O Herdeiro do Primeiro Peverell escrita por Britz Boll


Capítulo 22
Bônus: Até que o ódio nos separe


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Mas enfim, acho que minha internet está amaldiçoada. Sempre que prometo postar ela cai num precipício. '-' MAAAS, aqui está o tão esperado Bônus. (era esperado?
No capítulo passado Siger Crowe, chefe do Sétimo Esquadrão arrombou a porta ao sair furioso. O motivo? O terceiro memorando da Srta. Charlotte Charpentier. Ele foi tirar a história a limpo. Aqui está, a implicância desses dois. ^^ Espero que curtam.



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Bônus:

Até que o ódio nos separe


Siger Crowe caminhou pesadamente pelos corredores do Ministério. Sua capa esvoaçando pelos acessos em direção ao Departamento de Leis dos Trouxas.

Esforçava-se para transbordar sua fúria a cada passo dado. Os bruxos que passavam ao seu redor o olhavam de cara feia e ele fazia questão de ignorar. Era a terceira vez que a antipática Charlotte Charpentier o abordava com esses memorandos ridículos. Desde o primeiro dia em que Siger veio trabalhar no Ministério, ela insistia em achar algo para lhe criticar. E ele fazia o mesmo. Foi simples assim, ódio a primeira vista.

Aqueles olhos claros por trás das lentes dos óculos não entendiam como o trabalho de Siger era importante. Para Charlotte Charpentier, ele e o seu cargo não passavam de uma perda de tempo, algo facilmente descartável. Isso tudo porque ela odiava violência, guerras, duelos ou qualquer tipo de confronto. Francesa fresca. E o resultado de toda essa aversão, era tentar atrapalhar ao máximo qualquer coisa que ele fizesse.

Mas isto foi a gota d’água.

Todo esse tempo ele não deu importância a mulher, ignorando-a como faz a todos que se mostram importunos em seu caminho. Mas dessa vez, assomado pela raiva, ele iria até lá e diria o que ela merecia ouvir. Palavra por palavra.

Ele não ia deixá-la vencer mais uma vez.

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Charlotte Charpentier estava sentada em sua mesa enquanto assinava alguns papéis e analisava outros documentos. Há pouco tinha acabado de enviar mais um memorando pra a sala de Aurores, intimando o chefe do Sétimo Esquadrão a comparecer ao tribunal. O que a equipe tinha feito com os trouxas durante a última missão fora imperdoável. Muitos deles acordaram cheios de machucados, arranhões e concussões. Alguns até quebraram membros ao serem amontoados como lajotas de mármore na igreja. Ela tinha de tomar uma providência.

E foi o que fez.

De alguma forma ela sabia que esse último decreto irritaria e muito o destinatário, Siger Crowe. Aquele “brute stupidè” a incomodava profundamente. Considerava seu modo de comandar arcaico e imprudente. Ela queria distância dele, porém isso era quase impossível. Sempre que andava pelo Ministério ele tinha que estar no mesmo lugar que ela. O que mais lhe chamava à atenção era aquela cicatriz que atravessava o olho acinzentado, os músculos que insistiam em moldar as várias roupas que ele vestia...

Charlotte balançou a cabeça com veemência tentando se livrar daqueles pensamentos. Ela podia se sentir atraída pelo corpo daquele homem obsoleto, mas isso não mudava o fato de ele ser completamente ignorante.

E Charlotte Charpentier odiava ignorância.

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Siger já estava a uns dez metros da sala de Charlotte. Apressou o passo. Quanto mais rápido terminasse com aquilo, mais depressa poderia voltar para o sossego de sua sala. Amassava o papel em sua mão, suando de raiva. Falaria pra aquela mesquinha o que ela deveria ouvir.

Empurrou a porta bruscamente e entrou.

A mulher se assustou e vários papeis caíram de sua mesa. Ele fechou a porta da mesma maneira indo diretamente até ela. Charlotte se levantou de sua cadeira e o encarou, seus olhos se encontraram por um momento e isso quase o fez perder a concentração do que estava fazendo. Siger desviou o olhar rapidamente, sentindo a fúria voltar a lhe gelar os ossos.

– Por que mandou mais um desses pra minha repartição? – perguntou ele com uma raiva tremenda mostrando-lhe o papel. As veias de sua têmpora pulavam.

