Aparências escrita por Tahii


Capítulo 26
The End


Notas iniciais do capítulo

Certo, aqui estamos com o final.
Gente, bom.... Cara, eu não sei o que falar. É tanta coisa! Primeiro: Chegamos a 1048 reviews, e eu... Eu nunca conseguiria imaginar uma coisa tão maravilhosa dessas, ok? Sem vocês essa fanfic não seria nada, nada, nada! Então MUITO obrigada por tudo! E também obrigada Dudagatinha, Leitoorinha HP e PeenyLee pelas lindas recomendações, fizeram do meu dia um arco-íris.
Eu demorei para postar por que minha net deu piti nervoso hoje.
Pra falar a verdade, eu passei dias pensando em como fazer esse capítulo para tentar não decepcionar ninguém. Eu não teria a coragem de fazer uma boloreira dessa e passar 19 anos. Não teria. Então eu passei apenas 4 anos.
Eu, la no começo da fic, nunca imaginei que daria certo essa ideia de quarteto amoroso e as outras coisas que aconteceram. Eu não achei que fazer a Dominique daquele jeito mesquinho dela virar uma pessoa legal, fazer com que a Rose conseguisse fazer algo errado, fazer Scorpius se apaixonar, fazer James filosofar SAHUSAUHUSA'' Eu não sabia que daria certo. Mas vocês me provaram que deu. E eu, cara, eu agradeço por que essa foi a minha primeira fanfic aqui no Nyah e... Wow. E agora ela é tudo isso, não é?
Eu tinha bolado tudo para falar aqui, sem deixar nada para trás. Mas eu me perco quando choro.
Tenho que agradecer a todas as leitoras lindas que comentaram em cada capitulo dessa fanfic, tenho que agradecer as que recomendaram e tenho que agradecer a todas as leitoras que eu não tive a oportunidade de conhecer. Mas saibam que todas vocês estão no meu coração ♥
Me pediram para fazer uma segunda temporada, mas eu infelizmente não vou fazer por que não tem uma ''continuação'' para tudo isso que fiz. Não conseguiria narrar outra geração além dessa (tira-se por ai a minha dificuldade em I Miss You) e não conseguiria embolar tudo de novo. Então sinto muito. Não farei epilogo também, por que todos sabem o que vai acontecer daqui por diante. Malfoy = sonserina, Weasley e Potter = Grifinória. Então, meus queridos, é isso ai.
Não sei se perceberam, mas eu falo demais, demais, demais. Mas... Sei la, cara. Eu tive tantas crises de choro nesses últimos capítulos, saber que a minha baby esta acabando. Tudo bem, que eu planejo esse fim desde o dia em que postei mas... É estranho, definitivamente estranho. Eu tenho que falar, chorei muito no fim de cada POV por que eu não vou conseguir fazer eles tão ''awn'' em outra fanfic. E falando em personalidade, obrigada a todos que la no começo não desistiram da fic que todos julgavam ser ''embolada'', nem da Dominique e do James, que todos julgaram serem ''traíras''.
Obrigada pelo apoio!
Obrigada por lerem!
Obrigada por tudo!
Vocês moram no meu coração eternamente ♥
Espero que gostem desse capitulo!
Beeijos,
Taahii ♥



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4 anos depois...

P.O.V Dominique Weasley.

—ENTÃO QUER DIZER QUE O PAPAI TA EM CASA? -Berrou o pequeno Luke e eu bati em minha própria testa. Para uma criança de três anos ele é muito atentado. -ME DEIXA IR VER ELE, MAMÃE, POR FAVOR.

—Para de gritar, Luke! -Mandei e ele me olhou com olhinhos de cachorrinho pidão. -Seu pai chegou às cinco e meia da manhã e esta cansado! Ou você acha que sair matando criminosos é uma coisa fácil?

—Vovô Harry disse que é fácil para quem é experiente. -Olhou para baixo e eu bufei de raiva. Ele era uma cópia de James, tinha o cabelo castanho claro (por minha causa), olhos verdes e com certeza o dom de me deixar furiosa. -E ele disse que papai é experiente. -Maldita hora em que eu expliquei o que James fazia da vida. -ENTÃO EU VOU VER O MEU PAPAI! -E saiu correndo escada acima. É eu interditando a escada é a mesma coisa de segurar uma placa falando ''Pode subir, eu deixo''.

