Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Milhões de trilhões de desculpas pela demora! Vocês já devem estar cansados de ouvir, mas a culpa é do dever de casa, dos testes surpresa que estão pro vir e do fato de que estou gastando minhas tardes assistindo Pretty Little Liars, se eu não começasse a assistir provavelmente minha amiga me mataria. Okay, não, mas agora eu já comecei e não consigo parar.
Ninguém vai ler essas notas mesmo, então, nos vemos nas notas finais, ENJOY IT!



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Acordo com algum tipo de luz no meu rosto, e logo depois eu sinto dor no pescoço. Dormi numa das poltronas, em cima da minha redação, que só ficou levemente amassada. Está amanhecendo e infelizmente estou perto das janelas.

Só então a razão me atinge. Eu dormi na Sala Comunal! O que estava pensando? Na verdade, a última coisa que me lembro de ontem é de tentar não pensar em nada. Acho que consegui.

Subo correndo para o dormitório, completamente acordada. Bagunço a cama, e tomo um banho, tentando fazer o tempo passar mais rápido. Automaticamente, me arrumo mais do que o de costume, até lembrar que não para Hogsmeade, mas continuo com a mesma roupa por pura preguiça.

Resolvo mandar uma carta para minha mãe, ela deve estar irritada porque faz algum tempo que não mando nenhuma. Escrevo que fui escolhida para o time de quadribol e só posso torcer para não receber um berrador.

Para minha infelicidade, não fui a única que resolveu passear pelos corredores de pedra de Hogwarts às cinco e meia da manhã.

–Você.

Ele ri:

–Eu. O que faz andando pelo castelo à essa hora?

–Mandando uma coruja para a Dona Fleur, que deve estar planejando a minha morte por não mandar nada à duas semanas. E você?

–Fui desmarcar o encontro com uma menina.

Mais uma vez, tropeço de tão surpresa:

–Desmarcar com Helaine Dillan, da Corvinal? Às cinco da manhã?

–Isso aí.- James respondeu, ainda rindo- Ela nem era tão legal assim, só aceitei sair com ela porque...

–Por quê?- pergunto, quando ele se interrompe e nem tenho tempo de pensar que estou conversando com a pessoa que queria evitar.

Ele não responde.

–Sabe, eu andei pensando no que me disse ontem...

–Eu disse muitas coisas ontem, James, seja mais objetivo.

–Então, eu andei pensando... - mais uma vez, fiquei sem a resposta para minha pergunta- e não achei justo. Eu não devia ter feito aquilo.

Caminho em silêncio por algum tempo:

–Isso foi um pedido de desculpas?- pergunto, quase rindo.

Ele para de andar, me impedindo de continuar andando também:

–Foi tão ruim assim, Domi?- pergunta e depois que eu começo a rir completa- Sério mesmo? Então eu tenho que me esforçar mais.

–E porque está se esforçando tanto comigo?

Mais silêncio.

–Nossa - ele começa, saindo para um dos pátios- Por essa eu não esperava.

–Por que, James?- sento do seu lado e ele balança a cabeça.

–Não sei. Eu sinto falta de conversar com você. Erámos tão amigos e depois...

–As coisas ficaram estranhas, não é?- completo a frase e ele assente- Sei bem como se sente, eu concordo. As coisas estão estranhas.

James parece frustrado:

–Queria saber como tudo ficou estranho.

Sorrio, um pouco melancólica, porque essa resposta eu acho que sei.

–Não acho que vai querer saber. - respondo, mas ele me interrompe.

–É, eu não vou querer saber mesmo.

Sorrio de novo:

–É, não vai.

–Então você me desculpou?- ele pergunta, com aquela cara de cachorrinho que caiu da mudança. Mas eu não sou tão fácil assim.

–Posso pensar no seu caso.

–Fala sério, Dominique!

–Ei, não grite, a maioria das pessoas ainda está dormindo. - eu rio, e ele volta a se sentar, olhando ao longe.

