Trintero escrita por Veves


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá. Mais um pedacinho da minha escrita para vocês.



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Assim que cheguei ao meu armário, ouvi os murmúrios das garotas.

“Audição.” – falei e já sabendo o comando, eu pude ouvir tão bem quanto meus felinos.

—Aleluia! Não vamos ter mais que aturar ela. – ouvi a Laura falar aliviada.

—Ela era tão metida! – concorda Bianca – E tão chata!

—Nem me fale! E agora ela está ali, bancando a coitada, pois não quer ir para a segunda etapa! Isso me mata de raiva! Ela é só uma garota que quer chamar atenção e se passar de misteriosa e coitada. Por isso ninguém a conhece e quem conhece fica com pena... Não tem amigos, não tem nada. – Laura ri da sua própria imitação barata de outra pessoa.

Ignorei a conversação.

“Não ligue para elas.” – fala Tales e ronrona se esfregando na minha perna – “Só estão com inveja de você. Olhe para seus animais. Já são bem adultos.”.

Olhei para as aulas de hoje e peguei o meu novo material, ignorando ao Tales. Eu sabia muito bem quem eram os animais das duas e como elas tinham pouco controle e confiança neles.

Um era um papagaio, outro era um cachorro.

Com meu material na bolsa, eu caminhei pelo corredor com meus protetores, um em cada lado. Passei reto por elas, dando um olhar frio e sem emoção.

Não me importei ao vê-las dar um paço para trás. Eu pude sentir o medo delas flutuar ao meu redor.

Caminhei para a sala de feitiços. Bati na porta e entrei devagar.

Cada aluno tinha seu protetor no canto da sala, onde descansavam em almofadas. Eu nunca vim nessa sala, pois só permitido para o pessoal da segunda e terceira etapa.

A sala tinha um cheiro almíscar de produtos de limpeza, com pisos brancos e as paredes eram lisas e brancas. Bancadas de laboratório eram espalhadas estrategicamente pela sala, com banquinhos altos e duas pias em cada uma. As bancadas continham armários em baixo onde ficava todo equipamento. No fundo da sala tinha dois grandes armários de metal, fechado com cadeado.

—Com licença. – entrei, seguida pelos meus felinos e vi um professor com não mais de trinta anos, me encarar através de óculos que enfeitavam perfeitos olhos azuis oceano – Eu sou...

—Sophie. – ele assentiu a cabeça, sério e então me olhou fixamente – Não achava que você viria hoje.

—Surpresa para todos nós. – falei mal humorada.

—Sophie! – olhei para uma voz que eu conhecia – Pare com isso!

—Murilo?! – perguntei surpresa – É mesmo... Você?!

—É... Pare com isso. Não desconte sua raiva nos outros.

—Bem... – abaixei a cabeça envergonhada e meus felinos se esfregaram na minha perna.

—Pode ir se sentar com o Murilo, já que pelo visto já se conhecem. – falou o professor com um sorriso – Sou Peter.

—Bem... Você já sabe o meu nome e me desculpe. – falei envergonha e corri para a mesa do Murilo que tinha um monte de cilindros com líquidos coloridos e um no fogo, com a água borbulhando – Faz tempo.

—É... Faz.

“Quem é ele?” – perguntou Zeus e eu sorri para ele.

“Conheci ele quando era pequena... Em uma viajem.” – menti rapidamente.

“Ah.” – falou Zeus desconfiado e se deitou nos meus pés, junto com o Tales, um em cima do outro, muito confortáveis.

Mexi-me no banquinho branco que ficava em frente à mesa de laboratório e dei uma olhada no ruivo ao meu lado.

—Fiquei sabendo da substituta. – ele disse e então forçou um sorriso – Sinto muito.

—Sim. Eu também. – falei um pouco tensa, pois essa classificação para ela era tão... Errada.

—Sophie. – olhei para o professor que me encarava sério – Fique quieta e pode mandar seus felinos vir aqui.

Zeus rosnou para o professor, olhando nos olhos dele. Vejo um lobo se aproximar do professor, rosnando para o Zeus.

