Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson


Capítulo 34
Happy End


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEE
então, não me matem por mais que estejam com vontade, combinado? kkkkkk
tive que me afastar um pouco do nyah e das minhas fics amadas, mas acabei voltando! hoje, coincidentemente completando um ano que eu não atualizava a fic, vou postar o último cap! :( estou chorosa TT^TT
dedico esse cap pra Isa Alyssa, que mandou um review mês passado me incentivando a continuar e tal. cara, vcs não sabem o quanto isso faz bem! voltar depois de um ano e ver um review! aww *-*
enfim, curtam o cap e não chorem... espero reviews e quero vcs lendo a minha one shot, a Love Happens... e pra quem gostar eu estou planejando fazer uma long fic como continuação, só não sei pra quando... kkkkkk
beijos, nos vemos lá embaixo :*



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Depois de eu ter passado para o lado dos campistas no meio da captura da bandeira e ter conseguido a primeira vitória do acampamento, as caçadoras ficaram irritadas comigo e eu tive que me mudar pro chalé três antecipadamente. Acho que não seria uma boa ideia ficar perto demais das flechas delas.

Peguei minhas coisas e fui em direção ao meu chalé de origem, passando por vários campistas que ainda estavam festejando a vitória contra as caçadoras. Quando cheguei, empurrei a porta e um Percy empolgado estava lá.

– SURPRESA! – gritou ele assim que pus os pés no chalé.

O quarto estava todo azul. Mais azul que o normal. As paredes estavam cheias de balões azuis, tinha um bolo azul, doces de todos os tipos azuis, cherry coke azul e um presente embrulhado em papel azul. Acho que era um tipo de comemoração. Mas um tipo estranho. Não me surpreenderia se eu achasse um avatar ali também.

– Nossa, mano, pra quê tudo isso? – perguntei, ainda meio chocada.

– Pra comemorar a sua volta da caçada! Aliás, a primeira que eu vejo voltar da caçada. Bem vinda de volta! – ele me abraçou e derrubou tudo o que eu estava segurando.

Praguejei um pouco e ajuntei meus pertences, jogando no meu beliche. Então Percy entregou-me o presente, e, analisando de perto, pude ver que ele mesmo tentou embrulhar. Tinha tanta fita adesiva ali que dava pra cobrir o teto do nosso chalé. Rasguei o pacote e vi uma camiseta rosa (fiquei chocada por não ser azul) estampada com um símbolo e um número: #3. Na manga direita tinha um tridente branco. Era maravilhosa. Abracei Percy em agradecimento e ele perguntou se eu não queria comer algum doce. Aceitei, rindo, e ele foi cortar o bolo enquanto eu fui mexer na travessa de balas. Achei um pacote de balas vermelhas no meio de tanto azul, e sentei no chão para comer. Percy sentou ao meu lado com quase meio bolo no prato.

Comemos em silêncio por alguns minutos.

– Obrigado por voltar – disse Percy, finalmente. – Eu não saberia o que fazer se te perdesse pra caçada.

– Eu mesma já não tinha tanta certeza se a caçada era a melhor das ideias – comentei – mas felizmente voltei.

– Não por mim, tenho certeza – disse, com um sorriso torto.

Revirei os olhos e continuei a comer.

– Ele faz bem pra você? – perguntou.

Olhei para Percy e vi que ele estava falando sério.

– Faz sim – respondi. – Ele parece sempre saber o que tem que fazer, como ajudar. Às vezes...

– Há, experimenta chorar na frente dele então! Quero ver ele saber o que fazer – ele me cortou, rindo.

Ri com ele.

– Sabe isso por conhecer o Charlie ou por ser uma espécie de regra masculina? – perguntei.

– Convivi com ele mais tempo que você, e tive muitas oportunidades de conversar com ele. É gente boa, é o que parece ser, não tem máscaras. Já vi seus dias bons e ruins. Ele é mais do que digno de confiança. Mas ele não sabe como agir quando vê uma garota chorar. É hilário – falou Percy.