–Lembra quando fomos junto com Ted e Victorie no Beco Diagonal?

Para de olhar o corredor, um pouco confusa:

–Lembro. Era o primeiro ano dela.

Ele concorda:

–Eles tinham que tomar conta da gente, e de Fred e meus irmãos também, mas não fizeram isso. Fred foi parar na Travessa do Tranco, meus irmãos foram procurar minha mãe no Profeta Diário e nós ficamos na sorveteria.

Dessa vez eu concordo.

–Gastando galeões.

–Isso. Depois de muito tempo, estávamos cansados e eu deitei num banco. E você não quis fazer o mesmo porque ia sujar a sua roupa.- ele terminou a história sorrindo.

Eu continuo confusa:

–E o que tem de mais nisso?

James ri:

–Caramba, Domi, nada. Não tem nada de mais nisso, eu só estava lembrando.

Agora estou rindo também:

–E se lembrou disso porque estamos sentados num banco?

–Faz sentido, não faz?

–Na verdade... até que faz.- dou outro sorriso.- Aquele dia foi bem legal, e rendeu um castigo grande pros dois. Depois disso nunca mais deixaram crianças de doze, onze, sete, seis e quatro sozinhas no Beco Diagonal. E depois você começou a deitar em todos os bancos que via pela frente.

Ele também riu:

–Não posso fazer nada se bancos são confortáveis. Por falar nisso, vou deitar nesse banco mesmo.

–O que?- ele realmente deitou no banco, e eu me levantei, rindo- Você está bem, James? Levanta desse banco, eu não vou ficar em pé aqui.

–Não estou te impedindo de sentar-ele respondeu, ainda deitado, levantando um pouco a cabeça- Anda logo, Dominique.

Eu o encaro:

–Não vou sentar aí.- respondo, muito séria- vai parecer que...- balanço a cabeça e ele continua rindo, e depois se senta.

–Tudo bem então. Mas vai me fazer um favor.

Reviro os olhos:

–Se eu estiver afim.

James me empurra de leve:

–Deixe de ser tão difícil. Toma café comigo.

Ergo a sobrancelha:

–São seis da manhã. O café da manhã só começa às sete.

Ele sorri, mas não o sorrisinho maroto/superior de sempre. Aquele mesmo sorriso diferente que eu não sei explicar e tira toda a minha concentração. Respiro fundo, e ele me estende a mão. Fico imóvel alguns momentos, mas seguro a mão dele tentando não tremer e deixo que me puxe por vários corredores, até chegar em frente á um quadro de frutas. Ele faz cócegas no quadro, que se abre, revelando uma cozinha cheia de elfos sorridentes.

–O que...

–Shi. Um maroto sempre dá um jeito de conseguir as coisas.

Um dos elfos saltita na nossa direção, e fala com sua vozinha esganiçada, fazendo uma reverência exagerada:

–Em que posso ajuda-lo, Senhor Potter, e Senhorita...?

–Weasley- respondo.

O elfo assente, fazendo outra reverência:

–Senhorita Weasley.

James indica uma das mesas:

–Nós viemos tomar café da manhã mais cedo.

O elfo bate palmas e chama os outros:

–Os senhores querem tomar café mais cedo! Ponham a mesa!

Olho, um pouco assustada, enquanto eles arrumam uma das mesas, murmurando sobre como estão alegres de estarmos lá dando trabalho a eles.

–Pode me passar o chocolate?- pergunto a um elfo, que parece chocado.

–Não, não, minha senhora, deixe que eu faça o chocolate.

Arregalo os olhos, e James senta ao meu lado:

–Eles são sempre assim?

Ele pega uma torrada:

–São. Ás vezes são piores.

–Que história é essa de “maroto”?- Ele arruma postura, e coloca a mão no coração. Eu começo a rir- O que foi?

