Everything Happens In London escrita por ForeverYoung


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fanfic, espero que vocês gostem e comentem. Qualquer dúvida podem mandar para meu Twitter: @NiineBrito. Boa leitura! ;) xx



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/249975/chapter/1

Senhores passageiros, informamos que chegamos ao nosso destino. Queiram por favor, permanecerem em seus acentos até que a aeronave esteja completamente parada.


Eu juro que senti um frio na barriga assim que a aeromoça havia terminado a frase em inglês. É oficial: eu estou em Londres! Depois de tantas discursões e argumentações, meus pais finalmente compreenderam minha vontade de morar aqui. Claro que vim para estudar, estou no último ano do colegial e consegui uma transferência para o mesmo colégio que minha prima frequenta em Londres. Ah, é quase esqueci de informar, tenho uma família por aqui  e claro que isso ajudou mais ainda minha vinda. Minha tia Susana, se formou aqui para veterinária, logo depois, montou uma clinica e aparentemente foi lá que conheceu seu falecido marido, com quem teve uma filha, a Luce. Ela é apenas alguns meses mais velha que eu e como não bastasse ela era super linda!

Luce é aquele tipo de pessoa que você pode contar sempre e com sua espontaneidade, acaba lhe deixando encantada. Apesar de morarmos em países diferentes, sempre conversávamos pelo Twitter ou Face. E não pense que por ela ter uma mãe brasileira ela fale o português. Luce sabe o básico, ‘eu te amo’, ‘obrigada’ e ‘oi’. Mas no fim, eu agradeço por isso. Era com ela que eu treinava meu inglês e devo dizer uma coisa logo, inglês só se aprende praticando e não em aulas, e também em músicas – se a diretora do meu cursinho de inglês souber que estou falando isso... – mesmo com todas as conversas com minha prima, eu me sentia nervosa. E se eu falar alguma coisa errado? Ai meu Deus! Não estou pronta para pagar mico justamente em Londres.

Consegui pegar minhas malas e com tudo que minha mãe me mandou levar elas estavam pesadas. Por que mãe é assim? Mas, acho que vou sentir saudades dela fazendo exatamente isso e muito mais. Ok, chega! Eu não vou chorar mais! Já basta no Brasil, as pessoas me olhando assustadas por derramar um rio de lagrimas abraçando minha mãe e meu pai no aeroporto. Aqui as coisas irão ser diferentes, eu sinto isso. Agora, a minha preocupação era encontrar minha tia e minha prima. Eu olhava para todos os lados, em busca de rostos familiares mais não encontrava, quando de repente ouvi chamarem meu nome.

- Ninaaaaa!

- Aqui querida olha pra cá!

 Susana e Luce estavam segurando uma plaquinha que havia sido escrita apressadamente com... Batom? Simplesmente não pude conter uma risada com a cena e mesmo desengonçada com aquelas malas, tentei ir o mais rápido ao encontro delas. Luce estava mais bonita que a vi pela twitcam, o seu cabelo liso e castanho estava solto e contrastava com sua pele branca e olhos verdes, usava um short jeans, casaco quadriculado e uma blusa branca onde a frase ‘MUSIC IS ALL’ estava estampada e bastante visível, também notei que usava um all star vermelho e no fundo desejei ter aquele sapato. Sua mãe usava uma saia preta e blusa branca, e poderia apostar que se não fosse pelo salto alto preto, estaria na mesma altura da filha, aliás, elas eram muito parecidas, apenas os olhos de Susana eram a diferença; eles eram castanhos escuros iguais ao meu.

- Tia! Luce! – Falei abraçando cada uma.

- Minha querida, como foi o voo?

- Finalmente eu posso ver minha prima sem ser no Natal!

- Foi ótimo, porém cansativo e a comida de avião não ajudou muito. – É eu tinha me enjoado um pouquinho durante a viajem. – É, e aposto que você vai enjoar com a minha cara.

- Pior que posso mesmo, além de morar na minha casa, vai estudar no mesmo colégio que eu. Absurdo, viu? – Luce falou rindo.

- Bom, vamos logo para o carro que o Steve deve estar esperando pela gente. – Informou Susana.

- Steve? – Olhei para a Luh esperando que ela me explicasse quem era, mas ela só suspirou e revirou os olhos.

- Steve é o que vocês jovens chamam namorado. – Notei que minha tia tinha ficado vermelha ao mencionar a palavra.

- Porque você não me falou dele nas nossas conversas, Luce?

- Não gosto dele tá legal?

- Mas você gosta da Mel! – Susana estava me ajudando com as malas enquanto conversamos e caminhávamos para fora no aeroporto.

- Ok. Mais uma vez: Quem é Mel? – Cara, eu estava me sentindo um peixe fora d’agua.

- Mel é a filha de Steve. E o Steve é divorciado. – Luce me falava como se não gostasse daquilo. – A única coisa boa que aconteceu desde que Steve apareceu em nossas vidas é Mel. E você vai gostar dela, ela é só um ano mais nova que a gente.

- Estou achando que vou ter que me atualizar. – Disse por fim.