– Enquanto você insistir em agir impulsivamente, sem pensar nas conseqüências, eu mandarei milhares, se preciso for! – respondeu puxando o “r” como sempre fazia. Ela não o temia.

– Eu só poderia esperar isso de você mesmo! – Siger a olhou com desprezo. Que petulância tratá-lo daquele modo. -Mulher arrogante, mesquinha e antipática! Por que não para de se meter onde não é chamada?

– Quem aqui é antipático? Seu... Seu Estúpido! – Explodiu. - Poderíamos resolver isso educadamente, mas me esqueci que você não é civilizado!

– Não fale comigo desse jeito... – Siger cerrou as mãos tentando controlar a fúria. – Você não passa de uma fresca inútil! – berrou.

A raiva que Charlotte sentia a fez dar a volta em sua mesa, chegando bem perto de Siger, para que pudesse discutir a altura. Ela ficou a meio centímetro dele, lágrimas de ira escorreram de seus olhos muito azuis.

– Você não pode falar assim comigo! Não pode entrar desse jeito em MINHA sala! – levantou as mãos e bateu em seu peito com os punhos a cada palavra dita. Ela queria machucá-lo do mesmo modo como ele a machucou ao dizer aquelas palavras. - Seu grosso, rústico, antigo, arcaico, idiota! Você não sabe tratar uma dama!

O jeito que ela falava, fez até mesmo ele, tão durão, ficar sem reação. O modo como ela dizia cada palavra tentando esconder o sotaque francês, como seus olhos o perfuravam numa acusação muda, o jeito que seus cabelos castanhos ameaçavam se soltar do coque ao mínimo toque e o seu perfume adocicado o deixou em transe. As lágrimas escorriam aos montes dos olhos de Charlotte e ela olhava pra ele cansada enquanto continuava a golpeá-lo. Tomado por um súbito impulso Siger agarrou seus pulsos travando os movimentos da moça. Ele a fitou intensamente, pela primeira vez reparando na mulher esplendorosa que se escondia por trás daquele terno formal e dos óculos Chanel.

Estavam tão próximos um do outro que Siger podia sentir a respiração de Charlotte um pouco abaixo do seu queixo, seus olhos azuis perdidos em seus lábios. Ele não era ingênuo. Sabia muito bem o efeito que causava nas mulheres. Em como elas olhavam desejosas o seu corpo, e gostavam de percorrer com os dedos trêmulos a cicatriz que se iniciava na face em toda a sua extensão. Por muito tempo ele cedeu às vontades das mais diversas damas, dos vários cantos por onde passara, simplesmente para aproveitá-las ao seu bel prazer. Porém esse desejo nunca o controlou, sendo impossível alguém flagrá-lo olhando indiscretamente as pernas das moças expostas pelas saias curtas, ou seus seios nos decotes provocativos. Siger sabia que a arte da conquista consistia em ser discreto, em fazer de cada pequeno movimento uma fonte de prazer.

Nunca teve um compromisso sério, não se considerava digno do amor conjugal. Paixões de uma noite somente, e depois nunca mais. Nada de vínculos. Nada de sentimentos. E por mais que fosse frio nessa questão, não podia imaginar, dentre todas as mulheres do mundo, porque Charlotte Charpentier estaria agora, quase desfalecendo em seus braços quando eles compartilhavam um ódio recíproco.

Sem pensar direito, Siger a puxou pela cintura pressionando-a contra seu corpo e com sua mão acariciou o rosto dela. A moça suspirou completamente perdida. Ele podia sentir o corpo dela pulsando com a sua presença. Correntes de eletricidade percorrendo seus corpos ao mais ínfimo contato.

Siger passeou com sua boca pelo rosto de Charlotte, enquanto ela respirava devagar absorvendo toda a sensação. Ele puxou o prendedor do coque e deixou seus cabelos transbordarem em cascata pelos ombros entrelaçando seus dedos entre eles, fazendo-a arquear a cabeça, e tomou posse de seu pescoço, sentido os gemidos presos na garganta da mulher. Ele subiu depressa por sua clavícula, finalmente chegando aos seus lábios. Ficou a meio centímetro da boca suplicante da bruxa, aspirando seu cheiro, ofegando completamente excitado. Ele precisava se decidir, uma vez dado o passo ele não poderia voltar atrás. Olhou para Charlotte compartilhando seus pensamentos naquele olhar. Somos inimigos. Exceção hoje?

