Living Dead - EM HIATUS escrita por lolita


Capítulo 4
III - The Dominator


Notas iniciais do capítulo

Aleluia postei esse capítulo! Desculpe a demora, pessoal, eu não estava conseguindo terminar e também estava muito ocupada nessas últimas semanas ;x

Por favor não me abandonem, estou com muitas ideias legais e prometo deixar essa fic muito boa ainda!

De qualquer forma, aqui está o capítulo novo, espero que gostem!



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No dia seguinte, Annabeth acordara sentindo-se estranhamente bem. Uma agradável felicidade corria por suas veias e ela sentia aquela vontade rara de sorrir a toa. Não demorou muito para suas irmãs também acordarem.

– Bom dia irmãs! - Annabeth sorriu e levantou-se da cama, sem querer ficar deitada parada.

– Bom dia Annabeth, acordou feliz hoje por que hein? - Silena estreitou os olhos e lançou-lhe um sorriso malicioso.

– Ah Silena, hoje estou em um daqueles dias raros de bem estar, faça-me o favor de não estragá-lo.

– É, deixe-a em paz Silena, Annabeth está apaixonada! - Rachel falou rindo enquanto sentava-se na cama.

Annabeth parou subitamente, girando-se nos calcanhares.

– Como disse? - Ela questionou assustada, embora soubesse muito bem o que havia escutado. Silena soltou um risinho.

– Olha só o que o amor faz, ela até acordou sorrindo! - Silena falou, com uma voz açucarada.

– Pois é, não pense qua não a observamos ontem à noite Annabeth! - Rachel falou.

– Ah, tão fofinho eles dois sentado na beira do riacho! - Silena falou.

– Mas é claro, Annabeth tinha que levantar e estragar tudo. - Rachel disse, dessa vez com uma voz amarga.

– Estragar o que? Não havia nada para estragar! - Annabeth apelou.

– Ah, pelo amor de Zeus Annabeth, estava um clima de romance entre você e Perseu sim, admita!

– Eu... Não! Não tinha romance algum, estávamos apenas conversando!

– Uhum, a conversa era tão comum que depois eles ficaram um booom tempo abraçados antes de irem se deitar! - Silena falou rindo.

– Argh! Vocês acordaram decididas a me irritar hoje! - Annabeth resmungou.

Suas irmãs riram e iriam falar mais besteiras, mas naquele momento as criadas entraram para banhá-las. Depois do processo de higiene matinal, foram vestidas; suas irmãs sempre usavam espartilhos apertados e desconfortáveis por debaixo dos vestidos belos, rodados e de alta costura. Annabeth não permitia que lhe colocassem espartilhos, já usara uma vez e odiara. Seus vestidos também nunca eram muito rodados nem cheios de enfeites, para que não ficassem pesados e permitissem que Annabeth corresse e fizesse o que bem entendesse sem ficar incomodada.

Quando voltaram ao quarto, as bandejas com o café da manhã das três estavam postos cada um em sua devida cama. Todas as refeições do palácio eram, é claro, fartos e deliciosos. Na bandeja continha pães e bolos acabados de saírem do forno, frutas e leite de cabra frescos, geléia de morango, ovos e bacon fritos, café e chás. Após as três irmãs terminarem o desjejum, dirigiram-se ao quintal para a educação do dia-a-dia.

As aulas eram feitas ao ar livre; quando pequenas, receberam aulas de etiqueta e aprenderam sobre os deuses e como o mundo fora criado. A partir de uma certa idade, um senhor chamado Dédalo, conhecido por ser o mais inteligente do reino, fora contratado pela rainha para ensinar história, cálculo, literatura e astronomia para as garotas; afinal, para Elizabeth, conhecimento era uma coisa fundamental na vida das pessoas, principalmente para as mulheres. As três irmãs nunca tiveram problemas com o aprendizado, pelo contrário, tinham apetite pelo conhecimento e disposição para aprenderem cada vez mais. As meninas estudavam também a natureza, o corpo humano e os animais. Dentre as três, Annabeth era a que mais se destacava, pois tinha raciocínio rápido e maior facilidade para entender os assuntos.

Depois das aulas - cujas Dédalo nunca deixava serem entediantes - as garotas foram direcionadas a um banho rápido para em seguida, almoçarem. O almoço como sempre, estava delicioso com suas sopas bem temperadas e carnes sempre no ponto certo; porém, Annabeth já não ficara tão em paz. Todos os dias, era sempre o mesmo silêncio desconfortável entre seu pais para com a família. O duque e a duquesa, Sally Jackson, também mantinham-se em silêncio na maior parte do tempo; os poucos comentário eram sempre entre Percy e as garotas.

