Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson


Capítulo 19
Entre Músicas e a Verdade


Notas iniciais do capítulo

OMZ OBRIGADA PRA TRIS DEVONE ESSA LIMDA QUE RECOMENDOU, QUE COISA MAIS FOFA *-*
é, eu sei que sou uma relaxada e que faz quase um mês que eu não escrevo. me desculpa ^^
mais um capítulo musical fresquinho pra vocês :D
e favor clicar no link que eu já fiz o favor de procurar pra vocês, fica muito mais fofo com música *-*



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POV Stefanie

Eu não sei como aqueles dois moleques podiam se odiar tanto sem ao menos se conhecer. Sim, moleques. Não me importo com o fato de que ambos sejam mais velhos do que eu. Charlie pode ter dezesseis anos e Peter dezessete, mas ambos agem como dois pirralhos de jardim de infância que brigam pra saber qual carrinho é mais bonito.

Nesse momento, estamos andando debaixo de um sol escaldante até o ponto de ônibus, que fica na próxima quadra. Desde que deixamos o estacionamento, os dois não pararam de falar, cada um tentando me convencer de que fora o outro que começou a briga. Virei subitamente para encarar os dois, que pararam bruscamente evitando encostar em mim.

– Vocês dois, façam um favor para os meus ouvidos e calem essas bocas ante que eu cole seus lábios com cola quente, sem dó nem piedade. – os dois ficaram quietos no mesmo instante. – Agora nós podemos, por favor, seguir até o ponto de ônibus em silêncio? O próximo que falar sofre.

Haley levantou a mão.

– Isso serve pra mim também? – perguntou ela.

– Não, Haley. Desde que você não converse com as duas crianças, fique a vontade.

Demos dois passos e eu ouvi Charlie cantar baixinho:

– Vaca amarela, cagou na panela...

Conti um riso. Dois segundos depois, senti uma cutucada no meu ombro direito. Olhei para trás e Peter me chamava.

– Ele cantou, você não vai fazê-lo sofrer? – perguntou o filho de Zeus.

– Não ouvi nada – menti.

Virei para a frente e ouvi uma risadinha e um tapa. Revirei os olhos. Garotos.

Chegando no ponto de ônibus, sentamos no banco e todos continuaram quietos. Fiquei com vontade de tirar meu mp3 da mochila (Sim, eu tenho um. Que se danem as regras) e ouvir uma música pra me acalmar, mas eu tinha que tirar essa conversa a limpo.

– Peter, e somente Peter, me conte sua versão da história, do que aconteceu no estacionamento. - pedi

Ele deu um sorrisinho que exibiu seu aparelho faltando duas borrachas e começou a falar. Disse que Charlie tinha o ameaçado caso ele tentasse ser meu amigo e como ele disse que não ia sair de perto de mim por causa de Charlie (acrescentando que ele não tinha medo daquele mero filho de Hefesto) e Charlie o atacou. Então ele tentou se defender, sem sucesso, levou um soco na boca do estômago e lançou um raio em Charlie para o garoto parar de espancá-lo.

Charlie negava com a cabeça, mas não interrompeu a narrativa de Peter nem uma vez sequer.

– Charlie, sua vez agora. – disse.

– O que realmente aconteceu – disse Charlie – foi o seguinte.

Então ele me contou que Peter começou a provocá-lo, obviamente com raiva do beijo que ele me deu. Então Peter tentou acertá-lo com um soco e ele se desviou. Quando Peter perguntou se ele não era homem o suficiente pra brigar com ele, seu ego falou mais alto e Charlie o atacou, acertando um soco no estômago de Peter e o derrubando. Assim que o garoto caiu no chão, ele parou de atacar, mas mesmo assim Peter convocou um raio que o acertou em cheio (explicando o cheiro de queimado). A partir daí, ele não lembrava de mais nada.

Olhei para Peter e para Charlie. Eles estavam praticamente idênticos. Ambos estavam com os cotovelos apoiados nos joelhos, as costas arqueadas, suas mãos pendendo entre suas pernas. Ambos estavam de olhos arregalados e com a boca ligeiramente franzida.

– Haley, você pode confirmar para mim qual dos dois fala a verdade? –pedi.

Ela assentiu.

– Eu sabia que você não conseguiria decifrar essa sozinha, então eu prestei atenção em ambos durante as explicações e depois delas. Bom, vou logo dizendo que a versão verdadeira é a de Charlie. Peter mente com extrema facilidade, e durante a história toda cometeu apenas um pequeno deslize emocional, querendo que fosse exatamente aquilo que tivesse acontecido. E enquanto ele falava, Charlie negou com a cabeça. Peter não negou nenhuma vez. Então, Peter... me desculpe, mas a sua versão da história está errada. – disse ela, um tanto satisfeita.

Peter ficou com a expressão dura, e Charlie relaxou. Enquanto o ônibus não chegava, resolvi pegar meu mp3 para desconectar-me do mundo. Coloquei os fones e apertei play, recostando-me no muro que uma vez fora azul. Batidas secas e ritmadas começaram a ecoar. A minha música preferida estava começando (http://www.youtube.com/watch?v=Sv6dMFF_yts). Depois do quarto tempo da música, um piano começou a tocar junto, e uma voz masculina começou a cantar.

Give me a second, I..