—Zeus. – com apenas uma palavra ele se deitou e fechou os olhos – Desculpe professor, mas acho que ele está bem confortável aqui com o Tales.

—Que assim seja. – o professor falou, parecendo impressionado – Não é comum, os alunos da primeira etapa, conseguirem controlar tão bem seus protetores.

—É... – falei tensa.

—Assim como não é comum ter dois deles. Como também não é comum achar eles filhotes. Como não é comum...

—Já entendi professor. Eu sou a estranha. – falei carrancuda – Obrigada.

—Não... Não foi isso que eu quis dizer! – o professor tenta falar gaguejando – Sophie é só que...

—Continue com a aula. – olhei para um garoto e suspirei aliviada.

“Obrigada.” – agradeci mentalmente.

“Pelo que?” – pergunta Tales me olhando.

“Agradeci mentalmente o garoto que cortou o assunto.” – falei e o Tales se esfregou na minha perna, ainda deitado.

“Bem... Fique atenta na aula.” – ele fechou os olhos e ronronou quando deu uma ultima acariciada na minha perna.

—Bem... Vamos lá! – Peter disse e voltou a se animar – Estávamos falando sobre o fortalecedor. E você que acabou de chegar Sophie, o fortalecedor, é feito através da magia que você possui dentro de você.

—Desculpe? – perguntei confusa.

—Simples. Nós juntamos alguns ingredientes, que é para absorver uma parte do seu poder. Depois ele ajuda você a se fortalecer. Os ingredientes são caros, muito caros, por isso, não é muito usado, mas a escola cultiva esses ingredientes, que vão de plantas a partes de animais.

—Como?!

—Você sabe... Leite é o mais simples. Não usamos asa de morcego. – ele riu divertido, adivinhando meus pensamentos – Os animais são nossos protetores e isso seria tortura! Nós só usamos na verdade, plantas e ervas e pó de fadas. As fadas vivem na ilha, em paz e em troca, nos dão seu pó constantemente. Você pode substituir o pó de fada, pela magia que os dragões possuem... Ou melhor, os que podem se transformar em dragão.

—Nossa! – falei fascina e me inclinei sobre a mesa, olhando fixamente para o professor.

—Quando alguém possui a magia do dragão, não necessita do pó de fada e fica muito mais fácil de fazer. Mas como é raro, é extremamente difícil de fazer. Quando se acha para comprar, é mais de dois mil reais um potinho com 50 ml. O de dragão é mais caro ainda, pois é mais forte e mais difícil de achar.

Senti minha boca aberta, mas rapidamente a fechei e arrisquei um olhar para o Murilo que me encarava com um sorriso bobo nos lábios.

—Se alguém suga o fogo do dragão para dentro de si... Essa pessoa também tem a mágica do dragão? – perguntei, voltando minha atenção para o Peter.

—Depende da quantidade e de como a pessoa sugou... Como você sugou? – ele perguntou curioso.

—Você... Você sabe?! – perguntei surpresa e pude sentir o olhar de todas as pessoas em mim, como algo sólido.

—Todos os professores sabem... Como você sugou e quanto?

—Acho que muito... Eu engoli, respirei o fogo. E então quando acabou, o dragão me cheirou, bufou e saiu. Nada de mais. – falei e dei os ombros – E então eu me senti quente e confortável... Como quando você chega a casa em um dia de frio e se esquenta na lareira com um cobertor ao redor. Foi... Maravilhoso.

O professor me olhou com interesse e de boca aberta. Ele chacoalhou a cabeça e arrumou os óculos.

—Bem... Vamos à aula. Continuem com seus experimentos. Qualquer duvida me chamem. Não hesite Sophie. – falou o Peter sorrindo.

Assenti e ouvi um gruir do Tales.

“Ele está se insinuando muito.”

Eu me divertia e continuei a fazer o experimento. Eu comecei um novo, seguindo as anotações do caderno do Murilo. Em vez de colocar o pó dá fada, eu simplesmente estendi minha energia, minha... Magia?

“Alguma ideia de como posso fazer?” – perguntei nervosa.

