Havia se passado um dia desde que, Saya chegará em Konoha, ela estava ficando em um apartamento perto da torre Hokage, não tinha intenção de ficar sob o mesmo teto que sua mãe, era capaz de ela lhe insinuar o quão destestável tinha ficado e que só mesmo um idiota a aceitaria e por ai ia. Sakura guardava rancor da irmã, mais nunca notou o fardo que a mesma carregará, sendo sempre levada com o pai nas viagens apenas pelo motivo de que sua mãe odiava o fato ela não querer se tornar uma dama para se casar com o filho do Senhor do Fogo que tinha a mesma idade que ela e se encantará pela pequena quando a encontrou um dia na vila, mais aquela vida não era a que Saya queria e sim ser uma ninja, desde os dois anos que ela se encantará por aquele mundo e não tinha desistido.

Tinha amanhecido a pouco tempo atrás e Saya se preparava para ir a um campo de treinamento, só por que não estava em sua vila não queria dizer que iria descuidar de seu treinamento, caminhou em direção ao mesmo campo no qual invocará Kiseki no dia anterior, a essa altura ele já havia dado o relatório para o Raikage e este enviaria alguém para colaborar com Konoha na investigação sobre a Akatsuki, Saya supervisionaria tudo durante um mês e depois iria para Suna, ajudaria lá tanto em relação com a Akatsuki quanto no treinamento de Medicos-nins.

Embora ainda estivesse um pouco distante do campo, ouviu barulhos de outros ninjas treinando provavelmente, no entanto qual não fora sua surpresa ao ver o Kazegake lutando contra um loiro e ambos sem camisa? Os dois suavam e pareciam estar ali a um bom tempo, Saya olhou com apreciação o corpo do ruivo, mesmo que o casamento fosse arranjado não tinha o que reclamar sobre a aparência do Kazekage. Decidiu então deixar os dois treinando e ir encontrar outro lugar, mas Sakura veio correndo junto de um garoto pálido de cabelos negros, um homem de cabelo prateado e com máscara e outro de cabelo preto e sério, parando a luta dos outros dois, e antes que ela tivesse tempo de sair dali Sakura a tinha visto e a encarava com ódio.

- Ora ainda com mania de ficar observando os outros Onee-chan?

Embora tenha a chamado de onee-chan se notava claramente o tom de escárnio que Sakura colocará naquela palavra.

- Não, diferente de você eu vim aqui com a intenção de treinar e não observar garotos.

- O que você está dizendo, eu nunca...

Todos os outros ninjas ali presentes observavam a conversa em silêncio, nunca viram Sakura tão zangada daquele jeito, nem mesmo Naruto foi tolo para interromper aquela briga.

Saya se aproximou do campo, até aquele momento estava um pouco longe e as trocas entre ela e Sakura soavam um pouco alto.

- O que estou dizendo? Você vivia apenas observando aquele garoto Uchiha ao invés de melhorar suas habilidades ninjas, 6 anos, 12 anos, 16 anos o que importa as fases que passamos se escolhemos esse caminho? Ao se deparar com essa escolha você devia estar ciente do treinamento pesado que devia ter passado para lidar com os desafios, foi tudo tão fácil para você, decidir ser uma ninja apenas por causa de um garoto.

- Fácil? Eu tive que lidar com o escarnio de outras crianças, provocações, humilhações e ainda me batiam, quis me tornar uma ninja para poder me defender e mostrar o que eu tinha de bom, para você que foi fácil, simplesmente abandonar a própria irmã, mãe e vila e ir com o pai para outra vila, apenas para facilitar sua vida, para que pudesse manipular os outros com uma beleza superficial.

POFF

Sakura agora segurava o rosto, Saya ainda estava com a mão fechada em um punho no ar, não aguentará as palavras da irmã e acertará um soco em seu rosto, se sentiu culpada ao ver o sangue no rosto de Sakura e as lágrimas de raiva que desciam de seus olhos, Naruto estava com raiva e ia defender sua companheira, mais foi impedido por Gaara que tentava entender o que se passava entre as duas, fosse o que fosse deviam resolver sozinhas, sem inteferências, afinal eram irmãs.

- Errado, eu fui com o pai para não deixá-lo sozinho, não enviei noticias por que o pai não me deixava por medo de eu o abandonar, ele foi o único a me apoiar quando eu realmente precisava e você estava tão perdida em seu pequeno mundinho que preferiu não ver o que acontecia comigo e prestar atenção apenas em si mesma e no tal Uchiha, pois veja Sakura nós sempre fomos diferentes, porém você tinha o apoio e carinho de ambos pai e mãe e eu só tinha o pai ao meu lado, por que nossa mãe queria me criar para casar com um jovem nobre, e por minha recusa a ela, ela não quis mais saber de mim e só de você, então pare de bancar a vitma. Você realmente acha que eu não sofria provocações também? Eu recebia tantas ameaças que seria impossivel contar nos dedos, tive que treinar sozinha arduamente quando me mudei de vila, pelo menos aqui em Konoha apesar do que a mãe pensava eu havia encontrado o apoio de outra ninja, mais eu tive que sair, quando cheguei em Iwagakure era dez vezes pior o que acontecia comigo do que o que aconteceu com você, eu não conhecia ninguém lá, todos riam de mim por eu ser de Konoha e ainda de uma familia civil querendo se tornar uma ninja de Iwagakure, mais eu enfrentei isso treinei arduamente e recebi o reconhecimento de meus amigos e do Raikage, então não me venha com essa que só para você foi dificil e que eu a abandonei, você deixou bem claro que se eu saisse mesmo que fosse para cumprir meu sonho, que me odiaria e para não tentar falar mais com você.

