She Is A Rebel escrita por Rising Sun


Capítulo 15
Cap. 14- Thomas... Um novo amigo? Er...Ele é algo.


Notas iniciais do capítulo

Acabaram as provas e isso quer dizer... Cap. novo para vcs!!!!
Espero que gostem!



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"Justiça não significa que todos recebam as mesmas coisas, justiça significa que todos recebam o que é necessário. E a única maneira de se ter o que é necessário é VOCÊ mesmo fazer acontecer.” (A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan)"
–Jade, preciso falar com você.
– Eu disse, assim que minha mãe chegou em casa no final do dia.-Não vou te dar dinheiro.
–Mãe! Você nem ao menos escutou o que eu queria dizer! - Gritei.
–Não grite comigo mocinha, EU sou a mãe aqui, não VOCÊ! - Ela gritou, extremamente irritada.
Eu não a aguento essa mulher. Nunca me escuta…Eu não me importo com isso agora.
–Me escute e depois pode pensar no que fazer. - Retruquei.
–Diga logo menina ignorante.
Ignorei o final da frase ou iriamos começar a brigar e gritar como todas as vezes que nos falamos.
–Zay está com um problema enorme...
–Eu não me importo.
–Deixe-me terminar de falar. Ela foi espancada por um homem e isso é a menor parte de toda a história.
Posso não gostar de Jade, mas de uma coisa eu sei. Ela abobina homens que são machistas.
–Onde ela está? Chame Zay aqui.
Subi as escadas, entrei em meu quarto. Tinha pedido para que ela colocasse um fone de ouvido para que não escutasse a discussão que sempre acontecia.
A cutuquei de leve e fiz um sinal para me acompanhar. Por um segundo, notei uma microexpressão de felicidade e me senti bem por poder ajudá-la.
Quando voltamos para a sala Jade estava sentada no sofá com um caderno de desenho no colo e os braços cruzados.
– Zammy, conte-me o que realmente aconteceu, provavelmente minha filha deve ter me contado algo errado. - Jade comentou, implicitamente mandando que ela se aproximasse.
Cínica.
Zay foi até o sofá e contou toda a história, engasgando nas palavras e segurando as lágrimas. Parecia tão frágil naquele momento, como se nada no mundo pudesse fazê-la melhorar, neste momento eu via uma parte que estava muito bem escondida dentro do coração de minha amiga. Era tão estranho...
– Anny. Anny. ANNY! - Fui arrancada de meus devaneios pelo grito de Jade. - Preste atenção agora porque não irei falar duas vezes. Vou ligar para meu amigo do escritório especializado nesses tipos de crimes e logo em seguida vamos conversar com ele e achar a maneira mais rápida de punir esse tal de “Lenisvaldo” - A última palavra saiu como se o nome daquele ser a deixasse enjoada.
Jade ligou para um tal de Gustavo e marcou uma reunião para daqui a duas horas.
– Zammy, temos duas horas livres então te levarei para sua casa e conversaremos com a sua mãe. - Minha mãe informou, mandando um olhar de "não venha me contradizer".
Zay pareceu entender o recado e apenas concordou com a cabeça. Jade pegou as chaves do carro e a guiou para fora da casa. Obviamente eu não iria ficar em casa apenas esperando então esperei elas irem e fui para o café do dia anterior.
–- -- --
O local estava agradável como sempre e desta vez eu tinha levado dinheiro suficiente para um croissant e um mocha. Bruna estava me atendendo mais uma vez e de repente chegou com um muffin, colocando-o em minha mesa.
– Er... Esse bolinho parece está bem gostoso, mas... Eu não pedi isso...
– Estou sabendo, mas aquele moço que estava com você ontem comprou para você. - Bruna respondeu, apontando para Thomas, que provavelmente tinha chegado à pouco tempo porque ainda estava perto da entrada. Esse menino realmente era muito persistente.
– Não vai comer o muffin? - Thomas sussurrou em meu ouvido assim que se aproximou da mesa, fazendo todos os meus pelos arrepiarem. Golpe baixo.
Ele deu um sorrisinho ao perceber que meus pelos tinham arrepiado e se sentou.
– Estou descobrindo várias coisas legais sobre você aos poucos... - Comentou, dando um sorriso safado e rindo.
– Se não me contar várias coisas sobre você hoje eu não irei mais olhar na sua cara e te considerarei um pedófilo.
