Everything Happens In London escrita por ForeverYoung


Capítulo 13
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Todo mundo estava esperando esse capítulo, rs. Mas só deu para terminá-lo agora. :/ Enfim, esse está na lista dos capítulos que mais gosto dessa fic e espero que gostem também. E o dedico a todos que queriam ver Nina e Harry juntos. HAHAHAHA ;)xX



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John e eu estávamos em frente à porta da minha casa. Ele era tudo que uma garota poderia querer: lindo, fofo, inteligente e engraçado. A noite que passamos foi simplesmente incrível! Descobri mais sobre sua vida e ele da minha, e acreditem ou não, tinha até algumas meninas histéricas tirando fotos minhas depois que saímos da sessão. O que não foi legal, já que senti minha privacidade ir para o lixo. Eu até reagi bem, segundo John – abaixar a cabeça e tentar sorrir um pouco, é reagir bem? Bom saber.

- Realmente me diverti muito, John. – Falei mexendo as chaves da casa. – Obrigada pela noite.

-  Ночь была не идеальна, потому что о вас. – Ele me respondeu em russo.

- Sou brasileira, falo inglês, mas não aprendi a falar russo ainda, desculpe. – Respondi rindo um pouco.

- Significa: “A noite só foi perfeita por sua causa.” – Senti meu rosto ficar um pouco vermelho.

- John, olha...

- Eu sei, Carter. Sei que não gosta de mim, você gosta de outra pessoa. – Ele me cortou.

- Outra pessoa? Não, claro que não!

John se aproximou de mim com um sorriso compreensivo, suas mãos passaram levemente em meu rosto desde as maças de minhas bochechas até meus lábios. Neste local, ele demorou mais um pouco. Devo dizer que meu coração se agitou um pouco, e fiquei nervosa. Ainda mais quando percebi ele se aproximar ainda mais do meu rosto, contudo, ele não beijou meus lábios, e sim, a minha testa. Um beijo longo e demorado. A noite fria de verão formava um cenário perfeito para aquela ocasião. Parecia um filme.

- Eu queria ser ele. – John finalmente falou alguma coisa após se afastar. – Harry tem muita sorte.

- John, eu e o... Harry nós não temos nada...

- Nina, você fala uma coisa e seus olhos dizem outra. – Eu iria questionar, mas ele me interrompeu. – Ele também sente. Ele não é a mesma pessoa desde que te conheceu. Você o mudou.

- Harry tem namorada, John... – Sorri fracamente.

- Um namoro que sempre esteve prestes a acabar de vez.

- Você não entende... É mais que isso...

John me deu um abraço e sussurrou um “boa noite” em meus ouvidos. Calmamente foi andando para a calçada, onde tinha deixado o carro estacionado. Eu o observava ir, ainda perdida na conversa que acabávamos de ter, quando eu menos esperava John parou de caminhar e disse:

- Se você estiver sempre arranjando razões para não ficar com alguém... Sempre vai encontra-las.

- E você tirou isso de onde?

- De um filme que assisti. Reflita sobre ela.

- Você é um bom amigo, John. – Sorri.

- Ele é o problema, Nina. Eu queria ser mais.

Eu me sentia mal por saber que John estava triste e o pior, a causa era eu. O observei entrar no carro e começar a dirigir, se distanciar rapidamente do meu bairro.  Fechei os olhos e suspirei, entrei em casa e vi Mel e Luce comendo pipoca e assistindo TV, tia Susana e Steven estavam na cozinha fazendo alguma coisa. Os dois me perguntaram se eu queria comer algum, mas estava sem fome. Na verdade, tudo o que eu queria naquele momento, era subir para meu quarto e pensar.

Agradeci mentalmente por Mel e Luce não me encherem de perguntas sobre meu encontro com John. De todos os assuntos na terra, John era o que eu queria evitar. Subi para meu quarto e acendi as luzes, minhas duas primas deveriam ter feito uma festa nele, afinal, qual outra explicação teria para meu quarto estar completamente desarrumado? Fui ao banheiro e pus meu pijama preferido com a cara do Bob Esponja estampado na blusa. Abri meu notebook e chequei meus e-mails me deparando com dois dos meus pais. O primeiro era do meu pai. 

Nina Carter!

Aqui no Brasil tenho visto suas fotos pelas revistas e sites de fofoca. O que está aprontando aí? Susana só me disse que você tem um amigo famoso. Também me disse que você a desobedeceu. Esta foi à criação que lhe dei? A confiança que lhe atribui? Sabe o quanto foi doloroso ter que lhe deixar partir para seguir seu sonho? E agora você me retribui desse jeito. Lembre-se que eu e sua mãe lhe mandamos para Londres por estudos e você nos assegurou que iria estudar. Quero que cumpra sua promessa e não se iluda por qualquer rapaz. Estou muito chateado com você. Esperava mais maturidade.