Eles se fitaram um momento enquanto tomavam a decisão. Já ofegante Charlotte aproximou mais os seus lábios e Siger entendeu a resposta. Ele a puxou pelos cabelos pra junto de si e a beijou, contornando toda a boca dela como seu desejo pedia. Suas mãos firmes passeavam pela cintura de Charlotte e a pressionavam mais contra seu corpo. Ela o livrou daquela grande capa e segurou nos fortes braços dele. Siger estremeceu com seus dedos quentes na sua pele fria. Charlotte estava praticamente entregue, ansiando por contato.

Siger entendeu que ela também queria, e a levantou pela cintura, sem parar de beijá-la. Empurrou o que pôde e a colocou sentada na mesa, se encaixando entre as pernas dela. Com suas ágeis mãos, transpassou por dentro da saia da mulher e apertou suas coxas a fazendo gemer. Puxou-a para mais perto e beijou-lhe o pescoço pressionando seu corpo contra o da moça. Charlotte pendeu a cabeça para trás, possuída pelo desejo.

–Siger... Não... – arranhou o "r” em meio a sussurros. Sua voz quase não saía, mas ela tentava resistir.

Ele não podia parar. Não mais. A concessão que tinham feito antes foi o bastante para que ele se entregasse ao desejo. Então com uma enorme ferocidade, ignorou os protestos da moça e desabotoou o terninho que ela usava. Charlotte parou de repente e o afastou um pouco, finalmente tomando ciência do caminho que estavam trilhando e onde ele iria levá-los.

– Não... – ela sussurrou mais uma vez enquanto Siger abocanhava seu pescoço.

– Sim... – ele respondeu no seu ouvido fazendo-a arrepiar. Ele subiu sua mão por dentro da saia até chegar à intimidade dela acariciando de leve.

– Na...Não – gemeu quando ele estabeleceu um ritmo com seus dedos ágeis. Ela mordeu os lábios com força quando o bruxo veio dar atenção aos seus seios beliscando os mamilos por dentro do sutiã meia taça. – Sim. – se rendeu puxando-o de volta. – Sim...

Ela entrelaçou as pernas em volta da cintura de Siger e ele a suspendeu prendendo-a pelas costas. Inconscientemente ele imprensou Charlotte na parede segurando suas pernas ao lado do corpo voltando a beijá-la. A moça respondia avidamente, mas começou a oferecer resistência naquela posição. Siger sabia do que se tratava. Uma mulher como Charlotte Charpentier, com certeza queria estar no comando.

Ele se afastou deixando-a ficar de pé. Ela interrompeu o beijo, tirou os sapatos e despiu de uma vez seu terninho jogando-o no chão sem deixar de olhar diretamente para Siger. Por fim chegou bem perto, encostou seus lábios nos dele sem beijá-lo e puxou a camisa que ele vestia, explorando o peitoral do homem. Guiou-o até o tapete felpudo que ela adorava e junto com ele deitou-se.

Charlotte se encaixou sobre Siger e o beijou ainda mais intensamente. Ele subiu suas mãos pelas pernas da moça chegando até o zíper da saia dela, abriu e despiu-a, deixando-a apenas de lingerie branca. A mulher estremeceu com os toques dele, e gemeu ao esfregar o membro duro de Siger na sua intimidade já muito úmida. Com uma das mãos ela procurou o fecho da calça do mesmo e com as pernas tratou de tirar o resto. Siger a apertou mais contra seu corpo, ditando o ritmo de modo que ela se movimentasse sobre seu pênis.

Um apetite voraz tomava conta de seu corpo e o suor banhava os dois. Charlotte voltara a beijá-lo, explorando toda a sua boca e ele guardou o sabor da moça. Levemente adocicado e muito selvagem. Então ele abriu o fecho do sutiã dela e numa rapidez tamanha girou seu corpo detendo o comando da situação. Desceu a boca até os seios dela e chupou-os, fazendo círculos em torno dos mamilos com a língua e mordiscando levemente. Charlotte gemia totalmente fora de controle. Vê-la assim, suplicante, dependente dele, estava deixando Siger muito mais excitado. Cada vez que ela gemia implorando para que ele não parasse, outra parte do seu ser despertava. Seu desejo de consumi-la nublando todos os seus pensamentos.

