Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson


Capítulo 23
Escuridão


Notas iniciais do capítulo

oi, eu sei que demorei uma eternidade. bom, minha escola estava me matando de tanta coisa pra fazer. então as férias chegaram e eu fiquei doente, olha que beleza. aí minhas aulas começaram de novo e eu fiquei doente mais uma vez. sei que não é desculpa, eu nem tinha a intenção de que fosse, mas enfim, minhas sinceras desculpas pela demora. espero que gostem (:



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Eu simplesmente odiava ficar no escuro.

                Bom, não é que eu tenha medo de escuro. Mas ficar sem enxergar nada é algo absolutamente irritante. Bom, estou exagerando. Eu conseguia sim enxergar algumas coisas, mas nada que me interessasse. Tínhamos duas lanternas que mais pareciam holofotes, para conseguirmos ver os degraus e nossas armas de bronze celestial. Mas aquela escuridão interminável já estava me cansando.

                Todos os aparelhos eletrônicos que o grupo possuía, inclusive relógios, haviam parado de funcionar. Então eu não sabia há quanto tempo estávamos descendo. De repente, a luz da minha lanterna reflete em algo e eu olho de relance para ver do que se tratava, e me deparo com um diamante do tamanho do meu punho.

                - Gente – chamei – isso é normal por aqui?

                Todos se agruparam para ver o que era.

                - Ah, isso é ótimo Stef! E ao mesmo tempo, ruim. – disse Haley.

                - Explique direito, estou na mesma – pedi.

                - Bom, as histórias dizem que quanto mais uma pessoa se aproxima do mundo inferior, mais pedras preciosas vão aparecendo em seu caminho. Então isso é um bom sinal. Ou nem tanto, pois estamos chegando perto do mundo inferior, e não sabemos o que Hades tem guardado pra nós.

                Tive vontade de sentar em um dos degraus e chorar. Por que eu havia ganhado a missão? Por que não Annabeth? Ou Percy? Ou qualquer outro semideus mais experiente do que eu?

                Bom, não adiantaria chorar agora. Eu estava quase lá, e não podia desistir agora, ou o mundo todo sofreria pela minha incapacidade. Ergui a cabeça, apontei minha lanterna para os degraus e prossegui, sem deixar que ninguém me visse abatida como estava.

                A dor que atravessava meus pés indicava que estávamos andando há horas. E a única coisa que era possível ver naquela escuridão eram as pedras preciosas de meu tio. Elas estavam ficando mais abundantes agora, o que indicava que se não estávamos no Mundo Inferior, estávamos muito perto. Finalmente, após muito caminhar, vimos uma luz alaranjada ao longe.

                - Aquilo é...? – Perguntou Peter em uma pergunta inacabada.

                - Só pode ser – respondi.

                Aceleramos o passo e logo podíamos ver as luzes refletindo no rio Estige, e ouvir os gritos de tortura que vinham dos Campos da Punição. E então Caronte apareceu, com sua canoa e seu manto preto.

                - Vão embora! – disse Caronte. – Semideuses vivos não podem passar daqui.

                Aproximei-me.

                - Mas nós temos como pagar por nossa passagem – disse.

                Caronte cheirou o ar.

                - Filha de Poseidon, hein? – perguntou ele. – Seu irmão esteve aqui há alguns anos e pagou por sua travessia no Estige. Sabe quantos problemas isso me rendeu? Hades descobriu o pagamento e tirou de mim cada dracma, meus ternos italianos e metade do meu mísero salário! Não vou cometer esse erro outra vez.

                - Mas Caronte, se não nos deixar passar, o mundo todo vai acabar! Temos que pegar o pergaminho de Apolo que está em algum lugar no Hades e devolver ao seu dono, antes que ele acabe com o mundo. Isso significaria milhares de mortes. Pense nisso: sete bilhões de mortos esperando para serem carregados, testando sua paciência, trocando a sua estação de rádio... – respondi.

                Ele pensou por um momento.

                - Tudo bem, três dracmas cada um e vocês estarão no Hades.

                Sorri satisfeita. Arrecadei os dracmas e paguei Caronte. Subimos em seu barco e nos sentamos.

                - Tudo bem, agora prestem atenção: se movam o mínimo possível enquanto estiverem aqui. Não liguem aparelhos eletrônicos. Se vocês enjoarem facilmente, não fiquem olhando para o rio Estige. Não mergulhem a mão no rio em hipótese nenhuma. Não empurrem seus amigos nem tentem balançar o barco. Comportem-se e chegarão lá vivos.

                Assentimos. Haley segurou minha mão, era uma medrosa. Bom, eu não podia negar que também estava assustada. Charlie e Peter estavam no banco de trás do barco, mas pareciam se comportar. Ninguém ousava dizer uma só palavra.

                Até que surgiu uma pequena fenda no barco.


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Notas finais do capítulo

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