Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 33
Pensamentos - Sala dos tronos.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou de volta (dessa vez nem demorou muito)! Bom, meus lindos leitores, nesse cap eu quis dar uma variada, com um pov bem diferente e cheio de pensamentos.
Bom, esse cap não é um dos meus melhores (desculpem!), mas é por causa do meu estado emocinal do momento (ou seja, muito deprê). Bem, espero que gostem desse cap, ou pelo menos sejam legais comigo, valeu?
Boa leitura! Amo vocês *-*



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Pov: Afrodite.

Por onde andamos deixamos nossos rastros, em momentos, em pessoas e em memórias... Dizem que nascemos, vivemos nossas vidas e morremos depois, mas só isso seria algo muito simples, chegando até a ser uma jornada estranhamente monótona. Tenho minhas teorias que a vida é bem mais que isso,  afinal, existem coisas que nem mesmo nós podemos prever. No meio da história estamos sujeitos a viver milhares de outras experiências entre "nascer" e "morrer". Não seria justo com todos nós se apenas viver e morrer. No meio dessa história toda acabamos topando com coisas bem melhores que fazem a simples noção de "vida" se torne bem mais ampla e complexa. Os mais antigos acreditavam que nossa existência era voltada apenas para a reprodução, para simplesmente garantir a preservação e continuidade da espécie. A verdade é que os instintos biológicos dos seres humanos servem apenas para garantir que outras gerações sejam criadas com o passar dos anos. Porém, no meio destes instindo de sobrevivência e dessa "filosofia" de viver apenas para a reprodução, alguma coisa mudou. Não se sabe se esta mudança está ligada diretamente com nosso processo de evolução, ou se em algum momento das últimas décadas alguma coisa aflorou nossos instintos limitados. Quando falo em "mudança", estou referindo-me diretamente a transformação de certos hábitos do ser humano, como por exemplo, nossa eterna caminhada em busca de um "amor verdadeiro". Passamos anos de nossas vidas sonhando em encontrar um alguém que nos complete e dê sentido a vida que levamos. Posso muito bem dizer que nossos instintos básicos de sobrevivência agora tendem a se complicar ainda mais com a necessidade que criamos de nos apaixonar por alguém.

Nesse momento paramos literalmente para pensar em uma prgunta escondida no fundo de todos nós: Tudo nesse mundo tem haver com o amor? Depois de refletir um pouco sobre isso, acabamos descobrindo que sim, tudo tem haver com o amor. Basta vermos os instintos como nossa parte "racional", de certa forma, e o "amor", como nossa parte sentimental. Se acreditássemos apenas em nossos instintos, nossas vidas  seriam mesmo apenas uma longa jornada de "Nascer e morrer". O que quero dizer é que o amor nós torna diferentes dos outros animais, esqueçam todas aquelas coisas que somos obrigados a aprender, em que aprendemos que as únicas coisas que nos diferenciam das outras espécies são nossos polegares opostos e nossa mente desenvolvida. Falando sério, o que sentimos, mesmo que criado por nossos desenvolvidos cérebros, ainda assim são sentimentos. São inesplicáveis pelas ciências de hoje em dia, e eles, apenas eles, são nossas distinções dos demais. Talves a única coisa boa nos seres humanos seja mesmo o fato de podermos amar um outro alguém sem esperar muita coisa da outra pessoa. O amor é assim. Complicado, diferente, intrigante e brilhante. Não sabemos como lida direito com ele, mas também não fazemos ideia de como viver sem ele. E  certas pessoas ainda tenham coragem de dizer que o amor não é nada importante, pessoas como a Deusa da Sabedoria, Atena, que mesmo já tendo experimentado-o uma vez. A maioria dos deuses acreditam que o amor não é um poder lá muito grande, mas eles não se atrevem a mexer com esses poderes, pois sabem que mesmo não sendo um poder pelo qual posso me gabar, posso ser muito mais poderosa que todos os outros 11 Olimpianos juntos.

-Eu não concordo com o que você está fazendo, Afrodite. -disse Atena ao aparecer sem mais nem menos ao meu lado. Estávamos no Olimpo, o dia estava começando a virar tarde, um cheiro de flores vinha do jardim de Hera e meu cabelo estava mais brilhante com as luzes da sala dos tronos.

