She Is A Rebel escrita por Rising Sun


Capítulo 12
Capítulo 11 - Minha mãe acha que eu transei com Joe!!!


Notas iniciais do capítulo

Demorou muito eu sei. Desculpem-me. Eu já tinha terminado o cap. Faz um bom tempo e ele tava mofando no tablet, mas aqui está.
(Acho q tava meio decepcionada pq o último cap. n teve muitos comentários)
Desculpem-me novamente.
Aproveitem muito! :*



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'' Você se da conta disso, não é? Você precisa ter tempo para dedicar à família, não importa o que aconteça em sua vida. " ~ O Lado Bom da Vida (Matthew Quick)

Não lembro da minha cama se tão dura... Olhei para o lado e vi um garoto dormindo... Não, espera. Um garoto? Ah, sim... Joe. E porque diabos ele está me abraçando e eu estou no chão?!?!?!

Me afastei dele - extremamente vermelha - e o olhei por alguns segundos.

Ainda não entendo o motivo dele ter vindo aqui...

– ANNY!!!!!!!!O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI??? - Ouvi um grito estridente de minha mãe.

– Er... Nada!

– Quem é esse? Se você estiver grávida eu irei te deserdar e vou te expulsar de casa!

– Nós não dormimos juntos! Está ficando maluca? Bem... Dormimos, mas não desse jeito que você está pensando!

Como Joe consegue continuar dormindo com todo esse barulho?

– Me respeite! Eu sou sua mãe e você NÃO PODE FALAR ASSIM COMIGO!- Ela gritou enquanto atingia um tapa forte em meu rosto

– Ann... Você está bem? - Dava para perceber que Joe tinha acabado de acordar, rosto inchado, mas seus olhos estavam alerta.

– Vá embora Joe. Já deve ter ônibus essa hora. - falei, tensa.

– Tem certeza?

– Vá. AGORA! - Gritei.

Ele saiu contrariado e, provavelmente, preocupado. Mas foi para o bem dele.

– Está bem durona Anny. Já se esqueceu de quem você era? - Veneno e desprezo era o que saia de sua boca.

– Aquilo que existia antes não era eu, era o que você queria que eu fosse! Peguei minha mochila, sem me preocupar se estava ou não de pijama e fui embora.

– O que está fazendo aqui idiota! Ta surdo? Eu tinha dito para você ir embora! Deve estar com falta de pica! Só lamento por que eu - Toquei na minha calça - não tenho uma!

Ele começou a rir.

– Ta querendo levar outro chute nas bolas? - Perguntei, estava quase soltando fogo pelas orelhas de tanta raiva.

– Resolvi ficar para ter certeza de que você está bem.

Não o respondi. Apenas me virei e continuei andando.

– Sabe que está de pijama né?

– Sei. Se estiver muito incomodado com isso pode me pagar uma roupa, eu deixo. - Disse irônica.

– Acho que vou calar a boca.

– Seria uma boa ideia.

Continuamos andando, em completo silêncio até que mais ou menos no meio do caminho, lembrei que não seria bom se as pessoas soubessem o que aconteceu.

– Ou, Joe... É... Não conta para ninguém o que aconteceu hoje. Ele assentiu e continuamos a caminhar. Acabei resolvendo ir a pé mesmo porque se eu estivesse em um ônibus e alguém me enconchasse, essa pessoa ia morrer. Na certa.

– Oi queridinha, dormiu com os mendigos hoje foi? - Morganna disse assim que me viu na sala.

– Hoje eu não estou para você, então se quiser que suas bolas de cima não sejam aleijadas... Acho melhor não falar comigo. Entendeu, vaca urbana? - Sussurei bem perto de seu ouvido, para que minha voz e todas as palavras ficassem bem fixadas no oco que ela tem dentro da cabeça. Ela assentiu, nervosa.

– Anny! Então, como foi com o Joe ontem ein?? - Zammy apareceu atrás de mim.

– Como você sabe que ele foi à minha casa ontem? - Perguntei desconfiada.

– Er... Eu... - Ela dizia com um sorriso culpado.

– Diga logo. *olhar matador*

– Eu disse para ele ir te ver, já que eu achei q vc ficou meio alone ontem, além disso... Arrumei uma chance para aumentar a química entre vocês! Pode agradecer.

– Zay, minha amiga... Essa não foi uma boa ideia... Além disso, nós não temos uma química e ele tem uma peguete.

– Falando de mim? - Meirín apareceu de repente.

– Não era nada demais. - Respondi.

– Querida, eu escutei tudo que me interessava. Como assim ele foi na sua casa?

"Querida" , palavra podre.

– Ele foi porque quis! Eu não o obriguei a ir, muito menos ficar lá! - explodi

– Ta estressadinha a bebê... Alguém pode dar a a mamadeira para ela?

– Só um conselho, querida, não brinque com fogo. - Respondi lançando o meu melhor "olhar matador".

Ela me pareceu meio ofendida e saiu, remexendo a bunda.

– Zay, deixa eu bater nela só até ficar muito vermelho?

– Não.

– Malvada. Por favorzinho. Só até ficar muito vermelho! Nem vai sangrar! - Pedi.