E aquele garotinho quase voou a escada. Entrou com tudo no quarto do pai e viu ele com Jenny em cima de sua barriga. Luke morre de ciúme da irmã mais nova, por que segundo o próprio ''esquecemos-nos dele quando ela esta por perto''. E devo dizer, que tanto para eu quanto para James, que tanto Luke quanto Jenny são nossos xodós.

Porém eu sou mais apegada ao Luke, por ele ser homem, mas ele é apegado ao pai, que é apegado a Jenny, que é apegada a ele. Ou seja, só mamãe sai perdendo aqui.

—Não é justo. -Resmungou fazendo uma caretinha de raiva para mim. -Por que ela pode e eu não?

—Por que ela tem um ano e você faz mais barulho do que carnaval! -Sussurrei fazendo uma careta pra ele também.

—Carnaval? Ele faz mais barulho do que Hogwarts inteira. E Hogwarts ganha de carnaval. -Disse James se despreguiçando na cama ainda tendo Jenny em sua barriga. Passou a mão no rosto algumas vezes e abriu os braços para o filho, que praticamente pulou no meu pobre marido.

—Acordou o seu pai, feliz? -Indaguei fazendo cara de brava enquanto ia até eles.

—Na verdade eu acordei na hora em que levantou. -Era visível de que Luke segurava a risada. -E depois a Jenny veio aqui engatinhando com o ursinho de pelúcia dela e se acomodou na minha barriga. Desde então eu estou acordado.

—Então não foi necessariamente eu que acordei ele, mamãe. Foi a senhora. -Bufei de raiva por ele estar certo. E James? Bom, ele deu um daqueles famosos risos misturado com bocejo matinal.

—Ele tem razão. -Meu marido definitivamente não presta para me defender. O encarei por no mínimo cinco segundos e desviei o olhar. -Brincadeira, meu amor. Você sabe que eu te amo. -Fez força para se levantar, porém não foi cuidadoso o suficiente para Jenny não acordar. Essa pequena garotinha era um anjo, o que eu achei estranho já que ela é minha filha! E o pior, filha do James. Ela é toda loirinha e tem olhos claros, é uma miniatura minha. -Nosso bebe acordou, Nique. Awn, bom dia filha.

—Pa...Pa-pai. -E gargalhou, uma gargalhada gostosa que divertiu James. Ele fica bobo perto dela. -Mam... Mam... Ma-mãe. -Dei um sorriso vitorioso para meu marido, que deu Jenny para mim já tendo Luke em cima de si.

—Hoje nós vamos para a casa da bisa? -Perguntou Luke e James assentiu. -Ótimo, quero comer a macarronada dela já que a da mamãe não é la grandes coisas, se é que me entende.

—JAMES! FAZ ALGUMA COISA COM O SEU FILHO! -Berrei me levantando furiosa e encarando o pequeno com os olhos estreitados.

—Se ele estivesse mentindo... -Pai e filho riram e então eu dei meia volta e sai pisando firme até a porta, onde fui segurada por em volta de minha cintura e o pequeno no meu pé, literalmente. -Você sabe que nós te amamos, meu amor. -Me beijou nos encostando o máximo tendo Jenny em nosso meio.

Sinceramente, não sei como tia Gina conseguia viver sem tio Harry por perto. Auror, a pior profissão do mundo. Bem que James poderia estar jogando nos Chudley Cannons, seria tão bom. Não, não seria não. Deixa do jeito que esta. Mas que eu sinto falta dele, com certeza sinto.

—Campeão o que você acha de deixar eu e a mamãe sozinhos uns minutinhos? -Indagou James me olhando travesso.

—Se esses seus ''minutinhos'' for meia hora ou quarenta minutos eu acho uma péssima ideia. Por que da ultima vez que isso aconteceu, a Jenny nasceu. E eu não quero outra Jenny. -Disse fazendo um rostinho engraçado, fazendo com que eu e James ríssemos. Nosso filho já tem noção das coisas.

—Então vamos nos trocar e vamos para a casa da bisa. -Propôs James, fazendo com que Jenny quisesse o chão e Luke saísse do quarto. -Temos uns minutinhos, meu amor.

—Sai fora, você ouviu seu filho, ele não quer outra Jenny. -Entrelacei meus braços em seu pescoço e senti mãos me impulsionando para cima.

—Ele não precisa ter outra Jenny. -Anos podem ter se passado, mas eu acredito cada vez mais na hipótese de que tudo o que foi no passado, não vai mudar tanto no futuro.

