Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Não, estou #chateada com vocês. Não me mandaram reviews, né? E eu não postei ontem hunf. Desculpem quem deixou review, mas poxa, eu tenho vinte leitores. Por que não consigo sete reviews? HEIN?
Mas é, sobre o capítulo. Eu gosto/não gosto dele. Tem momento fofo, mas a família dela na França é meio "whatever". Uma família maluca por vez, ou a autora enlouquece, mas acho que de famílias malucas eu entendo exatamente por pertencer a uma. Mas agora chega. Quem não queria que ela fosse para Beauxbatons... Ah, acho que todos queriam isso. ENJOY IT!



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Au revoir Angleterre, Bonjour France

-Tudo pronto?

Assenti, olhando para meu guarda roupa quase vazio. Meus irmãos e meus pais estavam no meu quarto, minha mãe chorando.

-Ma blonde...- ela dizia, balançando a cabeça. Louis segurava minha mala roxa, enquanto meu pai tentava abraçar Victorie e minha mãe ao mesmo tempo, visto que as duas estavam chorando desesperadamente.

Abracei minha mãe, sem dizer mais nada. Tinha chorado ontem, e não gosto nada de chorar, muito menos de que as pessoas saibam. Minha mãe não disse mais nada. Ela já tinha deixado bem claro, desde sempre, que estava extremamente orgulhosa e que eu iria amar Beauxbatons, que a comida era mil vezes melhor e coisas assim.

Victorie parou de chorar e saiu do quarto. Ela queria me levar até Paris, onde meu avô estaria esperando, mas não pode. Ele era realmente engraçado. Menor do que eu, gordinho e sempre muito arrumado, falava um bom inglês mais adorava colocar um sotaque. Também era o típico francês, do tipo que passeia com cachorrinhos e compra seis croissants ao dia.

Minha mãe sentou na cama, e fez sinal para que sentasse ao lado dela.

-Quer falar alguma coisa? Até hoje você nunca disse por que quer tanto ir para Beauxbatons. Não que eu esteja reclamando.

Dessa vez, eu respiro fundo. Posso pelo menos tentar falar com ela.

-Eu só quero ser a Dominique- ela me olhou como se não estivesse entendendo e eu suspirei antes de continuar- Em Hogwarts, sou só mais uma Weasley. Sou só a cópia da Fleur, campeã do Torneio Tribuxo. Sou só a irmã da ex- monitora popular. Eu não tenho nada de especial como meus outros primos. Roxanne e Fred são os palhaços. Alvo é o sonserino. Rose, a inteligente. Molly, a romântica. James, o maroto. Lily, a princesinha. Hugo, o admirador dos trouxas. Louis e Lucy, os caçulas. Eu não tenho nada de especial.

Minha mãe me olhava com ainda mais lágrimas nos olhos.

-Eu não entendo.

-Não entende o que? Essa é a verdade.

-Não, não é.- ela me abraça e depois coloca meu cabelo para trás, me forçando a olhar meu reflexo- Você não é como as outras. Não é palavra de mãe, eu juro. Você é mais do que isso. Estou achando ótimo que vá para Beauxbatons. Tenho certeza que vai descobrir sozinha.

-Descobrir o que?

Ela não responde, e tira o colar. Nunca me perguntei porque ela sempre andava com aquele colar, que eu gostava de roubar quando era pequena. Era uma corrente simples, com uma pedra grande em forma de gota, que tinha um brilho perolado. Era linda, como uma pequena e mais brilhante bola de cristal. Assim que ela tirou o colar, ele parou de brilhar e ficou balançando um tempo, até que ela o colocou em mim. A pedra voltou a brilhar.

-Vai me dizer o que é isso?

Minha mãe balança a cabeça, saindo do quarto:

-Não.

*****

-Vamos então?- perguntou meu pai, e eu sabia que ele estava se controlando.

-É, vamos logo, essa mala está pesada. - reclamou Louis, levantando uma das minhas malas.

-Louis!- gritou minha mãe começando a mesma bronca de sempre, de como ele devia ser educado com as irmãs. Tenho certeza de que ele não estava ouvindo uma palavra do que ela dizia.

Mais uma vez, fomos em silêncio. Eu tentava lembrar cada detalhe da Inglaterra, mas não podia conter a ansiedade para chegar logo a França. Como explicar? Eu sempre me sentia parte de lá.

As férias acabariam no dia seguinte, o que significava que minha mãe não poderia ir além da estação de trem comigo (“nos vemos no próximo fim de semana”). Mas meus avós estariam esperando, o que era bom. Estou completamente nervosa.

Meu pai colocou a mala no lugar:

-Então, é isso. Mande cartas, e nos conte se vão te tratar bem em Beauxbatons.

Eu ri enquanto o abraçava:

-Vou escrever, pai. E até o fim de semana.- pisquei para ele, que supirou.