Os quatro passaram o resto do dia juntos. Rachel e Annabeth aproveitaram que não estavam com vontade de ficarem o dia inteiro se lamentando da vida pra conversarem nada com nada, apenas aproveitaram o dia agradável na companhia dos amigos. Silena e Rachel tentaram várias vezes escaparem para deixarem Perseu e Annabeth a sós, mas os dois percebiam e não deixaram-se serem enganados.

Na hora do jantar, estavam preparados para mais um silêncio desconfortável. Porém, naquela noite fora diferente. Em certo momento, Frederick anunciara que iria promover um festival em homenagem à Lua Azul, que ocorreria no dia seguinte. A festa aconteceria na Praça Central e todos teriam que comparecer. Apenas isso, sentou-se e voltou a comer, porém, o anúncio causara uma excitação silenciosa nos quatro adolescentes. As festas que aconteciam fora do palácio, era sempre marcantes, pois os quatro sempre se divertiam aprontando alguma coisa nova, mas sem nunca serem pegos no final, é claro.


O dia seguinte finalmente chegara e Annabeth acordou ainda mais animada que o dia anterior; na verdade, os quatro estavam demasiado felizes. Annabeth adorava todos os Festivais que aconteciam no reino, mas em especial o da Lua Azul. Eram sempre ao ar livre e eram uma das poucas vezes que a realeza entrava em contato com a plebe.



Ela odiava o modo como a realeza era estupidamente fresca em relação a plebe. Eles eram proibidos de entrar no castelo, e todos os nobres os olhavam com tanto nojo, que Annabeth se impressionava ao ver como como eles conseguiam se controlar, porque ela sabia que na verdade, queriam mesmo era cuspir na cara dos plebeus.


De qualquer forma, naquele dia especial, Annabeth estava agindo diferente do costume. Novamente acordara sorrindo e dando Bom Dia a todos, até mesmo aos criados com quem ela não se relacionava bem. A verdade era que ninguém se relacionava bem com ela, mas naquele dia ela não estava se importando.

Ansiava para ver a Praça Central toda enfeitada de azul, cujos enfeites nunca eram os mesmos. Ela realmente adorava o modo como o povo se dedicava à comemoração de um simples Evento Astronômico. Ela admirava a dedicação, a humildade e a simplicidade do povo mais carente do reino; diferente dos nobres, que estavam o tempo inteiro preocupados com coisas realmente fúteis! Era mesmo uma pena que seu pai não dava à mínima para isso, muito menos se importava com os pobres.


Finalmente o sol começou a se pôr, e as garotas foram aprontar-se para o Festival. Annabeth, por ser uma garota que pouco se importava com sua aparência, também não se importava em perfurmar-se, e as criadas já estavam acostumadas com isso. Porém, naquela noite Annabeth pedira que lhe perfurmassem do melhor jeito possível. As criadas estranharam, mas pingaram em seu corpo um óleo do Oeste e esfregaram um líquido branco, que tinha um cheiro suave e agradável, em seu pescoço e axilas . Quando foi vestir–se, sua Aia pegou logo um vestido cinza qualquer para Annabeth vestir-se, porém, a garota a impediu. Pensou um minuto antes de decidir.



– Não. Eu... hum... que tal o espartilho?


Suas irmãs e as Aias pararam o que estavam fazendo e a olharam ao mesmo tempo e Annabeth teve vontade de se esconder.

– Annabeth, você odeia usar espartilho. – Rachel falou, desconfiada.

Annabeth suspirou.

– Sim, é verdade. Mas nesta noite estou disposta a ficar melhor em meu vestido. – ela deu um sorriso mínimo.

Suas irmãs estranharam, mas deixaram que Annabeth usasse o quisesse. A criada colocou o espartilho na garota e o apertou bastante, mas Annabeth não reclamou, afinal, quando colocasse o vestido, ele marcaria bem suas curvas e deixaria seu corpo bem definido. Antes de pegar seu traje, dessa vez a Aia decidiu perguntar:

– Há algum vestido de sua preferência para esta noite?

Annabeth avaliou alguns dos vestidos e encontrou um perfeito.

– Este, este azul.

Ela se encantou pelo vestido, surpresa por ninguém nunca tê-lo usado. Ele era azul escuro, bordado à partir da cintura pra cima, e as mangas caíam suavemente dos ombros. Era simples e bonito, perfeito para ela!

