Você Se Lembra? escrita por Samantha Grace


Capítulo 17
A maior promessa de todas


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE! Eu nem ia postar hoje, mas eu terminei de estudar química mais cedo, então resolvi vir aqui! A pedido de várias leitoras, esse capítulo vai falar de Liper e vai ser narrado pelo nosso lindjo Leo Valdez U.U Aviso: ele dá uma de filho de Hermes nesse capítulo.
ENJOY!



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– Obrigado, Connor. Aqui estão seus dracmas. – Leo estendeu a mão com as moedas douradas.

– Não há de que. Agora, será que eu posso saber porque você precisa de uma cesta e uma toalha de piquenique?

– Er...o Frank pediu. Ele vai fazer um piquenique de almoço com a Hazel.

O filho de Hermes cruzou os braços.

– E por que ele mesmo não veio aqui pegar a cesta e a toalha?

– Porque...- ele tinha de pensar em alguma desculpa – Ele vai fazer uma surpresa para ela, e para Hazel não desconfiar ele me mandou aqui. Posso ir agora ou ainda tem mais alguma pergunta desse seu interrogatório?

– Pode ir. Espero que ele goste. Só diga que não quero nenhum arranhão ou sujo nessas coisas, ouviu? Eu e meu irmão alugamos para outros campistas que querem ter tardes românticas ou sei lá o que. Temos uma imagem a zelar e não podemos alugar coisas danificadas.

– Ok. Vou avisar.

Leo se retirou do chalé 11. Imagem a zelar? O “escritório” deles era um chalé cheio pilhas de roupas sujas e que cheirava a meias suadas. Se aquela era a imagem deles, uma manchinha na toalha de piquenique não vai fazer mal algum. Ele pegou a lista que estava em seu bolso.

Distrair Piper – ok

Pegar cesta e toalha de piquenique com os Stolls – ok

Ir à cozinha para arranjar comida

Só faltava um item. Ele se dirigiu para a cozinha. Quase nenhum campista ia lá, só quando ficava de castigo e ia lavar os pratos após o jantar. Para falar a verdade, ele não tinha permissão para ir lá, nem sabia onde era. Leo estava se esgueirando atrás de colunas, seguindo duas ninfas. Elas conversavam alguma coisa sobre agrotóxicos e Pã. O filho de Hefesto só queria que elas andassem mais rápido, estava cansado de ficar agachado e tinha a impressão de que poderia cair e estragar seu disfarce a qualquer momento. Por sorte isso não aconteceu. As ninfas entraram na cozinha, deixaram os pratos que carregavam e se retiraram. Ele esperou um minuto para ter certeza de que estava sozinho. Suspirou de alívio e se levantou.

Todos imaginavam que a cozinha do Acampamento Meio Sangue tinha conexões com a magia dos deuses, algo do tipo. Era bem grande, mas ao mesmo tempo bem simples. Vários fogões, armários grandes e muitas pias. Com certeza as ninfas tinham muito trabalho para providenciar que todos ficassem satisfeitos no jantar. Ele prometeu a si mesmo que ia comer menos de agora em diante, talvez assim elas tivessem menos trabalho.

Leo olhou para o relógio. Tinha que correr, havia marcado com Piper às três horas no lago. Vasculhou com olhos até encontrar o que queria. Dirigiu-se para a enorme dispensa. Ele havia se preparado para que estivesse trancado. Foi logo tirando suas ferramentas dos bolsos. Tocou na porta de metal e girou a maçaneta, sem esperança. Clic. A porta se abriu facilmente. Não estava trancada, nada pulou no rosto dele, nenhum alarme foi acionado. Nenhuma câmera de vigilância a vista. Hesitante, ele entrou.

Ali havia a maior quantidade de comida que Leo já havia visto. Biscoitos, macarrão, salgadinhos e muitas outras coisas. Ele tinha de ser cauteloso, pegar a menor quantidade possível para que ninguém percebesse. Dois pacotes de biscoitos, alguns pacotes de salgadinhos. Saiu da dispensa e entrou no refrigerador. Ele não acreditava que houvesse refrigerante ali, já que os copos se enchiam magicamente com o que lhes fosse pedido. Mas havia refrigerante lá. Coca cola, para ser mais exato. Talvez Grover guardasse ali para comer as latas depois que alguém bebesse. Havia um engradado aberto. Leo pegou duas. Já ia saindo quando viu algo que chamou sua atenção. Garrafas de vinho. Sr. D estava quebrando as regras que Zeus impôs? Leo riu baixinho e balançou a cabeça. Seria difícil guardar segredo daquilo. Mas ele tinha de fazê-lo, a não ser que estivesse com muita vontade de ser trucidado por um monte de videiras.

Ele saiu do refrigerador e sorrateiramente se retirou da cozinha. Quando chegou ao pavilhão do refeitório percebeu que estava prendendo a respiração. Olhou para o relógio em seu pulso. Faltavam sete minutos para as três horas. Ele começou a caminhar. Chegou rapidamente ao lago. Não havia ninguém lá. Quíron estava promovendo muitos campeonatos durante esses dias, hoje era o campeonato de esgrima. Pelo que Leo soube, Clarisse estava acabando com todos e Annabeth também. Uma luta das duas na final seria a coisa mais emocionante que acontecia no Acampamento desde a guerra.

