Shooting Stars escrita por Emma Swan
Notas iniciais do capítulo
aiii o caps, obrg pelos reviews gnt
-Katniss ai meu deus, que saudades de você. – Falei já chorando muito. – Finalmente consegui falar com você, como você está?
O silêncio que se seguiu foi longo, pensei que ela fosse desligar, ou cair pra trás no outro lado da linha provavelmente, mas no fim ela falou.
- Como conseguiu esse número?
- Prim... Kat você precisa voltar e...
- Não posso voltar Madge, acho que você tem que pensar na possibilidade de que nunca mais vai me ver...
- O que? Kat você não pode fazer isso. Não sabe o quanto minha mãe está triste e chateada por não ter acompanhado a sua gravidez. Peeta então, está mil vezes pior, ele não faz nada da vida, nem pra escola ele liga. Sua irmã está sozinha e as vezes eu até vou lá conversar com ela. As coisas estão fora de controle, você não pode simplesmente falar que eu não posso mais te ver.
- Peeta tá mal? – Ela quis saber.
- Quase entrando em uma depressão profunda e ele só vai sair dela quando você aparecer.
- Eu estou com alguns problemas...
- Cuidamos disso, só, por favor. Volte.
- Madge eu não sei...
- Então pense, Prim vai te ligar daqui a pouco. Precisamos de você.
- Tudo bem, vou pensar e arrumar um jeito. – Ela disse e desligou antes que eu pudesse falar mais alguma coisa.
Soltei um suspiro secando as lágrimas e guardei o celular. Em menos de duas semanas as aulas já estariam acabando. Isso significava que no ano seguinte seria o último ano escolar. Nem tinha pensado sobre isso ainda.
Pov Katniss.
Desliguei o celular e comecei a chorar. Delly entrou no quarto minutos depois e arqueou as sobrancelhas, já cheia de preocupação.
- Ai Katniss, não me diga que bateu saudades de novo... – Ela fala se sentando na beira da cama.
- Madge me ligou. – Falei soluçando. Nessas horas que odeio estar extremamente sensível pela gravidez.
Delly sabia tudo dos acontecimentos, com o passar dos meses aprendi a confiar nela e na minha tia. Só tinha as duas como companhia e a apesar de Delly ser mais nova, ela entendia tudo perfeitamente.
- Meu deus, como ela conseguiu o número? – Delly quis saber.
- Minha irmã. Ela quer que eu volte, mas você sabe que eu não posso.
- Mas você quer. – Ela disse. – Olha Kat, sinceramente acho que você deve voltar. Eu sei sobre os riscos da gravidez, mas poxa vida, o Peeta deve estar muito mal com isso, não poder nem acompanhar sua gravidez e nem estar com você.
Suspirei.
- É, acompanhar míseros meses pra depois eu passar dessa pra melhor, tô poupando sofrimento.
Delly só faltou pular no meu pescoço e me bater.
- Não. Fala. Isso. – Ela disse entre dentes. – Você não vai passar dessa pra melhor, pior, o que seja você não tem nem um mínimo de esperança?
- Não. – Respondi dando de ombros e isso a irritou.
- Pois tem que passar a ter. Eu futuramente vou fazer medicina, e leio diversos livros e vejo que muitas mulheres conseguiram suportar, e você pode ser muito bem uma dessas.
- 95% de chances de eu não ser.
- Então acredite nos 5% restantes, não custa nada. – Delly disse. – Só sei que esses meses eu me apeguei muito a você, foi minha única companhia verdadeira, e eu não aguento mais ver você sofrer cada dia por estar distante, me preocupo com você e acho que deve voltar.
- Você acha que devo? – Perguntei meio receosa.
- Claro.
- Mas e a mídia...? Eles vão me ver assim, meu pai não vai gostar.
- Uma hora a mídia iria ter que saber, esconder seu bebê não pode ser eterno Kat.
- Eu quero voltar.
- Então você vai voltar.
- Mas como? Meu pai nem vem mais aqui.
- Tenho uma conhecida na fazenda ao lado, ela tem um carro. Pode te levar lá.
- Delly... Seria muito gentil, mas quero que venha comigo. Suas aulas já acabaram e... Eu sentiria muitas saudades se você não fosse e como é minha prima, não tem problema nenhum ir comigo.
- Sério Kat? Meu deus, eu adoraria, só falar com minha mãe.
- Deixa que isso eu falo, você tenta conseguir o carro, ou que ela nos leve lá, tenho dinheiro se precisar.