Seus cachos foram presos em um coque frouxo, com algumas mechas que caíam ao lado de seu rosto e em seu pescoço. Passaram pó de arroz em seu rosto, descendo até o pescoço, e suas maçãs do rosto foram apertadas delicadamente para que ficassem rosadas.

– Nossa! – Rachel e Silena exclamaram. As duas andavam sempre bem produzidas, por isso, nunca deixavam as pessoas muito surpresas ao terminarem de se arrumar. Já Annabeth nunca se importara pois não gostava de maquiagem. Porém, lá estava ela, perfumada e maquiada, e mesmo já tendo uma beleza natural, tinha que confessar que estava bem mais bonita.

Uma das criadas entrou no quarto avisando que já deveriam descer. Rachel usava um vestido verde escuro, que reaçalvam seus olhos, seus cabelos vermelhos foram puxados para trás, a parte de cima presa e o resto solto. Silena usava um vestido de seda vermelho, que criava um belo contraste com seus cabelos escuros, as ondas foram jogadas para a frente do corpo. A essência que passaram em Rachel era refrescante e exótica; a de Silena era doce e bem mais forte, enquanto a de Annabeth era bem menos marcante, suave, mais tímida, e ela preferia mesmo daquele jeito.

Quando chegaram ao andar de baixo, todos já a esperavam. Annabeth fora a última a descer antes de algumas servas. E por um momento terrível, ela sentiu todos os olhares presos nela.

Vamos, Annabeth, um pouco mais de atitude, por favor! Ela se repreendeu, então reuniu coragem para deixar de encarar o chão. Isso, nesta noite você será diferente!

Empinou o queixo, queria mostrar que nesta noite ninguém deveria tratá-la do mesmo modo que a tratavam normalmente. Queria encantar as pessoas. Em um minuto, todos se recuperaram e voltaram a agir normalmente enquanto dirigiam-se às carruagens. Apenas Percy não conseguia tirar os olhos dela. Annabeth sorriu e aproximou-se dele, para ninguém ouví-los.

– Pare de ficar me encarando, Percy! – ela sussurrou.

– Você está linda, Annabeth! – ele falou, parecendo meio bobo. Ela sentiu suas bochechas ficarem vermelhas, mas tentou agir com classe.

– Obrigada. – respondeu com um sorriso.


Chegaram à Praça Central logo após o pôr do sol. Uma longa faixa estava pendurada entre duas árvores com os dizeres Festival da Lua Azul. Várias bandeirinhas azuis foram penduradas pela praça, barraquinhas nas cores branca e azul foram erguidas que vendiam frutas e guloseimas, outras com jogos e apostas. Um palco médio encontrava-se no centro, logo à frente do grande xafariz, onde profissionais de circo atraíam uma boa quantidade de público. Crianças corriam por todo lado, uma música animada tocava por perto e alguns casais e adolescentes dançavam alegremente.

A chegada da Família Real foi anunciada e num instante todos pararam o que faziam e viraram-se em direção as carruagens. A primeira parou e Annabeth observou seu pai descer; todos se agacharam em comprimento à sua majestade. Após a carruagem dele se retirar, a sua andou à frente e sua mãe desceu, logo em seguida Rachel, Silena e enfim ela. Por incrível que pareça, Annabeth não viu olhares de nojo ou desgosto, mas sim surpresa. Um sorriso irônico surgiu em seus lábios rosados. Então é isso? Ela pensou. Só vou conseguir tratamento diferente se eu ficar usando maquiagem ou algo do tipo? Não posso ser eu mesma? Tenho que ficar seguindo as regras e frescuras da sociedade para ser aceita. Sentiu vontade de revirar os olhos, mas ela sabia que qualquer movimento do tipo faria com que pensassem que ela era grossa e rude, e ela não queria continuar passando essa imagem, afinal, isso é o que ela não era.

A carruagem do grão-duque Jackson chegou em seguida, desceu, seguido por Sally e Percy. Logo Percy se juntou à elas.

– E então? O que iremos fazer? – Ele estava claramente animado, com um sorriso perverso no rosto. Percy malandro! Ela pensou, e o apelido a fez rir.

– Qual a graça? - Ele perguntou.

– Está ansioso para aprontar, não é? - Ela estreitou os olhos.

– Você nem imagina! - Ele respondeu e ela viu a malícia em seus olhos e sorriso. Corou, pois sentiu que de repente estavam falando sobre outra coisa, só não sabia o que era.

