Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 2
Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Oi! Meus lindos, amei muito os reviews que recebi no capítulo passado! Meus deuses, vocês são os melhores! Espero que gostem desse cap.
Beijos
Boa leitura (perdoem os erros, não tenho um beta)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253636/chapter/2


Pov: Annabeth

Silena e eu nós trancamos em meu quarto, as grandes portas velhas de madeira eram pesadas o bastante para nós dar algum tempo, conseguimos, com muito custo, colocar a enorme tranca que atravessava as duas portas de canto a canto. Silene estava em pânico completo, depois de me ajudar a mover a trava, ela simplesmente parou de se mover. Ficou estática olhando para a porta como se esperasse o momento em que ela viesse ao chão, eu não podia culpá-la, estavá-mos em uma situação terrívelmente perigosa, mas ficar alí sem fazer nada não iria ajudar muito. Eu também estava morrendo de medo, mas não conseguia ficar parada, ainda mais ouvido os gritos das pessoas da fracassada festa de casamento lá embaixo, começei a nadar de um lado para o outro nervosa, ficar presa em um lugar esperando que piratas sanguinários entrassem no meu quarto e fizem sei-lá-o-quê com minha amiga e eu não me deixava nem um pouco relaxada. Resei mentalmente para que todos estivessem bem, não que me desse bem com algum deles, mas era o que eu teria de passar a chamar de família. Ouvi passos altos do lado de fora, eles estavam bem perto do quarto. Silena soltou um soluço baixinho, estava chorando compulsivamente, mas fazia de tudo para abafar o choro. Eu poderia ir até ela e tentar fazer com que se acalmasse, mas não acho que daria muito certo, estávamos mesmo esperando apenas o pior.

A porta começou a ser forçada do lado de fora, eles deviam estar tentando derrubá-la, era uma questão de tempo até que conseguissem. A trava estava velha, ainda era bem pesada, mas não impediria a entrada deles, estava quase sedendo. Quando pequenas Silena, que é um pouco mais velha que eu, sempre gostou de me fazer de sua bonequinha e brincar com meus cabelos, ela sempre foi a mais vaidosa de nós duas. Eu não conseguia vê-la lutando contra eles, ela não sabia nem mesmo como se defender. Ja eu não, tive um certo treinamento, era mestra com espadas. Desde que me entendo por gente estou sendo atacada por monstros, tudo o que eu podia fazer era me defender deles de alguma forma, meu pai achou melhor que eu tivesse aulas, para evitar uma morte precoce. De qualquer jeito eu podia muito bem ganhar um certo tempo, talvez eu conseguisse atrasá-los para deixar Silena fugir. Mas pelos meus cálculos eles eram muitos para que eu defendesse Silena sozinha, então olhei para o guarda-roupa bem ao lado dela, quem sabe com alguma sorte e força eu poderia fazê-la caber lá dentro. A puxei pelo braço e abri a porta do armário, tinha um espaço entre os vestidos normais e os de festa, silena poderia se encolher alí, seria sua salvação.

–Entre no guarda-roupa, Silena. -eu disse em tom de ordem.

–O quê? Nem pense nisso. -ela disse rapidamente.

–Entre logo, não temos tempo. Você se esconde e espera a ida deles, não deve demorar muito. -falei.

–Mas e você? Não conseguirimos entrar as duas! -percebi que estávamos em um pequena briga.

–Eu sei disso. Por isso quero que você se salve...

–Você é a futura rainha, Annabeth, não pode dar lugar para salvar um simples plebéia com eu. -ela disse com uma lágrima correndo por sua bochecha.

–Você é minha melhor amiga, você me ajudou e apoiou quando minha família me deu ás costas. Você é incrível Silena, faça um favor para mim e salve sua vida. -eu disse com algumas lágrimas nos olhos, mas não as deixei cair, era um momento em que eu devia parecer forte.

–Você devia mesmo ser nossa rainha. -ela disse me abraçando.

–Vai ficar tudo bem. -disse abraçando-a também, sabia que minhas palavras não eram verdadeiras, mas não custava nada tentar animá-la.