- Vou resolver isso. Agora. – Delly pulou da cama sorridente e saiu do quarto.
Como estava deitada, me levantei com muita dificuldade, já ficando de frente para o espelho. Minha barriga estava enorme, parecia que eu já estava com 9 meses. Porém eu não estava gorda. Ao contrário. Eu estava mais branca do que nunca. Pálida, sem cor, por não tomar sol. E minhas costas doíam terrivelmente quando eu ficava muito tempo em pé.
Só de olhar pra mim mesma, eu já sentia vontade de chorar. Estava tão estampado que eu não aguentaria o parto. Estava totalmente fraca e sem forças. Passei a mão direita sobre a minha barriga.
- Vamos ir ver o papai. Vai gostar dele. – Falei baixo sentindo as lágrimas subirem novamente.
...
Pov Peeta
Se passaram mais dois dias e eu não aguentava mais v.i.v.e.r.
- Pelo menos, vai pro colégio na última semana de aula Peeta. – Minha mãe praticamente berrou no meu ouvido.
Continuei deitado no sofá, já tinha praticamente gravado todos os programas da televisão, e estava terrivelmente entediado, mas sem força de vontade pra fazer outra coisa.
- Última semana, não precisa. – Resmunguei focando na televisão.
- Claro que precisa, por um milagre você passou de ano, pelo menos esses dias restantes. – Ela disse ficando na frente da televisão e cruzando os braços.
Esses últimos tempos me esforcei para ir pro colégio, mas só ficava na sala. Não gostava de passar pelos corredores, nem pela área dos armários, e passava metros longe da sala de artes. Todos esses lugares me lembravam ela, e isso era horrível pra mim.
- Não vou. Não estou afim, cansei. Já passei de ano então não se preocupe mais.
- Peeta, você pretende passar a vida toda largado no sofá? Férias chegando e você quer isso da vida?
- Quero mãe, então por favor... – Todo dia era isso. Parecia competir, ela e Madge para ver quem é que falava mais, as mesmas coisas pra mim, já estava de saco cheio.
- Tá beleza, então a noite vamos jantar na casa dos... Everdeen.
- Na casa dos quem? – Perguntei incrédulo.
- Everdeen, Peeta, você conhece bem.
- Não vou.
- Porque não?
- Não tenho mais motivos para ir pra lá. – Falei irritado. – Parece que vocês fazem de propósito. – Já estava irritado, levantei do sofá e fui em direção a escada.
- PEETA MELLARK, VOCÊ VAI, NINGUEM ESTÁ FAZENDO NADA DE PROPOSITO. – Ela gritou.
- AH BOM, EU NÃO QUERO PISAR NAQUELA CASA, OLHAR PRO EVERDEEN, VER AQUELA CASA, CHEGAR LÁ SABENDO QUE NÃO VOU ENCONTRAR A KATNISS. – Comecei a gritar também.
- VOCÊ ESTÁ IMPOSSIVEL PEETA, NÃO SEI MAIS O QUE FAZER COM VOCÊ.
Subi as escadas ignorando o que ela tinha dito e me tranquei no quarto. Nem mais viver em paz eu posso, tenho que ser atormentado pela minha mãe e irmã e agora ela ainda vem me pedir um absurdo desses.
Pov Madge.
Chegar em casa e já ouvir a gritaria do meu irmão e da minha mãe é 10. Faz dois dias que falei com a Katniss, não contei pro Peeta, porque não sei da decisão dela ainda, e não quero que ele fique pior.
- Ele não vai Madge. – Minha mãe falou suspirando.
- Imaginei, é meio impossível né. Mas porque jantar lá assim tão de repente?
- Hoje é o aniversário de Prim. A festa vai ser só no fim de semana, porém vai ter comemoração antes claro em jantar.
- Entendi, eu posso tentar falar com ele. – Disse e ela assentiu, subi as escadas e bati na porta. – Peeta, deixa eu falar com você dois minutos?
- Eu não vou. – Ele disse.
- Peeta é sério, abre logo essa droga que você não quer me ver irritada.
Demorou, mas ele abriu.
- O que quer?
- É aniversário da Prim, pensei que gostasse dela. – Falei cruzando os braços.
- Gosto, mas não vou.
- Peeta! É a irmã da Katniss pelo amor de deus, você pode fazer isso, não?
Ele pensou um pouco.
- Madge...
