Jovens Caçadores - O Ciclo (1) escrita por Duquesa da Noite
Nina Narrando
De todos os meninos solteiros existentes na face da terra, eu tive que me apaixonar pelo Diogo, um menino que namorava. Parece que eu tenho o dom para coisa errada, tanto eu como o meu irmão.
-Nossa! Hoje não esta sendo um bom dia: A menina morreu, a Ana não descobriu nada, esta começando a escurecer muito rápido e eu ainda por cima estou com frio e com medo.
Estávamos andando em uma rua de barro, deserta e escura, a única luz que tinha eram os faróis dos carros quando passavam e era uma coisa difícil de acontecer.
Como não ter medo?
-Medo do que Nina?- Ele passou o braço pelo meu ombro, MORRI- Melhorou o frio?
-O frio melhorou - Caramba, até que a minha voz saiu boa mesmo com o nervosismo que eu to sentindo de ficar tão perto dele- E eu to com medo do que vamos achar lá e essa rua ta me deixando um tanto apreensiva!
Ele suspirou e deu um meio sorriso.
-Nossos nomes não vão estar lá, nem o das nossas famílias! E nada de mal vai nos acontecer.
Ele abriu a jaqueta e me mostrou que estava carregando uma Ceska VZ/120 em um bolso secreto, nada ia nos acontecer mesmo.
-Não ia me importaria de chegar lá e o nome dos meus pais estiverem na lista!
Isso surpreendeu a ele.
-Nossa Nina, por que toda essa raiva?
Olhei para o Diogo e suspirei fundo, a única pessoa que eu havia contado a minha historia era a Ana.
-Eles sumiram depois de um acidente de carro, os médicos falaram que eles estavam bem, mas não vimos mais eles, desde então somos apenas eu e o meu irmão. Na verdade eles vieram atrás da gente uma vez, mas eu os expulsei da minha vida e o Thi também, mas ele é o que mais sofre com isso, tinha só 11 anos, não teve tanta convivência com eles quanto eu.
Ele demorou muito para responder, ele não imaginava a minha historia e também nunca tinha perguntado sobre ela.
-Meus sentimentos! Eu não sabia disso.
-Não tem problema. - Dei um sorriso- Alem da Ana eu não tinha contado para ninguém. Eu tinha uns 15 anos e cuido do meu irmão até hoje, meio que virei à mãe dele. Ele é a minha única família- Suspirei novamente- Por isso sou tão apegada a ele.
Suspiramos.
-Bom, acho melhor mudarmos de assunto, eu não gosto muito de falar sobre isso.
Continuamos caminhando e conversando, mas o sentimento de medo não me abandonava no trajeto até a encruzilhada.
Odiava sentir isso.
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