– Não faremos nada... por enquanto. – Rachel falou, e três pares de olhos a encararam

– Acabamos de chegar, não devemos ficar muito longe de nossos pais por enquanto, devemos pelo menos esperar o discurso de nosso pai. - Ela explicou, e no momento que terminou de falar, uma corneta soou e um homem com uma expressão entediada e voz anasalada começou a falar:

– E agora, o discurso de Vossa Majestade em homenagem ao Festival da Lua Azul, o Rei Frederick Chase.

Os quatro jovens seguraram-se para não rir do homem e observaram em silêncio enquanto a "vossa majestade" subia ao pequeno palco de madeira e fazia seu discurso.

– Nós, povo de Bridgeport, sabemos como é importante e magnífico cada parte da natureza, e por longos anos viemos comemorando... – Annabeth logo se distraiu do discurso ridículo de seu pai e só voltou sua atenção quando ele pôs um sorriso em seu rosto que Annabeth sabia que era forçado e finalizou: – E que continue a festa!

O público explodiu em uma salva de palmas. Annabeth soltou um suspiro forte e forçou-se a aplaudir também, novamente recusando-se a revirar os olhos. Todos começaram a se dispersar e voltarem às suas atividade. Foi quando Annabeth percebeu uma pequena família junto à sua. Todos tinham cabelos cor de areia e olhos azuis; Frederick conversava avidamente com o que aparentava ser o chefe da família, e ela não gostou nada da impressão que teve.

– Vamos, rápido! Antes que nos... - Eles estavam se virando e começando a se afastar quando ouviram a voz de Elizabeth chamar:

– Rachel, Silena e Annabeth, poderiam juntar-se a nós por um minuto? - Elizabeth, que estava bem atrás delas convidou-as.

– Hum... claro mamãe! - Annabeth respondeu, Rachel e Silena concordaram. Juntaram-se a pequena roda.

– Aí estão elas! - Frederick falou, animado. - Queridas, quero que conheçam a família Castellan, que chegaram semana passada da Itália e logo logo se tornará com certeza uma das famílias mais influentes de Bridgeport. - Ele tagarelou.

Assim que percebeu a empolgação no olhar de Frederick quando as apresentou a família, Annabeth teve certeza que aquele Festival ia mudar completamente sua vida.

– Estes são Pierre, May e Luke Castellan. Sr. e Sra. Castellan, Luke, estas são minhas filhas: Rachel, Silena e Annabeth. - Disse Frederick, apresentando suas filhas à família.

O casal aparentava fios brancos e marcas do tempo no rosto; já Luke, tinha uma aparência bela e juvenil, com cabelos cor de areia e olhos azuis iguais aos do pai. As três educadamente cumprimentaram a família se abaixando levemente, como foram ensinadas desde a infância.

Annabeth sentiu o olhar de Luke passar por cada uma delas, e suas bochechas coraram. Ele era mesmo quem ela estava pensando? Era um rapaz bonito, muito bonito sim, mas viu um súbito interesse em seus olhos enquanto ele avaliava suas irmãs, e novamente voltavam para ela. Seus olhos se encontraram, e por um segundo ela viu surpresa e ferocidade nos dele. Seu peito encheu de raiva.

– Devo dizer que é mesmo uma honra conhecer as tão belas filhas do rei. - Disse Luke enquanto beijava delicadamente a mão direita de cada uma das três. Annabeth deu uma rápida olhadela para Rachel, ela também parecia entender o que estava acontecendo ali.

– Estamos igualmente honradas em conhecê-los, senhores Castellan. - Silena respondeu. Annabeth e Rachel se seguraram para não lançarem-na um olhar feio, Rachel apenas deu uma rápida olhadela que avisava: "Não dê confiança!" Mas Silena pareceu não perceber.

Annabeth olhou disfarçadamente para trás, seus olhos procurando por Percy. Ele estava junto de seus pais, Paul e Sally, e estes conversavam com homens importantes, mas Percy cuidadosamente a observava dali. Annabeth pôs sua dúvida no olhar, e ele a respondeu assentindo levemente.

Certo. Voltou sua atenção para Luke. É ele. Ela sabia que não deveria se preocupar, já que Luke tecnicamente já era o noivo de Rachel. Mas então, por que ele corria os olhos pelas três, como se estivesse avaliando-as? Por que Frederick se dera ao trabalho de fazer uma apresentação formal das três? Ou Luke ainda não havia sido avisado de que Frederick estava de olho nele?

