida à risca a rotina. Andava pelas ruas silenciosas até o beco, a noite estava fria e os ventos constantes provocavam calafrios. Tudo estava normal no beco, a quantidade de cigarros tinha aumentado, agora eram oito por noite. Comprei oito cigarros e fui para a viela em que costumava fumar, os cigarros foram sendo consumidos, um após o outro. Mas essa noite, minha necessidade parecia insaciável, oito não me bastaram, voltei ao beco e comprei mais três.  

Já estava no último cigarro quando comecei a sentir uma dor de cabeça fortíssima, minhas pálpebras se contraíram, minha visão ficou embaçada, senti tudo girar por um segundo, cai deitada sobre o chão gelado e tudo escureceu.

Abri os olhos. Não conseguia recordar o que havia acontecido com clareza, mas me lembrava vagamente de ter ouvido uma sirene e uma ou duas pessoas chorando. Estava em um quarto completamente branco, pensei que estivesse em um sanatório, talvez em um hospital.

Ouvi alguém se aproximando, a porta se abriu e minha mãe entrou no quarto e foi correndo em minha direção.

-Minha filha, o que aconteceu com você? Como pode ter chegado a esse ponto? -lágrimas caíam freneticamente de seus olhos.

-O que está acontecendo? Onde eu estou? Do que você está falando? -eu não estava entendendo absolutamente nada.

-Esse lugar aqui é uma clínica de reabilitação. -de repente a sua voz adquiriu um tom de raiva- E você sabe por que está aqui?

Agora sim, tudo fazia sentido. Abaixei a cabeça, era impossível encarar minha mãe naquele momento, ficamos um bom tempo em silêncio.

-Como vim parar aqui? -perguntei.

-Você foi encontrada desacordada em uma viela, tinham vários maços de cigarro pelo chão, inclusive havia um na sua mão. -os olhos dela ficaram vermelhos novamente, mais lágrimas.

Ficamos em silêncio novamente. Alguns minutos depois, minha mãe saiu do quarto, lágrimas incontroláveis transbordando de seus olhos, me deixando na solidão ofuscante do quarto branco. Por que eu tinha que ter feito aquilo? O que eu estava pensando quando comecei? Acho que a questão é que eu não estava pensando. 

Já estava enlouquecendo, acho que haviam se passado duas horas desde a saída de minha mãe. Não aguentava mais olhar para as paredes brancas que me cercavam, precisava sair dali, precisava de um cigarro... precisava escapar daquele lugar e das pessoas que logo apareceriam para injetar qualquer porcaria em mim e encher meus ouvidos de hipocrisias. Tentei levantar da cama, em vão, alguma coisa me mantinha presa ao colchão. Consegui me soltar com dificuldade, procurei por minhas roupas, não estavam no quarto. Olhei pela janela, estava no segundo andar do prédio, mas não era alto, analisei o caminho que teria que fazer até o portão dos fundos da clínica. Arquitetei minha fuga, seria fácil, ainda mais porque não havia ninguém do lado de fora do edifício. Pulei a janela sem fazer muito barulho, olhei ao redor para garantir que não havia ninguém, fui correndo até o portão. Parei em frente ao portão, que por um acaso estava aberto. Não poderia ser tão fácil assim...


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