Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

HEEEY, me desculpem a demora! Desculpem mesmo, não tive nenhum motivo para demorar tanto assim, apenas demorei. LOL. E só estou brigando com a internet lenta que preciso usar aqui na casa da minha vó porque uma leitora diva pediu para eu postar logo.
Sinceramente, eu gosto desse capítulo mesmo que deteste o próximo. Mas esse é legal, juro. ENJOY IT e até as notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/252063/chapter/15

-Finalmente, férias!- Fred gritou, enquanto tentávamos nos apertar num único compartimento.

-Não me deixe surda tão cedo- Makayla resmungou do meu lado, encostando-se à janela. Ela e meus primos e primas em geral ficaram bem mais próximos. Além disso, ela vai passar o Natal na Toca com todos nós, sua mãe foi ao Brasil visitar seu irmão mais velho, e ela definitivamente não queria ir. Vovó Molly achou ótimo termos mais companhia para a ceia.

Molly riu, enquanto esfregava as mãos com duas (!!!) luvas e enquanto James e Fred faziam Rose de bobinho, jogando o livro que ela estava lendo um para o outro.

-Animada para a França, Dominique?- Molly perguntou, tentando puxar um assunto enquanto eu quase dormia. A viagem de trem tem um efeito esquisito em mim, é como poção do sono.

-Hã?- levanto a cabeça- É. Estou.

Makayla também levantou a cabeça:

-Ah, por favor, nada falar sobre isso agora. É quase Natal, eu não quero ficar deprimida!- ela disse dramática, voltando a colocar o capuz e dormir.

-Tudo bem, Rainha do Mau Humor- riu Molly- Até parece que é você que está indo embora.

-Eu não estou indo embora, Molly!- protestei, já completamente acordada- É só um ano. Vocês vão ver, passa muito rápido.

-Eu não acho que passe muito rápido- se meteu James, emburrado.

Ignorei. Quer dizer, o que eu ia falar? A culpa não é minha se ele continua agindo feito criança.  Por mim estaríamos em outra cabine, mas nããão. Minhas primas e a traidora da Makayla tinham que insistir em ficar aqui.

****

-Mãe, pai, eu estou aqui!- gritei para os dois, que olhavam em volta. Fala sério, eu sou metade veela. Não é tão difícil assim me ver.

Mamãe corre até mim e quase quebra minhas costelas, como sempre.

-Ah, mon joli! Estou tão animada! Estive conversando com sua tia Gabrielle, e ela disse que...

-Fleur, querida, acho que seria interessante deixar nossa filha respirar- interrompeu meu pai, sorrindo e pegando minhas malas- E aí, Domi? Como foi o resto do ano letivo?

-Hum, normal.

Ele ergueu uma sobrancelha:

-Normal? Isso quer dizer, nada de criaturas indesejáveis perto da minha garotinha?

Eu devo ter feito uma cara muito engraçada para Louis vir na minha direção e cochichar:

-Ele quer dizer garotos. Está meio maníaco agora, é uma longa história.

Minha mãe o encarou, com seu melhor olhar reprovador. Eu ri:

-Não.

-O que? Não? Como assim “não”? Isso tem muitas interpretações, Dominique!

-Não quer dizer não, Gui. Francamente- minha mãe pegou uma das malas- Vamos? Faltam três dias para o Natal, e você tem que arrumar seu quarto, Makayla vai para lá amanhã. - ela apontou para mim. É isso aí, eu fico meses fora e minha mãe não arruma meu quarto. Vida legal essa minha.

Louis riu de novo, enquanto meus pais discutiam alguma coisa qualquer, e como sempre, era óbvio que minha mãe ganharia a discussão, estando certa ou errada.

-Está mantendo nosso acordo?- pergunto a ele, enquanto nos arrumamos no banco de trás do carro que o para sempre apaixonado por artefatos trouxas Arthur Weasley tinha modificado para nós.

-Dos galeões? Você pagou, então sim. Mas papai tentou de tudo para me fazer contar- ele segurou outra risadinha- E não posso dizer que você tenha superado.

-Como assim?

-Já te disseram como nossa família é fofoqueira?

-Quem te contou, Louis, isso é sério...

-Victorie.