“Sinta a sua energia. Sinta a sua magia. Envolva o pote com ela. Coloque então dentro do pote. Simples assim.” – respondeu Zeus.

“A facilidade é que a energia do dragão absorve o conteúdo. Feche os olhos e coloque a mão na garrafa. Pode ajudar!” – completou Tales.

Fiz o que eles falaram e senti algo em minha pele. Meus pelos nos braços e na nuca se levantaram e eu tremi.

Abri os olhos e tirei minha mão, vendo o liquido antes verde, ficar vermelho feito sangue. Um carmesim que em minha opinião, era lindo.

—Não precisa de ajuda nenhuma, não é mesmo? – olhei para o lado e vi o professor sorrindo para mim – Acho que de todos, você vai ser a única que não vai precisar de ajuda... Posso provar?

—Claro. – estendi o meu experimento e então um banquinho cai.

—PETER! – olho para o garoto que me ajudou antes – Não deixe Sophie! Ele vai sentir sua magia! Isso é ruim. Ele quer ver se consegue o poder do dragão para si próprio!

—Não tem problema. – repeti e peguei um tubinho de ensaio e coloquei não mais que um polegar e entreguei para o professor – Acho que é o suficiente.

—Claro que é. – ele tomou um gole e em um instante, vi seus olhos mudarem de cor, indo para o preto – Nossa! Incrível!

Assenti e então fingi desinteresse, apesar de querer ir para cima dele, segurar sua gola da camisa e pedir que falasse o que ele havia sentido.

Meus felinos se levantaram do meu pé e começaram a circular por volta do Peter que começa a ficar assustado.

Levantei e entrei na “roda”, junto com meus felinos. Analisava cada aspecto dele. Senti o medo de ele aumentar, mas estava curiosa de mais para poder me importar.

“Olfato.” Comandei e inclinei-me para frente, e cheirando o pescoço do professor, eu pude sentir algo diferente do que deveria ser seu aroma.

Eu pude sentir... Meu cheiro, minha mágica.

—Não gosto. – grui como se fosse à opinião de nós três com uma voz estranha – Não gosto da minha energia em você. Minha mágica não é para ser sua.

Olhei em seus olhos e soube que meus olhos estavam com cores misturadas, as cores dos meus protetores e eles falaram através de mim.

—Não se atreva a fazer isso de novo. Ninguém tem a nossa magia, ninguém tem a nossa energia. Não compartilhamos com seres tão... Inferiores. Nós somos melhores que...

Forcei-me a parar e senti minhas pernas bambas. Fiquei de joelhos e meus felinos quebraram a “roda-roda” e vieram até mim.

—Nunca mais falem através de mim desse modo! – grui brava e me forcei a levantar, mas acabei caído de novo e dessa vez em cima do Zeus – Desculpe Zeus.

“Tudo bem.” – falou Zeus – “Até que eu gosto.”.

“Se levante. Não se mostre fraca para o Peter.” – Tales rosna olhando para o Peter.

Um lobo... Não, o lobo, o protetor do Peter caminha para perto dele e rosna, como se fosse para intimidar o Tales, mesmo sabendo que iria perder.

“TALES!” – gritei internamente com ele e ele parou de rosnar e lambeu meu rosto, como se pedisse desculpas.

— Vocês não precisam se proteger de algo que não vai te atacar. – sorri para o professor lentamente e estiquei minha mão na sua direção – Desculpa. Eu deixei nós nos envolvermos de mais e eles falaram através de mim. Eles são meio mimados e esnobes. Ainda estou treinando isso. São apenas filhotes.

—Não tão filhotes, né? – o professor pega minha mão, fazendo o lobo ficar quieto ao mesmo tempo – Tudo bem.

—Obrigada. – levantei com graça e em seus olhos, em uma parte muito distante dele, eu pude ver seu medo e nessa hora, me lembrei de quem sou.

Afastei-me devagar, para não assusta-lo. Meus felinos não saíram do lugar e eu apenas precisei gruir olhando na direção deles.

Os dois vieram correndo na minha direção e se colocaram atrás de mim.