I need to get my story straight,

My friends are in the bathroom getting

Higher than the Empire State,

My lover, she is waiting for me

Just across the bar

My seat’s been taken by some sunglasses

Asking ‘bout a scar, and…

I know I gave it to you months ago,

I know you’re trying to forget

But between the drinks and subtle things

The holes in my apologies, you know

I’m trying hard to take it back

Eu não consegui segurar. Era mais forte do que eu. Comecei a cantar baixinho, acompanhando a música.

So if by the time

The bar closes

And you feel like falling down

I’ll carry you home

Peter roubou um dos meus fones de ouvido e começou a cantarolar comigo.

Tonight

We are Young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Tonight

We are young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Haley juntou-se ao nosso coral e cantou com a gente. Charlie tirou meu gorro da mochila e colocou no chão, como uma brincadeira. Eu, Peter e Haley levantamos para cantar.

Now I know that I’m not

All that you got

I guess that I

I just thought

Maybe we could find new ways to fall apart

But our friends are back

So let’s raise a toast

Cause I found someone to carry me home…

Nesse momento, pessoas começaram a olhar estranho para nós. Algumas pararam, outras riram, um cara até parou para filmar. Cinco dólares caíram no meu gorro.

Tonight

We are young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Tonight

We are young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Estávamos parecendo três loucos na calçada, berrávamos o mais alto que podíamos. Charlie estava morrendo de rir no banco. Peter estava com os olhos brilhantes e um sorriso enorme no rosto. Nessa parte da música, eu e Haley cantamos sozinhas, eu fazendo a primeira voz e ela a segunda.

Carry me home tonight

Just carry me home tonight

Carry me home tonight

Just carry me home tonight

Agora Peter cantava sozinho, enquanto eu e Haley cantarolávamos ao fundo.

The moon is on my side

I have no reason to run

So will someone come and carry me home tonight?

The angels never arrived

But I can hear the choir

So will someone come and carry me home?

Eu e Haley voltamos a cantar com Peter.

Tonight

We are Young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Tonight

We are young

So let’s set the world on fire

We can burn brighter

Than the sun

Peter cantou os últimos versos sozinho, e pessoas se acumularam na calçada, rindo e filmando.

So, if by the time

The bar closes

And you feel like falling down

I’ll carry

You home

Tonight.

A música acabou e nós três começamos a bater palmas e gritar como escandalosos. As pessoas riram mais um pouco e começaram a se dispersar. Um casal de idosos jogou 50 dólares no meu gorro, e eu sorri e agradeci muito. Nesse momento nosso ônibus parou no ponto e subimos. Meu mp3 começou a tocar No Matter What, do Papa Roach. Sentei-me ao lado de Charlie, enquanto ele contava o dinheiro que havíamos ganhado, e Peter sentou-se ao lado de Haley, os dois ainda rindo do acontecido. Dividi o fone com Charlie quando a música começava (http://www.youtube.com/watch?v=ktWIawYjaEY).

I need you, right here

By my side

You’re everything I’m not

In my life

We’re indestructible

We are untouchable

Nothing can take us down tonight

You are so beautiful, it should be criminal

That you could be mine

Arrisquei cantar baixinho.

And we will make it out alive

I’ll promise you this love will never die!

Charlie deu um sorriso.

No matter what, I got your back

I’ll take a bullet for you if it comes to that

I swear to God that in the bitter end

We’re gonna be the last one standing

So believe me when I say

You’re the one

They’ll never forgive us for the things

We’ve done

Ele arriscou umas frases, e depois começou a cantarolar comigo. O sorriso não deixou seu rosto por nenhum momento.

And we will make it out alive

I’ll promise you this love will never die!

No matter what, I got your back

I’ll take a bullet for you if it comes to that

I swear to God that in the bitter end

We’re gonna be the last ones standing

We’ll never fall, we’ll never fade

I promise you forever and my soul today

No matter what, until the bitter end

We’re gonna be the last ones standing.

Ele olhou para mim, sorrindo. E sussurrou:

– Oitenta dólares!

Ele não podia estar sorrindo o tempo todo por causa disso, podia? Guardou o dinheiro na sua mochila e voltou a cantar comigo.

And everybody said that we would never last

And if they saw us now I bet they’d take it back

It doesn’t matter what we do or what we say

Cause nothing matters anyway!

No matter what, I got your back

I’ll take a bullet for you if it comes to that

I swear to God that in the bitter end

We’re gonna be the last ones standing

We’ll never fall (we’ll never fall)

We’ll never fade (we’ll never fade)

No matter what, until the bitter end

We’re gonna be the last ones standing.

A música acabou, assim como a bateria do meu mp3. Xinguei o aparelho mentalmente e guardei-o na mochila. Recostei a cabeça no banco e fechei os olhos. Eu estava quase adormecendo quando senti o braço que separava as duas poltronas sendo levantado e meu cinto sendo delicadamente retirado de mim. Fui puxada para os braços de Charlie. Eu estava acordada, mas fingi que estava dormindo para aproveitar o momento. O abraço dele era tão bom que...

– Stef, vamos, acorda! – sussurrou Charlie. – Chegamos.

Eu acordei assustada, ainda nos braços dele.

– Seu idiota, não brinca comigo, eu estou com sono – respondi. – Quero dormir até chegarmos no próximo ponto, daqui umas três horas e meia.

Ele sorriu delicadamente.

– Essas três horas e meia já passaram, Stef. Acabamos de chegar – respondeu ele.


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Notas finais do capítulo

gostaram? mandem rewiews com elogios!
não gostaram? me critiquem nas rewiews!



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