Thomas já não estava mais rindo e apenas concordava com a cabeça.
– Bom... Já que quer tanto saber sobre mim vou começar a falar. Meu nome completo é Thomas Scott Garcez , nasci no dia 7 de junho de 1995, tenho vinte anos, estou no terceiro ano do curso de Engenharia da computação na universidade federal daqui, moro, aparentemente, há duas quadras da sua casa, sozinho, meus pais são divorciados, tenho um meio irmão, mas não temos contato, sou bem tímido, mas quando vejo uma mulher chorando eu não consigo me conter, não bebo nem fumo e... estou solteiro.
– Sem querer me intrometer, mas... Porque seus pais se divorciaram?
– É... Acho melhor não falar agora, vai deixar sua comida com gosto ruim... - Thomas ficou triste por alguns segundos, mas logo se recompôs.
Enquanto comia ele apenas me observava, parecia estar me analisando...
– Pare de me encarar. Eu não vou te dar nenhum pedacinho da minha comida. - Disse, fazendo-o sair de uma provável transe.
– Ah, tá. Desculpe. O que mais quer saber sobre mim?
– Acho que você está pronto para as perguntas nada convencionais da Anny. - Respondi com um sorriso. - Primeira pergunta: Você se masturba?
– Mas que tipo de pergunta é essa?
– Eu disse que não eram nada convencionais. Vai responder?
– Você está se mostrando uma pessoa mais interessante do que eu imaginava. Creio que em dois dias já vi dois lados e meio da sua personalidade e respondendo sua pergunta, sim, eu me masturbo.
– Dois lados e meio da minha personalidade?
– Sim. O lado emotivo, o autodefensor e agora estou conhecendo parte da sua perversão.
– Ok... Enfim... Peito ou bunda?
– Porque você pergunta isso se tem os dois? - Ele respondeu rindo.
– Haha. Não estou falando de mim.
– Prefiro peitos.
– Já que você tem vinte anos eu terei que perguntar. Você é virgem?
Thomas estava quase respondendo quando olhei para o relógio do meu celular e percebi que eu precisava ir para casa ou não conseguiria ir com minha mãe e Zammy falar com o advogado.
– Desculpe Thomas, mas tenho que ir.
– Anny, amanhã aqui neste mesmo horário?
– Tá. - Gritei da porta do Café.
Voltei para casa o mais rápido possível e consegui chegar um pouco antes de Jade e Zammy.
Elas nem ao menos entraram em casa, apenas entrei no carro e fomos direto para o escritório de advocacia.
–--
O escritório ficava em um prédio comercial com algumas lojas de roupa e restaurantes no térreo. Subimos para o segundo andar e entramos no local de trabalho do tal Gustavo. Falamos com a recepcionista e esperamos por poucos minutos até que um homem alto, de pele escura, usando um terno chique e óculos veio nos cumprimentar. Então esse era o tal Gustavo... Se ele fosse um pouco mais novo eu pegava. Que homem gato...
Eu e Zammy olhamos uma para a outra sabendo exatamente o que a outra estava pensando, o que conseguiu tirar um sorrisinho de seu rosto.
Cumprimentamos o Gustavo e o acompanhamos à sala dele.
– Olá Jade! Em que vou poder ajudar?
– Essa menina aqui tem uma história bem interessante. - Jade apontou para Zammy. - Vou te contar do começo porque para entender o que aconteceu ontem é preciso saber o todo.
Minha mãe começou a contar tudo que havia acontecido com Zay, confirmando com minha amiga se o que ela estava dizendo estava certo. O advogado apenas concordava com a cabeça, sem fazer perguntas ou comentar.
Assim que ela parou de falar Gustavo se virou para Zammy e disse.
– O que aconteceu com você foi mesmo horrível e este homem vai receber o que merece. A lei está ao seu favor, porém temos que achar este homem, conseguir alguma testemunha ou prova e você tem que está disposta a participar de um processo que com certeza será longo.
– Tudo bem. Eu preciso fazer com que este monstro vá para onde ele merece. A cadeia. Ele disse que vai me achar e eu sei que vai, mas desta vez, eu não estarei sozinha. - Os olhos de Zammy estavam em chamas. Este homem irá se arrepender por ter entrado na vida de Zammy.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???? Muitas tretas ainda virão... Aguardem... Huehuehue
Comentem e recomendem. Bjssss, até o próximo capítulo.