She Is A Rebel escrita por Rising Sun


Capítulo 3
Capítulo 2- A detenção que me aguarde...


Notas iniciais do capítulo

Amei todos os reviews do capítulo anterior e do prólogo!
Espero que aproveitem o capítulo, porque estou gostando muito de escrever essa fic!



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Andar ao lado de uma vaca urbana até a orientação não é uma coisa que todos queiram fazer, mas como eu tenho essa sorte absurda ( sentiu o tom irônico?) aqui estou.

Adimito que minha vergonha está lá nas alturas. Por qualquer lugar que eu passe tem alguém rindo da minha cara ou me "comendo" com os olhos...

Ha, como eu queria dar mais uns chutes e socos na vaca que estava ao meu lado...

– Sabia que não se deve bater em animais? - Um garoto moreno, cabelos levemente encaracolados, e bonitinho disse para mim, enquanto ignorava a presença da vaca ao meu lado.

– Sabia, mas existem exeções. Tipo quando abatem os animais... - Eu respondi olhando para a menina ao meu lado, que se encontrava com os olhos cheios de pavor.

O menino deu um risinho mais ou menos abafado.

– Sou Leornad, mas pode me chamar de Leo e você é... - Ele disse.

– Eu sou Anny. Mas no momento queria saber se você tem alguma blusa ou um casaco para me emprestar... - Eu disse tentando ao máximo fazer carinha de cão abandonado.

– Sra. Anny e Sra. Morganna, a diretora já pode falar com vocês. Por favor, entrem.

Ascenei para o Leo e entrei na salinha. Bastou que a diretora visse Morganna, para que a vaca urbana começasse o drama, chorar e ainda colocar toda a culpa em mim e na Zamy.

No fim, eu nem tive tempo de falar a minha versão da história e a diretora já tinha decidido o que fazer.

– Anny e Zamy vão para a detenção e a Srta. Morganna pode ir para casa. - A diretora decretou e mandou todos saírem da sala.

Eu tinha uma cara de ponto de interrogação e Morganna um sorriso enorme, mas pelo menos não disse nada, só saiu rebolando...

– Toma. - Leo chegou ao meu lado e me ofereceu um casaco. Ainda não era da escola, mas pelo menos era alguma coisa. Vesti o casaco e avisei que só iria devolver no dia seguinte.

De repente, Zamy chega do meu lado e diz um 'oi' e depois olha para o Leo, mas parece hipinotisada demais para dizer qualquer coisa.

– É...Oo-i Le-e-o - Ela conseguiu gaguejar depois de sair do transe.

– Bom... A diretora disse que hoje eu e você ficaríamos na detenção... - Eu disse, já com medo da menina voar em mim e começar a me bater por que eu (na verdade aquela vaca) meti ela nessa encrenca.

–Eu não vou voar em você, nem começar a te bater. Aquela vaca urbana sempre dá um jeito de me meter em encrenca. - Ela disse irritada e murmurando alguma coisa sobre a Morganna. O sinal do recreio tocou e eu, Zamy e Leo fomos para o pátio.

– Zamy, o que aconteceu? Semestre passado você costumava tocar o terror com a Meg. - Leo perguntou quebrando aquele silêcio de funeral que estava entre nós.

– Ela foi para outra escola. Acho que se chama... Sei lá! Mas agora eu não vou mais ficar assim, afinal encontrei um clone meu! - Ela respondeu dando um sorriso do tipo " é nois agora!!". Assenti com a cabeça e sorri.

De repente alguns meninos chamaram Leo e ele se foi dando um 'tchau' rápido. Esperei o menino se distanciar e falei:

– Você gosta dele né?

Primeiro ela corou violentamente, mas voltou ao normal e respondeu:

– Claro que não... Está tão na cara assim??

– Talvez não esteja para os outros, mas para mim- que sou seu clone - está! - Eu respondi e ela levantou o dedo do meio para mim, enquanto fazia eu jurar que não ia contar para ninguém.

Acho que tive que jurar umas dez vezes até que ela relaxasse. Começamos a conversar sobre quase tudo (eu não ia contar para ela que na outra escola eu era uma " perfeitinha popular") e descobrimos que ou somos clones ou colocaram algum chip futurístico, que nos faz pensar igual!

O sinal tocou, anunciando o fim do intervalo. Eu e Zamy voltamos para nossa sala e sentamos. Continuamos a conversar, já que o professor ainda não tinha chegado.

–Bom dia. Hoje é dia nove de agosto do ano em que o mundo vai acabar. Para quem não me conhece eu sou Reinaldo, professor de português. - O professor falava enquanto escrevia no quadro e os outros alunos o imitavam.

Zamy se virou para mim e fez alguns gestos com a boca, que eu entendi que esse era o professor mais legal e para não fazer nenhuma merda na aula dele ou era mais tempo na detenção e ainda trabalho comunitário.

Ok, eu fiquei meio traumatizada. NÃO QUERO MAIS DETENÇÃO POR HOJE! Tenho mais o que fazer da vida!

Passaram mais três aulas e finalmente o sinal para vazar daquele lugar maldito tocou, mas tinha tanta gente correndo pela sala e corredores, que parecia uma manada de elefantes loucos fugindo de um rato!

Como eu ainda não podia ir para casa, fui com Zamy até a salinha que teríamos que ficar. O lugar era pequeno, com as paredes da cor vermelha - tão desbotada que parecia rosa -, algumas poucas janelas e muita, mais muita gente mesmo. O professor era alto e controlava todos os alunos que estavam naquele cubículo...

– Aqui está calmo demais... Acho que vamos ter que dar um jeito nisso... - Minha nova melhor amiga disse, interrompendo meus pensamentos e olhando daquele jeito que só você e seu melhor amigo entende. Claro que eu entendi o recado.

Andei até o fundo da sala, conectei o Ipod de Zamy ao amplificador e coloquei o rock mais pesado que tinha na lista de música, enquanto minha amiga prendia os cadarços do tenis do professor( Sem ele perceber. Como ela fazia isso?) e em seguida gritava " Festa!!".

Todos os alunos que estavam na sala começaram a cantar e dançar no rítimo da música, mas não era só isso. Alguém também resolveu criar uma guerra de bolinha de papel cuspido, ai já viu né?!

O professor se levantou para chamar ajuda, mas, como estava com os cadarços amarrados caiu imediatamente no chão. Um menino bombadão o pegou e o prendeu no armário que ficava ao lado da porta.

Então um relatório de tudo era:

– Estávamos na detenção

– Tínhamos feito uma festa

– Travávanos uma guerra de bolinha de papel cuspido

– Tínhamos um professor preso no armário

Eu me divertia muito!

– E tudo isso foi causado por culpa minha e da Zamy, mas ninguém sabia!


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Notas finais do capítulo

Escrevo mal? Mereço reviews?
Queria muito que todos comentassem para eu saber o que estão achando (isso inclui vocês, leitores fantasmas!)
Kisses, MT