Trintero escrita por Veves


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

BEM CURTINHO NÉ NÃO?! huashuahs espero que gostem!



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Acordei com alguém batendo na porta.

—Sophie! – levantei correndo e fui até a porta, onde a Pimenta me esperava do outro lado.

—Desculpe. Dormi. – falei assim que abri a porta.

—Vamos ver o que você tem. – ela correu até meu armário sem esperar por convite.

Ela começou a fuçar violentamente em todas as minhas roupas. Até que atirou um vestido amarelo florido na cama. Correu até a sapateira e me olhou.

—Você é baixa. Parecia mais alta. – ela disse e então olhou para meus sapatos.

Tirou uma sapatilha branca e então colocou no conjunto.

—Acho que não. – falei e voltei para meu armário, onde eu peguei um short jeans e uma regata preta e então uma sapatilha preta – Acho que em um bar eu ficaria muito... Inocente.

—Verdade. Então nem precisaria de mim aqui. – ela fez bico – Mas eu vou fazer sua maquiagem. Pelo menos, isso.

Assenti e dei minhas maquiagens para ela. Ela ficou uns quinze minutos me arrumando até poder me ver no espelho. Meus lábios tinham sido pintados por um vermelho sangue, com brilho e meus olhos tinham apenas um delineador e rímel. Meu cabelo levava um penteado complicado, deixando a lateral presa com minha franja para o lado.

—Obrigada. – sorri alegre e me levantei – Vamos?

Ela assentiu e me puxou para seu Kia Sportage preto. Parecia zero. Meus felinos foram encolhidos e estranhei o protetor dela não estar aqui, mas não comentei.

Do estacionamento que ficava no subsolo da escola, nós fomos por uma estrada que ficava no ar, presa por pilares, sem alterar a floresta.

Uns vinte minutos até nós chegarmos à aldeia. Na verdade, uma pequena cidade que era asfaltada. Dava-se para perceber que os poucos prédios tinham nada mais que quatro andares, cheio de casas e lotes... Mas tudo muito grande.

Paramos em frente a um bar escrito “Morango e Pimenta” em luz de neon.

—Morango e Pimenta? – perguntei surpresa.

—Eu e a Denise nos conhecemos desde pequenas. O tio dela nos fez uma homenagem em um dos melhores dos seus bares.

—Ele tem mais de um?

—Três especificamente. – Pimenta sorriu e saiu do carro – Eles já começaram a festa. O velho deve estar impaciente.

Saímos apresadas e fomos até o bar, onde tinha musica alta e algumas pessoas. Morango veio correndo na nossa direção e ela nos abraçou.

—Venha conhecer meu tio! – ela me puxou e fomos correndo até um homem que bebia alegremente – Tio! Tio! Essa é a Sophie!

—Olá Sophie. – o homem de cabelo preto, que não aparentava mais de vinte e cinco anos acena feito um homem interessado no que vê – Você é uma delicia.

—TIO! – repreende Morango rindo.

—É verdade. – ele sorriu para mim e fez uma cara de safado.

—Você não é velho. – fiz uma careta de confusão e ele de surpresa.

—Como?

—Você não parece velho, elas disseram que... – parei de falar e fiquei vermelha de vergonha, pois é obvio que só brincavam comigo.

—É isso que elas falaram de mim? – ele perguntou e riu divertido vindo à minha direção, tocando meu rosto – Ainda bem que não sou não é mesmo? Quantos anos você tem?

—Dezoito. Farei dezenove, semana que vem.

—Seus protetores são incríveis. – ele sorriu e então eu vi uma cobra subindo pela perna do tio da Morango e então foi circulando sua cintura, seu peito, até chegar no seu pescoço – A minha chama Jacque. E os seus?

—Zeus e Tales. – falei apontando para cada um deles.

—São lindos e novos. – ele estendeu a mão para o Tales que o mesmo rosnou e eu segurei a mão do tio dela.

—Tente o Zeus. – falei e ele o acariciou – O Tales é muito fresco.

—Entendi. E eu me chamo Dante. – ele me estendeu a mão e a Jacque foi rastejando por seu braço musculoso em círculos, até chegar à palma da mão dele – Ela quer te cumprimentar.

—É. Ela é linda. – sorri e estendi minha mão na direção dela, sem realmente saber o que fazer e ela se esticou, vindo à minha direção se circulando na minha mão, passando para meu braço, até sair totalmente do Dante e ficar totalmente no meu braço, tendo que ir para meu pescoço para poder ficar firme – Olá Jacque.

—Incrível. – Dante e Morango falam juntos.

—Por quê? – perguntei surpresa.

—Primeiro você não tem medo ou nojo. Isso já é um grande passo e um passo que nem a Morango conseguiu é fazer com que a Jacque fique totalmente nela. A Jacque morde as pessoas antes de me deixar totalmente. Ela tem veneno e pode matar se eu quiser.

—Impressionante. – acariciei a cobra e o Tales rosnou ciumento – Viu? Eu disse que o Tales é fresco... E muito ciumento.

“Eu não gosto dela.” – Tales rosnou de novo e eu fiz uma careta que o fez calar a boca e deitar nos meus pés – “Desculpe”.

—Desculpe. – inclinei meu rosto para cobra e acariciei-a com meu nariz – Jacque.

—Agora eu estou ficando com ciúmes. – olhei para o Dante que fez uma careta – Não estou acostumado a dividi-la.

—Tudo bem. – eu ri divertida e peguei a cobra, fazendo-a se desenrolar de mim e segurando apenas duas partes dela eu entreguei para o Dante – Aqui está ela.

—Nós estamos juntos desde que ela nasceu. Eu vi a mãe dela dar a luz a ela e já no ovo, eu cuidei da Jacque. Desde quando eclodiu não se soltou de mim. Eu sou um biólogo. – ele sorriu apenas esticando o braço e a cobra circulou seu braço – E seu protetor.

—Oi tio! Parabéns! – senti algo puxar meu braço e vejo Pimenta lá enquanto falava – Mas agora, nós vamos apresentar nossos guardiões para ela.

—Como? – perguntei surpresa, mas fui com ela até onde tinha uma parte do bar, onde tinha um monte de almofadas e pufes coloridos, com potes de comida e água a vontade – Nossa.

—Conheça Lika, minha panda. – vejo um, panda sair da multidão de guardiões e então um macaco leão-dourado veio atrás – Esse macaquinho é o Juca. É da Morango.

Senti em cada lado da minha perna, meus felinos e sorri. Era reconfortante por demais. Mesmo sabendo que eles só estavam sendo possessivos.

“Vocês são muito ciumentos.” – fingi reclamar.

“Quer que nos afastemos?” – olhei para o Zeus que falou e neguei.

—São lindos. – falei e olhei para Morango e para Pimenta sorrindo – Realmente são belos.

Meus felinos não pareciam contentes e se esfregaram em mim.

—Até você Zeus? – falei surpresa.

“Você dá muita atenção para os outros protetores. Você também não gostaria que ficássemos todos manhosos com eles. Ou gostaria? Sinceridade.”

Parei e pensei, olhando para as duas meninas á minha frente e as imaginando com eles.

“Não muito.”.

“Para você ver” – Zeus disse.

—Quer alguma coisa? – sorri para a Pimenta e assenti.

—Uma água.

—Nem pensar! Amanhã pode até ser sexta-feira, mas nós vamos nos divertir! – Pimenta grita e corre para o balcão, onde prepara uma batida para mim – Experimente!

Engoli devagar e não consegui conter um sorriso. Simplesmente maravilhoso.


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