-Eu não me lembro de ter pedido sua opinião, Atena querida. -respondi sem olhar diretamente para ela. Sabia que suas roupas deviam ser horríveis e eu teria de me preparar antes de dar uma olhada naquelas roupas fora de moda.

-Olha, eu respeito o seu trabalho, nunca me mostrei sua inimiga... mas você está começando a pedir que eu interfira em seus assuntos... -Atena começou.

-Pode parar! -eu disse me virando para encará-la. Como eu já esperava, suas roupas não eram as melhores, mas pelo menos, naquele dia, estavam aceitavam. -Você está me ameçando?

-Eu não cheguei nessa parte. -ela disse fria.

-Se está aqui pelo o que está acontecendo com sua filha e o filho de Poseidon... -dessa vez foi a vez dela de não me deixar terminar.

-Você sabe o quanto isso me desagrada! -ela gritou. -Fico pensando se está fazendo isso só para me provocar! -ela disse, depois deu um suspiro profundo.

-Não seja boba, Atena. -eu disse sorrindo. -Sabemos que você pode ser muitas coisas, menos isso. -observei sua expressão irritada, ela poderia muito bem me estrangular agora. -Acha mesmo que tenho tempo para ficar fazendo joguinhos com você? Faça-me o favor. -eu disse arrumando meu cabelo.

-Annabeth tem um destino e você não tem o direito de interferir no caminho dela. -Atena disse fria com um olhar mortal.

-Eu não estou interferindo! Na verdade, estou até ajudando-a a se sair melhor. -eu disse.

-Como? Colocando o filho do pescador no caminho dela? Tem zilhões de homens nesse mundo e você escolhe justamente o único filho meio-sangue do meu maior inimigo! -ela disse levando as mãos até a cabeça.

-Bom, essa parte pode ter saído da minha mente... -dei uma risada.

-Então você está admitindo que está fazendo tudo isso para me provocar! -ela disse num pulo.

-Eu não disse isso. Olhe, eu tenho meus poderes com o amor sim, mas isso não significa que "eu" e somente "eu" possa fazer as pessoas se apaixonarem. Elas têm que ter certa pré-disposição para viver um grande amor, é algo do Destino, ele junta e eu dou uma forcinha. -disse me sentando em meu trono. -Se sua filha se apaixonou pelo filho de Poseidon é porque o Destino quis juntá-los. Sem falar que gostar de Poseidon e seus decendentes deva estar no sangue de Annabeth, sabe? Algo herdado da mãe...

-Não me venha com esse assunto novamente! -ela disse gritando.

-Admita que o amou, Atena! Que mal isso vai lhe fazer? -perguntei provocadora. -Nada poder ser pior do que guardar algo assim dentro de nós, querida.

-Isso nunca existiu! Está bem! Deve haver um motivo para que eu tenha escondido esse terrível e equivocado fato dos livros e demais histórias do mundo. Essa história boba... esse momento sem lucidéz da  minha parte deve ser apagado da memória de todos e nunca sair do Olimpo! -ela começou a falar enquanto andava em circulos pela sala.

-Atena, os piores segredos são aqueles que escondemos de nós mesmos. -falei. Atena pareceu ficar quieta por um instante, como se estivesse surpresa demais para dizer alguma coisa. -O que foi? Tenho minha sabedoria também.

-Você não pode fazer isso! Não pode brincar com as vidas das pessoas assim. -ela disse inconformada.

-Eu não estou brincando com a vida de ninguém. Só você não consegue ver que o amor é uma salvação. O amor dá paz em tempos e guerra, lucidéz em meio a loucura da vida moderna e um feicho de luz em um oceano de escuridão. -eu disse apelando para o lado emocinal de Atena, esperando que esse lado ainda estivesse vivo dentro dela.

-Você não vê o quanto o amor pode machucar alguém, Afrodite. -ela disse. Tenho certeza que vi emoção dentro daquelas palavras solitárias.

