Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson


Capítulo 25
Fúrias e Cansaço


Notas iniciais do capítulo

desculpem pelo título do cap, sei que ficou ruim UADUASUAH mas não consegui pensar em mais nada, e quis postar antes que vcs desistissem de mim...
boa leitura!



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Não tivemos tempo de pensar em nos esconder. As fúrias chegaram cerca de três segundos depois de as avistarmos. Tentei puxar minha espada, mas meu braço foi imobilizado por Alectó, uma das fúrias.

                - Vocês vem conosco – disse uma das três.

                - Só precisamos da filha de Poseidon e do filho de Hefesto. Os outros dois ficam aqui. – disse Alectó.

                Consegui de algum jeito ativar meu escudo e bati-o com força em Alectó, soltando-me de seu aperto.

                - Só conversaremos com seu senhor se formos todos juntos – disse eu.

                As três se olharam em uma discussão silenciosa, e antes que suas atenções se voltassem novamente para mim, olhei para Charlie. Apenas o vi movimentando a cabeça negativamente, em um gesto sutil.

                Droga.

                - Nada feito, o senhor Hades exigiu apenas as crianças de Hefesto e Poseidon, nada mais! – disse outra fúria, a qual não consigo lembrar o nome.

                - Então – disse Peter – vamos ver quem decide isso na força.

                As fúrias rosnaram e vieram para cima de nós. Haley afastara-se cerca de dois metros, mas ajudou-nos tocando alguma canção em sua flauta. Eu não conhecia, mas não parecia ser algo extremamente agradável.

                Enquanto isso, Alectó veio voando para cima de mim, enquanto as outras fúrias atacaram Charlie e Peter. Peter conseguiu lutar contra uma delas e ainda assim concentrar-se o suficiente para controlar as pesadas massas de ar, fazendo as fúrias ficarem no chão, para ser uma luta justa. Elas não pareciam muito contentes com a novidade. Ataquei Alectó sem piedade, agindo apenas por instinto. Cortei suas garras, por pouco errei sua perna esquerda, mas um golpe certeiro na barriga transformou-a em pó amarelo.

                Fui ajudar Peter e Charlie, mas quando me virei, vi que não havia mais motivo. As fúrias estavam partindo.

                - O que foi isso? – perguntei, desnorteada.

                - As fúrias estão indo embora – disse Peter . – Dã.

                Olhei para ele com a minha cara mais sarcástica de “jura?” possível e continuei minha fala.

                - Estou me referindo exatamente a isso. Por que elas fugiram? Só por que consegui matar Alectó? Isso não é típico de um monstro.

                - Bom, – respondeu Haley – vamos aproveitar esse momento de sorte completamente inesperado para seguir viagem? Ainda temos que achar um lugar razoavelmente seguro para dormir aqui. Ou temos que tomar energéticos para achar de uma vez esse tal pergaminho sagrado de Apolo e voltarmos para casa.

                - Acho que devíamos dormir um pouco – disse Charlie. – Todos sabem que não tem como seguir viagem nesse estado de exaustão. E eu não tenho mais energético.

                - Eu só tenho mais duas doses de café pra emergência – lamentou Haley.

                Dei um sorriso fraco e só então percebi o quão cansada e faminta eu estava naquele inferno. Apertamos o passo e continuamos caminhando, olhando para os lados naquele deserto literalmente sem vida em busca de algo que servisse de abrigo. Andamos por horas e não conseguimos encontrar absolutamente nada.

                - Se quiser dormir, posso te carregar – ofereceu Charlie.

                Olhei para ele e por um momento considerei aceitar. Mas Charlie estava tão cansado quanto eu. E eu não queria que Peter ficasse aborrecido.

                - Obrigada Charlie, mas estou bem, por enquanto – respondi.

                Mais uma hora se passou, e nada de abrigo.

                Até que Haley avistou algo.

                - Gente, estão vendo aquilo? – perguntou ela.

                Todos olhamos para o horizonte, onde ela apontava algo. Mas não conseguimos ver nada além de terra sem vida.

                - Não, acho que você está enganada Haley – disse Peter.

                Então começamos a ouvir gritos desesperados ecoando na imensidão do mundo inferior.

                - Me digam que não sou só eu que estou ouvindo gritos – pedi.

                - Não é só você, Stef – disse Peter – eu também estou.

                - Será que é alguém que precisa de ajuda? – perguntou Charlie.

                Haley negou.

                - Bom, pode até ser que seja, mas não estamos condições de ajudar alguém nesse exato momen... – Haley interrompeu sua fala e ficou imóvel. Suas orelhas sensíveis moveram-se ligeiramente e seus olhos arregalaram-se.

                - Haley, pelo amor de Zeus, não me assuste – disse eu. – Não aqui no mundo inferior.

                - Di immortallis – sussurrou ela. – Chegamos...

                - Chegamos onde, Haley? – perguntou Charlie.

                Ela abria e fechava a boca, mas não emitia sequer um som. Nunca tinha visto Haley tão apavorada assim.

                - Haley – chamou Peter – você está bem?

                - Chegamos aos campos da punição – disse ela, finalmente.


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Notas finais do capítulo

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