Capitulo 4: “E A Vida Continua”

Levantei-me da cama quando começou a amanhecer. Beijei a testa de Renesmee e fui ao meu closet. Troquei-me e desci para a cozinha.

Preparei o café de minha filha e fiquei observando a paisagem pela janela entreaberta da cozinha.

– Mãe? Mãe! – ouvi Renesmee gritar no andar de cima. Ela desceu as escadas correndo e encontrou-me enquanto eu corria até ela.

Ela olhou-me totalmente assustada e correu contra mim, seu peso chocou-se contra mim e suas madeixas ruivas tamparam-me a visão.

– Calma filha! – andei com ela abraçada a mim até o sofá – Estou aqui! Está tudo bem!

– Não, mãe. Não esta tudo bem! O meu pesadelo foi tão real... – ela desatou a chorar.

– Conte-me Anjinho. Eu o faço desaparecer, como quando você era criança.

– Os Cullen... Eles chegavam um a um e me chamavam de monstro, de aberração... – Ela fechou os olhos e chacoalhou a cabeça.

– Anjinho, não fique assim! Eu nunca vou deixá-los lhe machucarem, física ou emocionalmente. Eu juro.

– Mas é o que eu sou, mãe. Sou uma aberração, nem humana e nem vampira. Não sou nada por completo!

– Não fale assim Renesmee! – chamei-lhe a atenção – Você não é nada disso! Você é especial, e única. Totalmente única! E, além disso, você é a minha vida. Ouviu?

– Você diz isso porque é minha mãe! – ela segurou o riso.

– Não, nem de longe. Eu digo isso porque é verdade. Se quiser, eu ligo pra Lindsay agora e peço para que ela confirme...

– Não precisa. Obrigada mãe.

– Por nada, agora vá trocar-se, hoje nosso dia será longo...

UMA SEMANA DEPOIS

Terminei meu banho e coloquei uma roupa para caçar. Fiz um rabo de cavalo e desci até a cozinha, a procura de minha filha.

– Renesmee! – minha voz subiu algumas oitavas - Nevou aqui dentro?

– Desculpe! – ela tentava controlar a batedeira – Eu fui fazer um bolo e... – ela tirou a batedeira do pote sem desligar e voou massa por toda a cozinha. (N/A: experiência própria, realmente voa massa para todos os lados!).

– Renesmee! – abaixei-me para não ser atingida por massa.

– Desculpa! – ela riu

– Ah, deixa para lá. – revirei os olhos – vai tomar um banho e aí eu te levo á uma padaria.

– Okey. Obrigada mãe. – ela veio para me abraçar.

Segurei seus braços.

– Primeiro o banho.

– Tá. – ela subiu e eu só ouvia as gotinhas de massa caindo pela casa.

Balancei a cabeça e fui arrumar essa bagunça.

*UMA HORA DEPOIS*

Terminei de limpar toda a cozinha e os lugares por onde Renesmee passou e fui com minha filha para o carro.

Senti-me observada ao arrancar com o carro. Dei de ombros e continuei andando.

– Nessie, eu tenho uma ideia melhor do que bolo, e já faz tempo que não caçamos... – olhei o relógio do carro – Além de que nenhum comércio está aberto a esse horário.

– É, acho que caçar é melhor do que bolo.

Dirigi até uma área de mata e estacionei. Saímos do carro e eu senti meu instinto me alertar de alguém observando-nos. Dei uma espiadela para ver se realmente estávamos sendo observadas e não encontrei nada.

Após caçarmos voltamos, e passamos por um rastro fresco. Um rastro que não é nosso.

Fiquei em posição de ataque sendo imitada imediatamente por Renesmee.

– Quem está ai? – uma vampira saiu de trás de algumas árvores a uns 50 metros e nos encarou por um longo minuto.