Elesis Em Wonderland?! escrita por Blood Roses


Capítulo 3
A lebre de março e o chapeleiro!


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoas? Gostaram da nova capa da fic? Se sim foi a miki que fez *--*
Enfim, aqui esta no novo capitulo!
Boa leitura!



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Elesis

Apos correr do Lupus e por pouco conseguir despista-lo eu andei pela trilha por um bom tempo, mais meus pés já estavam doendo, mais não poderia parar agora, fui andando por aquele caminho, tinha muitas arvores e plantas rasteiras de todas as cores, era realmente lindo, andei ao que me pareceu uma hora, mais o sol me dizia que não havia se passado tanto tempo, eu segui a trilha até que ela simplesmente acabou! Bati o pé no chão de frustração, a trilha tinha acabado e eu teria que voltar o caminho todo, senti meu sangue ferver mais resolvi contar até dez, mais calma olhei para os o lados e vi uma pequena placa, estava bem escondida pelo mato que crescia em volta, afastei o matagal com a mão, a placa era simples, feita de madeira, tinha a forma de uma seta aonde dava para ler “lebre de março e o chapeleiro” a placa indicava para o meio do mato, como não tinha nenhum outro caminho, e se só tem tu, vai tu mesmo.

Entrei no meio da floresta, andei pelo que me pareceu dez minutos, até que vi um pequeno arco feito com galhos de arvores, a luz do sol estava um pouco forte o que irritou meu olhos, ao sair da “escuridão” vi uma pequena casa, era de madeira, bem rustica, a observei por algum tempo até que ouvi vozes um pouco longe, eram risadas, bem altas por sinal. Dei a volta na casa e vi um pequeno túnel de flores, andei até ele e o atravessei, logo vi uma grande mesa, para no mínimo 30 pessoas, e na ponta, tinha a pessoa que eu menos gosto, o fóssil humano, Sieghart.

Ele usava um terninho preto, com uma gravata grande com bolinhas que naquele momento estavam brancas, e uma cartola realmente grande, ele estava sentado na ponta da mesa, e ao me ver, sua gravata ganhou uma tonalidade estranhamente amarelada, assim como seu olhos, ele sorriu e se pôs de pé em um salto, ele subiu, isso mesmo, subiu na mesa e foi andando na minha direção (eu falei que a mesa era retangular?) ele foi pisando enquanto os jogos de chás faziam barulho, mais milagrosamente ele não pisou em nenhum pratinho se quer. Ele atravessou a mesa em segundos e desceu na minha frente com uma animação assustadora, e disse.

- Alice, sua danadinha –ele falou “danadinha” balançando a mão, igual quando as nossas mãe fazem o “na-na-ni-na-não” – Se atrasando para o chá!

Ele agarrou a minha mão e me forçou a subir na mesa, me levando até a ponta, passamos por diversos jogos de chá e uma centena de bolinhos e especiarias diferentes, senti agua na boca, então percebi que sentia fome. Paramos na ponta, ele desceu com agilidade, me pegou pela cintura e me desceu ao chão.

- Sente-se – disse ele me indicando uma cadeira ao seu lado, era um banco estofado, passei a mão pelo vestido e me sentei, ele pegou uma xicara com o desenho de uma rosa vermelha, e despejou um chá incrivelmente vermelho dentro. – um cubo de açúcar ou dois?

Ele me perguntou sorridente, fiz sinal para um cubo, ele o colocou na xicara, olhei em volta e para o meu espanto era o Ryan que estava sentado do outro lado, ele me olhava com uma expressão psicótica, parecia um estuprador, senti um calafrio, desviei o olhar dele e me foquei na xicara, aproximei dos meu lábios e senti o cheiro intoxicante do meu sabor favorito, era de morango, tomei um gole, o chá estava realmente quente, mais não liguei, eu até gostava de coisas quentes.

Ouvi uma risada e voltei meu olhos para o Ryan, olhando mais de perto, ele tinha estranha orelhas de coelho marrons, usava um paletó marrom com um gravata borboleta verde, assim como os seus olhos, mais o que mais me deu medo foi o fato de ele estar encarando a xicara com um olhar psicótico.

- xicara....- sussurrou ele com os olhos vidrados na xicara, e pela primeira vez na vida senti medo do Ryan.

-Ah Alice querida! Não ligue para a lebre de março - disse ele sorridente - Quer biscoitos? – disse ele me oferecendo biscoitos de chocolate com gostas de morando.

Sieghart parecia estranhamente animado e um pouco psicótico também, ele bateu palmas quando eu aceitei os biscoitos, dei uma mordidinha quando ele começou a falar.

