Shooting Stars escrita por Emma Swan


Capítulo 29
with ur love


Notas iniciais do capítulo

oiee gente
espero que gostem do capitulo
desculpem a demora, como sempre kk mas esse ano ta demais



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O médico passou aquele gel frio na minha barriga, o espalhou e depois começou o procedimento que não sei o nome para saber o sexo do bebê. Francamente, passei esses meses todos sem fazer ultrassom e não sabia nada sobre isso. Peeta apertou minha mão e eu sorri levemente pra ele. Graças aos remédios que passei a tomar, não estava me sentindo tão mal assim, mas ainda me sentia esquelética, tirando a barriga e de fato, eu estava.

Dentro de minutos tive a primeira visão do meu bebê na pequena tela junto ao lado, e senti a emoção tomar conta de mim.

- Olha só esse bebê. – O médico disse.

- Awn meu sobrinho ou sobrinha lindinho. – Madge disse sorrindo.

Meu rosto já transbordava em lágrimas. Peeta beijou minha testa, também estava bastante emocionado acho.

- Vejamos, vejamos. – O médico disse olhando atentamente. Continuei observando. Não sabia o que falar, estava tão absorvida de emoção. – Temos uma menininha aqui.

- SABIA. – Annie disse pulando.

- Ahhh. – Madge sorriu mais ainda.

- Não acredito. – Falei chorando mais ainda. Odiava essa minha sensibilidade, mas hoje era extremamente importante e impossível não ficar assim. – Mais uma menina na família.

- Nossa garotinha. – Peeta disse me dando um selinho, me agarrei a ele por alguns minutos.

- Sim, nossa.

- Meus parabéns. – O médico disse.

Sorrimos e depois me ajeitei. O doutor passou mais algumas recomendações e marcou mais uma consulta. Claro que falou novamente para me alimentar e coisas do gênero, eu faria isso. Saímos do hospital, todos muito felizes, esse era um dos únicos motivos para me deixar tão feliz ultimamente.

- Droga, paparazzi de novo. – Annie disse olhando para o outro lado da rua.

Só iriamos precisar atravessar a rua, e entrar no carro, mas com eles vindo em nossa direção, isso fica complicado. Sei que eles não vão largar do meu pé, até eu dar uma maldita entrevista, contando tudo que aconteceu comigo esses meses que estive fora.

- Katniss? – Peeta perguntou olhando pra mim. Normalmente eu que decido sobre essas coisas.

- Quanto mais conseguirmos prolongar isso melhor. Não quero ter que dar entrevista no meio da rua. Vou me irritar e estou tão feliz que não quero estragar isso. – Falei e todos concordaram.

- Então vamos adiantar o passo. – Madge disse nos puxando para o outro lado. Claro que eles nos perseguiram, mas conseguimos despistar, além de despertar o interesse do pessoal que passava na rua e me reconhecia. Esconder isso seria impossível e eu sempre soube. Desde o começo. Não me importava mais.

Depois de chamar o motorista para nos buscar, fomos para casa.

- E ai? Menina ou menino? – Prim praticamente veio correndo em minha direção para um abraço, ao mesmo tempo em que perguntava. Retribui o abraço da minha irmã. Pelo menos ela não estava mais assustada com o fato de eu estar grávida.

- Menina. – Falei com um sorriso. – Gostou?

- Claro! Vou poder cuidar como se fosse uma boneca. – Ela sorriu. – Isso é demais Kat. Você só não pode ir embora de novo. Por favor. – Prim Pediu.

- Não vou não. – Disse. Já estava começando a me convencer que não iria mesmo. De um jeito ou de outro, eu estava começando a melhorar. Ainda estava me sentindo muito magra, mas não me sentia mais fraca. A cor estava voltando, quem sabe eu conseguisse? Não podia me iludir tanto, mas quem sabe...

- Katniss, podemos conversar um instante? – Meu pai perguntou aparecendo de repente. Como sempre muito sério. Olhei meio hesitante para Peeta, que observava a cena com cautela, mas me separei de Prim e fui a sua direção.

- Tudo bem. – Falei.

Caminhamos até seu escritório, entrei e ele fechou a porta. Observou-me por mínimos segundos, especificamente minha barriga. Não parecia bravo, nem preocupado com isso, como estava no começo.

- Bom, quero conversar sobre seu filho...

- Minha filha. – Corrigi. – Sua neta.

- Minha neta... É. Katniss, não estou mais bravo. Sei que agi muito errado com você. Mas só queria sua proteção. Não queria que se sentisse mal com todos na sua volta, não queria, inclusive que ficasse muito evidente, as pessoas são bem maldosas quando querem.

- Mas eu não ligo pra isso. Não ligo para o que as pessoas tem a dizer.

- Mas antes você ligava. E muito. – Ele diz apoiando os cotovelos sobre a mesa.

- Aprendi a não ligar. Mas fui, voltei. Estou aqui agora, todos sabem. Tudo isso pra voltar. Enfim...