Respirei aliviada. Pelo menos não era todo mundo que sabia. Eu tinha alguma consciência de que tenho muitos primos sem noção que contariam isso numa boa. Claro, não é com eles. Como diz aquele ditado trouxa que Tia Hermione vivia dizendo (gritando, na verdade) para nós quando brigávamos quando crianças, picles nos olhos dos outros é refresco. Ou era pimenta? Não sei, algo assim.

-O que exatamente ela contou?- insisti e meu irmão pegou o videogame.

-Que vocês foram ao baile. Dá para me deixar jogar agora, Dominique?- ele respondeu, irritado. Que garotinho abusado.

-Olha como você fala comigo!- devolvi igualmente irritada. Minha mãe, que estava dirigindo, olhou para trás.

-Sem brigas.

-Não estamos brigando- respondi e ela sorriu, sem dizer mais nada e aumentando o volume do rádio trouxa que tocava músicas de Natal.

_____________________________________________________________________________

-Makayla!- gritei, descendo as escadas, assim que minha amiga chegou na Véspera de Natal. Sua mãe e a minha riam do lado de fora enquanto ela tirava o casaco.

-Uau, morar na praia deve ser mesmo legal. Vocês não tem tanta neve.

-Nem neva todo ano- completei, enquanto a ajudava a pegar as malas- Como foi o jantar ontem?

-Horrível?- ela arriscou uma palavra, rindo- Chato? Sei lá. Mas todos que trabalham com a minha mãe são velhos, velhos e velhos. Tipo uns duzentos anos, sabe? E a única adolescente que tinha por lá era Chantai Newtown, a filha da irmã da Prof. Patil. E ela é indiana, por favor, estava até com aquela roupa...

-Sári?

-É, isso aí.- Makayla fez um gesto de indiferença- Tudo a mesma coisa. Esse é seu quarto? Que gracinha!- completou, olhando ao redor do meu quarto decorado em estilo provençal, claro que obra da minha mãe e de Victorie, que tinha quatro anos quando eu nasci e ajudou a algumas coisas, meu nome incluído.

Ela sentou na minha cama e começou a contar alguma história dessas. Eu também ia sentir falta da minha casa. Na verdade, já sentia um vazio imenso por não estar retornando a Hogwarts depois das férias de Natal. Em Beauxbatons, os alunos podiam sair todo fim de semana, ou seja, eu passaria meus fins de semana em Paris o que tornaria bem fácil para meus pais irem me visitar. Era um pretexto para mamãe levar meu pai até a França, ele realmente não gostava muito. Dizia que meu avô (meu avô! Ele é tão legal) era assustador. Vá entender.

Meu pai apareceu na porta no ponto mais emocionante da história:

-Meninas, podem ir tomando o banho e se arrumando, vamos para a Toca antes do almoço.- ele disse, fechando a porta e abrindo de novo- Domi, Victorie está aqui. Ela quer subir, disse que precisa escolher algo “descente” para você. Não vejo porque.

Makayla olha para meus moletons velhos com estampas do Mickey, sim, aquele rato trouxa. Eu disse que éramos uma família muito ligada ao mundo trouxa. Vamos combinar, se tem uma coisa que os trouxas fazem melhor é roupas para o dia a dia. Essas túnicas, ou sei lá o que os bruxos mais velhos usam são apenas horrendas.

Victorie entra no quarto depois que eu tomo meu banho e deixo o banheiro livre para Makayla, já que ela demora duas horas lá dentro mesmo. Como sempre, minha irmã parece uma supermodelo. Alta, os cabelos ruivos brilhantes presos num rabo de cavalo, uma blusa rosa e os inseparáveis jeans.

Ela abre meu guarda roupa, procurando o que precisa com mais calma dessa vez:

-Eu soube o que aconteceu no baile. Caramba, Dominique, uma briga? Por sua causa? Isso é tão... romântico.

-Não, não é romântico. Foi horrível. Por que tinha que me lembrar disso mesmo?- respondo e ela revira os olhos.

-É romântico sim. - ela insiste, pegando uma das minhas blusas compridas e jogando para mim- Isto e uma legging.

-E meus tênis?

-Claro, e seus tênis. - ela ri, se jogando na minha cama- E então? Como foi?

-Como foi o que?

Victorie se apoia nos cotovelos para que possa me encarar:

-O bei...

-Shhh!

-Makayla nã...

-Ninguém sabe, Vic. Como você sabe?

-Teddy.

-Vou matar James Sirius Potter.