-Não se eu puder evitar.

-GUI! Mas é claro que você vai, nem que eu precise te estuporar e arrastar para lá. Que absurdo!- minha mãe gritou. É, nunca irrite uma veela. São piores do que ruivas- Ah, Dominique! Estou tão orgulhosa... Beauxbatons é maravilhosa, você vai ver, bem melhor que aquele lugar rústico chamado Hogwarts.

-Nada é melhor que Hogwarts, mãe- Victorie interrompeu, me abraçando também- França! Lá é tão romântico...- ela piscou e eu revirei os olhos enquanto meu pai olhava feio para nós duas- Okay, era brincadeira. Boa sorte, Domi.

-Acho que é isso, tchau- Louis, num milagre que acontece toda vez que as irmãs estão indo para outro país por um ano, me abraçou rapidamente. Ele era muito melhor quando bebê. Bem mais agradável.

Minha mãe o encarou, como se dissesse “mais tarde falamos sobre isso” e me abraçou de novo:

-Você está ficando atrasada. - ela me deu um beijo na testa- Eu estou tão feliz! Mande uma carta depois do primeiro dia, e não se esqueça de ser muito crítica na aula de Gabrielle, ainda não acho que ela tenha realmente talento para ensinar. Je t'aime.

-J'ai aussi.- gritei para ela, enquanto corria para conseguir entrar.

Conseguia ver minha família se afastando. Victorie e minha mãe choravam, como era de se esperar. Meu pai parecia estar se segurando, e Louis estava sendo Louis, dando tchauzinho. Encostei a cabeça na janela, tentando não pensar que nesse momento todos estariam preparando seus malões para Hogwarts, e não pensar em como ficariam sem mim. Todos eles, e não ninguém em especial, okay?

-Aqui é a cabine 5B?- uma menina loira, com cabelos bem mais escuros que o meu, perguntou. Eu apenas assenti- Ah, então eu fico aqui- ela completou, colocando uma maletinha para dentro e arrumando o casaco.

-Beauxbatons?- perguntei em francês, apontando para a maletinha.

Ela riu:

-Sim, estava visitando minha tia.

-E eu estou indo para lá.

-Para Beaux?

-Beaux? É, eu estou indo para lá. Intercambista, de Hogwarts.

Ela arrumou a postura:

-Você é Dominique Delacour?

-Geralmente usam o Weasley, mas é, sou eu. - sorri, um pouco constrangida. Então ela sabia meu nome? Como ela sabia meu nome?

A garota colocou a mão na boca:

-Você é tipo... Uma celebridade. Quer dizer, sua mãe é. Torneio Tribuxo, grande participação na Batalha de Hogwarts, casada com um Weasley... Uau.

Não pude deixar de rir. Eles achavam que éramos isso tudo? Era engraçado, na verdade. Mas assustador também.

-Posso saber com quem estou falando?

Ela escondeu o rosto:

-Ah, pardon. Madeleine Whintsnow. - ela estendeu a mão, e eu apertei.

-Dominique Weasley, mas você já sabia- disse, e ela riu.

Ficamos algum tempo em silêncio.

-Como é Hogwarts?- ela perguntou- Depois daquela coisa toda da batalha, e da destruição... Você fala com Harry Potter? E com a família dele? Aquele filho mais velho, é tão lindo...

-James- corrigi, meio brava. Quem essa Madeleine pensava que era? Quem? Ela me olhou como se não entendesse- James Potter, o filho mais velho dele. Meu primo- quase disse mais, até que lembrei que tinha acabado de conhece-la- E é a esposa dele é minha madrinha então... Os Weasley são bem unidos, mas o Tio Harry é meio doido. Acho que é um problema compartilhado com Tio Rony, mas...

-Rony? Ronald Weasley?- ela arregalou os olhos- Eu sempre gostei mais da Inglaterra sabe, vocês são tipo a personificação do mundo bruxo- ela continuou, muito rápido e sem parar para respirar- Me candidatei para ir para Hogwarts, mas a vaga ficou com um garoto, Aaron Smith.

Balancei a cabeça. Ela realmente falava rápido. Chegava a ser engraçado.

-Então, como é Beauxbatons?- perguntei, deixando de olhar a janela.

-Lindo. - Madeleine disse, tomando fôlego- Não chega a ser um castelo, mas tem ótimos jardins... E também temos pégasos, aprendemos a voar neles. São tão fofos! Uma vez por semana, temos um prato gourmet, geralmente algo típico, mas eu detesto aquela lesma. Argh. Você vai gostar, as classes opcionais são bem diferentes e...

E ela continuou falando por um bom tempo. Disse que me mostraria a escola, que provavelmente estaríamos no mesmo quarto por causa do sobrenome (era assim que organizavam por lá, estranho) e que tinha um amigo que ia pirar quando me conhecesse.

