Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 4
Toques, mágoas e lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse cap, desculpe não ter postado ontém, mas o site do nyah não estava queredo abrir do meu PC, lamento. (desculpa o horário temb´me, gosto de postar lá pelas 18:30)
Boa leitura.



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Pov: Annabeth.

Fui arrastada para a parte interna do navio, posso dizer que aquele sem dúvida era o navio pirata mais bonito que já fora construído. Por fora a madeira era brilhante, num tom claro, sabia que vira de uma árvore nobre. Dentro dele, tudo fora contruído em mármore brando com detalhes em azul e prata, o teto parecia ter sido feito para parecer o mar, era pintado de um azul sintilante, haviam alguns peixes engraçados pintados também, ainda estava com medo do que podia acontecer comigo, mas mesmo assim ainda estava encantada com a decoração. A cabine do capitão era a última dos três corredores dos quais passamos, podia ver de longe que era a melhor cabine do navio, na porta tinha um grande símbolo de Poseidon, o tridente. Fui empurrada para dentro da cabinhe com força, pelo jeito tinha mesmo inrritado o capitão pirata, e fora sem querer. Não entendi de fato o que acontecera na nossa "conversa", mas de alguma forma o fiz lembrar do que acontecera com ele na infância, que pelo que eu podia deduzir, fora um fase que ele preferiria esquecer. E ainda havia alguma coisa sobre sua mãe, o que raios haviam feito com ela? Vasculhei minha mente procurando uma explicação, não esperava, de fato, encontrar as respostas, mas foi então quando me lembrei de algo que ouvi quando pequena, logo quando fui prometida para Luke. Era uma notícia que ouvi por engano enquanto estava tentando chegar na cozinha do castelo para pegar alguns cookies a mais. Meu pai falava com uma fonte que ficava em um canto do grande salão, eu não podia ver com quem ele estava falando, mas ouvia a voz de uma mulher em resposta.

Flashback on:

-Você tem que escondê-la. -disse meu pai.

-Não posso, você sabe muito bem que ela não pode ficar comigo, são as regras. -a voz de mulher respondeu.

-Você sabe o que aconteceu coma família daquele menino meio-sangue. Eles queimaram a mãe dele viva, em sua frente. Dizem que o garoto figiu, mas logo será pego. E... não sei o que farão com ele, mas sei que será terrível.

-Por isso você tem que protegê-la. Ela é poderosa, tem um cheiro forte, mas você pode deixar sua origem em segredo, é só ser cuidadoso.

-Mesmo assim há um risco! -ele disse passando a mão nos cabelos.

-Sempre haverá um risco, mas ela é sábia, dê a ela algum tipo de treinamento e ela sobreviverá, pode até ter uma vida longa.

-Ela foi prometida para o príncipe Luke, todos estão de olho nela agora... -ele lamentou.

-Vai ser mais difícil, mas não impossível. Ela é um presente para o mundo, matenha-a segura.

-Farei o que puder. -meu pai disse por fim.

Flashback off:

Sabia que eles falavam de mim, mas ainda não tinha noções do que podia acontecer e o que estava estava em jogo, apenas sabia mais ou menos o que isso tudo tinha haver com Luke, naquela época com 14 anos. Anos se passaram e eu ia compreendendo aos poucos aquela conversa, finalmente eu soube o que pertubara tanto Perseu, ele devia ser o garoto do qual meu pai falara e então... sua mãe fora queimada viva. Ele tinha certa razão para ter raiva do reino, mas não para ter raiva de mim, eu não tinha culpa de ter mais sorte que ele, a única diferença entre nós dois era que eu conseguira esconder meu segredo e ter uma boa vida, enquanto ele... ele tinha se tornado um pirata. Olhei ao redor, o quarto era lindo, ainda em mármore branco em colunas gregas, tinha um enorme lustre prata, as paredes eram azuis com ondulações que lembravam ondas do mar. Tinha um cheiro delicioso de brisa do mar, havia uma cama grande no centro com cobertas azuis e travesseiros brancos, parecia bastante confortável e convidativa, me senti tentanda a me deitar e dormir um pouco, estava cansada de toda aquela "aventura". Mas preferi ficar alí em pé mesmo, não queria ofender ainda mais o Capitão Jackson. Poucos segundo se passaram até que eu ouvisse a porta sendo aberta por ele, meu coração deu uma leve disparada, como se eu parasse para respirar depois de correr treze quilômetros. Olhei para ele com o canto nos olhos, quando encontrei seus olhos verdes, minha respiração parou por um segundo e eu tive de me lembrar como se respirava. Ele me encarou por um segundo, como se cogitasse a possibilidade de me matar alí ou esperar até o dia seguinte. Passei a olhar para as pontas do meu cabelo, os cachos ainda estavam bem feitos, era duro saber que a única coisa que me restara inteira naquele dia era meu penteado.