Um arrepio correu pela espinha de Annabeth. Será que era isso? Ela pensou. Será que ele ainda não estava comprometido? Será que ele iria escolher uma das três? Sentiu uma vontade enorme de sair correndo dali. A família Castellan era recém-chegada, provavelmente ainda não sabia da fama que ela tinha pela cidade, o que significava que ela corria o risco de ser escolhida.

Não! Quis gritar. Ela era muito nova, suas irmãs eram mais bonitas, mais velhas e mais maduras, ele não iria querer ela.

– Annabeth? - Ela foi puxada de seu terror interno pela voz sussurrante de Rachel em seu ouvido. - Você está bem? Parece que vai vomitar.

– E-eu... - Respirou fundo e controlou sua voz. - Não, estou bem, só estava imersa em meus pensamentos.

Olhou nos olhos de sua irmã e percebeu que ela compreendia o que Annabeth estava pensando, e talvez, estivesse pensando a mesma coisa. Annabeth lançou seu olhar de: Precisamos fazer alguma coisa! Rachel concordou com a cabeça suavemente. Então ouviu com mais atenção o que Frederick falava.

– ... e este ano, Silena foi eleita novamente a moça mais bela de nosso reino!

– E com toda a razão, Silena você é realmente muito bonita. - May Castellan elogiou. Foi aí que percebeu que Frederick falava apenas de Silena.

– Muito obrigada Sra. Castellan. - Silena agradeceu, seu sorriso doce.

– As três são estonteante belas! - Luke falou, sua voz era sedutora. Argh, que nojo! Annabeth definitivamente não gostou dele.

– E Rachel e Annabeth? Tenho a convicção que há talento em suas duas outras filhas também Frederick. - Daniel falou, seus olhos estreitaram, como se parecesse desafiar o rei!

– Rachel é uma das melhores damas de equitação de Bridgeport. - Elizabeth falou, um sorriso orgulhoso nos lábios.

– E Annabeth... bem, é... - Frederick começou a falar, mas seus olhos correram em direção a Elizabeth, pedindo ajuda.

– Annabeth é com certeza uma das garotas mais inteligentes de Bridgeport! - Uma voz surgiu por trás do grupo, que este se virou para olhar uma garota de curtos cabelos pretos e repicados e olhos azuis elétricos se aproximando em seu vestido negro acompanhada de Sally Jackson. Annabeth franziu a testa e olhou para trás, mas só encontrou Paul e Percy de costas para eles há alguns metros de distância.

Sally, que estava com um vestido branco e azul, dirigiu um sorriso meigo para Annabeth. - Com certeza, ela é a aluna favorita de Dédalo. - Sally completou, concordando com o elogio da moça ao seu lado.

– Thalia... Sally. - Frederick disse com um certa irritação na voz. - Sr. e Sra. Castellan estas são Sally Jackson, esposa do grão-duque Paul Jackson, e esta é Thalia Grace, uma antiga... amiga da família.

Daniel cumprimentou-as com um aceno de cabeça. Annabeth por si, ficara confusa. Ela e Sally nunca foram próximas, mas se respeitavam e nunca tiveram nenhum tipo de problema. Já Thalia, bem, ela já ouvira falar desse nome, mas nunca a conhecera. Então por que se deram ao trabalho de contar elogios sobre ela? Viu Frederick lançar um olhar irritado para Thalia e sentiu pena da moça, mas esta não pareceu se incomodar.

– Dédalo... Este não seria o Dédalo, cujo nome corre pelos países devido sua famosa inteligência e arquitetura? - Daniel perguntou.

– Sim, este Dédalo. - Frederick confirmou, e o casal olhou surpreso para Annabeth.

– Bem, suponho que seja muito sábia minha jovem. - Daniel falou.

– B-bem... eu me esforço muito. - Annabeth gaguejou, ela não estava familiarizada com elogios.

– Mas aposto que nem precisa se esforçar minha querida, Dédalo diz que sua sabedoria é notável desde seu nascimento. - Sally contou, sua voz meiga.

– Jura? - Annabeth perguntou, sua voz uma oitava mais aguda, pigarreou. - Bem, estou muito agradecida pelo elogio de Dédalo. - Sorriu.

Frederick voltou a falar de Silena, e em certo momento, Rachel, Annabeth, Sally e Thalia pediram licença para se retiraram. Rachel e Annabeth afastaram-se rapidamente.