–Obrigada, Annabeth.

–Esconda-se logo. -disse cortando aquele drama, não queria que ela lembrasse de mim fraca e chorona.

Fechei a porta rapidamente, logo no momento em que a porta estava perto de chegar ao chão. Corri para a janela, onde uma sacada larga e toda branca dava de frente para o mar, peguei a porta para fechar a sacada a fim de parar com todo aquele vento de chuva que me deixava arrepiada, mas antes que eu conseguisse fechar, algo me tirou a atenção. Parecia uma onde gigante indo na direção da minha sacada, dei um pulo para trás por causa do susto. Nesse momento a porta atrás de mim foi ao chão, senti meus braços sendo agarados por várias mão fortes que saíram me puxando para trás. Um bando de piratas entraram no meu quarto. Eles me pareciam assustadores, tinham um olhar mortal, estavam sujos de lama e me olhavam como se eu fosse um pedaço de carne. Tentei não olhar nos olhos deles, eu não conseguia nem mesmo me defender direito, eles eram muitos, estava me debatendo nos braços deles, meu vestido não ajudava muito, era grande de mais e dificultava a minha locomoção. Ainda estava de pé, isso até que um deles me jogou com força no chão, caí sentada no chão, pensei que eles iriam me bater até que eu desmaiasse ou quem sabe fazer coisa pior. Mas quando os senti bem perto de mim, alguém me salvou.

–Não brinquem com nossa prisioneira, rapazes. -disse meu salvador. Tentei levantar minha cabeça para olhá-lo, mas quando tudo ficou escuro rapidamente. Vi que alguma coisa estava na minha cabeça, parecia ser um tipo de saco cobrindo meu rosto, senti minhas mãos sendo presas para trás com cordas bem apertadas.

–O que fazemos com ela, chefe? -perguntou um dos homens, o que acabara de amarrar minhas mãos.

–Vamos levá-la para o barco. -a voz do homem que havia me salvado disse mais próxima de mim, pelo visto ele não havia de fato me salvado, só tinha me tirado de uma enrascada para colocar em outra, que eu sabia que seria mil vezes pior.

–Tem certeza? Nunca levamos ninguém conosco. -disse outro.

–Mas elas é difrente... Ela é a minha vingança perfeita... -disse a voz chegando mais perto de mim, quase no meu ouvido - O que pode ser melhor do que tirar a futura rainha de seu reino, vamos ver o quanto o príncepe Luke pagará para ter de volta sua querida noiva e passaporte para o reinado. -ele soltou uma risada quase que diabólica no meu ouvido.

–Não... -tentei protestar, mas minha voz estava abafada por causa do saco.

–Você vai adorar nossa viagem, condessa. -ouvi enquanto saia carregada do quarto.

____________________________________________________________________________________________

–Onde deixamos a moça? -perguntou alguém, eu não sabia direito onde estava, já tinha sido levada e jogada de um colo para o outro, estava um pouco tonta e não sabia mais me situar se ainda estávamos no reino ou no navio deles.

–Vamos colocá-la na minha cabine por enquanto, até arrumarmos um bom lugar para jogá-la.

– Esse é o Perseu que conheço, mas pensei que iríamos nos divertir com ela. -alguém disse com a voz maliciosa atrás de mim, senti a mão nojenta de alguém tocar meu braço.

–Não, não faremos nada com ela, é nossa prisioneira, vamos ver se conseguimos alguma coisa com ela.

–Acha que o príncipe pagará para resgatá-la?

–Ela é o único mode que ele tem de chegar ao trono, vai querê-la viva para isso.

–E vamos deixar?

–Por enquanto...

–E se ele não mostrar interesse?

–Aí poderemos nos divertir... -mais uma risada como aquela. Me senti uma idiota por tê-lo considerado meu salvador por uns cinco segundo. Eu sabia muito bem que ele era. Era Perseu Jackson, o inimigo do reino, meu inimigo e sequestrador.








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero seus Reviews!
Beijos!
Até loguinho! (se eu receber muitos reviews, posto logo)
=*