Everything Happens In London escrita por ForeverYoung


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Vocês especularam muito sobre o que iria acontecer em seguida, fizeram apostas, falaram mal da Carold... Agora podem ter alguma pista do que pode ter acontecido e o que poderá acontecer. Quero seus comentários sobre o capítulo, me contem tudo: O que acharam, o que mais gostaram, quero saber tudo! :) Xoxo



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Estava no quarto de Mel deitada em sua cama. Depois da ilustre visita de Caroline, eu vim para cá. Luce disse que eu poderia ficar em casa e não precisava sair. Mas de alguma maneira, me senti sufocada naquela sala. Tinha que ficar em algum outro lugar para me acompanhar e por meus pensamentos em ordem, e como eu já iria para a casa de Mel, não vi nenhum problema em chegar um pouco mais cedo. Claro que minha prima tinha ficado preocupada comigo e quase desmarcou o encontro com Josh, porém... Aquele problema era meu, não queria que Luce deixasse de ter sua tarde romântica só por minha causa... Seria egoísmo.

Contei tudo a Mel assim que cheguei. Chorei, fiquei irritada e com raiva, e agora eu estava aos poucos me acalmando. A casa dela tinha algum que me fazia relaxar, não sabia que era por causa do incenso de hortelã que fluía entre os cômodos da casa ou pela leve brisa da tarde que entrava pela janela do quarto dela. Recebi varias mensagens não só do Harry ou dos meninos como de Luce me perguntando como eu estava. Menti lhe respondendo que estava bem, mas no fundo, estava um bagaço. Por mais que eu não fizesse e me recusava a acreditar no que Caroline tinha me falado, comecei a ter minhas duvidas.

- É chá de camomila, meu pai disse que acalma. – Mel apareceu segurando uma xicara e me entregando. – Eu segui todas as instruções que tinha naquela caixinha. Desculpe se não ficar bom.

- Obrigada. – Tentei sorrir e peguei a pequena xicara quente, tomando um gole e fazendo uma careta com o gosto. – Nunca gostei de tomar chá.

- Nem eu, mas meu pai disse que faz bem... Nina, você acha que o que Caroline falou é verdade?

- Eu não sei, Mel... Eu quero acreditar que não, mas...

- Estive pensando enquanto eu fazia seu chá. Para mim é tudo uma mentira.

- Mel... Se for mentira, como ela sabia tanto da intimidade minha e dele? Quero dizer, nem você sabia que ele me chamava assim!

- Nina me escuta, ok? Só faz me escutar. – Ela pediu. – Se você fosse a Caroline o que você iria querer? Que a “namoradinha” e ele brigassem. E qual seria a melhor maneira de fazer isso? Plantar ideias na sua cabeça para que você ficasse irritada e chateada e vá brigar com ele. Uma briga feia iria fazer com que vocês terminem e ele ficaria livre para ela voltar a atacar.

- Certo. Mas ainda falta uma coisa. – Pausei para beber mais um pouco daquele chá. – Como ela sabe aquelas coisas? Quero dizer, se ela sabe, ele também deveria fazer isso com ela ou com as exs namoradas.

- Tenho uma teoria para isso também.  – Mel seria uma boa detetive, aposto que ficava assistindo Sherlock Holmes 24H por dia. – Não sou muito fã da banda, então quero que você me responda uma coisa. As Directioners alguma vez souberam que o Harry chama as namoradas de Julieta?

- Hmm, não. Sabemos que ele as chama de baby, coração ou amor. – Respondi um pouco pensativa. – O que isso tem haver?

- As Directioners são as melhores que o FBI ou NASA. Sabem até o tipo sanguíneo deles! Então, se Harry tratasse suas namoradas desse jeito, elas saberiam. Seria até um ponto positivo para ele, já que é um apelido fofo e as meninas suspirariam mais ainda por ele.

- Agora me diz aonde você quer chegar. – Perdi confusa.

- Que o Harry não trata mais ninguém assim, só você. – Antes que eu começasse a protestar ela me fez calar a boca. – Ou seja, tem alguém passando tudo o que acontece entre vocês a ela.

- Impossível, Mel. Isso só acontecem em filmes ou livros. Isso aqui é mundo real, e além do mais, a maioria das vezes que ficamos sozinhos mesmo é no meu quarto. – Respondi ficando vermelha. – E só para deixar claro, não fazemos NADA de errado.

- Tá bom, eu nem ia perguntar isso. – Ela riu. – Mas pense, ela tem motivos para deixar alguém de olho em vocês dois. Quero dizer, quantas vezes eles terminaram o namoro e voltaram? Você acha que Harry contava para ela o que ele aprontava nesse meio tempo? Claro que não! Ela deveria ter alguém para ficar de olho nele.

- Alguém bem próximo a ele. – Completei o raciocínio.

- ISSO! Ou alguém próximo a você.

Mel tinha razão. Sherlock Holmes, você deveria largar o Watson e contratar a Mel. Ainda sim, tudo aquilo era uma loucura. Mordisquei os lábios, e sorri sem graça.

- Mas para isso tudo ser verdade, estamos supondo que Harry não seja culpado.

