Pov: Annabeth.

Lá estava eu observando a movimentação das pessoas da festa do alto da escada. Uma música suave preenche o grande salão, algumas conversas entediantes acontecem por toda a parte, a maioria completamente sem futuro como: Propriedades, criados e criação dos filhos. O tipo de conversa que os mais velhos costumam a ter quando estão em um evento como esse, claro que nem todos são muito mais velhos do que eu, mas a maioria age dessa forma. Mulheres casadas falando dos herdeiros que queriam dar aos maridos, alguns homens falando da administração de suas riquezas... Tudo o que eu costumo detestar, e pensar que logo serei eu presa naquelas estúpidas conversas. Tudo o que eu mais queria agora era voltar para o meu quarto e fingir que não estou em casa, mas sei que tal coisa é impossível no momento, ainda mais em tal situação. Lá embaixo todos esperam por mim, é a minha cerimônia de casamento. Meu futuro marido me espera perto á um altar que fora montado para que aquele casamento pudesse acontecer dentro do castelo. Normalmente os casamentos eram realizados nos grandes jardins do palácio, mas estamos na estação das chuvas, para nao arriscar, toda a cerimônia fora planejada para acontecer aqui dentro. Os organizadores estavam certos, lá fora uma chuva fria caía incalsavelmente desde o amanhecer. Deviam ser no máximo umas cinco da tarde, mas o céu estava tão escuro que parecia ser tarde da noite.

Eu sou Annabeth Chase, condessa inglesa, prestes a se casar com o homem a quem fora prometida, prestes a me tornar princessa e, em pouco tempo, futura rainha. Tudo o que eu precisava fazer era descer as escadas e dizer "sim" para o homem que me espera lá embaixo. Parece fácil, mas não é. Principalmente pelo fato de eu ter que esconder de meu noivo minha real origem com o risco de ser condenada a um morte lenta e dolorosa. Para que você entenda, eu nasci em um mundo onde pessoas como eu são consideradas perigosas, ameaças, bastados cuja a função no mundo era apenas trazer problemas.

Então você se pergunta algo como: O que você é?

E eu respondo: Sou uma semideusa, ou meio-sangue.

Meu pai cometeu um erro, ele se deixou apaixonar por uma deusa, o fruto da relação fui eu. O problema em forma de gente. Meu pai não teve coragem de se livrar de mim como muitos homens fazem, mas preferiu me esconder e guardar esse segredo. Minha mãe, por sinal é Atena, a deusa da sabedoria. Eu podia ser simplesmente mais uma condessa no mundo nobre e tentar levar uma vida normal, contanto que nunca contasse a ninguém minha origem divina. A mentira que meu pai conta sobre o meu nascimento é que minha mãe era uma condessa que morreu ao me dar a luz, meu pai é um homem inteligente e convincente, ninguém teve coragem de contestar a história que contamos. Ele se casou de novo com uma mulher, que por sinal me detesta, e com ela teve dois filhos gêmeos. Eu nunca fiz parte realmente daquela família, e seria plenamente ignorada por eles se não fosse pelo destino que traçaram para mim.

Essa história tem haver com o meu noivo, o Príncipe Luke Castelan. Quando seu pai, que ele nunca conheceu, morreu, deixando-o com a mãe apenas com a mãe, May Castelan, que logo depois de dar a luz ao filho, acabou enlouquecendo por perder o marido. Para que ele assumisse o trono quando crescesse, teria de se casar com uma moça nobre de seu reino, esta, que deveria ser escolhida pelo conselho que governou o país enquanto o Príncipe não tinha idade para isso. E a moça escolhida por eles foi justamente eu, não me pergunte o motivo, mais quando eu tinha 7anos me avisram que eu já tinha um destino.

Durante anos fique trancada no castelo de meu pai esperando para ter idade para casar com Luke, estive sempre protegida por homens escolhidos a dedo, que pudiam ver atravez do véu que esconde os seres que costumam atacar pessoas como eu. No começo era fácil me esconder, mais desde o momento em que fui prometida para o príncipe as pessoas passaram a observar mais as coisas que aconteciam comigos, desde os incidentes estranhos á forma como eu me escondia atrás das paredes do castelo.

Finalmemte tive coragem para descer as escadas, uma música diferente começou a tocar, era a música para a noiva. Meu longo vestido de noiva se arrastava pela escada, procurei por um rosto amigável no meio daquelas pessoas, encontrei Silena, minha amiga de infância que sorria para mim corajosamente, como quem dizia: "Vamos, é só dizer "sim". Ela sabia do meu segredo, era uma pessoa diferente e não me julgou por causa de minha mãe.

Cheguei perto de meu noivo, ele me lançou um sorriso torto, era um homem alto, forte, loiro e com lindos olhos azuis, só o que me incomodava na aparência dele era uma cicatriz em um dos lados do rosto. Tem um boato que conta que fora a mãe em uma ataque de loucura que fizera aquilo no rosto do filho, mas também a outra história que diz que ela fora feita por um menino meio-sangue que era acolhido no castelo quando não sabiam quem ele era. E a história não para por aí, ainda dizem que o mesmo garota cresceu e se tornou a maior ameaça do reino: O capitão dos piratas.

Sim, piratas. Eles atacavam e saqueavam nosso reino de vez em quando, seu capitão era um filho de Poseidon que resolvera que deveria dominar os mares e oceanos. Eu tinha raiva dele, por causa dele principalmente que os meio-sangues eram caçados.

A cerimônia teve seu início, mas antes que pudéssemos chegar ao meio, um grande estrondo foi ouvido pro todos, parecia ser uma explosão. Senti o chão tremer. O que diabos era aquilo? Um dos guardas entrou gritando no salão.

–Vossa alteza! Estamos sendo atacados! -disse ele gritando, estava ofegante.

–Por quem? -perguntou Luke.

–Pelos Piratas! E... Perseu Jackson está liderando-os. -ele disse como quem falava o nome de uma maldição.

Reconheci o nome, era ele! O mais térrivel dos piratas estava invadindo nosso reino no dia do meu casamento! Muita sorte a minha.

–Fique aqui. -disse Luke para mim. -Esconda-se no castelo e espere até terminarmos isso aqui.

–Mas... -tentei contestar.

–Apenas se esconda, não iremos demorar muito com eles, dessa vez vamos matá-los! -ele disse fazendo os olhos azuis ficarem em um tom escuro de puro ódio.

–Está bem. -falei indo em direção as escadas. Silena me acompanhou, enquanto o resto das pessoas saíam correndo para todo o lado. Eu já estava no meu quarto quando ouvi o portão do grande castelo se derrubado com tidos de canhão. Pronto, eles estavam dentro do castelo e tudo estava perdido!