Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heeey, desculpem a demora pessoas lindas do meu heart? Estou postando aqui com a droga dessa tabela periódica do lado, uma chatice total. Mas arranjei um tempinho (finalmente) para postar a fic.
Enfim, por enquanto é isso. Até as notas finais e ENJOY IT!



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-Vocês têm mesmo que engolir as garotas NO MEIO DO CORREDOR?- eu gritei para, como sempre, James e Fred que estavam sim engolindo duas corvinais. E, graças a Morgana que ainda tenta zelar por mim, nenhuma delas era Helaine Dillan.

-E desde quando isso importa para você, Dominique?- James disse, sorrindo daquele jeito de sempre que eu ainda não superei.

-Desde que você infelizmente faz parte da minha família.

-Os Potters tem fama de pegadores.

-Os Weasleys não. Tenha dó, isso é pouca vergonha! Espero que não tenha esquecido que sua querida e nada estressada mãe é minha madrinha...

-Ih, ferrou James- Fred disse, dando outro beijo na corvinal- Foi bom enquanto durou, querida, mas a tia Gina e a minha mãe dão medo com raiva.

Eu revirei os olhos:

-E eu achando que você fosse da Grifinória...

Fred me deu um soco no braço, me mandando calar a boca, e eu apenas virei e comecei a andar pelo corredor, com ele atrás:

-Você ia mesmo contar para a minha mãe?

Eu assenti:

-Já viu seus primos beijarem? Só não é pior do que o dia em que peguei a Vic e o Teddy no maior amasso. Pelo menos ela me deu alguns galeões para ficar quieta.- dei de ombros, quase no fim do corredor e antes que Fred pedisse por mais detalhes, James resolveu brigar de verdade.

-E eu?- ele gritou me fazendo parar.

- Aller en enfer- resmunguei me virando e cruzando os braços- Continue aí com a sua, hum, namoradinha. Nem preciso avisa-la sobre como já é usado.

-Inclusive por você.

- Ne dit que j'aimais, Potter- dei um sorrisinho e saí dali. Fred continuou olhando para James, que estava vermelho de raiva.

-Hey, Domi, o que você disse?

-Jamais disse que gostei- respondi e ele riu até chegarmos ao retrato da Mulher Gorda- Mas não acho que seu amigo tenha entendido.

-James não me disse por que vocês brigaram. Quer dizer, fala sério, Domi, dá para sentir que vocês têm uma... coisa.

-Uma coisa, Frederico Weasley  II? Não tem coisa nenhuma! Francamente, eu salvo a honra da nossa família e...

-Isso tudo é ciúmes, que eu bem sei- ele piscou para mim enquanto eu tentava pensar na melhor azaração, mas infelizmente ele subiu correndo e rindo da minha cara e eu me contive em xinga-lo em francês.

-Bem, você está falando francês...- começou Roxy, com Molly logo atrás.

-O que significa que está muito feliz ou com um mau humor tremendo.

Makayla resolveu que aquela era uma boa hora para aparecer:

-Fiquem com o mau humor tremendo, queridas.- ela se jogou no sofá, e apontou para mim- Dominique Weasley, o que foi aquela cena no corredor?

Eu me controlei para não esganar minha amiga:

-Makayla, eu não fiz nad...- não pude completar a frase, porque minhas primas ficaram muito animadas para ouvir a história- Bando de fofoqueiras! Ninguém liga que amanhã vamos para casa para as férias de Natal e depois eu vou para Beauxbatons...

-Dominique, você é má- Molly reclamou, se levantando para me abraçar- Ah, eu vou sentir tanto a sua falta!

Roxy parou de falar com Makayla:

-Imagino que o meu plano com Fred para tentar impedi-la não vai funcionar- ela resmungou.

-Plano? Que plano, Roxanne?- eu perguntei me soltando de Molly. Roxanne ficou vermelha, mas depois sorriu.

-Plano? Que plano?