-Eu sei que você já de feriu por causa do amor, Atena. Mas não deve julgar toda a forma de sentimento... pode até mesmo me criticar pelo o que faço, mas não pode negar que o tempo em que esteve apaixonada foram os melhores e mais felizes de sua vida imortal. -falei dizendo-lhe a mais pura verdade.

 -Não seja boba... estou feliz agora. -ela disse tentando sorrir. -Os poucos sorrisos que dei durante aquele tempo não compensam as lágrimas que vieram em seguida.

 Eu sinto muito por isso... -suspirei.

-Não sinta. -ela disse fria. - Você não pode mudar o que aconteceu e nem pode apagar o que senti.

 -Atena, deixe sua mente aberta para, pelo menos, aceitar o amor um pouco. Vai ver que essa foi a melhor coisa que já aconteceu com sua filha. Ela será poderosa e vitoriosa, mas isso só acontecerá enquanto estiver ao lado de Percy.

-Eu... -ela estava sem palavras.

-Você está hesitando -eu observei. -É porque sabe que é verdade e não mais argumentos para me contestar.

-Talvez você esteja certa. -ela disse por fim. -Mas isso não faz com que eu aprove esse relacionamento.

-Não preciso de sua aprovação, só preciso que não interfira mais em meus planos. O Destino sabe o que faz. E eu também sei. -falei pronta para ir embora. -Se me permite, agora tenho que ir. O amor precisa que eu trabalhe um pouco. -falei desaparecendo rapidamente.

Pov: Atena.

-Não acredito que levei uma lição de moral da deusa do amor. -resmunguei sentando em meu trono.

-Falando sozinha de novo, Atena? -perguntou uma voz conhecida, que ainda me dava arrepios.

-É o que acontece na falta de pessoas inteligentes para conversar. -eu respondi para Poseidon.

-Ainda a rainha da hostilidade. -ele disse suspirando.

-O que mais você esperava? -perguntei com raiva. -Depois de tudo o que aconteceu?

-Por que estamos voltando ao passado? -ele perguntou. Estava certo em estar confuso, eu não gostava de falar daquela época, mas a conversa com Afrodite me deixou desorientada. -Não é do seu fetio falar sobre aquilo.

-Não é nada. Apenas estou explicando o porquê de você não esperar melhorias em minha educação quando estiver falando com você. -falei rapidamente.

-Você nunca deixará que isto seja esquecido, não é? -ele perguntou.

-Tenho vida eterna, nunca poderei deixar para trás o que você me fez.

-Não pense que me orgulho do que aconteceu. -ele disse em tom baixo. Durante anos, décadas e séculos nunca mais tocamos nesse assunto e agora sem mais nem menos estavamos conversando sobre isso. Se não fosse por Afrodite e suas palavras ridículas estaríamos apenas nos tratando com nossa ignorância natural. -Eu nunca quis magoar você, Atena. -ele disse chegando perto de meu trono. 

-É meio tarde para isso... -falei tentando não olhar em seus olhos verdes, muito verdes, mas a vontade de me perder naquele mar era mais forte do que eu.

-Por quanto tempo nos trataremos assim? -ele perguntou olhando diretamente em meus olhos, me deixando confusa ao ponto de não conseguir responder rapidamente.

-Eu... não... sei -respondi a primeira coisa que veio em minha mente.

-Eu queria que soubesse. -ele disse. -Queria poder voltar aos velhos tempos. -disse andando em minha direção, até parar bem na minha frente, muito perto do meu rosto.

-Eu...

-Atena, Poseidon! Estava procurando vocês! -disse Hermes entrando na sala. Poseidon deu um pulo para trás se afastando de mim rapidamente. Não sei dizer quem estava com o rosto mais vermelho.

-O que quer, Hermes. -falei mais fria do que pretendia.

-Temos que convocar uma reunião, tem alguma coisa muito errada no mundo mortal.

-E o que isso tem haver conosco? -perguntou Poseidon.

-É um problema com meio-sangues. Nossos filhos correm perigo. -ele disse assustado e meu coração veio até a boca.

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Pov: Percy.