Ela ri de novo:

-Nós sabemos que é amor, por isso vamos ser os cupidos mais lindos do mundo e arranjaremos um jeito para que fiquem juntos, tipo comédia romântica.

Nunca vou entender como somos irmãs.

-Você não vai transformar a minha vida numa comédia romântica, Victorie.

-Claro que não, Senhorita Eu Odeio Clichês- ela disse, revirando os olhos de novo- Mas então? Como foi o b-a-i-s-e-r?

-Normal? Como eu vou saber?

Ela arregalou os olhos:

-Você era BV? Com 14 anos? É mesmo minha irmã?

-Nem todos têm a sua mente poluída- cruzei os braços, sentando na cama ao lado dela que ainda ria- Então, satisfeita?

-Sim, porque teimosa como você é, Dominique, o máximo que posso conseguir agora é um tapa. - minha irmã mais velha riu, se levantando- Andem rápido aí, já são dez horas e a vovó sempre almoça as onze.

Gritei para Makayla sair do banheiro.

-Okay, okay, mas eu só saí rápido porque sempre fui doida para conhecer essa tal de Toca e porque depois do Natal a mala da minha vó vai me buscar. - ela disse enquanto saia saltitante do banheiro.

Almoços na Toca são sempre a mesma coisa. A sortuda da Makayla, por ser “visita” (sei, vó, vejo essa garota todo dia, ela definitivamente não é visita) não precisou ajudar em nada, nem a fazer o almoço nem a lavar a louça. Francamente, temos que lavar a louça. Segundo minha família, isso “forma o caráter”. Por favor, eles podiam dar conta disso num movimento de varinhas.

Tia Gina tinha me escalado para lavar a louça com ela. Em suas palavras “precisávamos conversar”, o que não era nada bom. Tudo bem que ela morre de ciúmes da Tia Gabrielle, e não adianta dizer que só ela é minha madrinha.

Em silêncio, comecei a lavar uns pratos que estavam na frente da pia.

-Posso perguntar uma coisa?- ela diz, se virando- Sabe o que é, temos que fazer as compras de Natal daqui a pouco, estamos só esperando o Malfoy- ela tentou não fazer um careta- chegar.

Assenti, e ela continuou.

-O que acontece entre você e o meu filho?

Parei de lavar o prato.

-N-nada.

-Nada mesmo?- Tia Gina ergueu uma sobrancelha- Vocês nasceram com um mês de diferença. Lembro até hoje do dia em que vim dar a notícia a minha mãe, e encontrei a ela e Fleur se abraçando e discutindo decoração de quartos de meninas- ela parou e riu- Nós duas sempre dissemos que vocês iam ficar juntos, eram tão amigos quando crianças. E foram tão fofos no casamento de Carlinhos!

-Hum, tia, nós tínhamos seis anos.

Ela me ignorou.

-Eu só quero saber.

-Foi Victorie? Ou Teddy?- perguntei, ainda lavando os pratos.

-Victorie- Tia Gina respondeu, tentando ficar com uma expressão séria- O que ela está fazendo... é tão fofinho! E precisavam da minha ajuda.

-Para me impedir de ir para a França? Olha, seu filho está agindo como um idiota. Ele tem seus momentos, mas é um idiota. Eu vou para Beauxbatons, não importa o que ninguém diga! Eu quero ir, por que é tão difícil de entender isso?- praticamente gritei, sem me preocupar que estavam todos na sala ao lado.

-Eu entendo, Dominique. Eu entendo. - ela respondeu sorrindo- Ainda bem que lancei o Abafiatto, é um feitiçozinho útil. Ninguém pode nos ouvir- explicou, e com um aceno da varinha lavou a louça toda. Finalmente alguém sensato nessa família- Senta aí.

Sentei, obedientemente. Só de falar aquilo já me sentia bem melhor.

-Não posso achar meu filho um idiota, mas ele está agindo como um. Acredite ou não, James gosta de você e está tão chateado quanto. Prometi a Victorie que não contaria nada a Fleur, ela vai pirar e achar a coisa mais linda assim como nós duas achamos. Mas posso dizer uma coisa? Não deixa barato. Homens quase nunca tomam atitudes quando gostam mesmo dela.

-O que quer dizer?

Ela sorriu mais uma vez e piscou:

-Acho que você vai entender.