Makayla levantou, bocejando:

-Espero que o Natal na casa de vocês seja legal- esse ano eu a chamei para passar o Natal conosco, e como a mãe estaria trabalhando no Avalon Buffet, não tivemos problema nenhum em conseguir que ela fosse.

Roxy e Molly começaram a narrar todas as situações hilárias que ocorrem no Natal, as brigas, os nossos shows na escada (Celestina Warbeck é uma das nossas preferidas. Vovó sempre chora quando improvisamos uma música dela). Meia noite em ponto, elas subiram sorridentes.

-Vai ficar aí?

Balancei a cabeça e Makayla sorriu:

-Se despede de Hogwarts direitinho, mas pode deixar que a gente cuida de tudo até você voltar.

Tentei, mas não consegui sorrir. Fiquei durante algum tempo olhando pela janela, pensando. Eu não via a hora de ir para Beauxbatons. Minha mãe fala bem demais de lá, obviamente, e continua falando mal de Hogwarts. Por algum motivo, acho que vai ser bom sair um pouco daqui. Não que eu não ame esse castelo, mas... Eu sempre quis passar mais tempo na França. Eu sempre fui o lado mais francês da família. E agora era também a primeira estudante de intercâmbio do século. Uau, isso que é honra.

Num dos meus agora constantes acessos de loucura, levantei e saí da Sala Comunal.

-Aonde vai, menina?- a Mulher Gorda, sonolenta, pergunta, meio irritada.

-Andar um pouco. - ela parece que vai dizer mais alguma coisa, mas resmunga e volta a dormir.

Os únicos barulhos no corredor são os roncos dos quadros. E os meus passos. O único lugar que eu tenho certeza que fica aberto a noite toda é a Torre de Astronomia. É. Seria um bom lugar para me despedir de Hogwarts.

Antes que eu consiga pensar em alguma coisa, incluindo em como essa situação é insana, estou subindo as escadas. O ar frio da noite bagunça meu cabelo, mas dessa vez eu não ligo. É lua cheia, e isso sempre me lembra de que meu pai tem mais apetite nesses dias. É realmente engraçado, e como eu sou a única que herdou o gosto por carne malpassada, passamos os jantares de lua cheia rindo das caras de nojo da minha mãe e Victorie. Também vou sentir falta deles na França. As cartas vão demorar mais para chegar.

Por algum motivo, eu gosto de Astronomia. Olhar as estrelas me acalma, o que é bem estranho. De alguma forma, me faz sentir pequena. Mas de um jeito bom. De um jeito que eu penso que tem muito mais do que esse nosso mundo. E, por mais clichê que seja, me lembra que estrelas podem virar buracos negros.

~Flashback on~

-Eu gosto de olhar as estrelas- comentei, quando tínhamos nove anos e esperávamos a meia noite de Natal acordados.

Rose parou de ler (oito anos e viciada em livros!) seus contos de fada trouxas:

-Mas elas podem virar buracos negros, Domi- ela disse, apontando para o céu.- Elas começam a implodir e...

-Chega, Rose- o James de nove anos interrompeu- Tia Hermione ficaria orgulhosa, mas existem estrelas que não vão parar de brilhar nunca.

-Você não pode saber!- Rose praticamente berrou, como sempre acontece quando alguém a contraria.

-Claro que eu sei.- James interrompe- eu conheço uma.

Eu dei de ombros, irritada com a discussão dos dois:

-Ainda gosto de olhar as estrelas.

-E aí, quem quer jogar Snap Explosivo?- Fred e Molly perguntaram juntos, já com o jogo na mão, e a discussão sobre estrelas foi esquecida. Por hora. No dia seguinte, James foi falar comigo.

-Estrelas são legais- ele disse.

-Você diz isso porque seu segundo nome vem de uma estrela. Eu não tenho nenhum motivo para gostar delas, mas gosto.

-Meu nome veio de uma estrela?- ele perguntou, confuso e eu ri.

-Não sabia? Sirius, James, é uma estrela. A mais brilhante, na verdade. Fica na constelação Canis Major, e pode ser vista de qualquer lugar do mundo.

