Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson


Capítulo 14
Um Novo Amigo


Notas iniciais do capítulo

eu sei que demorei e vocês tem todo o direito de querer me matar. mas por favor não façam isso por que senão não vou poder mais postar sds a não ser que o tio Hades tenha internet, mas não quero ir pra lá pra descobrir ;)



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Eu fiquei boquiaberta por algum tempo diante da camiseta de Peter. E teria ficado assim por muito mais tempo se ele não me interrompesse.

- Stef? – chamou Peter – Posso te chamar assim né? O que aconteceu?

Recuperei-me e olhei-o antes de falar.

- Desculpe Peter – disse eu – foi um choque, sempre quis ser salva por um herói de desenho – menti. Eu não confiava nele o suficiente para contar sobre meu sonho.

- Ah, certo. Cara, você teve muita sorte – disse ele. – Eu estava voando por aqui, indo pro meu esconderijo quando vi você quase ser atropelada. O carro estava tão rápido que se você fosse atingida... bom, não restaria esperança pra você.

Senti o rubor invadir minhas bochechas.

- Enfim, temos que continuar nos movendo, logo seremos atacados. Somos dois filhos dos três grandes. – disse Peter

- Não, jura? Eu nem desconfiava! – disse.

Rimos por um momento e logo nos levantamos para ir embora.

- Ei, vamos até este restaurante? Você precisa se alimentar antes que desmaie – disse Peter.

- Claro – respondi. – Hã, você pode pagar para mim? Estou sem minha mochila – pedi envergonhada.

- Claro garota. Vamos entrar, assim podemos conversar mais.

Eu nunca havia experimentado comida mexicana, mas acabei adorando. Comi Jalapeño. Minha garganta ficou queimando, por que eu nunca havia comido pimenta na vida. Peter riu de mim e me alcançou um copo de água, pra amenizar a dor enquanto ele pedia um sorvete de baunilha para mim. Ele me informou que Leite é melhor do que água para diminuir o ardor da pimenta. Assim que o sorvete chegou, ataquei-o com voracidade. Eu estava prestes a soltar fogo pela boca. Realmente o ardor passou e agradeci a Peter pela dica e pelo sorvete.

Assim que terminamos a refeição, Peter pagou a conta e saímos. Fomos andando pela calçada até que lembrei-me do que tinha que fazer.

- Hã, Peter, receio que tenhamos que nos despedir agora – disse a ele com uma expressão triste.

- Por que? – ele perguntou desesperado.

Olhei nos seus olhos azuis e ele sustentou meu olhar, a dor estava visível em sua expressão.

- Porque eu tenho que encontrar meus amigos e prosseguir com a minha missão. Tenho que salvar o mundo.

- Me deixe ir com você! Eu salvei sua vida e paguei seu almoço hoje,  deixe eu pelo menos te acompanhar! Eu lhe dou uma carona –pediu ele.

- Tudo bem – suspirei feliz. Eu queria mesmo companhia.

Ele sorriu.

- Então – disse Peter – onde você deve ir?

Expliquei a Peter rapidamente. Ele me guiou até um beco vazio e me colocou em suas costas. Passei as mãos por baixo de suas axilas e segurei em seus ombros, de modo que eu segurasse em seus ombros e me sentisse segura. Passei minhas pernas pela frente das suas e ele segurou na dobra do meu joelho. Quando se assegurou de que eu não iria cair em pleno voo, ele disparou para o céu, fazendo o ar fugir de meus pulmões. Ele alcançou uma altura suficiente para visualizar a cidade e disparou. Eu fechei os olhos, implorando para que Zeus não me matasse por estar voando.  Encolhi-me nas costas de Peter e coloquei o queixo em seu ombro, de olhos bem fechados. Senti-o ficar arrepiado quando virei o rosto para evitar o vento e meus lábios tocaram seu pescoço.

Poucos minutos depois, ele apertou minha perna o suficiente para chamar a minha atenção. Abri os olhos e encontrei seus olhos encarando meu rosto.

- O que foi, Peter? – perguntei.

Ele estava encantado com alguma coisa. Seus olhos estavam brilhando, como os olhos de uma criança quando ganha um brinquedo que queria.

- Tão... tão linda... – gaguejou ele.

Olhei incrédula para ele.

- O que? – perguntei incrédula.

Ele piscou e voltou ao normal.

- Desculpa – disse ruborizado – Eu quis dizer que estamos chegando.

Percebi angústia na sua voz.

- Ah, tudo bem então – disse.

Refleti alguns instantes sobre o que ele disse. Eu não me considerava linda. Chacoalhei a cabeça e afastei esse pensamento. Eu precisava me focar em encontrar meus amigos.

Peter pousou em um beco ao lado do shopping e eu me desvencilhei dele.  Eu estava prestes a prosseguir e encontrar Haley e Charlie quando Peter segurou meu pulso e me puxou. Ele me deu um abraço apertado e agradeceu por deixá-lo vir junto. Nos dirigimos ao shopping e eu quase disparei em direção ao playground. Fui em direção aos armários antes de procurar pelos dois. Cheguei ao armário número 15 e dei um tapa na porta. Peguei minha mochila e fechei o armário, virando-me para Peter.

- Ok, vamos lá – disse eu.

Peter estava vidrado nos brinquedos. Revirei os olhos. Estalei os dedos na frente dos seus olhos.

- Peter, preste atenção em mim – pedi.

- Claro, diga Stef.

- Temos que encontrar meus amigos. Procure por Haley, uma garota mais ou menos da minha altura, de pele morena e com um gorro azul na cabeça. Ela é meio estranha e anda quase saltitando. Deve estar jogando algum jogo de proteger a natureza ou algo do tipo. Eu vou procurar Charlie. Assim que a encontrar, por favor me espere em frente ao armário de número quinze. Não se perca nos brinquedos, temos que sair logo daqui. É uma questão de vida ou morte, pra falar a verdade.

Ele assentiu.

- Entendi. Não temos tempo a perder então.

Dei um breve sorriso e virei as costas para o filho de Zeus. Eu tinha que procurar Charlie e cair fora daquele lugar. 


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Notas finais do capítulo

espero mesmo que tenham gostado. mereço rewiews depois dessa demora toda?



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