Adultos. Saímos da cozinha como se nada tivesse acontecido. Tenho que admitir, depois da minha mãe e de Victorie, Tia Gina pode ser considerada a mulher mais legal que eu conheço.

-Como foi a louça?- perguntou Fred, assim que todos os adultos saíram.

-Bem suja- respondi, arrancando gargalhadas gerais.

Me joguei na poltrona perto da janela, a minha preferida:

-O que vamos fazer? Eles só chegam depois das sete da noite, e são uma e vinte e três.- eu perguntei, olhando no grande relógio trouxa que meu avó tinha consertado.

-Pôquer?- sugeriu Makayla, rindo- Eu vou ganhar de todos vocês.

-Não, ninguém quer pôquer- interrompeu Roxanne, com uma careta.- Outra sugestão?

-Vamos ler?- sugeriu Rose, batendo palmas- Eu tenho um livro novo e...

-Ah, cala a boca, Weasley- disse o Malfoy, que estava ao lado de Alvo- ler? Fala sério. Isso é a coisa mais ridícula que eu ouvi e...

-Tá bom, pombinhos, chega- gritou James e infelizmente meu coração continua acelerando. Droga.

-Olha quem fala- provocou Alvo, rindo e eu fiquei vermelha assim como James.

-Não podemos jogar quadribol, trancaram os equipamentos- lamentou, como sempre, Hugo, jogando uma bolinha de papel na parede.- Disseram que fizemos muito barulho da última vez.

-E Victorie e Teddy jogaram um feitiço, ninguém pode subir- Lily apontou para as escadas- Aqueles...

-Cuidado aí, Lils, a Vic é minha irmã!

Um silêncio seguiu. Ninguém queria ficar trancado ali, e a neve nunca impediu os primos Weasley de fazerem alguma coisa.

-Tem o povoado... - começou Fred, desanimado.

-Já fomos mil vezes a Ottery St. Catchpole- protestei, revirando os olhos.

-Mas eu nunca fui!- todos olham para Makayla- Muito longe?

-Mais ou menos uma hora de caminhada- responde Molly.

-Vamos então. Deixem um bilhete para os namorados, se é que eles vão se ligar que nós saímos.- ela completou. Ninguém tinha uma ideia melhor do que visitar o povoado pequeno e sem graça, então todos pegamos nossos casacos.

Como eu imaginava, não tinha nada no povoado. Sentamos todos num café, onde uma morena baixinha foi nos atender:

-O que querem?- disse, enquanto mascava chiclete. Argh, era bem nojento na verdade- Rápido.

Nós nos entreolhamos:

-Um cappuccino?- eu disse, hesitante- De chocolate.

-Para todos?

-É.

A atendente nos encarou como se fôssemos aberrações.

-Não preferem simplesmente ficar sentados aí sem me dar trabalho enquanto eu acabo meus cartões de Natal?

-Hum, acho que podemos.

-Beijar é permitido?

-FRED!- gritou Roxanne, quase nos fazendo perder a audição- Claro que podemos- ela completou, enquanto a atendente entrava- Você está louco? Ela vai achar que somos loucos!

Makayla riu:

-Aqui não é tão ruim assim...

Nenhum de nós respondeu. É claro que achávamos Ottery St. Catchpole horrível, uma roça completa. Felizmente, fomos embora minutos depois porque começou a nevar.

_____________________________________________________________________________

É irritante não conseguir dormir. É irritante que todas as minhas primas estejam dormindo (e roncando) e eu estou aqui, acordada, olhando para o relógio. Dez para meia noite. É quase Natal. E apesar de tanta gente aqui, eu me sinto sozinha.

Claro, vou começar do zero em uma nova escola. Nunca comecei do zero em nada, porque quando fui para Hogwarts tinha toda essa coisa de conhecer meus primos e alguns amigos da família. Não, eu não estou com medo. Grifinórios não tem medo, certo? Apenas queria que as coisas fossem mais fáceis e que dessem certo no final. Sabe quando você entende exatamente o que quer, mas tem aquele pequeno receio de arriscar? Ir para Beauxbatons é arriscar. É como andar numa corda bamba, por pior que a comparação seja. Você nunca sabe o que vai acontecer. Posso cair feio, ou tudo pode dar certo. Nunca se sabe.

