Everything Happens In London escrita por ForeverYoung


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo o/ Mas vou logo avisando que não é um capítulo feliz. Enfim, comentem e comentem. :) Xoxo



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                Não me encontrei com o Harry depois de conhecer o “esconderijo” dele e dos meninos e isso, fazia dois dias. O motivo? A banda iria fazer um show em Liverpool, e eles só voltariam à Londres, amanhã. Conversávamos por Twitter e trocávamos mensagens. Como não tínhamos marcado nada, não estava com esperanças de encontra-lo tão cedo. Eu presumia que quando eles voltassem, estariam cansados demais e que iriam preferir descansar invés de se encontrar com a gente.

 Hoje, eu e Luce tínhamos ido ao shopping para fazer compras dos materiais escolares. Já estava carregando muitas sacolas e a meu ver, já tínhamos comprado tudo que precisávamos. Mas minha prima quando via qualquer coisa que chamasse a sua atenção em alguma vitrine entrava na loja e comprava. Será que ela nunca tinha escutado a palavra ‘limite’? Enquanto minha prima comprava, eu mandava mensagens para Harry.

- Será que dá para parar de mandar mensagens para ele por um minuto?! – Reclamou à morena.

- Não. Quando você terminar de comprar, eu posso pensar em parar.  

- Como sua mãe te aguenta? Deixa de ser chata! Só estou comprando coisas básicas.

- Desde quando maquiagem faz parte da lista de materiais?

- Aquele batom estava me chamando. Senti ele falar “Luce, seus lábios me querem... Venha para mim!”

 As pessoas deveriam achar que eu era uma louca, porque eu comecei a ter uma crise de riso. Ao mesmo tempo em que eu achava a minha prima uma consumista assumida, eu a achava a pessoa mais incrível do mundo! Com certeza, o cara que a conquistar, terá sorte. E se vocês pensam que esse cara pode ser um tal de Liam Payne da One Direction, estão erradas. Liam tinha namorada, e pelo que Luce tinha me dito, ele era louco por ela.

  Chegamos à praça de alimentação e não demorou para estarmos sentadas em uma das mesas comendo um Big Mac – delícia, manjar dos deuses! – e conversando besteiras. Às vezes, eram coisas importantes e ao mesmo tempo não. No meio da conversa escutei uma música e era Up All Night da 1D. Demorou um pouco, mas lembrei de que era o toque do meu celular.

- Alô? – Tentei parar de dar risada.

- Nina, é sua mãe. – Se ela não se identificasse eu nunca iria descobrir por sua voz está tão abatida.

- Mãe! Que bom ouvi sua voz. Nossa que saudades! Como estão as coisas?

- Ah, minha querida... É... – Minha mãe começou a chorar.

- Porque você tá assim? Mãe, aconteceu alguma coisa?

 Nada. Só conseguia escutar o choro dela. Comecei a ficar nervosa e Luce não estava entendendo nada ficava fazendo sinais labiais, mas do meu estado eu não consegui entender e nem ter paciência para isso.

- Mãe? Mamãe! Fala comigo! Me diz o que houve?

- Seu irmão, filha... – Ela respondeu fracamente. – Ele... Ele... Morreu.

Quatro horas depois, eu acordei no meu quarto, em minha casa, quero dizer, na casa da tia Susana. Torci para que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. Mas depois, Luce me certificou que não. O que me deu motivos ainda mais para minhas lágrimas voltarem. Ela tinha me dito que depois que eu falei no celular, eu comecei a horar e não parava, e por medo que acontecesse alguma coisa, chamou sua mãe para me ajudar. E chegando aqui, elas tinham me dado um calmamente e desde então eu tinha apagado.

Luce me certificou que meu celular não parava de apitar e tocar e que também não tinha visto quem era. Mas que era bom eu dar uma olhada. Meu celular era a última coisa do mundo que eu queria ver, já que foi com ele que eu soube da pior noticia da minha vida. Contra a minha vontade, Luce acabou olhando de quem eram. Tinha exatamente 10 mensagens. Duas de minhas amigas do Brasil que souberam da noticiais e queriam prestar suas condolências. Uma era de minha mãe.

Querida, sei que é difícil, mas quando puder mande noticias. Estamos todos tristes, mas queremos saber como você está. Queríamos que estivesse aqui.  – Mãe

Era o que dizia a mensagem. O resto eram do Harry. Algumas eram apenas besteiras do tipo que em um momento melhor, eu teria rido. Agora, eu me sentia tão triste que aquelas mensagens não faziam efeito nenhum. As duas mais recentes continuavam sendo dele.

Sumiu? Porque não tá respondendo? Também estou te ligando e você não atende. O que houve? Xx – Harry.

NINAAAAAAA! Me responde. Está ocupada? Xx – Harry

É, ele estava preocupado e tinha ligações não atendidas e claro, eram dele. Eu não conseguia responder uma mensagem ou ligar pra Harry naquele momento, e isso me deixava frustrada, e vendo minha irritação, Luce me garantiu que ligaria para ele para avisar o que estava acontecendo. E honestamente? Eu agradeci. Não queria que ninguém me visse do estado que eu me encontrava. Quero dizer, eu estava fraca e vulnerável. Sem falar que eu não conseguia completar uma frase sem dar uma crise de choro ou soluços.

No fim, Luce me deixou sozinha. Chorei e devo ter dormido novamente, porém, minha mente ainda trabalhava. Eu queria entender porque dentre tantas pessoas do mundo, justo meu irmão tinha sido morto. Digo, ele e Anna. Meu Deus! Eles tinham acabado de se casar, tinham uma vida inteira juntos e aposto que um futuro brilhante profissionalmente. Sem falar que meu irmão... Ele era o meu tudo! Era a pessoa que eu pedia conselhos quando precisava e tomava conta de mim. Mamãe e papai por serem médicos, raramente paravam em casa. Com isso, Rick tomou o lugar de irmão, mãe e pai.

E agora eu tinha que me acostumar com a ideia que ele estava morto e que tinha que me referir a ele no passado. Doía-me também o pensamento que eu estava longe dele. Eu estava em Londres e eles no Brasil. Eu não pude fazer nada! Não que se eu estivesse presente poderia fazer alguma coisa, já que minha mãe disse que eles estavam voltando de uma viagem para Búzios de carro, e a pista estava molhada pela chuva que tinha caído mais cedo. E então o carro simplesmente... Perdeu o controle e caiu em uma ribanceira.

Ele ainda tinha chegado vivo no hospital, mas não puderam fazer nada. Ele não estava recebendo os medicamentos e tratamentos bem. Anna morreu na hora, estava sem cinto. Os médicos falaram que se ela estivesse usando o cinto, poderia sair viva e quem sabe, com poucas fraturas. Neste momento, eu começo a pensar que não sabemos qual momento vai ser o último e que também, um detalhe, pode mudar tudo. Me encolhi na cama, e puxei o lençol até debaixo do queixo, fechei meus olhos, mas mesmo assim lágrimas caíram. Era como se um pedaço de mim tivesse morrido.


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Notas finais do capítulo

Acho que ninguém esperava isso acontecer, não é? Pois bem, as vezes muitas coisas não acontecem como queremos. Elas apenas nos dão espaços para que NOVAS e MELHORES coisas apareçam. Mas isso, eu só vou mostrar no próximo capítulo, hahaha. Continuem comentando, ok? Xoxo ;*