Tanto minha tia como minha prima riram do que eu falei. E ao contrário do que Luce imaginava eu gostei do Steve. Claro que deveria ter seus... 40 anos? Mas era muito bonito e educado. E se me permite fazer uma pequena anotação: Tem os olhos mais bonitos que já tinha visto na minha vida. Eram de um azul único! Dava para entender porque Susana mantinha um relacionamento – de quatro meses pelo que me informei no caminho até a casa dela. O pai da Luce, havia morrido fazia dois anos em um acidente de carro. Na época, minha tia e ela ficaram arrasadas e quase elas voltavam para o Brasil. Porém, por insistência de Luce elas permaneceram morando aqui. E devo dizer que para a minha sorte também, se não, seria quase impossível eu vim morar aqui conhecendo o quanto meus pais eram super protetores.

 A casa da Luce era afastada do centro, porque segundo sua mãe ‘é melhor se viver em ambientes tranquilos’. E a residência era tipicamente britânica, tanto em arquitetura quanto o estilo antigo de moveis. Após um tour pela casa e me apresentarem meu quarto, nós quatro jantamos a lasanha que Steve tinha comprado e conversamos um pouco mais. Descobri que Mel também é do mesmo colégio que eu e Luce, e que Steve era o diretor do colégio. Tia Susana tinha me garantido que Steve iria ficar de olho em mim, e que era bom eu me comportar. Minhas aulas iriam só começar daqui a um mês, mas, eu já poderia pressentir como seria ter alguém de olho em você na escola e devo informar que não gostei nem um pouco disso. Depois – para a minha surpresa - ele se despediu e foi para sua casa.

Bom, meu quarto ficava no final do corredor do segundo andar que antes era um quarto de hospedes. Como eu já tinha mandado um planejamento de como eu queria que meu quarto ficasse Luce e Susana só tinham que por em pratica minhas ideias. E devo admitir que levo jeito para decoração, porque realmente tinha ficado lindo. O quarto era decorado com cores claras e havia uma plotagem de várias palavras e frases em uma das paredes. As únicas coisas que faltavam eram minhas fotos e meu mega pôster dos Beatles. Sim, sociedade, eu sou fã de Ringo, Paul, John e George, agora me julguem!  Definitivamente minha paixão por eles nunca irá acabar, e apesar de gostar de outras bandas como  Linkin Park, One Direction... Opa. ESPERE AI. Estou na Inglaterra, terra dos Beatles e... ONE DIRECTION. Ok, eu não tinha processado isso ainda.

 Na mesma hora, eu já estava me imaginando dando uma caminhada no Green Park e de repente... Dar de cara com Zayn, Louis, Liam, Niall e o... Harry. Definitivamente seria muita emoção! Sai do meu quarto correndo, indo em direção ao quarto da Luce, porém tinha entrado sem querer no banheiro. É, eu ainda tinha que saber me localizar naquela casa. Depois de uma tentativa falha, finalmente encontrei o quarto da minha prima e não hesitei abrir a porta do quarto dela sem bater na porta ou pelo fato, de eu estar com pijama e já ser mais de 12 horas da noite.

- ONE DIRECTION. EU. AQUI. LONDRES. – Era o que eu consegui me escutar falando.

- O QUE? – Claro que ela estava dormindo e acordou assustada. Pulei em cima da cama dela e repeti o que tinha falado. – Ah, finalmente caiu à ficha.

- Pera ai, porque você não tá animada? Afinal você mora aqui desde que nasceu! É onde eles são! E...

- Nina, minha linda, encontrar com eles é impossível! Mesmo eu que moro aqui e sou fã, nunca os vi. Tem ideia de quanto Londres é grande?

- Não... É a minha primeira vez aqui, dá um desconto, poxa!

- ‘Dá um desconto?’ – Luce piscou o olho e fez uma careta.

- No Brasil isso é como se fosse um... ‘Pega leve’. Entendeu agora?

- Ok, escreve isso em um caderninho: NÃO FALE ISSO PARA NINGUÉM MAIS ou vão achar que você é louca.

- Tá bom. Agora, voltando ao assunto principal... Você realmente nunca viu eles?

- Prima, se eu tivesse visto eu sei que teria pegado o número do Liam. E como o meu celular não tem nenhum numero de Liam Payne, é, eu nunca encontrei o One Direction.

- Mas e se...

- Nem pense nisso! Encare os fatos: Estar em Londres não significa que você vai necessariamente encontrar os cinco garotos mais desejamos do momento. Você precisa de no mínimo um caldeirão de sorte para ver eles e um mar de sorte para conseguir uma foto com eles.

- Obrigada por me desanimar, Luce. E aquele ditado que diz ‘a esperança é a última que morre’?

- Sou realista, baby. Realista.

Eu acabei dormindo no quarto de Luce no final das contas. Tínhamos conversado desde One Direction à filmes e eu até a convenci a escutar um pouco de Beatles. Porque realmente é estranho uma inglesa não gostar dos quatro garotos mais fofos que já existiram – sem ofensa Ringo e Paul sei que estão vivos. Mesmo que já tivesse passado oito horas desde a minha chegada, eu ainda sentia aquela sensação. Era como se alguma coisa boa fosse acontecer e eu não soubesse exatamente o que era.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Everything Happens In London" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.