-Uau. Como você sabe disso tudo?

Eu sorri:

-Nossa, estou parecendo a Rose. Eu li. Num dos livros antigos que tem lá em casa. Meus pais me ensinaram o que sabiam.

Ele sorri também.

-É, eu gosto de estrelas agora.

~Flashback off~

-Olhando as estrelas, Domi?- uma voz, um tanto rouca e conhecida, disse do fundo da sala, tirando uma capa. Oh não. Sempre ele.

P.O.V James

Não sabia o que Dominique havia dito, mas Jannet ou Jane, eu não lembro, me soltou rapidamente, dando risadinhas. Um dia eu entenderia qual é a graça. Quer dizer, Dominique fica uma gracinha falando francês. Mesmo que eu não entenda nada, ela sempre foi muito... estrangeira. E falando francês é quase uma mesmo. É bem fofinho. Peraí, fofinho? Acho que esse papo está ficando muito gay de novo. E PORQUE EU ESTAVA PRESTANDO ATENÇÃO NA DOMINIQUE? Céus. Esqueçam isso tudo.

-Jannet...

-June- ela corrigiu- Vou procurar a minha irmã, que foi dispensada de um jeito tão gentil pelo seu primo.- completou, irônica.

Ela saiu dali marchando irritada.

-Mas o que...

-Perdeu essa, Jay- Makayla (só podia ser ela, a única cabeça roxa que eu conheço) disse, rindo e andando até mim- E aí, como foi ser ameaçado pela minha amiga?

Dessa vez eu fiquei irritado:

-Não sei o que eu fiz para ela! Mas então ela começou a brigar comigo, e agora é pessoal...

-Bem, ela feriu gravemente seu orgulho em francês agora a pouco- Makayla continuou, dando de ombros.

-O que ela disse?- perguntei nervoso, e Makayla deu uma risadinha, entrando na biblioteca.

-Nunca disse que gostei- traduziu, e me deixou plantado ali.

Isso sim era ofender, James Sirius Potter. Cara, eu tenho quatorze anos e sou um dos maiores pegadores de Hogwarts. Até as meninas mais velhas me amam, e amam que eu pareça o suficiente com meu pai sem parecer uma cópia malfeita (desculpa aí, Al). Ela simplesmente não podia dizer isso.

-James, James- Fred começou, balançando a cabeça- não me diga que, para variar, esse mau humor é culpa da Dominique. Se declara logo para ela, cara!

Não sei se já comentei, mas às vezes só queria poder matar o Fred sem ter um tio que fosse me perseguir por isso.

-Eu não gosto dela!- respondi, entre os dentes e ele riu, colocando as mãos no coração e dramatizando.

-Não, James, você a ama. Fala sério, eu não sei o que disse para ela...

-Eu não disse nada para ela!

-...mas devia tentar conversar. Dominique é uma prima bem legal. E não digo isso porque ela é gostosa.

-O QUE? Como ousa chama-la de... Meu Merlin, eu não disse isso.- sentei, colocando a mão na cabeça.

-Deixa de drama, Sirius- Fred riu ainda mais.

-Sabe que eu não gosto quando me chamam pelo segundo nome.

Fred parou de rir, e me encarou sério:

-Cara, a garota está indo embora. Ela gosta de você.

-Fred, porque está tão sério?

Ele se levanta de novo:

-Faz o que achar melhor, James.

O que achar melhor? O que ele quer que eu faça? Que eu corra atrás dela? Eu nunca corro atrás de nenhuma garota. Não é natural. É quase como se alguma lei do universo estivesse alterada. As garotas correm atrás de mim, não o contrário.

O jeito é sair para um passeio. Quando eu vim para Hogwarts, roubei a Capa da Invisibilidade e o Mapa do Maroto de um armário do escritório do meu pai. Para um auror tão famoso e que derrotou Voldemort, a segurança do escritório de casa dele é bem fraquinha. Alvo apostou que ele iria me matar, com a ajuda da Sra. Potter, mas quando descobriu ele riu e disse que eu era mesmo neto de James Potter e que só esperava que eu não arranjasse problemas. É, coitado. Alguém devia ter avisa Harry Potter a não dar o nome de dois marotos para o filho.