–Os Marotos foram os maiores, melhores e mais históricos estudantes de Hogwarts. Meu avô era um deles. Eles fizeram um Mapa de todo o castelo, eu o roubei do meu pai antes do primeiro ano. É uma história bem longa, e não sei se estou autorizado a contar para você.

–Entendi. Bem, quem sabe um dia. Costuma trazer as pessoas aqui para um café da manhã praticamente de madrugada?

–Não, os únicos que trouxe aqui foi o Fred, para pegar comida... e você.

Coro, e bebo o chocolate quente para tentar disfarçar:

–Acho que posso considerar que isso é especial. - sorrio, encarando aqueles olhos castanhos esverdeados. Ele não fala nada por algum tempo, e então se aproxima, sussurrando.

–É claro que é especial. Como você.

Provavelmente a minha parte romântica está completamente morta agora. Minha respiração e batimentos estão descompassados. Não, eu estou sendo ridícula. Mesmo, ele só queria se desculpar, e foi legal. Vamos continuar amigos, como sempre fomos, e eu não vou entrar nos seus joguinhos.

Olho um relógio:

–Meu Merlin, são quase sete horas!- termino de comer rapidamente- Vamos para o Salão Principal, preciso falar com Makayla...

Ele faz uma careta:

–Tudo bem, Senhora Weasley- eu o encaro, muito irritada.

–Nunca mais me chame assim, Potter!- quase grito, mas consigo me controlar.

–Desde quando me chama de Potter?

–Desde quando me chama de Weasley?

Ele ri:

–Okay, é justo, Domi.

Não consigo conter um sorriso pequeno:

–Por favor, nunca mais me chame assim.

James coloca as mãos para cima, em sinal de rendição. Saímos o mais furtivamente possível da cozinha, dando adeus paras os elfos domésticos e prometendo voltar outro dia.

Todos já estão no Salão Principal, rindo e conversando.

–Finalmente!- Makayla grita- Onde você esteve? Ou devia dizer vocês?

Ignoro a pergunta e sento, pegando um croissant e fingindo ter fome. Infelizmente, James não ignora a pergunta, mas não responde o que eu imaginei:

–Eu estava no corujal , Dominique foi lá mandar uma carta e nós ficamos resolvendo o trabalho de Estudo Dos Trouxas.

Movo os lábios num silencioso “Obrigada” e ele dá de ombros, sentando e comendo:

–Falando nisso, não vou mais a Hogsmeade, demarquei com Helaine- ele diz e todos param de comer.

–Jay, o que está acontecendo?- Fred pergunta, derrubando o copo.

Ele não responde e continua a comer, e o assunto é esquecido. Por enquanto. Observo todos saírem, um pouco triste. A verdade é que eu amo Hogsmeade, e mesmo com promessas que vão me trazer doces, não ir me deixa muito chateada. Mas não sou do tipo que volta atrás, e tenho meu orgulho. Não iria sozinha quando todos tem uma companhia.

–E então, o que vamos fazer?- James pergunta, me abraçando por trás.

Eu bufo, irritada:

–Pare com isso.

–Você não gosta de abraços, não é?

O encaro pela décima vez hoje:

–Não, não gosto.

–Quadribol?

Balanço a cabeça:

–Hoje não. Vamos fazer aquele trabalho de Estudo dos Trouxas.

Ele suspirou e disse que eu devia parar de falar com Rose, mas o ignoro e arrasto para biblioteca, numa atitude atípica para mim também. Passamos metade da tarde fazendo o trabalho, que nem era tão trabalhoso assim, apesar de chato. Acabamos jogando xadrez na sala comunal depois.

–O dia ainda está bonito. Vamos lá fora, Domi.- James sugere, depois da oitava partida, que ele ganhou. Para que minha imagem não fique (tão) ruim, eu ganhei três.

–Eu não quero.

Ele guarda o xadrez:

–Você nunca quer nada. Nós vamos nos divertir lá fora como crianças.

–Só tem alunos dos primeiros anos. - argumento, em vão.

