Shooting Stars escrita por Emma Swan


Capítulo 19
Lugar Perfeito


Notas iniciais do capítulo

gentee, obrigada por todos os "alôs" vcs foram demais, fico bem feliz quando bastante gente comenta assim *-*
Espero que gostem do cap, boa leitura ^^



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Sorri ao ouvir que era sua cor preferida. Depois ele foi embora. Fiquei rodando pela casa igual uma galinha, morrendo de ansiedade. Até que ouvi meu celular tocar. Era Madge.

- Mad? Onde você estava? Desculpa tive que ir embora e...

- Calma Kat, só estava esfriando a cabeça, estava precisando. Quando voltei para onde estávamos você e meu irmão tinham sumido. E Annie disse que viu você saindo e minutos depois viu meu irmão.

- Ah sim, estava brava.

- E imagino que ele foi atrás de você e vocês se acertaram.

- Tipo isso, como sempre.

- Ah que bom, então mas que tal irmos jantar todos fora hoje a noite? Pensei nisso para esquecer um pouco o que aconteceu na piscina e por todos estarem juntos.

- Ih Mad, hoje não dá.

- Porque não? Nem venha dizendo que está indisposta...

- Vou sair com seu irmão Madge, desculpa. – Falo.

- AHH, que lindos, ok marcamos outro dia, porque vocês dois devem estar presentes. Boa saidinha com meu irmão e não façam nada de errado. – Ela fala rindo.

- Ai, ai, ai sou direito pô, nos falamos amanhã na escola então.

- Pode deixar, até amanhã. Beijos.

- Beijos.

Desligo e volto a andar por todos os cantos. Depois subo pro meu quarto e fico lá embutida. Será que vai demorar muito? Resolvo entrar na internet e responder alguns fãs no twitter. Aproveitar que estou de bom humor.

...

Finalmente tinha chegado à hora. Calcei meus lindos saltos novos. Ajeitei o lacinho do meu vestido e fiquei em dúvida como usar meu cabelo. Solto? Preso? Trançado? Acabei fazendo um penteado bem bonito. Sorri me vendo no espelho e ouvi uma batidinha na porta. Corri para abrir e notei que era meu pai.

- O projeto de gente está te esperando. Nem me avisa que vai sair. – Meu pai fala.

- Pai, não fala assim do Peeta! – Falo sorrindo. – E desculpa você tinha sumido né.

- Tá, tenho que me acostumar ainda com a ideia. Mas ok, não demore muito.

- Ta bom, qualquer coisa ligo. – Falo saindo do meu quarto.

Desço as escadas e ele está me esperando no fim. Com um lindo sorriso. E ele está lindo também, como sempre.

- Obrigado por, pôr o vestido. – Ele diz.

- Por nada. – Falo.

- Está mais linda ainda.

- Awnt, obrigada você também, agora vamos?

- Vamos.

Saímos de casa e do outro lado tem um carro. Ele entra no banco de motorista e eu no de passageiro justo ao lado, e começa a dirigir.

- Não vai me contar para onde vamos? – Pergunto com curiosidade.

- Surpresa, já disse. – Ele diz.

- Ahh, Madge ia chamar a gente hoje para um jantar. – Falo.

- É, ela me falou que nem ia ter mais, porque tínhamos planos.

- Aham, falei isso pra ela também.

Não demora muito para ele parar em um lugar totalmente desconhecido que só tem mato.

- Parou por quê? – Pergunto olhando e só avistando mato, mais mato e mais mato.

- É aqui que descemos doçura. – Ele fala saindo do carro.

Saio do carro pasma e encaro o mato na minha frente.

- Você tá doido? Tá me levanto pro mato é? Tá pensando o que? – Pergunto.

- Calma Kat. – Ele fala rindo. – Não vou me aproveitar de você não, é só uma surpresa. – Ele fala pegando na minha mão direita e me guiando.

- Ah sim, mas tem que ser no mato mesmo?

- Você vai adorar.

Ele me guia, por mais mato, e meu salto começa a doer e a sujar nas pontas com aquela terra. Vou diminuindo o passo, para não doer tanto, mas tem pedrinhas também. Isso acaba com meus pés.

- Algum problema? – Ele pergunta.

- Meus saltos Peeta. Tá acabando com eles. – Falo parando totalmente, fazendo ele parar também.

- Não devia ter vindo com eles.