De repente ele sentiu beijos em seu pescoço, que foram subindo para sua bochecha. Ele sorriu e se virou, selando seus lábios com os de Piper.

– Oi, meu amor. – ela falou, encostando a testa na dele.

– Oi. Vamos?

– Pra onde? Você nunca me conta as coisas.

– Se você olhar pra minha mão, dá pra saber onde a gente vai.

Ela baixou o olhar.

– Um piquenique?! Que legal, Leo!

– É, mas toma cuidado pra não danificar a cesta e a toalha, porque segundo o Connor os Stolls tem uma “imagem a zelar com seus produtos” – ele imitou Connor, fazendo-a rir.

– Ok, eu tomo cuidado. Agora vamos, eu to com fome!

Ele pegou sua mão eles caminharam para a floresta. Sempre que iam se encontrar, iam para lá. Era o único local em que tinham total privacidade. Era um morro em que não havia árvores, mas era longe o suficiente para que ninguém os visse. Ele estendeu a toalha e a ajudou a se sentar. Tiraram as coisas de dentro. Ela enfiou um biscoito na boca dele.

– Que é isso?! Eu nem pedi! – ele falou, tentando mastigar o biscoito que fora colocado de uma vez na sua boca.

– Você tá sempre com fome, acha que eu queria que meu namorado passasse fome?

Ele engoliu o biscoito recheado de baunilha. Derrubou-a na toalha e ficou encima dela.

– Quem disse que eu sou seu namorado?

– Você. Ontem mesmo, para ser mais exata.

– Eu disse? Não me lembro. – ele estava zoando com ela.

– Tá bom! Então eu vou anunciar por aí que eu não tenho namorado. SEMIDEUSES ESCUTEM! EU, PIPER MCLEAN, ESTOU SOL... – ele tapou sua boca de uma vez.

– Que é isso?! E eu?!

Ela começou a falar, mas não dava entender nada porque ela tinha uma mão tapando sua boca. Leo tirou para poder escutar.

– Você mesmo acabou de dizer que não era meu namorado, seu idiota! Está sendo contraditório demais. Decida-se!

– Ok. – ele fez uma careta, como se estivesse pensando – Só pra não te deixar a mercê dos outros campistas safados que tem aqui...

– Você é um idiota, Valdez.

– E eu te amo. – ele beijou-a, coisa que nunca cansava de fazer.

Ela passou os braços ao redor do pescoço dele e começou a mexer nos cachos do garoto. Ao mesmo tempo em que estava muito feliz de estar com a melhor garota do mundo, ele sentia muita raiva. Não de Piper, ele a amava! Ele sentia raiva de Hera. Aquela desgraçada havia separado os dois, que estavam destinados a ficarem juntos. Vai ver ela recalcada porque Zeus a traía com mortais, e ai queria separar os outros que estavam felizes. Tudo bem, Leo estava sendo injusto. Ela também havia separado o Percy e a Annabeth, a Reyna e o Jason. E havia sido por uma causa maior. Sem isso, eles provavelmente estariam todos mortos agora, isso porque os outros deuses não quiseram levantar um dedo para deter Gaia. Ele tinha de parar de culpá-la. E no fim das contas ele e Piper estavam juntos, não é mesmo?

Os beijos da filha de Afrodite o tiraram de seus devaneios. Ela estava sentada em seu colo, as pernas ao redor de sua cintura. As mãos de Leo subiam e desciam nas costas dela. O cheiro de baunilha da pele dela era o melhor perfume do mundo. Os lábios de Piper eram macios. Havia alguma coisa que não fosse perfeita nela?

– Ei. – ele sussurrou em seu ouvido.

– Oi.

– Nunca vá embora, tá? Nunca.

– Você vai atrás de mim?

– Em qualquer lugar que você estiver.

– E eu também vou atrás de você, tá?

– Isso é uma promessa?

Ela olhou em seus olhos.

– A maior de todas.

O casal se separou e enfim começou a comer. O restante do piquenique foi bem divertido. Ao final da tarde, eles recolheram as coisas e voltaram para onde os outros semideuses estavam. A fogueira havia começado mais cedo por algum motivo. Sentaram separados para que ninguém notasse. Leo torcia para que seus lábios não estivessem tão vermelhos quanto os de Piper. O cabelo dela estava meio bagunçado também. Os outros campistas estavam cantando animadamente várias músicas. Hoje era quarta feira. O dia da música livre, como eles apelidaram. Quíron apareceu e bateu a pata, pedindo atenção.

– Campistas, estou aqui para informar que amanhã teremos uma excursão ao Olimpo.

O fogo se iluminou mais. Os campistas começaram a cochichar animadamente entre si.

– Partiremos às nove da manhã. Como já sabem, quem aprontar alguma coisa será severamente punido pelos próprios deuses. Tentem não arrumar confusão.

Leo olhou para Piper. Ele teve uma sensação estranha. Por alguma estranha razão, ele tinha certeza de que eles dois nunca esqueceriam aquela excursão.



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Notas finais do capítulo

Por que será que o Leo teve essa sensação estranha, hein? SUSPENSE PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO MOAHAHAHA! Reviews?



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