Depois de três anos conheço todo o castelo. Desço já coberto com a Capa, e minhas primas estão se abraçando e chorando. Ô família dramática.

Geralmente, quando estou chateado, subo até a Torre de Astronomia para achar a minha estrela. Tudo bem que fazer isso me lembra de Dominique, afinal foi ela quem me contou sobre essa história de Sirius ser uma estrela. Mas é legal. E lembra ela.. Ah, esquece isso.

Infelizmente, é inverno e estar no alto da Torre de Astronomia só me faz ver mais nuvens. Nenhuma estrela, ou ao menos a lua. Nada. Mas tinha alguém ali. Alguém loiro, sentado na janela.

-Olhando as estrelas, Domi?- perguntei, automaticamente, sem me lembrar de que não estávamos nos falando.

Ela ergueu os olhos, que mesmo no escuro eram bem visíveis:

-Não é da sua conta.

Sentei na janela também.

-Vai embora- ela disse, sem me olhar.- Não deixe mais difícil.

Infelizmente, conhecer alguém há tanto tempo era horrível. Dominique não era do tipo que chorava, mas... Mas ela estava chorando. E eu sabia que uma parte da culpa era minha. Tudo bem, ela quem quis ir para Beauxbatons. Não sei o que fiz, mas preciso consertar.

Respirei fundo.

-Desculpe?

Demorou alguns segundos para ela parar de olhar a janela:

-Isso foi uma pergunta, ou uma afirmação?

-Os dois.

Espero por uma resposta. Cinco minutos. Dez. Quinze. Isso está ficando muito dramático. Sem que eu esperasse, Dominique riu:

-Ah, eu não aguentei. É drama demais para mim. - ela continuou rindo.

-E quanto a mim?

-As desculpas?

Assinto. Ainda estou esperando uma resposta.

-Você vai mesmo?

-Para Beauxbatons? Vou, James. - ela se levanta- Vou sentir falta... de tudo. Por Merlin, isso é tão clichê.

-Ás vezes ser clichê funciona.

-É, mas eu não sou como o resto. - com um último suspiro, ela se aproximou- Quero esse castelo de pé quando eu voltar.

-Isso é uma despedida?

Dominique sorriu. Eu adoro esse sorriso, e já sei, isso está muito gay da minha parte. Mas não posso fazer nada.

-Minhas desculpas estão aceitas?

-Talvez.- ela disse, saindo da sala. Me deixando sozinho de novo. Vendo pelo lado bom, podia ter sido pior. Vou aceitar isso como um “sim, James, eu te desculpo, mas não estou muito a fim de ficar falando com você por enquanto”. Ainda descubro o que eu fiz de mais.


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Notas finais do capítulo

Quase cinquenta reviews? :O Juro que eu quase desmaiei quando notei isso. Então vamos lá, continuem deixando muitos e muitos reviews para mim. E obrigada, sempre!
Esse feriado eu vou de novo para a casa da minha vó, então não posso garantir que vou postar ainda essa semana, até porque estou terminando o capítulo 14 ainda. E queria pedir uma ajudinha, se alguém puder. Tenho outra fic que eu escrevo, estava pensando em postar mas não consigo pensar em atores para a capa. São praticamente os mesmos personagens dessa aqui, eu amo a Nova Geração. Se alguém quiser me ajudar e dar uma ideia de atores para James, Rose, Scorpius e Lily eu ficaria agradecida.
DEIXEM REVIEWS, poxa! Acabei de perder minha caneta (?) e não me julguem, eu adorava ela. Era minha caneta da sorte, então estou triste hoje. DEIXEM UM REVIEW e façam um bem para o mundo, autora feliz=leitores felizes.
Luv u all,
A menina sem caneta (também conhecida como Bruna e autora)