—Chega por hoje. Vocês dois já me deram muito trabalho. – peguei meu experimento e despejei na pia, ligando a água junto – Vou fazer outra.

—Você acabou muito rápido mesmo. Faltam quinze minutos. Acho que você conseguiria chegar à parte de esquentar as ervas e jogar o pó da fada.

—Assim, elas se misturam melhor. – falei o que estava escrito no caderno – Em vez de só jogar o “tempero” depois na comida, é melhor colocar logo no inicio do processo para fazer mais efeito.

—Exato. – o professor se afastou e sentou na sua mesa, onde teve que afastar alguns livros.

—Interessante. – caminhei para minha mesa e me sentei no banquinho.

—Terminem logo. Quinze minutos. – o professor nem precisa gritar para todos da sala ouvirem – Quem terminar hoje e fizer corretamente, terá um ponto na média. E você já possui esse ponto Sophie. Não precisa terminar hoje.

—Eu já terminei. – olhei para o garoto de antes e o vi estender um tubo de ensaio com um liquido dourado dentro para o professor – Posso ir?

—Claro. – o professor pega o tubo de ensaio e o despeja em um vidro com um liquido translucido e então brilha durante uns segundos e para, voltando ao normal, apenas um pouco mais claro – Ótimo em.

O aluno ignora e se levanta. Olha para o monte de protetores e então dois animais saem do monte, tendo que mover alguns que estava em cima deles.

Um leopardo... Um leopardo branco feito neve sai do monte de protetores e eu encaro em seus perfeitos olhos azuis. Uma raposa, pequena e fofa, acompanha o leopardo branco. Ela fica um pouco atrás dele, quase passando despercebida e possuía profundos olhos de mel que demonstravam astucia e pelos avermelhados que parecia extremamente suave ao toque.

 -Quem é ele? – perguntei em um sussurro para o Murilo.

—Existem três especiais nessa escola. Você, ele e o filho do diretor. Esse é o Demitre.

—Pronto... Vamos continuar. – disse o professor assim que o Demitre se retirou.

O dia passou, as aulas se foram e eu aprendi mais e mais coisas que me impressionaram... Nada não tão impressionando quanto a minha primeira aula, mas foi muito legal, principalmente que serviu para eu me aproximar do Murilo, ter um amigo de verdade.

Que era de lá e conheceu os mesmos perigos que eu.

Olhei enquanto ele corria para sua aula extra de piano. Sorri e caminhei para meu armário.

—Ei, garota! – olhei para o lado e vi uma ruiva sorrindo para mim – Tudo bem?

—Sim. – falei estranhando e então olhei para uma loira ao seu lado – Quem são vocês?

—Somos da sua sala. Foi legal o que fez hoje na primeira aula. – a loira disse e percebi que seu cabelo era pintado, pois acho que ninguém teria um cabelo tão claro, quase branco natural – Eu sou a Morango e ela a Pimenta.

—Como?

—Nós não gostamos do nosso nome, então... Eu sou a Morango e ela a Pimenta. – a loira sorriu para mim e então estendeu a mão que peguei e soltei rapidamente – De verdade, eu me chamo Diana e ela Diana também. Mudamos nossos nomes assim nenhuma de nós iria virar ao mesmo tempo.

—D1 e D2. – sorri e então balancei a cabeça – Brincadeira.

Elas me olharam bravas e então olharam entre si e então elas começaram a rir.

—Seria um bom nome. – elas disseram juntas.

—Mas eu brigaria para ser a D1. – falou a Pimenta, a menina ruiva.

—Eu também. – concordou a Morango.

—E o porquê o dos nomes? – perguntei curiosa.

—Ela é quente, perigosa e sabe como por um lugar para ferver. – sorriu Morango – Nós escolhemos o nome uma da outra. Ela diz que eu sou...

—Ela é Morango, pois no dia eu estava comendo um morango suave e doce. E ela é bem assim mesmo. – respondeu Pimenta com um sorriso – Quer um apelido também?

—Não, obrigada. Eu sou apenas a Sophie. – abri meu armário com dificuldade pra destravar o cadeado.