Nós nos separamos na estação, quando um homem baixinho e meio gordo, como seu típico chapéu e capa parda atravessa a multidão, me abraçando.

-Serrá possível, estar mais alte que moi!- ele riu, tentando falar inglês.

-En français, granny- respondi, o abraçando também. Desde que fiquei mais alta que ele, sempre diz isso quando me vê. E olha que eu só tenho 1, 58.

Ele pega a minha mala:

-Eh bien, bien- recomeça a falar, agora em francês- Está melhor?

Sorrio.

-Muito. Onde estão vovó e Gabrielle?

Ele tenta apontar para fora, mas não consegue por causa das malas. Pego algumas, mas leves e ele mostra direção.

-Estão lá fora, Gabrielle cismou em aprender aquela coisa trouxa, dirigimento...

-Dirigir? Um carro?- tentei, sem sucesso, não rir dele.

-Essa coisa aí. Um carra.- ele suspirou- Sua vó está lá, fazendo companhia. Parece que estão paradas em um lugar proibido, francamente, esses trouxas são tão estranhos... - ele continuou falando da estranheza do mundo trouxa até que mais uma vez fui engolida por um abraço, dessa vez alguém alto e magro com cabelos prateados. Só podia ser vovó.

-Ah, Dominique! Estamos tão orgulhosos de ter você lá em casa, e de ter você na França... Sempre disse a sua mãe, “Fleur, essa menina precisa de Beauxbatons e não desse castelo velho”, mas ah, como ela é teimosa. E seu pai também, um homem adorável, mas igualmente teimoso, insistiu para essa Hogwarts- ela tagarelou em um francês muito rápido, que quase todo mundo teria dificuldade de entender. Até quem fala francês muito bem.

Minha tia sorri pelo espelho do carro:

-Mamãe, eu acho que ela já entendeu. Animada, Dominique?

-Claro que sim! Quer dizer, minha mãe falou algumas coisas que eu quero ver, mas... É, estou muito animada!- disse, também muito rápido.

Emendamos outro assunto qualquer, que tinha a ver com comida ou algo assim. Depois do jantar, de depois que minha vó mostrou o antigo quarto da minha mãe, que agora seria meu, e chorou mais um pouco (família dramática é um problema sério), combinei com minha tia quando iríamos levantar. Ela gentilmente me daria uma carona para Beauxbatons no seu novo carro.

Felizmente, assim que eu deitei, dormi. Não tinha a mínima vontade de ficar pensando nas mesmas coisas. E de como meu pobre cérebro estava dividido: uma parte estava mais animada do que eu posso descrever (fala sério, tudo na França é lindo! A escola também devia ser) e a outra já sentia falta “daquele castelo velho”, como minha vó carinhosamente chamava Hogwarts.

_____________________________________________________________________________

-Domi, acorda- alguém me sacudia de leve. Virei para o outro lado, cobrindo a cabeça. A pessoa suspirou- Ei, vamos nos atrasar.

Abri os olhos. Tia Gabrielle estava de pé, ao lado da minha cama. Já estava arrumada, e minhas malas levitavam atrás dela. Magia sempre deixando tudo melhor.

-O café está na mesa- ela disse, antes de sair do quarto.

Me olho no espelho, depois de pronta. O uniforme é bem mais leve que o de Hogwarts, e azul. Acho meio estranho, mas é o tipo de coisa que vou me acostumar com o tempo. Deixo meu cabelo solto, ele está bonito hoje. É, acho que está bom. Calço as botas (não, não estou de tênis, milagres acontecem). E respiro fundo antes de descer as escadas. Absolutamente tudo está a ponto de mudar agora. Não tenho mais volta.


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Notas finais do capítulo

So? Mereço mais um minutinho de atenção de vocês para que DEIXEM UM REVIEW LINDO E MARAVILHOSO E FAVORITEM E RECOMENDEM E ETC E TAL porque a autora está precisando de um pouco de felicidade, revisões na escola são estressantes. Não mais que semana de provas, mas são.
E outro aviso: se o próximo capítulo demorar, a culpa não é minha. Okay, mais ou menos. É que eu já tenho muita coisa para fazer semana que vem e já mencionei: semana de revisõõões, muito dever de casa. Por isso, posso demorar mais do que costumo. E também escrevo umas 100 coisas ao mesmo tempo, mas estou tentando ficar focada nessa fic.
Parando de tagarelar, DEIXEM REVIEWS porque faz o mundo melhor. Vocês não ficam com a consciência pesada de ler um capítulo onde a autora se esforça muito, vê-la implorando por reviews e não deixar nem um "oi"? A sonserina aqui sou eu gente (okay, vocês podem ser sonserinos também). Ainda assim,
LUV U AAALL SO MUUUUCH,
Bruna