Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 44
Reencontros.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que vocês querem me matar por causa da demora, mas por favor, deem um desconto, esse era um capítulo importante e eu não conseguia deixá-lo do jeito que queria. Mas aqui está ele! Espero realmente que gostem e que comentem!
Dedico esse capítulo a todos os meus leitores e todos aqueles que recomendam e comentam a fic! (Não esqueçam de dar uma passada em Why ya wanna, okay?)
Boa leitura!



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Pov: Annabeth.

O que é realidade? No uso comum, costumamos chamar de real tudo aquilo que "existe", procurando um sentido mais livre, podemos considerar real tudo aqui que é compreendido, perceptível ou acessível por qualquer sistema de análise. Porém, existem certas coisas em que não conseguimos definir se são ou não reais. Dizem que tudo o que é real existe fora ou dentro da mente. Portanto a nossas ilusões e imaginações podem são consideradas reais, pois encontram-se dentro da mente, mesmo sendo ou não ilusórias. A ilusão é verdadeira e real dentro dela mesma. É impossível definir corretamente o que é ou deixa de ser real. O imaginário acaba sendo "idealizado" por nós mesmo, na maioria das vezes isso acontece quando o mundo "real" (aquela parte da realidade que é igual para todos) não é das mais agradáveis. Quando o imaginário passa a ser uma ideia fixa em nossas mentes, sendo ele existente ou não no mundo externo, passa a ser considerado real. Não é preciso passar muito tempo pensando no assunto para determinar o grau de dificuldade deste debate, porém sempre prefiro pensar (talvez por ser filha de Atena) que um dia poderei catalogar melhor o que é ou deixa de ser real. A verdade é que a realidade não passe de uma questão de escolha. Aceitamos como "real" aquilo que escolhemos, aquilo que nós parece correto dentro de determinado contexto ou mesmo coisas ou atos que gostaríamos que acontecessem. O que é real para mim pode não ser real para os demais.

Se o que eu tive com Percy foi ou não real, não posso afirmar corretamente em sentido literal. Mas prefiro... ou melhor... eu escolho acreditar que foi real, mesmo que por um segundo... foi real, sei disso. Mesmo que tenha sido real só para mim, estava lá, estava vivo em algum momento. Posso muito bem estar confundido minhas ilusões românticas com algo completamente desconexo, mas não me importa. Escolhemos acreditar no que nos faz bem e mesmo sabendo que vai doer bastante quando eu o ver e raciocinar (dessa vez corretamente) que tudo acabou. Ouvi dizer uma vez que o fato de sentirmos falta de alguma coisa é porque em algum momento foi bom, só sentimos falta do que nos faz bem, mesmo que o término seja algo traumático. Não devemos julgar como ruim porque acabou, pois em algum momento (por mais repentino que seja) foi especial o bastante para tomar conta de seus pensamentos durante a noite...

-Você não está pronta para vê-lo, não é mesmo? -perguntou Thalia. Todas as caçadoras estavam sentadas na praia, próximas ao mar, com as ondas quebrando em seus pés. Eu não gostava de estar tão perto do mar quanto elas, inevitavelmente ele me lembrava de Percy.

-Nem consigo disfarçar. -comentei abaixando a cabeça. -Mas e você? Está pronta para ver Nico? 

-Não. -ela respondeu pensativa. -Não quero nem pensar no que pode acontecer. Ele pode não ficar muito feliz em me ver depois de minha partida.

-Por que será? -falei olhando em seus olhos. -Você teve medo de encarar seus sentimentos e agora pode não ter a chance de mostrá-los para ele.

-Não me venha com lições de moral. Quantas vezes você já não disse "adeus" para o Percy? -ela disse na defensiva.

-Pois é, eu cometi meus erros, porém agora vejo que eles poderiam ter me salvado de tantas decepções... -eu disse me encostando em uma árvore. -O que Percy foi imperdoável. Ele me feriu de todas as formas possíveis e tantas vezes que eu já não sei se tenho conserto. -falei sentindo meu coração apertar.