Ela negou mais uma vez e eu, acabei cedendo, mas Meirín ainda ia se ver comigo.

Voltamos para nossas cadeiras assim que o sinal tocou. A professora de arte entrou na sala mandando que os alunos se sentassem e calassem a boca porque ela iria dizer um recado importante. Quando todos finalmente se calaram a mulher começou a falar a importância da arte na história e toda aquela lenga-lenga. Tudo para resumir que teríamos que fazer um trabalho para daqui a duas semanas.

– Então vai ser um grupo de 5 ou 6 pessoas. Pode ser eu, Léo, Zammy, Anny, Meirín e Joe. O que acham? - Louis perguntou esperançoso para nós e para sua felicidade a maioria concordou, mas eu ainda estava meio receosa quanto a fazer um trabalho no mesmo grupo que Meirín.

– Ann... Vai ou não querer fazer o grupo conosco? - Louis perguntou novamente.

Acabei aceitando, talvez porque não tivesse mais ninguém com quem eu gostaria de fazer esse trabalho de merda ou apenas porque queria mostrar que a Meirín não me afetava em nada. Pensando bem... Acho que é um pouco dos dois...

– Então está decidido. Podemos nos encontrar amanhã na casa do Leo, que é aqui pertinho.

– Obrigada Zay por perguntar se poderia ser na minha casa amanhã. - Leo disse ironicamente - E por sorte de vocês eu não tenho nada para fazer amanhã então vai poder ser na minha casa.

Zammy estirou língua para ele, que a respondeu com o mesmo gesto. Isso mostra o quão maduros eles são...

Surpreendentemente, a aula passou mais ou menos rápido e o sinal do fim das aulas do dia tocou. Arrumei minhas coisas e saí. Desta vez eu queria demorar a voltar para casa, Jade - conhecida também como mãe - ainda devia estar uma fera e eu simplesmente não estou com saco para ela agora então apenas peguei um ônibus e fui para minha lanchonete/cafeteira preferida. Lá ao menos eu poderia ler, esfriar um pouco a cabeça e tomar o melhor café Mocha do mundo.

Depois de uma corrida nada confortável no ônibus, finalmente entrei na lanchonete, fazia um tempo que eu não ia no local, mas nada havia mudado. Um estilo meio retrô tomava conta da bancada principal, luminárias fracas, sofás de couro e a música era baixa, no melhor rock estilo Pink Floyd. Me sentei em um dos sofás no canto, esperando que o garçom viesse logo, minha barriga já estava começando a roncar.

Este lugar... Tão familiar... Me faz lembrar do meu pai. Vínhamos aqui sempre...

– Pai! Chegamos!

– Sim filha. O que vai querer pedir hoje? Que tal o croissant de queijo e presunto? Um bolo de chocolate? Pão de queijo?

– Hum... Nenhum desses.

– Já sei o que vai querer! Um monte de cócegas! Ele começou a fazer cócegas na minha barriga, fazendo-me quase cair no chão, mas antes que isso acontecesse ele me segurou em seus braços e me abraçou bem forte e dando beijos nas bochechas. Eu sorria como se aquele fosse o dia mais feliz da minha vida.

Ele me carregou até uma das mesas da lanchonete e me acomodou em uma das cadeiras, sempre fazendo gracinhas...

– Senhorita, senhorita. Sou Bruna, o que vai querer? - A garçonete me chamou. Tirando-me de minhas lembranças...

– Ah... Um Mocha e um croissant de queijo e presunto por favor.

Ela se foi.

Eu podia sentir as lágrimas se formando em meus olhos. Pai... Porque ainda estava no coma? Ele não merece isso.

Acabei não aguentando. Lágrimas silenciosas escorreram, cada vez mais, deixando escapar de vez em quando soluços baixos.

Brenda trouxe o pedido e apenas o deixou na mesa, ignorando minha crise.

– Moça. Moça - Uma voz desconhecida falou enquanto me cutucava.

Enxuguei os olhos e forcei uma cara amistosa, mas tinha certeza que o rosto estava inchado e os olhos vermelhos.

– O que quer?

– Nossa, não precisa falar assim. Percebi você chorando e queria saber se posso ajudar em algo. Parecia tão aflita...

– Não quis ser rude. Você não vai conseguir me ajudar. - Respondi, dessa vez olhando pela primeira vez para a pessoa.

Um garoto. Bonito. Branco quase pálido, cabelos loiros, olhos azuis esverdeados, lábios levemente carnudos, usava uma blusa social azul e jeans.

– Tem certeza? - Ele perguntou.

– A menos que você tenha como tirar alguém do coma, você não conseguirá ajudar.- Me segurei para não chorar, não serei uma fraca novamente - E afinal, quem é você?

– Ah... Me desculpe a falta de educação. Eu me chamo Thomas.

O menino estendeu a mão e quando fui cumprimenta-lo ele segurou a minha mão e a beijou. Quem diria, um Gentleman me encontrou. Confesso que sinto uma certa pena dele, afinal, sou eu.

– Eu sou Anny. Agora, saia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram do novo boy?
Comentem e recomendem
Bjsss, até o próximo capítulo!