- Como eu ia imaginar?

- Se eu te contasse você iria descobrir.

- Ahh Peeta, essas coisas custaram minha cara, são novinhos, não vou estragar assim. – Falo colocando as mãos na cintura e o encarando.

 - Então tira eles. – Ele fala.

- O que? Tá doido?

- Eu tiro meus sapatos também, assim nós dois estamos quites. – Ele fala começando a tirar os sapatos.

Sem sorte, e sem argumentos, me abaixo e tiro meus saltos preciosos os levando na mão. A terra estava meio friazinha e ao andar, a grama passava de leve sobre meus pés, era uma boa sensação.

Andamos mais um pouco até que Peeta parou. O lugar era lindo mesmo, tinha uma enorme árvore e no chão tinha uma cesta com uma toalha e a cesta era de piquenique. Um pouco mais próximo era possível ver um monte de luzinhas. Aproximei-me e me dei conta que era uma visão para a cidade. Era lindo.

- Nossa... – Deixei escapar. – Porque pensou nisso? – Pergunto com curiosidade.

- Lembra uma vez... Você desenhou um quadro, de uma paisagem, que tinha uma árvore, e disse que nunca esteve ali, porque não tinha tempo para essas coisas, para dar um passeio no campo, ou fazer um piquenique. Enfim, não me esqueci, e pensei que gostaria.

Nem acreditei no que ouvi. Ele ainda lembrava daquilo? Foi na primeira aula de Artes.

- Nossa que lindo. Ninguém nunca fez nada tão lindo assim pra mim. – Falo me aproximando dele.

- Que bom, gosto de ser o primeiro. – Ele fala sorrindo.

Dou um abraço apertado nele, que depois é acompanhado de um longo beijo que é retribuído. Quando nos separamos abri um sorriso e ele me levou até onde estava a cesta com toalha. Nos sentamos e ele abriu, tirando várias coisas. Um verdadeiro piquenique.

- Nem estou acreditando nisso. É perfeito. – Falo vibrando de felicidade.

- É, pensei em fazer algo especial, no meio de todas essas brigas, merecemos no final, não acha?

- Claro que acho.

Ele sorriu e começamos a nos servir. Tinha uma tortinha muito boa de morango, comemos um pedaço, depois bebemos suco. Peguei algumas uvas e me colei do lado dele, e ele passou seu braço em minha volta, como proteção. Ficamos um tempo em silencio.

- Obrigada. – Soltei lentamente.

- Obrigado você.

- O que eu fiz? – Pergunto.

- Desse jeito você é minha. – Ele fala.

E eu o fito.

- Você gosta que eu seja sua?

Ele assentiu.

- Só minha, sem Cato, sem aquele ator sem sal lá.

Eu soltei uma risadinha.

- Eu nem dou bola para eles mesmo. E você também é meu, sem aquela vadiazinha junior por perto.

- Que bom que não dá bola para eles mesmo. Mas mesmo assim beijou Cato. – Ele fala, depois ri também, ao escutar minha segunda parte. – Ela é sem graça.

- Claro ela não é eu. – Falo sorrindo. – E só fiz aquilo, por que você sabe o motivo.

Ele me aperta mais no abraço, mas não me sinto desconfortável, e sim, me sinto muito mais confortável e protegida.

- É, ela não é você. – Ele diz rindo. – Não tem graça assim, quando não é você. E eu sei porque fez aquilo com Cato, mas deixou ele cheio de esperança. Viu que ele quase te agarrou a força.

Sorri.

- Verdade, mas se não fosse você, nem sei o que teria me acontecido.

- Nem fale isso. – Ele fala dando um beijinho na minha testa.

- Tem razão, não quero mais lembrar dessas coisas. – Falo e meu telefone começa a tocar.

Pego ele, e quando estou prestes a atender, Peeta pega ele das minhas mãos e continua tocando.

- Sem isso Katniss, sem celular, sem preocupações, apenas no contato com a natureza. – Ele fala desligando meu Iphone e colocando do outro lado.

- Anh... Tudo bem. – Falo, não queria protestar. Estava me sentindo tão bem, que não iria estragar isso.

- Ué, nem reclamou? Katniss? É você mesmo? – Ele pergunta rindo.

- Ah, ta me chamando de reclamona é? – Falo fechando a cara.

Ele riu mais um pouquinho e falou.