(...)

P.O.V James Sirius Potter.

—Abre a boquinha pro papai, vai, fala aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. -Alvo abria a boca para o filho, que fazia questão de olha-lo com tédio. -Não quer abrir? Então não abre, ora essa. QUERIDA, NOSSO FILHO NÃO QUER COMER NADA! ELE VAI FICAR ANORÉXICO!

—Alex, você tem toda a razão! Não faça o que ele manda! Desafie ele. -Disse para meu sobrinho dando um bom exemplo para ele. O coitadinho só é forçado a comer, ele vai acabar ficando gordo desse jeito.

—Então eu tenho que fazer isso com você também, papai? -Perguntou Luke meio avoado das coisas.

—Chupa essa, bobão! -Gargalhou Alvo tendo a comida derrubada na sua camisa, parando de rir imediatamente. -Eu mereço mesmo.

—O senhor, Luke, tem que é fazer o que eu e a mamãe mandamos! -O encarei fingindo estar bravo, mas logo ele veio em meus braços. -Você não tem jeito, né moleque? Já deu oi pra sua bisa? E para o Jean? Nós dois sabemos que você ama o Jean.

—Sai fora pai. -E o mesquinho até pulou do meu colo indo para a bisa dele.

Todos estavam aqui. Molly e Fred se casaram e tiveram o Henrrique, que tem dois anos. Lucy casou com Lysander Scamander e esta grávida de seis meses. Louis arrumou uma francesa e ficou de vez em Paris, se eu não me engano ele tem dois filhos homens, Kaio e Jordan. Roxanne, a encalhada da vida, casou-se com Lorcan e teve a minha bela afilhada, Jasmine. Estou esquecendo de alguém? Ah sim. Lily e Hugo estão no lenga-lenga, mas Lily esta grávida e o casamento esta marcado para daqui dois meses. Vida dura.

Para completar a família só falta Rose. Mas desde o dia do casamento ela e tio Rony não querem saber um da existência do outro. O único que se comunica com eles é Alvo, e é claro Julie. Por que o resto... Ainda não aceita muito bem o fato de ela estar com um Malfoy.

—Pensando em que? -Mamãe veio por trás de mim me encostando na pia.

—Nada não. -Deu um beijo suave em minhas costas e eu virei vendo-a ir atrás de alguma das crianças que iam pra la e pra cá na'Toca. -Não corram assim, vocês podem se machucar.

—Falando assim, até parece que você não me deixava louco correndo atrás de você para ter certeza que não ia cair e se ralar todo. -Papai me arrastou para fora, fazendo-me sentar na mesa que vovó sempre coloca la fora quando a família inteira vai. -Sabemos que Luke é seu filho, tem as mesmas atitudes que você.

—Eu ficava com ciúme da Lily ou do Alvo? -Dei um riso para mim mesmo, Luke era uma figura quando se tratava de Jenny. Se bem que eu e Alvo éramos assim. Nos corroíamos quando Lily aprontava e papai ficava do lado dela, se bem que mamãe sempre esteve do nosso lado. E quem manda em casa é ela.

—Você queria matar o Alvo. -Afirmou tio Rony se sentando ao meu lado. -Lembro quando iam para a minha casa e você ia andando, Lily com a Gina e Alvo no colo do Harry. Você queria explodir meio mundo. Então ficava emburrado junto com... Rose. -Deu para notar que ele sempre ficava meio sem jeito ao falar dela, ainda mais por que anteontem fora seu aniversário.

—Rose era bem legal. -E era mesmo. Poderia ser reclamona, CDF, não gostar da maioria das coisas que eu fazia quando estudava (como dormir em cima dos livros), mas ela foi uma prima, namorada, irmã mais velha e mulher incrível na minha vida.

—Só não soube escolher. -Papai murmurou um ''Ron'' ao ouvir ele falar isso.

—Tio Rony, olhe... O importante não é se ela esta ou não esta com o Scorpius. O importante é se ela esta feliz com o Scorpius. Sabe... E se ela estivesse comigo como a anos atrás mas não estivesse feliz? Estivesse se lamentando por não ter ficado com quem ama? Eu não me perdoaria por magoá-la e nem mesmo por deixar Dominique. -Expliquei, mas ele já encarava o chão com os olhos ficando vermelhos.

—Ele insiste em tocar nesse assunto. -Papai falou ao ver que ele se levantou segurando lágrimas. -Não é uma pessoa flexível. E ainda mais... Ela nem... Nem...