-O que ele lhe fez? Você já confia em mim o suficiente para contar? -Thalia perguntou cruzando os braços.

-Quer mesmo ouvir? -perguntei fazendo cara feia.

-Acho que depois de ouvir seus sermões, nada mais justo que eu saiba sua história para poder dar-lhe o meu. -ela disse tentando sorrir.

-Então sente-se. A história é longa.

Acabei contando tudo o que havia acontecido com Percy e eu depois de nossa noite amor. Contar com detalhes para Thalia o que eu estava passando acabou me deixando um pouco mais leve, como se tudo aquilo que eu carregava sozinha estivesse me puxando para baixo e me deixado cada vez mais fraca. Thalia não fez nenhum comentário enquanto eu comentava, apenas mostrou seu melhor olhar de "sinto muito" e também não conseguiu esconder a surpresa no olhar quando finalmente terminei de falar.

-Annie... eu não fazia ideia... -ela disse depois de recuperar o fôlego.

-Tudo bem. -eu disse. -Eu deveria ter contado antes. Guardar isso só para mim estava tirando minhas forças.

-Não acredito que Percy tenha feito isso. -ela disse. 

-Nem eu acreditei... às vezes nos enganamos com as pessoas. -eu disse.

-Não, eu realmente não acredito que ele tenha feito isso. -ela disse se levantando rapidamente e me encarando com um olhar estranho.

-Acha que eu estou mentindo? -perguntei encarando-a com raiva.

-Não... acho que ele está mentindo!

-Desculpe, mas não estou entendendo onde você quer chegar com isso. -falei cruzando os braços, Thalia parecia estar confabulando sozinha diversas teorias.

-Você não estranhou, nem por um segundo, a história que ele lhe contou?

-É claro que sim! Achei mesmo que ele me amava.

-Pois então... não acho que ele seria capaz de fazer isso com você, ele a ama. Eu tenho certeza. Ele pode ter mentido. -ela disse gesticulando com as mãos em pleno ar.

-Não faço ideia de onde você esteja querendo chegar. -eu disse.

-Ora, pense um pouco... Se ele quisesse mesmo só brincar com você, por que se ariscaria tanto para salvá-la? Por que faria de tudo para ter você? Por que estaria disposto a morrer por você?

-Eu não sei! Talvez ele tenha se apegado eu desafio de me ter. -eu disse, mesmo sabendo que aquela era uma péssima resposta.

-É claro que não! Por que ele ficaria tão triste ao ver você com Nico e ao ter de deixar você no porto? -Thalia perguntou mais uma vez.

-Do que está falando?

-Você está inteiramente equivocada. Ele a ama, mais do que tudo.

-Então o que o faria me deixar? O que o faria mentir daquele jeito? -perguntei.

-Eu não sei. Mas você pode experimentar perguntar a ele assim que o reencontrar. -ela disse como se fosse óbvio.

-Eu nem sei se ele está mesmo naquele barco. -eu disse depois de dar um longo suspiro.

-De qualquer jeito você vai encontrá-lo, mas cedo ou mais tarde. E uma hora vai cair em si e descobrir que estou certa. -ela disse passando a mão em seus cabelos pretos e espetados. -Ou já sabe disso e não quer admitir.

-Você não pode vir com essas lindas teorias de que as coisas vão melhorar e me dar esperanças, Thalia. Não é justo. -eu disse virando de costas.

-E você? Está sendo justa com você mesma? -ela perguntou me fazendo virar para ela.

-Como assim? -perguntei já cansada de raciocinar.

-Acha mesmo justo não dar esperança a si mesma? -ela disse me olhando nos olhos. O pior era saber que não podia discordar.

-Eu já me dei tantas esperanças e já me frustei tantas vezes... -comentei sentindo que meus olhos se enchiam de lágrimas.

-Nunca é tarde para um final feliz -ela disse tentando sorrir.

-O que você comeu hoje de manhã, Thalia? -perguntei. -Está tão... filha de Afrodite! -eu falei rindo.

-Não seja besta. -ela disse me dando um leve tapa no braço. -Eu apenas...