Subitamente ele tirou o que sobrara de vestes dos dois e com uma mão, acariciou o sexo da moça fazendo-a gemer mais alto. Charlotte se contorcia arrancando os pêlos do tapete em estado de êxtase. Ela o arranhava sem dó e Siger suspirava com o prazer da dor. Para provocá-la ele enfiou um dedo na abertura, e viu com fascínio a mulher se contorcer de prazer. Eu ainda nem comecei meu bem.

Charlotte já estava em estado de gritar que ele colocasse logo o seu membro dentro dela. Antes que ela pudesse dizer algo ele colou os lábios dos dois passando a língua pela língua dela e no mesmo instante ele a penetrou devagar, fazendo-a gemer entre o beijo. Siger se movimentou sobre ela encarando a mulher morder os próprios lábios e gemer abafado.

Com o desejo a flor da pele ela puxou os cabelos de Siger fazendo com que a orelha dele ficasse em seus lábios

– Ah... – ela sussurrou provocante contendo um gemido. – Então só é bruto com as palavras Sr. Crowe?

Ao ser desafiado assim, Siger aumentou a intensidade de seus movimentos dentro dela com violência, parando de se conter e deixando seus instintos o domarem. Ele se pôs de joelho e puxou-a para ele apertando os seus seios e mordendo a ponta de suas orelhas. Charlotte envolveu sua cintura com as pernas e as mãos do amante a apoiaram para que ele aumentasse as investidas. Ela se agarrou a ele com todas as forças, gemendo baixo.

– Ah Siger... – ele adorava o jeito como ela puxava o “r” em seu nome. Quase como o ronronar de um gato.

– Ainda me odeia tanto? - ele a olhou bem nos olhos, penetrando avidamente.

– Agora menos. - sorriu com malícia experimentando aquele desejo até então desconhecido.

Sem pensar duas vezes, Siger a beijou da forma mais calorosa que pode, apertando os seus dedos entre o cabelo dela. Foi nesse momento em que ambos perceberam o que fizeram. Mas a essa altura quem ligava? Ele a penetrou outra vez, mais rápido e com muito mais vontade. Charlotte não sabia resistir e ofegava suando, entrara no ápice do desejo. Mas algo dentro dela lhe disse para parar. Antes que ela tomasse uma atitude, porém, Siger estremeceu despejando o conteúdo do seu membro nela. A mulher fincou as unhas em suas costas, a boca aberta, os olhos revirando de prazer.

Exausto, Siger se descolou da moça se deitando no tapete de braços abertos. Foi com muita surpresa que ele a viu suspirar satisfeita ao seu lado e se levantar rapidamente catando as roupas pelos cantos.

– Já? – ele perguntou decepcionado. Esperava continuar por algum tempo. Quem sabe mais umas duas vezes...

– A audiência começa em alguns minutos. – ela respondeu já de lingerie. Pegou um punhado e atirou pra ele.

– Ainda vai levar isso adiante? – ele começou a se vestir também um pouco insatisfeito.

– O que fizemos não muda o que você fez com aqueles trouxas! – ela rebateu prendendo novamente o cabelo.

– Que seja. – respondeu zangado. – Então ainda somos inimigos. – não era uma pergunta.

– Agora preciso que se retire da minha sala Sr. Crowe. – ela disse arrumando a mesa. Pelo canto dos olhos Siger pode vislumbrar um sorriso malicioso.

Ele terminou de se vestir e foi se encaminhando calado para a porta. Enquanto ninguém soubesse, estaria tudo bem se encontrarem casualmente. Conhecia aquele jogo.

– Até daqui a pouco. – sussurrou ao sair.

E Siger Crowe adorava jogar.









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Notas finais do capítulo

E então? Opa esqueci de avisar que era HOT HOT! Mas ia perder a graça né? hsaushauhsau' Esses dois nesse "ódio", ai ai
Espero que isso tenha dado pra tirar um pouco o foco das suspeitas do Siger, sei que vocês estão com isso em mente. Tadinho, sniff'
No próximo cap. Loren entrevistará o lobisomem que atacou Steve. Harry, Rony, Hermione e Gina descobrem um esconderijo para a Varinha das Varinhas, e talvez saibamos no que deu a conversa do Patrick e do Chris.
Beijos, digam o que acharam desse clichê, hehe. Até a próxima (sem falsas promessas'



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