Era isso, Saya finalmente despejará o que sentia e o que vivia preso em sua garganta, todos ali olhava espantados com as palavras ditas, principalmente Sakura não fazia ideia do que a irmã tinha passado, apenas achará que ela quis lhe abadonar, Saya abaixou a cabeça e saiu dali, não queria lidar com isso agora, precisava de tempo para pensar e Sakura também, no entanto também precisava de um abraço de alguém para lhe dizer que estava tudo bem... não na verdade não precisava disso, precisava mesmo levar um bronca por ser tão sentimental e já sabia quem lhe daria isso, saiu dali e foi em rumo da loja de dangos onde com certeza encontraria quem procurava.

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Anko acabará de chegar de uma missão cansativa, sem falar que Genma era um de seus companheiros de equipe nessa missão o que a deixou realmente frustada, então decidiu ir até sua loja preferida de Dangos a única coisa que lhe dava algum prazer nesses dias, no entanto, não esperava encontrar aquela cena em sua frente, alguém a quem muito tempo não via e realmente sentia saudades, Saya realmente tinha crescido se lembrava claramente de quando uma menina de 5 anos vierá até sua porta, lhe dizendo o quanto a admirava como ninja e que queria que a treinasse para que um dia pudesse ser tão boa ninja também, num primeiro momento Anko riu e viu a determinação naqueles olhos violetas e acabou aceitando o pedido da menina, durante um ano a treinou desde o treinamento básico até o começo de jutsus, quando Saya lhe deu a triste noticia que iria para outra vila, seguir seu sonho junto a seu pai, por mais que não demonstrasse Anko sentiu saudades da menina agora moça que a olhava com alegria.

- Anko-sensei!

-Saya-chan, algum tempo sem te ver, vejo que cresceu e tornou seu sonho realidade.

- Sim, consegui mais do que esperava embora, fico feliz em vê-la sensei!

- Sim!

Anko e Saya sentaram e comeram, depois de algum tempo Saya lhe contou o acontecido a Anko, que apenas riu dizendo que queria ver como tinha sido aquele soco na tão esperta aprendiz da Godaime e que Saya devia parar de se uma chorona, já era uma ninja pelo amor, e ainda noiva do Kazegake, embora num primeiro momento Anko não gostará da ideia, porém era um mal necessário e teria Saya presente em sua vida mais uma vez, embora apenas uma vez por mês depois de que fosse para Suna, mais mesmo assim já lhe era um grande avanço.

Gaara estava preocupado, mesmo que não o admitisse, Saya seria sua mulher e tinha tido uma briga bem feia com Sakura, depois que Saya saira Sakura começou a chorar e foi amparada por Naruto, Kakashi, Sai e Yamato ficaram ao seu lado tentando entender a situação e nesse momento Gaara decidiu sair dali e procurar a outra garota, o que mais surpreenderá Gaara é que Saya não tiverá uma vida fácil assim como ele e Naruto, ela se reergueu e conseguiu mostrar o quão boa era, o pior foi em uma aldeia que nem era a dela de origem, embora nem tenha a conhecido por um dia Gaara já respeitava sua noiva.

Seguiu o chakra dela e a viu em uma loja de dangos conversando e rindo com a Anko? Não era impressão dele era mesmo a Anko o que lhe impressionou, pelo que conhecia da mulher ela era assustadora e nem um pouco fácil de lidar, Gaara viu quando a mulher mais velha teve que ir depois de que algum chuunin a tinha chamado, com certeza para ir ver a Hokage, aproveitou e foi até lá, e se sentou no lugar antes ocupado por Anko.

- Ah Kaze... Gaara.

Saya mudou o jeito de chamar o ruivo quando viu seu olhar, havia passado algum tempo com Anko e isso lhe fizerá bem, ela adorava a mulher mais velha e sempre mudava seu humor quando em sua compania, apesar de acharem que Anko era assustadora, isso era uma grande mentira a mulher só usava aquilo como fachada para afastar outras pessoas, por causa de seu passado. Olhou para o ruivo em sua frente que agora vestia uma camiseta arrastão preta e seu manto de Kazegake por cima.

- Saya, está bem?

- Sim, foi bom tirar tudo aquele peso que guardei em todos esses anos, não se preocupe comigo, de todo jeito estou melhor agora.

O Kazegake assentiu e comeu um pouco junto a ela,  conversaram algumas coisas sobre jutsus e suas vidas nas vilas, logo depois foram juntos ao prédio em que os dois ficavam, já que era basicamente para visitantes na vila, o que os surpreendeu foi que estavam ficando em apartamentos em frente um do outro, o que era meio surpreendente para eles, ambos se despediram e entraram em seus apartamentos, Saya foi tomar um banho e relaxar e mal sabia ela que o Kazekage fazia o mesmo, ao deitar em sua cama lhe veio a imagem do peitoral do ruivo e de seus movimentos enquanto treinava, ele realmente era algo.

No entanto foi tirada de seus pensamento com a aparição de Kiseki em seu quarto, não esperava que o Raikage o mandasse com uma resposta a seu relatório.