-Apenas ficou inspirado ao saber que Nico está vindo. -eu disse sorrindo para provocá-la. -Você me deu grandes conselhos hoje, mas é mesmo capaz de segui-los com Nico? -a filha de Zeus ficou vermelha.

-Eu... -ela não conseguiu terminar a frase, deixando-a morrer no ar.

-Você sabe que essa pode ser sua última chance. -eu disse. -Tente fazer com que as coisas aconteçam dessa vez. -eu disse. -Não me leve a mal, mas está mais do que na hora de falar com ele e dizer o que sente.

-Muito bem, filha de Atena. Acho que ganhou essa rodada. -ela disse fazendo cara de brava.

-Costuma acontecer com frequência. -comentei dando os ombros.

-O que faremos com nossos corações? -ela perguntou suspirando.

-Acho que podemos arrancá-los e viver apenas com o cérebro.

-É uma opção, acho que podemos voltar a cogitá-la mais tarde.

Thalia deixou-me sozinha, queria discutir mais algumas coisas com Zoe. Não queria estar ali sozinha, mesmo que tenha me acostumado com isso. Olhei rapidamente para o horizonte, nem havia me tocado que o navio de Percy já estava na linha de minha visão, vindo o mais rápido que podia, quebrando as ondas no meio em favor do vento. Estava paralisada com a cena, senti meu coração acelerar de todas as formas, minha respiração começou a se tornar fraca como se o ar passasse de uma hora para a outra a se tornar rarefeito. A visão seguinte que meu cérebro pode computar foi a de Percy, Nico e Rachel (que agora parecia bem mais à vontade ao lado de Percy) vindo caminhando sobre as ondas, enquanto alguns membros da tripulação que pude ver, mesmo de longe, tentava ancorar o navio. As caçadoras se levantaram rapidamente. Zoe colocou-se a frente delas, Thalia escapou por trás e logo estava parada ao meu lado. Seu rosto estava pálido e ela também parecia estar com dificuldades para respirar.

-Eles não sabem que estamos aqui. -ela comentou assim que os trio colocava seus pés na areia. Estávamos protegidas pela sombra de uma grande palmeira, de onde estavam eles não poderiam nos ver, mas eu sabia que aquele esconderijo logo teria de ser abandonado.

-Tem certeza? 

-Sim. Quando Zoe pediu ajuda à Bianca, ela ainda não sabia se estaríamos dispostas a ir com elas. Eles vão acham que só vieram ajuda as caçadoras. -ela comentou enquanto espiávamos a conversa deles de trás de árvore.

-Isso é ruim? -eu perguntei.

-Eu não sei, mas estou tentando pensar que eles vão apenas ficar surpresos com nosso aparecimento repentino. -ela disse enquanto se esticava para ver o que estava acontecendo por cima de meus cabelos.

-Estamos parecendo as jovens moças da minha corte quando as famílias estão escolhendo seus futuros noivos e negociando os casamentos. -comentei.

-Eca! -Thalia disse depois que ouviu meu péssimo exemplo. -Como isso pode ser permitido? -ela perguntou -Casamento e negociação não podem estar no mesmo parâmetro.

-As coisas são assim quando você nasce com "sangue real" -eu praticamente cuspi as palavras.

-Você fez a mesma coisa quando te prometeram para Luke? -ela perguntou.

-Não, eu tinha apenas sete anos quando fui prometida... era ingênua demais até para saber do que se tratava tudo aquilo. -comentei.

-Deve ter sido complicado.  -ela disse olhando para mim por um segundo.

-Mas do que você possa imaginar... -falei, logo sentindo que aquele assunto iria morrer por ali mesmo.

-Bem... logo teremos de sair daqui. Não podemos nos esconder para sempre. -Thalia comentou.

-Saímos no três? -propus.

-Tudo bem. -ela disse respirando fundo. Podia ver que ela estava nervosa, mexia no cabelo a cada cinco segundos..

-Um... dois... três. -quando terminei a contagem, nenhum de nós duas se mexeu. Rimos da situação por um segundo encarando a covardia uma da outra. Peguei Thalia pelo braço e formos andando com uma falsa calma até eles.

