Everything Happens In London escrita por ForeverYoung


Capítulo 21
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

A maioria escolheu que a fic tivesse segunda temporada. Aos que optaram por uma fic do Nialler, eu irei cumprir com minha promessa e após a segunda temporada eu postarei. Porém, eu só vou fazer a segunda temp caso o número de recomendações aumente. Recebo muitos reviews e mensagens dizendo que a fic está ótima, contudo, ninguém recomenda! :( Então, por favor, recomendem a fic. Não dói eu juro. Enfim, sem mais, novo capítulo quentinho quentinho! Espero que gostem e comentem :) xoxo



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Três dias se passaram desde a minha conversa com Harry e não recebia notícias dele. Quero dizer, ele não me mandava mensagem e também não me ligava, ficava sabendo sobre o que estava fazendo por terceiros – lê-se Niall e Josh. Nos dois primeiros dias eu estava confortada que ele me ligaria ainda, ou sei lá, deixasse um recado, mas agora... Acho que é pouco provável que isso aconteça. Eu realmente entendi o porquê dele pedir um tempo, e aceitei. No fundo, algum me dizia que no final eu iria acabar magoada por tomar aquela atitude, mas eu ainda acreditava que iriamos ficar juntos.

Era sexta-feira à tarde. À noite, eu, Susana e Luce iriamos para um jantar na casa de Mel para que ela pudesse apresentar oficialmente Niall como seu namorado. E quer saber? Eu não estava a fim de ir. Pode parecer egoísmo, mas eu não queria ver o quanto eles estavam felizes por estarem juntos. Não queria ver o rosto apaixonado de Luce quando Josh chegasse ao jantar e também não queria ver Susana e Steve esbanjando aquela cumplicidade que só eles tinham.

O fato era que hoje à noite a programação era para casais, e eu... Pelo que eu sei e pela atual realidade, estava solteira. Esses dias de calmaria me serviram para reconquistar a confiança de meus pais e de finalmente voltar a ser aquela filha responsável e atenciosa que eu era. Minha família também precisava de mim. Até ontem, eu não tinha mandado nenhum e-mail sobre a morte do meu irmão, e conseguir fazê-lo sem derramar nenhuma lágrima foi extremamente difícil. Acho que seria mais fácil se eu estivesse no Brasil e poder simplesmente abraçar meu pai e minha mãe.

Eu estava na cozinha, Susana só chegaria a casa às seis horas e tinha me pedido para fazer uma torta de sobremesa. Como eu falei que não sabia fazer, ela disse que era apenas eu seguir a receita que não tem erro e que Luce me ajudaria com a torta. Tia Susana só não contava que Luce iria sair às escondidas para encontrar com Josh no estúdio hoje, e só eu iria tentar fazer algum no mínimo apresentável. Devo dizer que até me sai bem preparando a massa e o recheio, e depois de muito trabalho duro, eu só tinha que esperar a torta assar. Assim que coloquei a sobremesa no forno, escutei a campainha tocar; em pouco tempo já abria a porta.

- Legal Luce! Chega quando eu já fiz a parte mais difícil! – Ao olhar atentamente quem era, fiquei em choque. – John? O que está fazendo aqui?

- Eu queria falar com você. – Ele respondeu.

- Eu não tenho nada para falar com você. – Eu tentei fechar a porta, mas ele a segurou impedindo minha ação.

- Não vou demorar, eu prometo.

- Tenho quinze minutos. – Falei olhando o relógio e suspirando em seguida.

- Posso entrar, pelo menos?

Sai de frente da porta liberando passagem para que ele pudesse entrar. John estava mais forte desde a última vez que eu tinha o visto, e parecia um pouco triste também. Passei minha mão em meu braço e fechei a porta com o corpo. Fiquei o observando até que ele começasse a falar.

- Eu queria pedir desculpas. Pelo que fiz com você e Harry.

- Meio tarde para desculpas, não acha?

- Eu estou tentando conversar amigavelmente com você, será que pode ajudar? - John estava sério.

- Talvez.

- Nina... Olhe, estou arrependido do que eu fiz. Só o fiz porque eu... Eu realmente posso amar você mais que Harry um dia poderá fazer. E também eu sei isso não é desculpa nenhuma para fazer o que eu fiz... – Ele riu um pouco sem jeito. – Mas quando você ama alguém você perde a noção das coisas. Se fosse você, o que você faria?