- Agora sim, é quem eu conheço.

- Ahaha, só estava querendo ficar de boa hoje, mas pelo visto você não quer né. – Falo fazendo biquinho.

- Ah que bonitinha, não fica assim não. – Ele fala me puxando para perto dele.

- De biquinho? Fico bonitinha assim é? – Pergunto igual uma criança.

- Sim, muito bonitinha.

Sorriu, e Peeta me beija novamente. Um beijo com ternura e com calma. Quando nos separamos, ele sussurra.

- Canta pra mim.

O pedido foi meio inesperado. Ele queria que eu cantasse?

- Tem certeza? – Pergunto sorrindo. Mas afinal não teria problemas, já que cantar era uma vida pra mim.

- Absoluta, mas uma música que não seja sua. – Ele diz.

Ah iria cantar Girl On Fire, mas tudo bem.

- Huum, então vou cantar uma da Avril Lavigne. Chamada When You’re Gone. Conhece?

- Talvez.

Assenti e comecei a cantar a música.

Estava tudo tão silencioso, enquanto cantava. Ele me escutava e observava em silencio também. Quando terminei, não falamos nada, até que ele disse.

- Talentosa.

- Obrigada. – Respondo normalmente. Depois olhei para o céu. E pensei em tudo, desde o começo.

- Katniss, está tudo bem? – Ele pergunta.

- Sim, só estava pensando um pouquinho.

- Ah sim. – Ele fala se aproximando mais, pedindo por mais um beijo.

Virei em sua direção e lhe beijei com calma, ele me puxou para mais perto, o beijo foi ganhando velocidade, muita velocidade. Fui deitada na grama enquanto Peeta me beijava. Quando nos separamos para que eu pudesse respirar um pouco, minhas mãos foram em direção a sua blusa, puxando ela para cima. Peeta sorriu e eu ri, nem sei mesmo por que. Em seguida suas mãos foram para de trás do meu vestido, puxando o zíper com urgência, e puxando meu vestido para baixo também.

Voltamos a nos beijar. Até que olhei para o céu, e vi algo passar.

- Uma estrela cadente. – Falo do nada e me levanto.

Peeta se levanta também. Fecho os olhos e faço um pedido. Um pedido que pode até parecer bobo. Mas eu tinha gostado. Quando abro os olhos a estrela cadente já tinha ido embora. Fico olhando para o céu. Foram poucas as oportunidades que tive de ver uma. Peeta me abraça por trás e deposita um beijo no meu ombro.

- O que você pediu? – Ele pergunta.

- Não posso contar, porque se não, não se realiza. – Falo sorrindo. – Você pediu alguma coisa? – Pergunto.

- Uhum, mas também não posso contar. – Ele diz.

- Tudo bem. Que horas são? – Pergunto.

- São exatamente 21h30. Aqui as horas passam rápido, não acha?

- Ai deus, tenho que voltar pra casa. – Falo me desesperando.

- Não vai voltar não. – Peeta fala.

- Mas meu pai...

- Falaremos com ele amanhã, tá bom?

- Humm, tudo bem, só porque eu quero ficar mesmo. – Falo sorrindo.

Ele sorri e nos sentamos novamente.

- Tá com sono? – Ele pergunta.

Assenti.

- Um pouco, o dia foi longo.

- Verdade, vamos deitar um pouquinho.

- Na grama? – Pergunto olhando pra ele.

- Sim, nada melhor que contato com a natureza.

- Uhum, claro. – Falo ironicamente.

Ele ri.

- Qual é Kat.

- Ok, ok. – Falo no fim.

Deitamo-nos na grama mesmo, por sorte eu não estava de vestido, porque ia sujar ele todinho. Ah é, to sem vestido, mas pelo menos to com as roupas íntimas. Peeta deita por trás, me abraçando e eu fecho os olhos. Nem demorando tanto para dormir.

...

- Peeta, ACORDA, temos aula, ai meu deus. – Falo sacudindo ele com uma pontinha de desespero. Ainda era cedo, mas se não chegássemos logo, não iriamos poder entrar.

- Que? – Ele fala abrindo os olhos.

- Aula, aula, escolaa. – Falo levantando. – Como vamos? Não dá nem pra passar em casa.

- Primeiro é melhor você vestir seu vestido.

- Ah claro, porque eu ia de sutiã e calcinha pra escola. – Falo ironicamente começando a colocar meu vestido. – E você coloque suas roupas também. – Falo me apressando.