– Percebeu o mesmo que eu? - Annabeth questionou em certo momento.

– Que papai quer que Luke se case com Silena? Sim, percebi isso. - Rachel respondeu. Annabeth odiava o modo como Rachel falava papai, cheio de amor na palavra, mas ignorou seu ressentimento.

– Bem, então acho que não deveremos nos preocupar, certo? – Annabeth respondeu.

– Annabeth, eu gostaria de responder que sim, mas não sei se percebeu, são eles quem vão escolher, papai só está tentando convencê-los de que Silena é a melhor escolha. – Annabeth suspirou.

– Sim, eu percebi isso. Só estava tentando me convencer de que Silena já era a escolhida.

– Bem, é a eles que você deve convencer, não à si mesma. – Rachel falou.


Luke Castellan era o tipo de homem que conseguia tudo que queria. Nunca quis se casar, não queria manter-se com a mesma mulher pelo resto de sua vida. Era um canalha, tinha que confessar. Mas não se arrependia, não gostava de ter apenas uma, e naquele exato momento estava prestes a perder a cabeça.

Eram três! Simplesmente três mulheres, tão lindas, tão encantadoras, tão iguais e ao mesmo tempo tao diferentes! Na aparência as três eram completamente diferentes, cada uma com tons de pele, olhos e cabelos diferentes, mas eram igualmente parecidas com os pais. Todas tinham algum talento, e todas tinham alguma chama que o atraía, era como se estivesse perdido em meio a neve e elas fossem a fogueira que o chamava para se aquecer, mas cada uma tinha suas vantagens e desvantagens, e ele só podia escolher uma, e isso... bem, isso estava deixando-o louco.

Silena era com certeza a mais bonita das três, e era adorável com certeza, com muitas qualidades. Porém, ela interessara-se por ele e isso estava muito claro. Gostou da atitude das outras duas que o ignorara. Luke gostava de um desafio, gostava de ser o caçador, gostava do jogo de sedução. Silena era mais como uma presa suicida, facilmente conquistada, facilmente domável. Não, queria mais do que isso, e as outras duas mostraram-se difíceis de serem conquistadas.

Então seria assim, descartaria uma por uma. Embora odiasse ter que se desfazer da linda Silena, ela não era a escolha certa, embora os pais dela tentassem claramente convencê-lo de que era a certa, não queria escolher uma mulher que já era praticamente uma submissa em suas mãos. Gostava de dominação e respeito, mas também gostava de desafios.

Agora, qual das outras duas escolher? Gostava do cor exótica dos cabelos de Rachel, e gostava do fato de ela ser a mais velha, o que fazia dela praticamente mais madura, embora isso também pudesse ser também uma desvantagem. A loira, Annabeth, era a caçula, mas já mostrava uma beleza estonteante, e como dissera as duas mulheres que apareceram depois, era também a mais inteligente. Hum... jovem, bela, inteligente e desafiadora. Gostou muito dessa combinação. Pediu licença e se retirou, então começou a procurar as garotas que afastaram-se rapidamente.

Encontrou-as perto de uma árvore que ficava no arredores da praça, afastadas da multidão. Conversavam e voz baixa e provavelmente estavam falando de alguma coisa séria, devido a expressão irritada de Annabeth. Ficou em uma distância que pudesse observá-las mas que não pudesse ser visto.

Annabeth era esguia e já começava a mostrar um futuro corpo esbelto e escultural. Seu cachos dourados estavam presos de modo que seu colo ficasse bem a mostra; admirou seu pescoço branco de cisne. Luke tinha uma certa paixão por pescoços brancos, e ficou alguns minutos gravando-o. Os olhos de Annabeth eram cinzas como o céu nublado de Bridgeport e moviam-se furtivamente pelo local, atentando-se para ver se não encontrava ninguém a sua espreita, mas não encontraram o olhar observador de Luke.

Imaginou suas mãos despindo o belo vestido azul que Annabeth usava. Imaginou seus cachos soltos em volta de seus ombros, sua pele branca e delicada. Imaginou como seria sua barriga, lisa e macia, e seus seios, duros e delicados. Tentou imaginar também a expressão de Annabeth... Medo ou excitação? Tentou misturar o medo e o desejo na face de Annabeth, e gostou do resultado.

Ah... Ele não via hora de ver sua imaginação virando realidade, não via a hora de ter Annabeth completamente em suas mãos, como uma submissa. Luke queria Annabeth, e ele a teria, ah com certeza a teria!


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