- É, agora vou fazer todo o possível para melhorar e pelo menos ter um fim de gravidez boa. Vou deixar que sua prima fique por aqui, quanto tempo deseja, andei conversando com ela, e ela quer fazer uns cursos, vou ajudar. Quanto a você e Peeta... Acho que merecem um lugar para ficarem sozinhos.

Aquilo estava muito bom para ser verdade.

- Como assim um lugar...?

- Privacidade, já ficaram tempo demais separados, não é? Comprei um apartamento para os dois no melhor lugar da cidade. – Ele tirou do bolso uma chave e colocou na minha frente. – É de vocês.

- M-mas... – Não estava acreditando. – E o colégio?

- Adoraria que continuasse, mas acho complicado, quando ter o bebê pode voltar a ter algumas aulas, só para completar o ensino médio. Peeta já está acabando. Conversei com Effie e ela não vê problema nenhum. Só quero que... Fique feliz.

Meu olhos se encheram de lágrimas.

- Muito obrigada. – Falei a beira de chorar.

Ele sorriu e se levantou vindo em minha direção. Levantei-me também e dei um abraço apertado no meu pai. Quanto tempo eu não fazia isso.

- Ai droga de emoções abaladas. – Falei secando as lágrimas. Ele riu.

- Igualzinha sua mãe. – Ele disse e eu sorri. Gostei disso.

- Obrigada novamente. Por tudo, inclusive pelo apoio. Acho que estava precisando muito disso. – Disse após nos afastarmos do abraço. – Vou ir avisar a Peeta.

- Eu fico muito feliz. – Foi a última coisa que disse.

Depois eu saí.

...

No dia seguinte fomos ver o apartamento. Tinha avisado a Peeta, que também ficou contente. Não digo feliz, porque sei que ele ainda guarda um certo rancor por ele, por causa das coisas passadas, mas acho que isso se resolve com o tempo.

- Aqui é muito lindo. – Falei assim que entramos.

- Muito mesmo, seu pai fez uma boa escolha.

A primeira porta que abrimos foi a de um quarto, cama de casal, enorme, closet, banheiro. Era perfeito. Uma suíte mesmo.

- Acho que me perco aqui.

- É, bem grande. – Peeta disse. – Se quiser, podemos decorar do nosso jeito depois.

- Acho a ideia ótima. – Disse enquanto olhávamos. Depois saímos do nosso futuro quarto e fomos para o próximo. Não era tão grande como o nosso, mas era bonitinho. Tinha paredes brancas, o que era bom, assim poderíamos decidir a cor futuramente. – Esse é o quarto para nossa filha. – Falei animada.

- Exato. Você já pensou em algum nome?

- Não exatamente. – Respondi. – Gosto de Kathlyn, Diana e Jasmine.

- São nomes lindos. Ainda temos um mês e algumas semanas para decidir.

- Só de pensar já fico com medo. – Confessei. – Quando a hora chegar. E se eu não...

- Shiu. Não fale uma coisa dessas. – Ele disse segurando minhas mãos e fazendo-me olhar em seus olhos. – Olha só pra você, está ficando forte de novo. E sem dúvidas vai conseguir. Não quero que pense o contrário e já disse isso.

Assenti e beijei-o. Senti-me mais protegida e melhor. Não como antes, desamparada. Tudo estava acontecendo de forma tão boa, que às vezes achava que estava muito bom para ser verdade. A vida não costuma ser tão fácil assim. Antes era, quando eu era apenas uma cantora, que não dava a mínima para os outros. Não amava e não tinha preocupações. Peeta meio que tinha razão. Era uma vida meio fútil, e só eu não enxergava isso.

- Agora as coisas vão se acertar, não vão? – Perguntei olhando para ele.

- Claro que vão. Já estão na verdade.

Meu celular começou a tocar. Número desconhecido. Mesmo assim atendi.

- Oi?

- Katniss Everdeen? – Oh droga, voz de apresentador de televisão. Com o passar do anos aprendi essas manhas de descobrir voz de quem te liga, é meio que automático.

- A própria, quem deseja?

- Caesar, quanto tempo queridinha. Não é mesmo?

- Ah sim... Oi.

- Não consegui falar com seu pai, então apelei em falar com você mesmo. Gostaria que viesse em um dos nosso programas, como sempre aceita, acabei falando no programa anterior que você viria nos fazer uma visita. Não vai nos negar isso, não é mesmo?

Tive vontade de jogar o telefone contra a parede. Eu não tinha nem opção. Conhecia bem esses truques. Fazer você ir à força. Peeta me olhou preocupado, eu não tinha como recusar o pedido.

- Que dia vai ser? – Perguntei me controlando. Não podia ficar nervosa.

- Essa sexta querida, nos vemos aqui então. Mesmo estúdio de sempre.

- Tchau.

- Até.

Desliguei e guardei o celular.

- Quem era? – Peeta perguntou.

- Caesar. Fui meio que obrigada a ir no seu programa. Odeio esse tipo de chantagem, eles acham que podem nos manipular desse jeito.