- Meu pai sempre disse que a resposta está em seu coração. Quem sabe você não encontre a resposta lá? – Ela sorriu e me abraçou. – Sempre encontramos a resposta certa.

Minha quase prima era adorável. Não era estranho que Niall tinha finalmente oficializado o namoro – só faltava ele conhecer o pai dela, boa sorte Nini. – eles sem duvida formavam um belo casal. Momentos depois, Mel saiu do quarto dizendo que iria aprontar alguma coisa para comermos, me deixando sozinha para pensar no que ela tinha me dito mais cedo. Meus suspiros ecoavam aquele quarto então vazio, e em meio aquela súbita tranquilidade que recebi desde que cheguei ali, tentei buscar a resposta.

Achar a resposta era fácil, o problema era acreditar nela. Pensei em todos os momentos que eu tive com o Harry desde que cheguei aqui. Nosso encontro desastrado no golf, nossa conversa no banheiro, suas idas e vindas ao meu quarto, à sua ajuda quando meu irmão morreu e eu tinha ficado triste, nossos beijos... Abri meus olhos com uma certeza: Harry não estava me enganando. Não tinha como estar. Eu tinha que acreditar nele, mesmo sem saber a verdade concreta. Caroline me deixou claro que não iria entregar Harry tão facilmente, e eu não vou deixar ela se intrometer entre mim e ele. Não vou entrega-lo de mãos beijadas a ela.

Meu celular começou a tocar certa música e logo entendi que estava recebendo uma ligação. No visor estava escrito Harry e aparecia uma foto minha e dele sorrindo na London Eye. Atender ou não? Lembrei-me do que Mel me falou; ela só queria ver eu e ele brigados para enfim poder ficar com ele novamente. E se depender de mim, isso não vai acontecer. Nem hoje e nem nunca.

- Harry? – Perguntei assim que atendi sua chamada.

- Ei, porque demorou tanto? Tive uma folga de cinco minutos aqui.

- Estava conversando com Mel que nem percebi o celular tocando. – Menti.

- Certo então. Olha, só liguei porque quero dizer que amanhã vamos encontrar uma pessoa. Uma pessoa muito especial para mim e quero que você conheça. – Sem duvidas ele estava sorrindo.

- Quem é? – Devo ter dado a entender que estava com ciúmes porque agora ele ria.

- Ela é bem mais nova que você! Você não tem concorrência, baby.

- Ela? Quem é?

- A filha da Lou, a Lux. Espero que leve jeito com crianças porque vamos ficar de babá a tarde toda amanhã.

- Eu vou conhecer a Lux? – Agora eu estava animada. – Meu Deus, ela é tão fofa, tão... Pera ai, babá?

- Sei que minha afilhada é perfeita, puxou a mim, claro. – Cristo, como ele era convencido! – Sim, babá.

- Harry eu não levo jeito com crianças! Eu... Eu nunca troquei uma fralda antes e não sei segurar um bebê.

- Aprende! Como vai fazer quando nossos filhos nascerem?

- Pera ai, já está pensando em ter filhos? - Não consegui conter um sorriso. – Desculpe, mas só depois que eu me formar na faculdade.

- Estou pensando em ter um time de futebol, o que acha? O curso de medicina demora muito! – Ele fez uma pausa. –

 Mas até lá nós podemos treinar, né? – Harry disse com um tom malicioso.

- HARRY! – Eu comecei a rir.

- Tudo bem, tudo bem. Sem treinos por esses dias.

- MESES. ANOS.

- Acho que não vou conseguir ficar anos não, Nina. – Ele tinha ideia o quanto eu estava ficando vermelha com aquela conversa? – Amanhã te pego às 3 horas, certo? Tenho que voltar ao ensaio, sabe como é né, fazer poses e parecer mais gato ainda.

- Vou ver se estou livre no nesse horário, sabe como é né? Vida muito badalada a minha.

- Ninguém fala mais badalada, sua boba. Olha, preciso mesmo ir, até amanhã, te amo.

- Eu falo. Sou ninguém, então? – Por um momento eu fiquei um pouco seria e desconfortável – Harry? Você me ama mesmo?

- Claro que sim! Eu te amo demais. Tem algum problema? Você ficou estranha tão de repente...

- Não, é bobagem. Eu também te amo muito. Até amanhã.

Olhei para a janela admirando aquele final de tarde. Harry fazia até planos para quando ficássemos mais velhos... Filhos. Isso quer dizer que ele me queria em seu futuro, e isso não parecia coisa de quem quisesse um passatempo. Eu acreditava que Harry não tinha nada haver com o que Caroline disse. Ele já pegou sim, modelos, cantoras, pessoas bem mais velhas que eu, mas hoje, ele estava comigo. E isso era o que importava. Percebi que se tivesse que ficar irritada com alguém não era ele e sim, Caroline. No entanto, eu precisava descobrir quem estava passando tudo o que eu e Harry fazíamos juntos e se Mel estava certa, ela e essa pessoa já eram cumplices há muito tempo. Droga, se eu tivesse alguma pista de quem fosse...


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Notas finais do capítulo

Quem será essa pessoa misteriosa? Até tem um palpite de quem seja? Deixe nos comentários sua opinião :) Xoxo