Faltavam poucos passos para que chegássemos até o grupo, nenhum deles tinha reparado em nossa chegada. Percy, Nico e Rachel estavam de costas para nos, mas assim que estávamos bem atrás deles, Zoe deu um sorriso e passou a nos encarar. Paramos apenas alguns passos longe do trio, antes que eu e Thalia pudéssemos pensar em alguma coisa para fazer, Zoe disse olhando em nossa direção:

-Aí estão nossas mais novas irmãs. -ela disse apontando para nós. Percy e Nico viraram na mesma hora, porém em minha visão foi como se tudo acontecesse em câmera lenta.

-Annabeth!- Percy exclamou ao me ver.

-Thalia! -disse Nico quase se engasgando com o nome da morena.

-Vejo que você conhece o capitão dos piratas, Annabeth. -comentou Zoe arqueando um sobrancelha. -Interessante.

-É... já nos conhecemos a um tempo. -falei.

Meus olhos estavam praticamente colados aos de Percy, não conseguia desviar meus olhos dos dele, minha respiração morreu em algum lugar e estava com a estranha sensação de que meu coração não estava bombeando o sangue para o resto de meu corpo. Percy estava tão surpreso quanto Nico ao nos ver, este, por sua vez, não tirava os olhos de Thalia (que continuava com sua expressão forte, ela era bem melhor em disfarçar do que eu). Não podia negar que queria abraçar Percy e sentir seus braços me rodeando com força, mas ainda estava magoada com ele o suficiente para querer bater em seu belo rosto. Consegui desviar o olhar e encarei Thalia por um momento. Ela me olhou de volta e formou "lembre-se do que eu disse" com os lábios para mim antes de dar um passo à frente e cumprimentar Percy.

-Não achei que nos veríamos tão cedo, Annabeth. -disse Nico se aproximando de mim.

-É, nem eu. -falei tentando parecer calma, mas isso era quase impossível vendo Percy tão próximo de mim. -Deve ser o destino. -comentei.

-Só pode. -ele comentou rindo, nós nos abraçamos por um segundo e ele sussurrou em meu ouvido: -Não sei se acredito no destino, mas... alguma coisa realmente poderosa juntou você e Percy mais uma vez. Pense nisso, ele mal estava vivo enquanto você estava longe.

-Obrigada, Nico. -eu disse quando desfizemos o abraço.

-Estou apenas ajudando meus amigos. -ele piscou para mim e andou na direção de Thalia.

-Oi. -Percy disse em um tom baixo quando se aproximou de mim.

-Oi. -respondi sem demonstrar emoção.

-Temos que conversar. -ele disse enquanto limpava o suor da testa, ele devia estar tão nervoso quanto eu.

-Temos? -perguntei. -Você jura que tem mais alguma coisa para me dizer? -perguntei com raiva, ainda não tinha esquecido as palavras que ele havia dito no dia em que fui embora.

-Annabeth... -ele disse, pude ver a tristeza em seus olhos. Lembrei de tudo o que Thalia havia dito. Será mesmo que ele ainda sentia algo por mim? Será que havia mentido? Não podia negar que queria mesmo acreditar que ela estava certa, que ele ainda me amava que as coisas não passavam de uma faceta do destino ou um grande mal entendido. Meu coração doeu um pouco por saber que mesmo estando ali, frente a frente, estávamos a quilômetros de distância um do outro. Eu queria poder abraçá-lo, beijá-lo como se nada tivesse acontecido, mas não podia... não sem antes ter uma boa explicação para tudo. -Eu...

Não consegui ouvir o que ele tinha a dizer, ainda doía muito... porém mais uma vez meu coração falou mais alto que a razão. Meu corpo praticamente se mexeu sozinho, antes mesmo que eu pudesse entender o que estava fazendo. Quando dei por mim já estava com meus braços rodeando o corpo de Percy, quando ele fazia o mesmo comigo. Estávamos presos em um abraço forte e protetor, eu podia sentir e ouvir seu coração batendo forte, enquanto minha cabeça pousava em seu peito. Uma das mãos de Percy passou a alisar meus cabelos. Meus olhos estavam fechados, deixando que apenas o sentimento me guiasse.