Joguei minhas coisas dentro e quando fechei o armário e as duas ainda estavam lá.

—Vocês não têm medo de mim, ou inveja ou me odeiam? – perguntei nervosa.

Elas me olharam e começaram a rir novamente.

—Você é direta. – Pimenta disse e olhou para Morango – Me lembra de minha mãe. 

—E como! – Morango riu, divertida.

—Cala a boca! – Pimenta deu um soco no ombro de Morango – Não fale assim dela!

—Eu só concordei com você! – Morango reclama e esfrega o ombro.

—Mas respondendo a sua pergunta... – Pimenta volta e olha para mim – Não. Não temos medo, inveja ou ódio. Você é interessante e parece ser legal.

—Gostamos de você. – Morango disse alegre – Hoje vai ter uma festinha lá no bar do meu tio, aniversario do velho, sabe? Então, eu pego você lá na sua cabana.

—Mas...

—Não. – Morango me cortou rapidamente – Nada de, mas. E muito menos de não!

—Qual cabana você está?

—Acho que na cabana B cinco. – falei e mordi meu lábio – Podem me ajudar... No que usar?

—Eu vou passar lá por volta das seis. Esteja, pelo menos, de banho tomado. – Pimenta disse e piscou para Morango – Nós nos encontramos no bar do velho.

—Então tá.

Elas saíram com um aceno de cabeça e eu analisei a diferença entre elas. Morango tinha o cabelo branco até o quadril, em um liso perfeito com um metro e cinquenta e brilhantes olhos negros. A Pimenta tinha os cabelos vermelhos até a cintura, totalmente cacheado, mas organizado e sem muito volume. Ela tinha olhos verdes e devia ser ter uns vinte centímetros a mais.

—MORANGO! – gritei e ela se virou surpresa – Posso levar eles?

—Claro. O bar é bem grande para poder habitar os protetores. Vai ver como é perfeito para eles. – ela saiu sem olhar para trás.

Não vi os protetores delas, mas não me importei com isso. Deviam estar descansando.

Olhei o horário que ficava na parede atrás de mim, em cima do armário e vi que já era três da tarde.

Caminhei pelo corredor e comecei a descer as escadas, com os meus felinos em cada lado.

—Sophie. – olhei para trás e vi o Demitre – Como você os conseguiu?

—Eles?

—Os guardiões. Como?

—Não sei. Não faço ideia. Eles me escolheram.

—Você é estranha...

—Mas você gosta né? – falei brincando, mas logo vi suas bochechas corarem.

Virei surpresa e mordi o lábio. Ele jurou baixo, mas pude ouvir ele se afastando.

Tão perigoso... Eu ainda preciso morrer... Mas não ainda. Não agora.

Caminhei pelo colégio, pelo caminho de pedras bege e lisa, pela rala grama, para em fim chegar ao meu chalé.

Assim que entrei, deixei a porta aberta e o Tales fechou. Abri uma fresta da janela, para o ar entrar e o Zeus deitou no batente da janela.

—Vou tomar banho. – falei e caminhe para o banheiro.

Tirei o salto alto no banheiro, junto com o moletom e a camisa da escola. Moletom e salto alto. Nada a vê, né? Mas desde que cheguei, vivi de salto em todos os cantos. Na hora da Ed. Física, também tinha que usar salto... Na verdade, você fazia do jeito que entra, não importa como, pois na vida real você não vai poder escolher a roupa para lutar ou se defender. Tudo pode acontecer a qualquer instante e tudo mais. Somos treinados para sobreviver de todas as formas. E em minha opinião a pior forma seria o salto alto... Então sempre treinar da pior forma, para melhor resultado.

Meu pé doía. Estiquei-me e fui tomar um relaxante banho de banheira.

Quando sai, eu tinha caído em um cochilo suave, de meia hora.

Rapidamente me arrumei, ficando com apenas um roupão e meu cabelo seco. Deitei na cama com uma garrafa d’água e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Gostei de fazer esse capítulo básico que serve como um introdução ao outro. Espero que tenham gostado.
Mais tarde irei postar outro.



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