- Vou com você.

- Não precisa Peeta. Vai ser chato, sei que não gosta dessas coisas. Vou ter que falar muito, claro que não tudo, isso eles não vão conseguir arrancar de mim, mas mesmo assim.

- Já disse que estou com você em tudo, já não disse? – Ele perguntou e eu assenti. Depois beijou minha mão delicadamente. – Não vou te deixar sozinha lá. Aposto que eles vão adorar a surpresa.

- Eles adoram você. – Falei.

- Não, eles adoram você, só gostam de mim, porque sou seu namorado. Futuro marido.

- Futuro marido é?

- Claro.

...

Terminei de me arrumar. Sexta chegou rapidamente e eu iria ter que ir ao programa ridículo do Caesar. Tinha deixado meu cabelo solto, maquiagem leve. Usava um vestido longo e solto de cor azul escura com um barrigão. Por incrível que pareça não estava me sentindo incomodada com a barriga e me sentindo gorda.

- Você tá linda. – Peeta disse ao entrar no meu quarto. Ele que estava lindo, mais lindo que nunca.

- Realmente acha isso? Com essa barriga do tamanho do mundo? – Brinquei e ele sorriu.

- Desse jeito mesmo. Você está melhorando bastante. – Disse me dando um selinho. – Continuar assim, daqui a pouco vai ficar bem gordinha.

- Nem brinque. – Falei cruzando os braços.

- É até melhor, pra você e pra nossa filha. – Ele disse se abaixando e beijando minha barriga. Adorava isso, era um ato de amor paterno tão fofo que eu me derretia toda.

- Só durante a gravidez. – Falei. – Depois você vai querer uma mulher gorda é? Aposto que vai me trocar por uma daquelas modelos, mais loiras que eu, que todo mundo quer.

Peeta riu.

- Nunca.

- Bah, pago pra ver.

Ele me abraçou.

- Você dá um banho em todas, melhor que qualquer uma. Gorda ou magra, grávida ou não.

- Aham, finjo que acredito. – Falei ainda brincando.

- Não acredita mais no meu amor?

- Hum... Claro que acredito. Agora vamos logo, quanto antes começar, logo termina e poderemos fica em paz por um tempinho.

- Ok, vamos. – Ele segurou em uma das minhas mãos e saímos do meu quarto.

Ainda estávamos morando na casa do meu pai. Na verdade só eu. Peeta ainda estava na casa de sua mãe, mas passava todos os dias comigo e as vezes até dormia. Delly arrumou um quarto por aqui também, andei conversando com ela, e ela realmente começou um curso que lhe interessou. Avisou sua mãe que ficaria e ela não viu problemas. Eu fiquei bastante feliz de ter minha prima, porque ela me ajudou muito nesses 6 meses, quase 7 e já tinha criado um grande afeto por ela.

- Não demorem. – Annie passou pela gente antes de sair. – Sabe que hoje é um dia muito especial.

- E o que tem hoje? – Peeta perguntou.

- Festa de fim de ano. Por favor, não diga que esqueceu? – Annie disse colocando as mãos na cintura. – Vocês tem que ir, é importante.

- Vocês virgula.- Falei. – Não vou aparecer no colégio, só vai dar mais gente em cima de mim.

- Mas...

- Katniss tem razão. – Peeta disse. – Não é uma boa ideia. Desculpe Annie...

Ela cruzou os braços, parecia pensar.

- Então vamos fazer alguma coisa. Sério, acabou o colégio, temos que comemorar isso. Mesmo não sendo no colégio, não indo na festa.

- O que sugere? – Perguntei.

- Uma comemoração especial na minha casa hoje. – Ela falou. – Chamo Madge e Gale para se juntar a nós. Claro que Finnick também e se quiser Delly, afinal sei como é importante.

- É uma boa ideia. – Falei. – Chame Johanna também.

Os dois arregalaram os olhos.

- Johanna? Katniss não sei se é uma boa ideia... Sabe como ela nos odeia agora. Tudo o que aconteceu antes. Principalmente.

- Se passaram muitos meses. Se conheço bem Johanna, ela não guarda mágoas para sempre. E preciso falar com ela. Resolver as coisas. Agora é o tempo certo. E pedir um favor também... – Falei.

- Qual favor? – Peeta perguntou.

- Na hora eu falo pra você. Não se preocupe. Mas sério, Annie, por favor, a chame.

- Hum... Ok, eu chamo. Melhor nem contar pra Madge, se não ela nem vai.

- Ok, obrigada. – Sorri pra ela. – Nos vemos mais tarde.

- Até mais tarde. – Ela acenou enquanto saímos.

Entramos no carro rapidamente e a viagem foi calma. Nada de ninguém parar o carro, mal sabiam que era eu naquele carro e pela primeira vez, agradecia por isso. Incrível como a vida dá voltas.


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Notas finais do capítulo

oq vcs acham que a katniss vai pedir pra johanna?
espero reviews, bjs