- Pela Prim? Olha não vai ser tão ruim assim, nós jantamos e voltamos.
- Ah, tá.
- Obrigadaa! – Falei sorrindo.
Ele fechou a porta e eu fui para o meu quarto. Escolhi uma saia listrada preta e branca e uma blusa social branca e sem esquecer dos saltos. Deixei tudo sobre a cama e fui tomar banho.
Quando saí do banho, me vesti, fiz uma maquiagem leve e agora que pensei, não tinha comprado presente.
- MAAAAE. – Gritei.
Ela apareceu no quarto alguns minutos depois.
- Que?
- E o presente dela?
- Comprei três presentes, assim cada um dá um.
- O que comprou da minha parte?
- Um vestido. – Ela falou.
- Ah ok. – Sorri.
- Peeta vai ou não?
- Claro que sim, convenci ele.
Minha mãe se alegrou.
- Que bom, ela vai ficar muito feliz.
Assenti contente também.
Pov Peeta (de novo pq sim)
Terminei de me arrumar e sentei na cadeira de frente pra mesa do meu quarto. Em cima estava cheio de papéis, a maioria de desenhos que não terminei, e nem pretendia terminar.
Ouvi uma batida na porta.
- Pode entrar.
- Já estamos indo, está pronto? – Madge perguntou.
- Sim. – Levantei.
Saí do quarto, lá embaixo evitei olhar pra minha mãe, porque ainda estava irritado, só estava indo por causa de Prim, ela sempre foi muito legal e se nos convidou, posso fazer esse esforço.
Entramos no carro e o caminho foi todo silencioso até a casa dos Everdeen. Fazia décadas que eu não entrava lá. Descemos do carro e quem abriu a porta foi a própria Primrose.
Ela correu em direção a nossa mãe e deu um abraço apertado nela.
- Que bom que vieram, fico muito feliz. – Ela disse com um sorriso simpático no rosto.
Deus! Em certos aspectos ela me lembrava tanto a irmã.
- Imagina, é um prazer. – Madge disse sorrindo.
- Ah sim. Finnick está aqui também, e está com a namorada. – Ela falou.
Fazia tempo que não via Finnick. Mês passado ele viajou para onde morava antigamente, se resolver com a família e pegar suas coisas, pois estava se mudando definitivamente para cá, casa dos Everdeen especificamente, ele deve só ter voltado agora.
- Oh, Annie está aqui. – Madge disse sorrindo.
- Vamos entrar. – Nossa mãe disse depois de um tempo.
Entramos. A casa estava a mesma de sempre, porém faltando algo. Ou alguém. Prim chamou uma amiga, se não me engano é Rue, irmã mais nova de um aluno da nossa sala, que esqueci o nome por hora.
Annie apareceu rindo com Finnick e sorriu quando nos viu.
- Madge! – Elas se abraçaram por quase uma hora. – Tenho algo para falar... – Ela disse, começaram a conversar, e Finnick veio falar comigo.
- Eae, quanto tempo hein. – Ele diz.
- É.
- Você está bem?
- Não. – Disse dando de ombros.
- Ah... É por causa de...
- Melhor não falar. – Disse e ele assentiu.
Ficar ali não estava ajudando em nada na situação.
Então Haymitch apareceu. Apenas cruzei os braços.
- Vamos pra sala de jantar. – Ele chamou.
Todos nós fomos. Sentei bem afastado de todos, porém minha irmã sentou do meu lado.
- Bom, feliz aniversário Prim. – Nossa mãe falou sorrindo. – Te desejo tudo de bom... Querida.
- É, muitas felicidades. – Completou Madge.
- Obrigada gente.
- Pois é baixinha. – Finnick disse e todos riram.
- Ai ai Finn. Enfim, estou muito feliz que vocês vieram para celebrar e tudo mais. Pelo menos me sinto perto da... Katniss. – Ela disse.
Senti um nó se formar na minha garganta. Todos pelo menos tinham falado alguma coisa, e eu não tinha dito nada. A campainha tocou.
- Você convidou mais alguém? – Haymitch perguntou a Prim.
- Não que eu me lembre, mas vou abrir. – Ela se levantou.
Tudo ficou em silencio.
- AI MEU DEUS. – Só ouvimos o grito de Prim.
Na mesma hora todos se levantaram, mas fomos impedidos de sair quando algumas pessoas entraram na casa.
E meu deus também.
Era a Katniss.
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espero que tenham gostado
espero reviews e recomendações ♥3