                Depois do e-mail de meu pai temia em ler o de minha mãe. Além de deixar John chateado, meu pai também estava. Ei, Nina, adivinha só, você tem um incrível dom em machucar quem você ama. Parabéns! Pensava comigo mesma. Tentando superar meus medos, cliquei no email da minha mãe. Eu estava pronta para receber reclamações, criticas e até ameaças de voltar para o Brasil da minha mãe. Enfim, estava preparada para tudo, e, no entanto, quando eu comecei a ler, percebi que não esperava por aquilo.

Querida filha,

Sei pelo que você está passando e quero dizer que você é forte. É forte, por enfrentar a morte do seu irmão num país longe, em uma língua diferente, longe de mim e de eu pai. Quando penso nisso, me da uma tristeza no meu coração. Queria estar ao seu lado e te aconselhar e dizer que tudo vai ficar bem, e como não posso fazer isso pessoalmente, o faço por este email. Sei o quanto você e Rick eram ligados, e também sei que quem mais sofre com sua ausência é você. Você se lembra como ele era? Bondoso, carinhoso e atencioso. Mas também vivia cada dia com tanta intensidade como se fosse o último. Sabe querida, seguir em frente não é esquecê-lo. E sim, lembrar que cada dia que temos na terra é único, e que todo esforço que seu irmão fez para lhe ver feliz não foi em vão. Vi suas fotos em uma das revistas aqui, você estava com um sorriso tão espontâneo e feliz... Fazia tempo que não te via sorrindo daquele jeito. Percebi que você estava acompanhada. Ele até que é gato, como vocês jovens falam. Rick iria querer que você corresse atrás da sua felicidade. Acho que está na hora de eu passar um conselho que minha mãe me disse quando tinha mais ou menos a sua idade e tive meu primeiro namorado: mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata. Viva o agora, minha pequena. Eu confio em você e lhe amo, mesmo não estando tão presente quanto gostaria. Eu te amo, minha filha.

Aquelas palavras me fizeram chorar. Chorar por me lembrar do Rick. Chorar por me lembrar de minha mãe e o quanto eu tinha saudades dela e também chorar... Por chorar. Fechei meu notebook, já que não iria conseguir responde-los hoje. Tentei parar de chorar e me acalmar, com certeza, ficar chorando não era o que minha mãe disse para fazer. Disse-me para me arriscar, para viver. Rick teria me dito a mesma coisa e iria querer que eu vivesse invés de ficar chorando e lamentando a sua perda. Deitei na minha cama, tentando dormir, mas tudo que eu fazia era ficar rolando de um lado para o outro.

Por vezes, olhava uma foto que eu tinha da minha família próxima a minha cama, e analisava cada um. Meu pai, minha mãe e meu irmão. No fundo, todos eles queriam o meu bem. Novamente, fechei meus olhos, com uma clara sensação que desta vez, iria conseguir dormir. Porém, um certo barulho na janela me incomodava, e já fazia um bom tempo que estava o escutando. Contra a vontade do meu corpo – que desejava a cama acima de tudo - fui até a janela, na esperança de encontrar o problema. Na verdade, acabei encontrando outra coisa.

- Finalmente você apareceu! – Harry dizia lá fora.

- Ficou louco? Minha tia ainda está acordada! E se alguém te ver aí?

- Pode parar com esse jogo, sei que está feliz em me ver. – Ele sorria brincalhão. – Ei, Rapunzel, jogue suas tranças quero ir onde está!

- Rapunzel? Pensei que era Julieta. – Fiz um biquinho fingindo estar chateada. 

- Será Julieta quando me acertar como seu Romeu. – Ele me provocava.

- Besta! – Respondi rindo nervosamente. – Tem uma escada ali trás... – Indiquei os fundos da casa – Não faça barulho, minha tia não vai gostar de saber que está aqui.

Harry fez o que eu disse. Em poucos minutos, ele voltava segurando a mesma escada que usamos em minha fuga à London Eye, e a subia, entrando em meu quarto mais rápido que eu pensava. Ao mesmo tempo, fui até a porta, trancando-a. Também desliguei a luz, não queria que ninguém visse acidentalmente Harry Styles em meu quarto altas horas da noite. O que iriam pensar?

- Me diz por que está aqui?

- Queria saber como foi seu encontro com o John. – Harry fez careta ao citar o nome dele.

- Bom, foi perfeito. Melhor noite de todas.

- Quando vai parar de mentir para mim?  

- Porque você se importa comigo e John?