Rimos mais uma vez e então o chalé ficou em silêncio.

– Olha, quero dizer que eu não sou total e completamente a favor de te perder pra um garoto... – começou Percy.

– Mas você não está me perdendo pra ninguém! E, se fosse assim, eu teria que ser completamente contra você e a Annabeth também, e aposto que você ficaria bolado se... – cortei Percy.

– Mas como aqui no acampamento não tem essa história de que um tem que conhecer os pais do outro pra começar um relacionamento, o único que vai ter que aprovar alguma coisa entre vocês dois sou eu. E saiba, antecipadamente, que quando isso acontecer, eu já aprovo – ele me cortou, ignorando o que eu disse. – Desde que você seja feliz.

Fiquei chocada e ao mesmo tempo emocionada. Abracei Percy e disse que ele é o melhor irmão do mundo, o que fez ele me abraçar esmagadoramente.

– Ah, duas coisas, antes que eu esqueça – Disse, se desvencilhando do abraço e enxugando o rosto. – Isso aqui apareceu na sua parte do guarda roupa, mas eu não abri. Está com o seu nome.

Abri a caixa branca (que só podia ser das entregas de Hermes) e vi um frasco de pérolas e uma carta. Eram pérolas iguais às que eu tinha, para poder respirar em situações críticas. Eu estava mesmo precisando de mais. Puxei a carta do fundo da caixa e abri.

Um presente por concluir a missão e por voltar da caçada.

Obs.: Seja feliz.

Em seguida tinha um desenho de uma estrela do mar igual à que meu pai deu-me para que eu voltasse à vida. Agradeci Poseidon em pensamento e fiz uma nota mental para queimar mais morangos no jantar.

– Pai, não vale escolher filho favorito – Percy falou, entregando-me um envelope vermelho.

Abri e puxei a carta, que dizia:

No lago de canoagem, hoje, às seis.

Olhei para o relógio, que indicava seis horas.

– Percy, o que é isso? – perguntei?

– Ah, é, isso é legal. Você deveria ir – respondeu.

Aceitei o conselho, levantei e estava saindo quando virei para trás.

– Você sabe o que é?

– Claro. Seja feliz – disse-me.

Fechei a porta e saí correndo para o lago. Chegando lá, vi Charlie esperando pacientemente, sentado no trapiche e jogando pedras na água de modo que elas saltassem. Sorri, colocando o gorro e resolvi brincar.

Desviei uma pedra da sua trajetória normal assim que ela bateu na água. Mas Charlie não reagiu. Então fiz as pedras que ele jogava afundarem repentinamente. Na terceira pedra que afundou, ele se espantou.

– Mas o quê...?

Ele jogou mais uma pedra, que eu fiz afundar novamente. A pedra seguinte eu fiz ficar parada na superfície, e antes de ele reagir fiz as águas se moverem e trazerem pedras para cima. Cerca de cem pedras tomaram a superfície do lago.

– Eita! – exclamou.

Dei uma risadinha, que ele escutou. Charlie levantou sorrindo e me procurou. Como eu estava com o gorro (e ele deve ter imaginado isso), ele ficou parado escutando, olhando para os lados. Eu não me movi e procurei não fazer barulhos. Mas ele enxergou um ponto próximo aos meus pés, sorriu e veio em minha direção, abraçando-me e puxando meu gorro enquanto me beijava.

– Melhor assim – disse ele, arrumando algumas mechas do meu cabelo.

– Como acertou? – perguntei.

– Marcas de lama na pedra – disse, simplesmente, apontando para baixo.

Vi que era verdade, e que eu tinha cometido o mesmo erro duas vezes.

Ele sorriu, pegou minha mão e fomos sentar no trapiche. Ficamos ali olhando o céu e apreciando uma calma que eu não tinha há éons.

– Como Percy sabia que você estaria aqui e eu não? – perguntei, lembrando-me do que meu irmão disse há alguns minutos.