–Você sempre se gabou por ser diferente. - ele sorri, e eu não vejo saída. Ou fico sozinha numa torre vazia, ou vou até lá fora. E o forte de Dominique Weasley não é ficar sozinha.

Dou de ombros, e o sigo até lá fora. Está um pouco mais frio do que eu esperava e o céu está tão azul que dói.

–Não estou me divertindo nada- reclamo, enquanto fecho o casaco e começando a andar em direção ao castelo- Tchau pra você que vai ficar aí.

Ele não reclamou o que já devia me ter feito desconfiar. Enquanto andava tranquilamente algo ou alguém me agarrou por trás. Já disse que eu sou pequena, igual ao meu avô materno? Então, nesse momento, James Potter tinha me jogado sobre o ombro como um saco de batatas.

–Me solta! James! É sério, isso não é legal, eu quero entrar!- eu grito, enquanto tento não rir, mas é impossível.

–Por isso mesmo eu não vou soltar.

Continuo gritando até que ele me coloque no chão. E então saio correndo para dentro do castelo, e igual a duas crianças corremos por alguns minutos.

–Acho que não vou mais conseguir andar, James.- praticamente me jogo no banco, rindo e ofegante- Correr não é meu forte.

–Já disse, você é chata, Dominique. Foi divertido.

–Só se pra você! Ser carregada é horrível.

Ele se levanta:

–Ah é?- e me coloca do mesmo jeito de antes.

–Solta!

–Não era você que disse que nem conseguia andar?- ele responde, e eu continuo rindo. Entramos no castelo, e só depois da segunda escada ele me coloca no chão- Você é pesada.

Tento abaixar o cabelo, que já está horrível.

–Espero que não esteja me chamando de gorda!

Ela balança a cabeça, rindo e se aproximando:

–Nunca diria isso de você- responde, ficando muito sério. E cada vez mais perto. E uma parte de mim não queria saber no que vai dar. Mas essa era a parte pequena. A outra não tinha nem mais a capacidade de pensar com James Sirius Potter tão... Perto. Ele tirou uma mexa do meu cabelo do meu rosto e...

–Jay?- a voz fanhosa de Helaine Dillan do outro lado do corredor.

–Que é, Dillan?- ele bufou

–Não seja tão grosso, queridinho- ela disse e ele me puxou, sem nenhum motivo aparente.

–Dillan, eu não quero ser grosso com você. Já disse que não quero absolutamente nada com a sua pessoa.

–Mas...

Dessa vez, eu interrompi a ceninha patética:

–Mas ele não quer nada com você. Achei que Corvinal fosse a casa dos inteligentes...

Ele não disse mais nada, e eu e James nos viramos. Ele riu:

–Nunca esperaria nada assim de você, Domi! Isso foi ciúme?

–Pare de sonhar, Jay- ele fez uma careta a menção do “apelido”, e eu ri- Vamos, daqui a pouco todos estão de volta.

E desse jeito, rindo e implicando um com o outro, voltamos para a Sala Comunal. Não lembro nem dos olhares acusatórios de Helaine Dillan.



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Notas finais do capítulo

Então? Estão (muito) bravos comigo por causa do final? Juro, até eu estou brava comigo, mas o capítulo do Baile que estou escrevendo nesse momento vai ser bem legal, e acho que talvez consiga me redimir. Ou não.
Anyway, DEIXEM REVIEWS! E obrigada por todos os reviews no último capítulo, principalmente das leitoras novas e podem brigar comigo mesmo para postar mais rápido. Mas, DEIXEM REVIEWS! Faz bem para a autora (eu) e para vocês, leitores.
Antes que eu me vá ~drama básico~ um aviso: eu e minha mãe achamos que estou ficando com tendinite, e eu nem devia estar escrevendo, mas tenho a necessidade de escrever. Então, eu vou ver isso direitinho mas não fiquem chateados/irritados com as demoras, estou morrendo de dor só por escrever essa nota final gigante.
Luv u all (e nunca esqueçam disso),
Bruna