-O que vai fazer comigo? -perguntei, já estava cansada daquele silêncio.

-Ainda estou pensando. -ele respondeu.

-Devo ter esperanças?

-É possível. -ele deu um sorriso.

-Por que eu? Você podia se vingar do jeito que quisesse, mas escolheu me sequestrar... Por quê? -perguntei inconformada.

-Não sei bem. Não planejei muito bem meu ataque, mas acho que roubar o passaporte do príncipe para a coroa era uma boa vingança. -ele disse dando os ombros. -Quero começar minha vingança por ele, a família dele destruíu minha vida! Você não faz ideia do que aconteceu, condessa! Você teve um vida perfeita, sendo mimada todos os dias, sendo bajulada por ter sido escolhida para ser a futura rainha... Aposto que você nunca fez nada que não quisesse, aposto que nunca teve de fugir de pessoas cuja a profissão é matar pessoas como você! -ele disse com raiva, aos gritos, andando em minha direção rapidamente. Eu começei a recuar para trás com medo do que ele pudesse fazer, mas o espaço acabou. Acabei parando de costas para a parede com ele na minha frente, me encarando com aqueles lindos olhos verdes, ele colocou um braço de cada lado ao meu redor, me deixando presa entre ele e a parede.

-Eu sinto muito -minha voz falhou. -Por sua mãe... -falei baixinho.

-Não fale da minha mãe! -ele gritou bem na minha cara. -fechei os olhos para repelir um pouco o medo, minhas pernas estavam um pouco bambas, quando eu os abri, vi uma pequena lágrima lutar para cair de seus olhos. A lágrima fez um caminho silencioso até cair de seu rosto. Não sei o porquê de estar tão triste por causa dele, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, meu coração estava apertado e eu sentia a desesperada (e insana) vontade de abraçá-lo. Ergui uma de minhas mãos, parei-a no ar por um segundo para tomar um pouco mais de coragem e fui em direção de seu rosto. Esperei que ele me empedisse, mas nada aconteceu. A ponta de meus dedos encostaram em seu rosto, senti minha pele formigar. Pude ver os pelos de seus braços se arrepiarem com o toque. A palma de minha mão inteira encostou em sua face, ele olhava para baixo, mas logo seus olhos procuraram os meus. Eu ainda podia ver a tristeza perante em seu olhar, mas agora ele estava um pouco assustado, talvez não esperasse que eu o tocasse.

-Eu realmente... sinto muito... -falei bem baixinho

-Ela era uma mulher tão doce... ela... só quis me proteger. -ele lamentou. Afaguei seu rosto, e não o porquê, mas aquilo me fez sentir tão bem.

-Perseu... -o chamei com a voz baixa.

-Não fala nada... -ele pediu.

Tirei minha mão de seu rosto, estava começando a cansar, antes que eu pudesse abaixá-la completamente, ele segurou-a perto do peito. Seus olhos ainda estavam dentro dos meus. Por um segundo, encarei sua boca vermelha convidativa,  até mais do que eu podia aguentar. Minha respiração ficou pesada mais uma vez, meu coração bateu mais forte, ele se aproximou mais um pouco de mim, ele ainda se apoiava com uma das mãos na parede, estávamos frente a frente e agora com os corpos e rostos bem perto, uns cinco centímetros ou menos. Formos nos aproximando devagarzinho, meus olhos foram fechando e os dele também, eu já podia sentir sua respiração quente em meu rosto, seus lábios encostaram levemente nos meus...

-Capitão Jackson! Mensagem para o senhor! -alguém gritou batendo na porta. Dei um pulo e ele também, soltei minha respiração de uma vez, em sinal e frustração. Pude ver seu olhar de ódio quando foi em direção da porta para ver quem atrapalhara aquele momento.

-De quem? -ele perguntou com raiva para quem batera na porta.

-Do príncipe Luke. -ele respondeu.

-Interessante. -Perseu disse. -Vamos ver o que ele diz. -disse saíndo do quarto e me deixando lá, completamente confusa e frustrada, vendo-o se afastar imaginando como seria o gosto de seu beijo.



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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!
Beijos!
Até logo!
Ainda sou movida por reviews, então... Já sabem o que fazer.