– Ah, eu sabia que ele ia dar com a língua nos dentes. Droga – disse ele – enfim, ele me ajudou a deixar esse lugar separado só pra nós. Não daria pra ter paz com uma galera remando aqui.

Ri e concordei.

– Você é o máximo – falei, aconchegando-me em seu abraço.

Ele puxou alguma coisa do bolso e escondeu entre as mãos, e começou a falar.

– Eu estava aqui antes de você chegar e fiz uma coisa pra você. Eu nem sei se você vai gostar ou não, mas eu pensei em você e fiz. É bobo, mas achei que talvez... quer saber, esquece, eu não devia ter dito nada – disse ele, movendo as mãos para o bolso novamente.

Segurei sua mão e a abri. Na sua palma estava uma delicada porém linda correntinha de bronze com um pingente de coração.

– É maravilhosa, Charlie – falei.

– Pra combinar com o pingente da pulseira – respondeu, com um sorriso de canto.

Puxei meu cabelo e virei para que ele pudesse colocá-la em mim. Passei a mão pelo pescoço, acariciando o delicado pingente. Não era apenas um presente. Era uma promessa. E a mais linda que alguém já tinha feito pra mim.

Quando olhei para Charlie, vi que ele segurava um violão.

– Além de tudo, você ainda sabe tocar violão? Que lindo! – disse, num impulso.

Ele riu.

– Bom saber que te agrada. Vamos ver se acerto a música também – respondeu, começando a tocar.

O sol começou a se por, como se tudo tivesse sido programado.

(n.a.: escutem https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA)

When your legs don’t work like they used to before...

Deuses, eu amava essa música!

Assenti para Charlie, que sorriu e continuou a cantar.

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love?

Will your eyes still smile from your cheeks?

Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three

Comecei a cantar com ele.

I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe just the touch of a hand

Me, I fall in love with you every single day

I just wanna tell you I am

So honey now

Take me into your lovin' arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Deixei Charlie cantar sozinho mais uma vez, e sequei meu rosto marcado de lágrimas.

When my hair's all but grown and my memory fades

And the crowds don''t remember my name

When my hands don't play the strings the same way (mm)

I know you will still love me the same

Cause honey your soul

Could never grow old

It's evergreen

Baby your smile's forever in my mind and memory

I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe it's all part of a plan

I'll just keep on making the same mistakes

Hoping that you'll understand

Comecei a cantar novamente, e cantei sozinha para Charlie dessa vez.

That baby now (ooh)

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

E voltamos a cantar juntos.

Baby now

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars (oh darlin')

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Maybe we found love right where we are

And we found love right where we are

Os últimos acordes soaram quando o sol já havia se posto e as estrelas iluminavam o céu.

– Eu amo essa música – disse, enquanto Charlie guardava o violão.

Ele virou para mim, passou a mão por meu rosto e afastou uma lágrima com o polegar.

– E eu amo você – disse ele.

Charlie me puxou e me beijou sob a luz de mil estrelas, como dizia a música. E eu senti, naquele momento, que aquele era o começo do nosso “felizes para sempre”.

THE END.


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Notas finais do capítulo

vocês não imaginam minha tristeza em colocar esse ponto final.

cara, estou acabada, arrasada, sei lá, mas acabou e eu vou ter que clicar naquele botão de fic finalizada. isso é ao mesmo tempo incrível pq eu terminei minha primeira long fic e trágico pq eu terminei minha primeira long fic. e agora??? T-T vou tentar escrever mais, nem que seja uma one shot, prometo!

agora, quero agradecer a todos e todas que leram minha fanfic, aos que favoritaram, acompanharam, mandaram review, recomendaram... vcs são demais!!! deixaram uma autora mega feliz :D e foram três anos de fic (faz quatro anos dia 27/07), tipo, nossa como eu enrolo, mas pra mim valeu mega a pena. uau. escrever essa fic foi uma das melhores coisas que eu fiz, embora tenha ficado um ano sem atualizar.
obrigada novamente por serem leitores maravilhosos! adoro vocês!

beijos da autora, nos vemos na próxima fic ;)