Apenas... vou sentir falta. De Hogwarts. Das paredes de pedra, das brigas costumeiras logo de manhã. Dos longos discursos de McGonnagal, de tentar ensinar poções para meus amigos. De encobrir qualquer bobeira de Fred e James. De gritar com Alvo por cima das mesas das outras salas comunais, dos berros de Rose e Scorpius no corredor. Vou sentir falta do quadribol, da decoração de Hallowen e de Natal. Do chá incrivelmente ruim de Hagrid. Dos professores, dos alunos loucos estudando e fazendo deveres atrasados  entre uma aula e outra. De ir para a biblioteca pelo simples prazer de conversar por bilhetes. De sentar embaixo de uma árvore e observar o Lago Negro. Ia sentir falta de tudo.

Levantei, com cuidado para não acordar ninguém. Peguei um casaco (N/A: quando me refiro a casaco, um daqueles longos que as pessoas usam em lugares frios mas não chega a ser sobretudo) e coloquei um tênis velho de qualquer jeito, sem nem amarrar. Estava nevando, e era bem, lindo.

Cinco para meia noite agora. Entrei na cozinha escura, acendendo as luzes e procurando o chocolate. Depois de fazer um chocolate quente, e deixar o resto em cima da pia, sentei perto da janela, assistindo a neve cair.

Pensei ter visto alguém andando, mas devia ser só uma sombra.

-Bom chocolate- ouvi, ao meu lado.

-James? Você me persegue?

Ele riu. Isso estava cada vez mais estranho.

-Acho que só temos as mesmas ideias. Por que você não me desculpou? Achei que tivesse...

-E que as coisas fossem voltar a ser como antes? Dá um tempo.

Ele balançou a cabeça:

-Claro que podem. Me explique porque acha que não.

-É complicado demais. - eu suspirei. Não tinha certeza se era complicado, mas... Ah, esquece. Eu nunca sei de nada mesmo.

-Não, garotas complicam as coisas demais, Dominique.

Não respondo. Isso tudo é um absurdo. E não faz sentido. Talvez seja mais um motivo para ir para França. Nunca vivi sem nenhum outro Weasley por perto, sempre fui uma sombra de qualquer um da família. E nunca teve outro garoto a não ser James Potter.

-Você está indo, eu sei- ele continua- Mas é difícil entender que eu pelo menos quero ter você como amiga?

Encarei aqueles olhos que (eu repito) nunca saberei ao certo a cor. Bem, encarei o melhor que pude, estava muito escuro na sala de estar da Toca. Ele me queria como amiga. Como eu ia saber se não era nenhum joguinho com segundas intenções? Só havia um jeito de descobrir. Talvez eu também pudesse jogar.

-O que me diz?- ele finalizou, falando mais baixo e mais perto. Controlei a minha respiração.

-Pode ser uma boa ideia.

-Isso é um sim?

Assenti, limpando o chocolate da minha boca e deixando a caneca de lado, para encarar o relógio. James fez o mesmo, e nós dois olhamos exatamente quando o ponteiro bateu meia noite.

-A propósito... - ele começou a se aproximar e eu fiz o mesmo.

-Feliz Natal- completei, o beijando. Meu Merlin, eu estou beijando James Potter, esse completo idiota, pela segunda vez por livre e espontânea vontade.

Levantei assim que possível.

-Aonde você vai?- ele perguntou.

-Dormir- respondi o obvio.

-Não prefere continuar?

-Épargnez-moi.

Sentia seus olhos me seguindo enquanto subia as escadas. Yeah. Finalmente, um ponto para Dominique.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Éspargnez-moi= me poupe. Estou adorando ficar procurando as coisas em francês para essa fic, até aprendi um pouquinho. Preciso dizer que adorei o final desse capítulo? Bad Dominique, lol. O James ainda vai sofrer mais um pouco (ou muito).
Uma perguntinha simples: SE eu começasse outra fic, UA, alguém leria? Tipo, é só um se, e não custa nadica de nada responder. Falando nisso, DEIXEM REVIEWS! Eu amo reviews, pequenos, grandes, enormes, sem sentido... E amo conversar com vocês por reviews, realmente amo conversar com vocês e ponto. DEIXEM REVIEWS, please, tenho 20 leitores e é um absurdo ter tão poucos reviews. Não demora nada deixar um review, só copie e cole "adorei, continua :)".
Então, por hoje é isso. Vou tentar demorar menos da próxima vez, e me respondam pleeease seus leitoras (es) lindas (os).
Luv u aaaall,
Bruna