- Sim. – Ele se levanta também e começa a se vestir.

- Não quero nem ver minha situação, minha cara, meu cabelo, minhas olheiras, meu estado. – Falo reclamando.

- Você nem tá com olheiras, e tá normal. – Ele fala.

- Isso ajudou tanto. – Falo choramingando.

- Não fica assim, vamos. – Ele fala me puxando por uma mão, já que pela outra está segurando a cesta de piquenique.

Depois de um século, chegamos no carro.

- Agora pode devolver meu celular?

- Toma. – Ele diz me entregando. Assim que ligo vejo muitas mensagens, tudo do meu pai. Ai to tão lascada.

“Onde você está?”

“Katniss já são meia noite e você não vai aparecer?”

“Você vai me ouvir.”

“Vou matar o projeto de gente e você.”

E outras do mesmo tipo. Respiro fundo, e mando uma mensagem.

Ta tudo bem, vou para a escola. Bjs

Não teve resposta, Peeta começou a dirigir e parou em uma padaria. Fiquei em silencio, ele foi e voltou com umas sacolinhas.

- O que você comprou? – Pergunto assim que ele se senta de volta.

- Uns docinhos pra não ficarmos com fome pela manhã. – Ele diz me entregando uma das sacolas.

Abro e pego um doce, muito bom, que por dentro tem chocolate. Sorriu.

- Obrigada – Falo começando a comer.

Ele come também. Quando olho para o lado da janela, uma cambada de paparazzi vindo tudo em nossa direção. E o pior, tirando foto.

- Lascou, paparazzi a vista, vamos logo. – Falo terminando de comer.

- Ish. – Ele soltou e voltou a dirigir com pressa.

Vi muitos flashes tentei esconder meu rosto, mas era complicado. Quando conseguimos despistar, soltei um suspiro e ele diminuiu um pouco a velocidade. Paramos correndo na minha casa, entrei com velocidade e peguei minha bolsa com meus livros, nem deu pra ver se meu pai estava em casa, e até era melhor assim. Voltei para o carro.

- Vida complicada hein. – Peeta fala. Depois dirigi até sua casa para pegar seus livros.

- Nem me diga. – Falo.

Peeta também parou rapidamente em casa, e pegou seus livros. Depois voltou para o carro. E foi dirigindo para a escola.

Paramos em frente a escola, pude me olhar em um mini espelho, situação catastrófica. Dei um jeito no meu cabelo, fazendo um coque, ajeitei o vestido.

- Você tá ótima. – Ele diz antes de sairmos.

- Eu sei que é mentira. – Falo fazendo biquinho.

- Não é nada. – Ele fala me puxando para um beijo.

Depois que nos separamos, fomos entrar na escola, e como sempre achei Madge e Annie me esperando.

- Katniss, nem me atendeu ontem. – Annie diz.

- Nem a mim, onde vocês estavam? – Madge pergunta.

- Hum, um lugar ai. – Peeta fala me puxando para outro lado, e deixando as meninas de cara feia, ainda olhando para a gente.

- Que foi? Não quer falar com elas? – Pergunto enquanto mudamos de corredor.

- Quero ficar com você. – Ele fala sorrindo.

Sorriu e quando vou beija- lo passa Cato.

- É Katniss, depois diz que não está de casinho com o Mellark. – Ele fala sarcástico.

Fecho a cara.

- Vai cuidar da sua vida. – Retruca Peeta.

Cato arqueou a sobrancelha e saiu dali.

- Que chato. – Falo me apoiando na parede.

- É, muito, mas você falou que não estava de casinho comigo? – Ele pergunta me fitando.

- Foi antes e eu estava brava. Esquece isso.

[...]

As aulas do dia acabaram, eu encontrei minha irmã na saída. Ela estava muito calada. Mas eu não disse nada. Entramos no carro e fomos para casa, quando abri a porta, a primeira coisa que vi foi meu pai. Muito bravo, bravo demais. Temi até o que ele ia falar.

- Então dona Katniss, é melhor começar a se explicar. – Ele diz.


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Notas finais do capítulo

Então, a Kat tá lascada? muito lascada? ferrada? shaush vish,
quem quiser continuar aparecendo nos reviews, fico bem feliz ♥
espero que tenham gostado do cap, beijos até mais *-*