Annabeth e Rache estavam lado a lado, uma cena estranha de observar depois de tudo o que acontecera, mas ao mesmo tempo reconfortante, era bom saber que duas mulheres importantes da minha vida agora estavam bem. Annabeth parecia ansiosa e mexia nos cachos perfeitos dos cabelos nervosamente. Rachel, por sua vez, não estava melhor. Parecia que acabara de ver um fantasma e este ainda estava persiguindo-a. Assustei-me realmente quando vi as duas chegando apressadamemte pedindo para falar comigo. Olhei para elas de cima abaixo esperando que elas começasse a falar rapidamente sobre o que estava acontecendo, pois eu já estava começando a ficar nervoso com a situação.

-Então, o que está acontecendo? -perguntei me encostando na parede. As duas tinham praticamente invadido minha cabine antes mesmo que eu pudesse impedir.

-Percy... -Rachel começou a falar, mas se deteve. Seu rosto estava tão vermelho quanto seu cabelo de fogo, ela parecia nervosa e envergonhada por falar comigo novamente. Ela lançou um olhar para Annabeth, como se estivesse fazendo um pedido de socorro silêncioso.

-Ah... -Annabeth pareceu entender o recado e continuou -Descobrimos uma coisa muito importante.

-E o que seria? -perguntei encarando as duas.

-Chegamos a conclusão que...Luke é um meio-sangue. -ela disse com a mesma entonação de quem dizia estar com turbeculose. Se bem que tal notícia merecia tal entonação.

-Por que vocês acham isso? -perguntei assustado, não sabia o que pensar. Luke sendo um meio-sangue nunca me pareceu algo possível, porém... explicaria tudo, ou quase tudo.

-Porque faz sentido! -disse Annabeth, sabia que , como filha de Atena, ela detestava ser contestada, muito menos explicar suas conclusões. -Luke sabe demais, ele tem informações que nenhgum mortal jamais deveria ter e que nenhum meio-sangue revelaria.

-Filho de quem? -perguntei depois de engolir um bolo que formou em minha garganta. -Por que raios queria matar todos os outro semideuses?

-Não faço ideia de quem poderia ser seu progenitor, porém... tenho uma teoria para o motivo pelo qual ele matava seus semelhantes. -ela disse de forma sombria.

-Qual? -perguntei encostando-me na parede, não tinha certeza se estava preparado para tal revelação.

-Acho que essas mortes são, na verdade, sacrifícios. -ela disse e senti seus olhos se perderem no nada.

-... Para quem ele estaria fazendo isso? -perguntei mais para mim mesmo do que para Annie.

- Eu ainda não sei... mas... temos de descobrir e rápido! -ela disse impaciente. Parecia frustrada e dessa vez eu sabia o motivo, Annabeth odiava não saber das coisas, odiava ter de ser a última a saber e não poder fazer nada em relação a isso. Conheço-a melhor do que ela mesma, um dia talvez, ela perceba isso.

-Como vamos fazer isso? Não sabemos por onde começar! -eu disse.

-Mas eu sei. -Rachel se pronunciou, ela ainda não olhava em meus olhos, mas mesmo assim sabia que estava falando diretamente para mim.

-Então diga-nos. -pedi.

-Devemos começar por onde Luke começou... -ela disse pensativa. -Ou melhor... por onde tudo começou! -ela disse.

-E onde seria? -Annabeth perguntou.

-Na aldeia onde a mãe dele nasceu, ela era uma simples plebéia antes do rei aparecer. -Rachel explicou.

-Qual era mesmo o nome dele? -Annabeth perguntou, não parecia ter dirigido a pergunta à Rachel ou a mim.

-Não... lembro... -disse Rachel, ela e Annabeth se voltaram para mim.

-Nem eu... -respondi depois de vasculhar minha mente.

-... É como se... o passado estivesse encoberto... não conseguimos lembrar de nada antes do rei... -Annabeth comentou pensativa.

-Isso até parece...magia? -Rachel indagou.

-Mas que isso. -disse eu finalmente conseguindo raciocinar como elas. -Parece coisa dos deuses.


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Notas finais do capítulo

Bem... Mandem reviews!
Sejam legais comigo!
Beijos
até mais!
*-*