- Eu não teria mentindo, forçado e terminado o relacionamento da pessoa que eu gostasse. – Rebati.

- Você correu para ele. – Como não entendi ele explicou. – Eu tinha esperanças que quando nos beijássemos você perceberia que eu seria melhor, e quando Harry viu tudo, eu achei mesmo que você deixasse ele para trás, principalmente depois da briga. Mas você... – Ele pausou. – Você escolheu voltar para ele.

- Eu o amo, como eu não poderia voltar para ele? – Falei. – Eu sempre irei escolher ele.

- Eu tinha esperança, Nina. Não dizem que ela é a última que morre? – Ele sorriu. – Sobre as fotos suas com o Harry... Também quero me desculpar por isso. Eu não queria ficar espionando a vida do Harry, mas eu preciso pagar a minha faculdade e o salário que eu ganho como assistente não ajuda. Quando Caroline me falou sobre isso, eu de início não aceitei, mas eu precisava e de certo modo agradeço por ter feito assim eu te conheci.

- Tantos trabalhos e você aceita logo esse?

- Nina, eu vigiava a vida do Harry antes de você aparecer na vida dele. Eu tinha acabado de chegar a Londres, e ao contrário dos seus pais, os meus não me bancavam e nem apoiaram minha vinda. Eu precisava me sustentar e Caroline me ajudou com isso.

- Eu não tinha pensado dessa maneira. – Disse sem graça.

- Não, eu sei o que você tinha pensado. Depois do que aconteceu, eu liguei para Caroline e disse que não faria mais isso e também sai do meu emprego de assistente hoje.

- Você saiu? Mas e a faculdade? Como vai se manter?

- Dou meu jeito. – John fez uma careta. – Que cheiro é esse?

- AÍ DROGA MINHA TORTA!

Eu e John corremos para a cozinha, abri o fogão e me deparei com minha torta ou melhor, com alguma coisa preta. John pegou as luvas térmicas e tirou o projeto de torta dali, ao avaliar como estava cocei a nuca preocupada.

- Minha torta está um fracasso! Tia Susana vai me matar!

- Isso era para ser uma torta? – John começou a rir.

- Engraçadinho. Pelo horário eu não vou conseguir fazer outra a tempo. – Dava de um lado para o outro.

- Calma, tem uma padaria não muito longe daqui você pode ligar e ver se tem alguma torta sobrando. Ou sei lá.

- Sério? Você tem o número dela? – Ele concordou com a cabeça. – John você salvou minha vida.

- É. Parece que sim.

Naquele momento, ficamos nos olhando sem dizer uma só palavra. John era uma pessoa boa, apesar de tudo, sorri sem graça e ele percebendo meu constrangimento disse alguma coisa.

- Acho que está na minha hora.

- É, bom, minha prima vai chegar a qualquer momento e acho que não vai gostar de te ver.

- Sou tão odiado assim?

- Eu não diria odiado. – Comecei a rir. – Você é uma pessoa especial para mim John, um amigo que... Que não é famoso é mais parecido comigo. Eu odiaria te perder.

- Seremos amigos até você perceber que Harry não vale nada e fique comigo. – Ele falava brincando enquanto chegávamos à porta. – Eu falei com ele hoje.

- Ele quem? – Quis saber.

- Harry. Expliquei a ele o que aconteceu e pedi desculpas, não vou dizer que ele não ficou bravo e quase tentou brigar comigo. – John passou sua mão no braço e fez careta, provavelmente Harry não deixou barato o que ele tinha feito. – Ele te ama, e eu odeio admitir isso.

- Não é o que está parecendo esses dias...  – Eu soltei sem querer.

- Ele só precisava de uma boa conversa comigo e se me permite, eu abri os olhos daquele idiota. Ele não sabe o que está perdendo. Acho que ele entendeu. Bom, já vou indo, até qualquer dia desses.

- Cuide-se, John.