O sorriso que Harry deu em resposta fez meu coração acelerar, cada passo que ele dava em minha direção, o efeito aumentava. Devia estar recuando de sua aproximação, porque cheguei a tombar com meu guarda roupa. Harry ainda me olhava e como eu não tinha lugar mais para fugir, ficamos mais próximos do que o normal. Meu coração iria saltar pela boca quando o vi se inclinar e sussurrar em meu ouvido:

When he opens his arms and holds you close tonight

It just won't feel right

Cause I can love you more than this

When he lays you down, I might just die inside

It just don't feel right

Cause I can love you more than this

Eu conhecia aquelas palavras. Era de More Than This; uma das minhas músicas favoritas de sua banda. Agora, Harry cantava para mim. Meu corpo se enchia de sensações, por que ele conseguia me deixar assim? A resposta era obvia: Eu o amava. Desde o primeiro dia que tinha o visto; mas eu não amava o cantor por qual todas as garotas do mundo admiravam, eu amava o garoto besta, fofo, ciumento, carinhoso e atencioso que ele era. Eu amava o seu sorriso bobo, o jeito como ele ria e como me fazia sentir. Agora era oficial: Eu estava apaixonada por Harry. E isto, era um grande erro. 

- Não está certo. – Eu disse tentando me afastar, mas sem sucesso.

- Porque não? – Ele me encarava. – Nina, eu... Eu não gostei de te ver com John porque eu gosto de você! E queria falar isso há muito tempo, mas... Eu tinha medo! Medo de não ser correspondido – ele sorriu fracamente – Desde que te vi no campo de golf você mexeu comigo, ainda mais quando me falou todas aquelas coisas no esconderijo. Ninguém tinha falado comigo daquele jeito. Você me fez sentir... Um garoto normal, não um popstar. Quando eu te vi saindo com John eu senti que estava te perdendo... E eu não quero isso! Ele não vai te amar como eu! Nunca vai! Você me cativou por seu jeito tímido... – Comecei a sentir meu rosto ficar vermelho em meio aquela declaração. –... O modo como você fica vermelha com facilidade, seu jeito teimoso de querer ser a certa, e, caramba! É impossível resistir a você!

- Você tem namorada... Isso não tá certo. – Falei com um fio de voz. CHORAR NÃO, não me admito chorar. Controle-se Nina, respire fundo.

- O que eu tenho com a Caroline é apenas... Físico. Você... Você é tudo o que eu venho procurando em alguém, e muito mais do que eu mereço. Eu quero que você seja minha e de mais ninguém! E olhando para você agora, não importa o quanto você consiga negar, sei que sente a mesma coisa.  

- Eu... Eu amo você. – Os olhos de Harry se arregalaram e vi seu sorriso aumentar. – Eu só sai com John por que... Estava irritada com você. Tinha te visto com Caroline e o jeito como ela te tocava, o jeito que você retribuiu ao beijo dela... Foi demais! Eu estava tentando convencer a mim mesma que eu não te amava, mas... Não consegui. É mais forte que eu.

- Vou terminar com a Caroline de vez. Eu prometo! Mas quero você comigo.

- Você já deveria ter terminado com ela há muito tempo.

Ficamos nos encarando por alguns minutos, Harry tinha se declarado para mim e eu para ele. E nisso, eu não poderia estar mais feliz. Senti suas mãos em minha cintura me puxando ainda mais para perto, nossos rostos ficaram mais próximos de tal forma que eu pudesse sentir sua respiração. E então, senti seus lábios finalmente tocarem os meus. Eles eram macios, e a forma com que ele me beijava era tão carinhosa e delicada que me esqueci de tudo. De Caroline. De minha tia não gostar dele. De meu pai estar chateado comigo. De John. De tudo! Era apenas eu e ele. Passei minhas mãos em seus cabelos, completamente feliz por poder bagunça-los como já queria fazer a tempos. Nossos lábios se entreabriram ao mesmo tempo, permitindo um beijo mais íntimo e novamente, uma nova sensação tomou conta do meu corpo.

Estávamos completamente entregues aquele nosso momento que tomamos um susto quando escutei minha tia batendo em minha porta. Eu e Harry nos afastamos como se alguém tivéssemos nos pegado fazendo alguma coisa que não poderíamos fazer. Entreolhamo-nos e eu fiquei completamente nervosa, Harry fazia sinais pra me manter calma, mas eu só conseguia ficar ainda mais nervosa.

- Nina, querida, você está dormindo? Steven e eu queremos saber se não está com fome. – Tia Susana falava.

- Er... Não, quero dizer, eu não estou dormindo tia. Eu... Só estava... Ér... Não, não estou com fome, obrigada.

- Está tudo bem, querida?

- Tá tia. Tudo... – Olhei para Harry e sorri, ele me devolveu o sorriso cumplice. – Perfeito.

- Tudo bem, você deve estar cansada. Boa noite. Até amanhã.

Quando minha tia finalmente me deixou em paz, pude respirar aliviada por alguns segundos. Harry me puxava para si novamente, com um sorriso safado nos lábios.

- Onde paramos?

- Talvez... Aqui.

E foi então que nos beijamos novamente. 


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Notas finais do capítulo

COMENTEM! COMENTEM! COMENTEM! Quero saber o que acharam :) Xx