- Alice querida, você é tão diferente do que pensei – disse ele sorrindo maliciosamente...pera...maliciosamente?! – mais é melhor assim!

Ele parecia alegre, como se tudo fosse um mar de rosas ,porem de repente sua expressão de tornou seria, e estranhamente perigosa, antes seus olhos assim como sua gravata estavam com um brilho amarelado, agora estavam de uma cor opaca.

- Eles já estão chegando....- disse ele – não temos tempo.

Então senti uma presença, Sieghart se levantou e começou a andar.

- Sieghart, aonde esta indo? Quem esta chegando? – não pude deixar de notar o desespero em minha voz.

-Sieghart? Quem é esse, pequena Alice? – ele me olhou com olhos confusos – Eu sou o Chapeleiro! – disse ele, tirando sua cartola e fazendo uma reverencia – E quanto a segunda pergunta, é o exercito da Cabeçuda que esta aqui, você tem que ir.

- Cabeçuda? Quem é ela? –perguntei um pouco incerta.

- Oras Alice, a cabeçuda é a Rainha vermelha, porem explicações ficarão para depois, você precisa fugir – disse Sieghart, ele pegou um pequeno relógio, entregou-o na minha mão – corra para a floresta e não olhe para trás, quando achar que esta segura, abra o relógio.

Ouvimos um farfalhar de folhas, Sieghart parecia aterrorizado.

- Rápido Alice! –disse ele.

Comecei a correr, olhei para traz e vi Ryan com o mesmo olhar psicótico, porem dessa vez para a colher. Corri na direção que o Sieghart apontou, era realmente uma floresta, comecei a correr com vontade, logo um caminho apareceu a minha frente, continuei correndo até que meus pulmões me traíram por falta de ar, derrotada resolvi sentar encostada em uma arvore, tirei o relógio do bolço e o abri, uma imagem se projetou a minha frente, era o chapeleiro, sentado na ponta de mesa, porem em volta dela agora havia um exercito de cartas, sim, cartas, dessas de baralho, porem eram completamente vermelhas, com o símbolo de copas em preto e seguravam lanças igualmente vermelhas, havia no mínimo 20 delas, até que ouvi uma voz familiar, congelei.

-Ora, ora, ora... parecia estar acontecendo uma festa do chá...- disse Lupus andando, Sieghart o acompanha com os olhos – estranhei não ouvir as risadas psicóticas de vocês.

Sieghart estava com uma expressão seria, Lupus se aproximou da xicara que eu estava bebendo, pegou a na mão e inalou o aroma de morando, após isso deu um gole, e sorriu maliciosamente, Sieghart empalideceu.

-Sabe chapeleiro, espero que não a tenha enviado para a floresta – disse ele com um sorriso sádico no rosto – pois se o fez, será um desperdício, Chaster não a ajudara se ela não pagar o preço.

- Você não sabe de nada valete de espada – disse Sieghart em um tom provocativo – Afinal, sem o valete de copas você é um inútil mesmo.

Os olhos de Lupus  perderam um pouco do brilho,tornando-se cruéis, mais ele sorriu com prazer.

- Conseguimos a informação, avise o valete de copas, ele saberá o que fazer, além do mais, ele esta ansioso para se divertir com a Alice – ele usou um tom extremamente malicioso quando disse que o valete de copas queria se divertir comigo, estremeci.

Se é que era possível, o Sieghart se tornou tão pálido como papel, Lupus deu a ordem de retirada, todas as cartas entraram na floresta da onde vieram, sumindo de vista.

- Eles tem razão, eu não vou ajuda-la se não pagar o preço.

Meu coração parou, de onde diabos veio aquela voz? Me coloquei de pé em um único movimento e comecei a olhar em volta procurando a origem da voz.

-Aqui..- olhei para cima, para a copa da arvore que eu estava encostada, a criatura estava oculta pelas sombras das arvores, mais suas orbes de um tom de azul incrivelmente claro eram bem visíveis.

- quem é você? – perguntei, olhando para a “criatura”

- Eu sou Chaster – disse ele, sorrindo – é um prazer finalmente conhece-la Alice.

Senti meu coração bater rápido, eu conhecia aquela voz, grave e melodiosa, mais o que fez meu coração disparar não foi saber quem era a criatura, e sim, o medo de descobrir o preço para ele me ajudar, e algo me dizia que não era em dinheiro. A noite estava começando a cair, e eu  ficando sem tempo...


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Notas finais do capítulo

E ai, mereço reviews? Recomendações?
Aguarde o proximo que sera...
Chaster o "Gato" da floresta!