Demorou um pouco para eu compreender o que tinha acontecido ali, e demorou menos tempo ainda para perceber o que eu precisava ligar para a padaria e pedir uma torta e ainda arranjar tempo para me arrumar. Luce chegou logo depois que John saiu e me fez muitas por ter o visto saindo daqui de casa. Não respondi todas estava ocupada resolvendo o problema da torta, e como eu tinha sorte, consegui uma torta na padaria pedi por telefone que ela fosse entregue ao endereço da minha casa, e quando esse problema estava revolvido, corri para o banho.

[...]

Eu já estava dentro do carro indo em direção ao jantar da Mel. Susana e Luce cantavam animadas alguma musica que cantava no rádio e eu olhava a janela. Tentava a todo instante responder o porquê eu estar indo para lá. Mel e Niall são pessoas importantes para mim, eu realmente desejava toda a felicidade do mundo para eles. Se tiver algum exemplo de almas gêmeas, de fato, eram eles. Hoje, eu sabia que não iria ser a melhor companhia do mundo e não queria estragar a noite tão especial dos dois.

 Ao chegar a casa, Steve abriu a porta com um sorriso nos lábios, Mel estava arrumando os últimos preparativos e estava frenética. Ela queria que tudo desse certo e ficasse perfeito. Voluntariei-me para ajudar e ela só faltou pular em cima de mim contente por eu ter tomado aquela atitude. Certo, Mel de longe estava em seu estado normal. Só estava esperando quando Niall aparecesse, aí sim, eu iria querer ver como ela iria se comportar. Seu pai estava até calmo, e eu achei que ele poderia estar meio apreensivo por sua filhinha estar namorando um super astro. Nesse ponto, Steve até subiu no meu conceito.

- Eu atendo! – Mel gritou da cozinha correndo até a porta.

A cabeleira loira do Niall apareceu e logo depois Josh. Na verdade, a única razão para eu realmente ter vindo para o jantar era a possível possibilidade de ver se Harry viesse. Quando a porta se fechou, percebi que ele não iria parecer. E também que eu era uma boba por pensar que ele aparecesse. Quero dizer, quando se descobre que sua ex ainda gosta de você e que ameaçou a garota com quem você estava tendo um “lance” acho que, no mínimo, ficar sozinho era uma prioridade.

- Boa noite Sr. Collins – Niall cumprimentou formalmente o pai de sua namorada.

- Olá, Horan. – Steve sorriu.

Niall estava visivelmente nervoso, mas depois que eles se cumprimentaram parte da tensão momentânea de dissolveu. Mel estava exalando felicidade, Josh e Luce estavam conversando e trocando carinhos, Susana olhava vez ou outra para a filha e Steve dizia constantemente para ela deixar os dois pombinhos quietos. Notei que era uma noite especial para Luce também, afinal, Josh não conhecia a mãe dela até então. E conhecer os pais, ou pelo menos, um dos era um grande passo em um relacionamento.

Novamente, eu me senti deslocada. Durante o jantar eu estava falando pouco, já que eu não estava com meu bom humor de costume, não queria que ninguém percebesse que eu estava chateada por meu caso com Harry. Era impossível fazê-lo se a cada cinco minutos suas amigas-primas te olham para saber se esta bem ou se divertindo. Então eu estava fingindo estar feliz no jantar. Fingindo estar gostando daquilo tudo. De fato, estava feliz com eles, mas... Era difícil de descrever.

- Cadê a super torta que você disse que sua prima fez, Lulu? – Josh indagou.

- Ela deixou queimar! – Luce riu. – Pedimos outra no lugar, pelo menos, sabemos que essa está boa.

- Sabe Josh, se eu tivesse tido ajuda, talvez a torta não queimasse. – Em resposta recebi uma boa cotovelada debaixo da mesa.

- Eu acho que essa torta ficaria tão boa quanto essa. – Niall comentou já com um pedaço da torta.

- Amor, você gosta de todas as comidas! Sua opinião não conta.

- Ah, Niall é dos meus, eu também como de tudo. Comigo não tem essa. – Tia Susana se intrometeu.

- Acho que se colocasse uma pedra para a Susana e dissesse que era boa, ela comia. – Steve brincou.