-Desculpe por isso... eu precisava abraçar você...-falei em seu peito, respirando fundo para sentir aquele cheiro de maresia tomar conta das minhas narinas. -Senti sua falta. -eu sussurrei pouco antes de soltá-lo.

-Eu também senti a sua... -ele respondeu.

Afastei-me dele e fui para o lado de Zoe, ela me encarava com um olhar mortal, assim como as outras caçadoras. Notei que algumas delas estavam com inveja de mim por poder abraçar um um homem daquela forma. A vida delas devia ser muito solitária. Olhei ao redor procurando Thalia e Nico, encontrei-os apenas alguns passos de nós, Thalia estava mais vermelha que um tomate e Nico parecia que ia ter uma ataque cardíaco.

Sorri ao ver a cena, esperava que eles estivessem se entendendo.

Pov: Nico.

Eu não sabia como agir. Não sabia o que pensar e muito menos o que deveria falar para ela. Thalia estava bem na minha frente, parecia um pouco mais estranha que o normal, mas não menos bonita que de costume. No sol, seus olhos azuis elétricos pareciam brilhar mais. Senti minhas mãos ficarem suadas e não paravam de tremer, eu parecia um dos idiotas da alta sociedade antes de convidar uma donzela para dançar. 

Se bem que eu estava bem longe de ser o tipo de cara que frequenta esse tipo de evento, assim como Thalia estava bem longe de ser o tipo de garota que se convida para dançar, porém nada disso me importava, a única coisa que realmente parecia fazer sentido naquele momento era o fato de estarmos perto um do outro novamente. Era estranho com ela depois de sua "fuga", vamos dizer assim. Era como se anos tivesse passado enquanto ela e Annabeth estava nessa ilha, mal podia imaginar que não passara de um dia e algumas horas. O simples fato de imaginar minha vida sem ele... já é assustador, o que me leva imediatamente a pensar que não tenho mais forças para me manter longe de minha prima... melhor amiga e meu primeiro amor. Thalia e eu não temos nada haver, somos completamente opostos e mesmo assim nossa convivência sempre foi uma das melhores e, com o passar do anos, acabei me vendo dependente da morena, como se a pequena parte de minha que faz sentido dependesse de eu estar na presença da filha de Zeus. Sim... eu a amava... só não sabia coo lidar direito com isso.

-Então... -eu comecei a dizer, mas logo deixei que a frase morresse no ar.

-Parece que nos encontramos de novo. -ela disse.

-É, acho que não devíamos ter nos separado. -falei corando fortemente, desejando que ela achasse que isso fosse efeito do sol.

-Pode ser... -ela disse insegura.

-Acho que isso pode ser um sinal. -eu comentei e ela estranhou.

-Um sinal? De que?

-De que devemos ficar juntos. -soltei sem perceber, quando dei conta do que tinha dito, senti vontade de me matar, não que estivesse muito longe disso, afinal, encontraria meu pai no mundo inferior. -Quer dizer... para podemos viver... e ficar... bem... -comecei a dizer nervoso demais para pronunciar as palavras sem gaguejar.

-Quem sabe esteja certo. -ela comentou batendo em meu ombro. -Mas acho que podemos falar disso mais tarde, Zoe deve estar querendo nos matar agora. Precisamos embarcar logo... e ver no que é que dá.

Assim, Thalia e eu andamos em direção ao resto do grupo, nossos ombros estavam juntos e eu, estranhamente, gostava mais disso do que gostava de admitir Annabeth e Percy pareciam deslocados e perdidos, quando seus olhos se encontravam eles rapidamente pigarreavam e desviavam o olhar. Eu não sabia como seria daqui para frente... mas sabia que aconteça o que acontecer... ficaremos juntos, como uma equipe, como um grupo... e como uma família.


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Notas finais do capítulo

Gente, deixem reviews!
Recomendem (com o coração)
Escrevam o que estão achando!
Beijos
até mais *-*