A noite toda foi isso, brincadeiras, provocações de casais e eu no meio de tudo. Acho que a expressão “segurar vela” não se aplicaria a mim, e sim “segurar um castiçal”. Quando todos nos terminamos de comer a sobremesa, Susana e Steve falaram que iriam lavar a louça, permitindo que os jovens tenham um tempinho as sos. Como eu era que estava sobrando ali, sai da casa e fiquei no jardim. Sentei-me na grama um pouco molhada e olhei as estrelas presentes no céu.

Sempre gostei de admirar o céu em noites tão estreladas quanto esta. No Brasil, não se via muitas estrelas, mas aqui em Londres, parecia uma epidemia. Cada estrela tinha seu segredo e sua história, isso era o que mais me fascinava. A noite tranquila e fria me ajudava a esquecer dos meus problemas, minhas mãos tocaram a grama e comecei a brincar com ela de forma distraída. Nem percebi alguém se aproximar de mim.

- Sabe, aqui fora está mais fresco. – Niall disse. – Posso ficar com você?

- Pensei que iria ficar com Mel agora.

- Ela ficou conversando com Josh e Luce. Parece que ela quer tocar bateria agora. – Ele sentou ao meu lado sorrindo ingenuamente.

- Bateria? Isso não combina com ela. – Ri um pouco.

- Quem sou eu para dizer que não? Ela é teimosa como você.

Niall sempre foi o integrante que achei mais fofo, digo, sempre gostei do Harry e Zayn, mas Niall era aquele garoto que lhe conquistava fácil por ser extremamente amigo. Acho que isso foi o que Mel mais gostou nele. Niall sempre se dava bem com todos sem o mínimo de esforço, essa parte eu o invejava.

- Você está bem? – Ele perguntou.

- Ah, sim. Estou bem, obrigada.

- Quero saber a verdade, Nina.

- Como se você não soubesse o que esta acontecendo entre mim e Harry.

- Sabe, dar um tempo é bom. Ajuda a pessoa a decidir o que ela quer. – Ele começou. – Harry sente muito a sua falta.

- Ele nem ligou para mim nos últimos dias, não mandou email e nem mensagem, não acho que esteja sentindo minha falta. Deve estar agradecendo por não estar comigo.

- Não é verdade. Desde que vocês deram um tempo ele age estranho, fica disperso nos ensaios, não faz mais as brincadeiras que fazia e parece um robô, sabe?

- Um robô? – Franzi a testa.

- Sim, é como se ele agisse automaticamente. Ele também olha o celular toda hora para ver se você não mandou nada e ele pergunta para a Mel como você esta.

- Ela nunca me disse isso...

- Ele pediu para que ela guardasse segredo. Sou um dos melhores amigos dele, sei quando meu amigo sente falta de uma pessoa. E pelo que eu vejo, você também está.

- Sinto muito a falta dele, mas ele pediu um tempo para pensar não quero... Não quero parecer uma garota desesperada.

- Eu acho que o Harry já sabe a resposta, ele só quer arranjar um jeito de poder te falar.

- Não sei o que você está querendo.

- Amanhã tem o programa da Caroline e estaremos lá. Mel também vai, acho que ele iria ficar feliz em te ver lá.

- Não sei se isso é uma boa ideia.

- Você tem até amanhã para pensar na resposta. – Niall piscou e começou a se levantar.

Fiquei imóvel por um momento e sorri para mim mesma. Antes que Niall entrasse na casa, eu perguntei:

- O que Caroline Flack tem que eu não tenho?

- Rugas. – Ele riu. – Falando sério, você não deveria se atormentar com isso mais. Harry só tem olhos para você.

- Acho que vou amanhã, então.

- Boa escolha, garota! – Niall sorriu feliz e seu sorriso me fez sorrir. – Vamos entrar então?

- Na verdade, quero ficar mais um pouquinho.

- Cuidado para não pegar um resfriado.

- Niall! – O chamei, quando ele olhou para mim eu disse: - Obrigada.

- Disponha, Carter.

Eu ainda fiquei no jardim por mais trinta minutos, até me levantar e deixar aquele céu estrelado para atrás.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero comentários sinceros de vocês! Eu particularmente adorei, hahaha.
Aos que estavam me perguntando, meu Instagram é stefany_brito e eu não uso muito o Twitter, então é mais fácil me encontrar pelo facebook. O link está no meu perfil. :) xoxo



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