—Ela não tem culpa, pai. -Dei um fim aquele papo ao ver que Jenny vinha engatinhando até mim. -Princesinha, assim você se suja toda. Não ''podi'' engatinhar na terra.

—Vô-vô. -E Dominique ainda fala que eu que fico bobo perto dela.

—Sai James, ela me quer. -Foi para o colo do meu pai, fazendo-me revirar os olhos.

—JAMES, VEM ME AJUDAR A FAZER O ALMOÇO! -Gritou mamãe e eu levantei indo até la onde estavam um bando de mulher falando de tempero e sei la o que.

Pessoas nunca mudam, isso é um fato. E com tudo isso que aconteceu nesses anos, aprendi que tudo é eterno enquanto dura. Por que depois, ou tudo piora ou melhora... Ou é apenas uma vaga lembrança que te tras ou felicidade ou tristeza. Sempre são duas opções. E cada um faz a sua escolha.

 

P.O.V Rose Weasley.

—Eu não acredito nisso, Rose! -Exclamou Scorpius perdendo a paciência comigo. Ele dirigia seu conversível azul mexendo nos cabelos de tão nervoso que estava. -Se eu pisar perto daquela casa é capaz deles me matarem, ta legal? Você quer me ver no chão, é isso?

—Para de drama, Scorpius. -Pedi e ele bufou de raiva.

Como anteontem foi meu aniversário, pedi de presente fazer as pazes com meu pai. E ele falou que ontem íamos, não fomos. Então obriguei ele vir comigo hoje. Não posso chegar sem ele la, não conseguiria ficar sem alguém para estar do meu lado.

—Drama? Rose, você não esta percebendo a gravidade da situação! O seu pai me odeia! Ele já me odiava antes daquilo, depois então... Minha querida, você nunca viu tanto ódio em uma pessoa. -Lexis dormia no banco de trás enquanto discutíamos sobre meu pai.

Freou o carro em frente a uma casa bem grande. Na verdade, ele parou bem longe da casa e eu o forcei a ir um pouco mais para frente. Dava para ouvir aquele som de família gigante. Tinha a famosa mesa que ficava la fora em todos os domingos que íamos almoçar na vovó, e o cheiro de comida que deixava qualquer um louco. Ta explicado a fome exagerada do meu irmão.

—Pronto. -Desligou o carro e pegou Lexis no colo. Colocou as pernas para cima do volante e acomodou nossa filha. -Vai la, salvadora de famílias destruídas. -Revirei os olhos e ele piscou para mim. -Eu fico aqui com ela, você resolve as coisas com ele e depois vamos tomar um sorvete. Né, Lexis?

—Eu gosto de sorvete, papai. -Disse com os olhinhos fechados.

—Não saia daqui. -Pedi abrindo a porta para sair, mas sendo puxada para lhe beijar. -Meu amor.

—Boa sorte. -Fechei a porta e respirei fundo. Era agora.

Fui lentamente até a mesa onde consegui fitar Alvo, que tinha a boca aberta. Sentia o olhar de Scorpius sobre mim e a pressão e ansiedade de estar ali de novo.

Faz quatro anos que tudo esta embolado, sem saída. E agora, eu estava disposta a resolver tudo mas tinha a certeza de que não seria fácil. Abaixei a cabeça e logo percebi que Alvo vinha em meu encontro, confortando-me em seus braços.

—O que faz aqui? -Perguntou ele olhando-me com os olhos arregalados.

—Resolver as coisas. -Um sorriso brotou em seus lábios e percebi que coisas boas não viriam.

—JAMES! ADIVINHA QUEM ESTA AQUI? -Berrou ele me puxando para mais perto da casa.

—QUEM? -Ele estava na cozinha, com certeza com o resto das mulheres.

—SUA EX-NOIVA! -Deu uma gargalhada gostosa e logo uma figura um pouco mais velha apareceu na porta vindo correndo em meu encontro. Seu abraço era uma coisa de quem não aguentava mais viver sobre a mesma tortura que a minha. Ser condenada pelas escolhas.

—MINHA IRMÃ? -Hugo veio em nosso encontro, juntando-se no abraço e logo todos os meus primos estavam junto a mim.

As criancinhas em volta nos olhavam estranhamente já que poucos ali sabem quem eu sou. As figuras mais velhas apareceram na porta, começando a desabar em lágrimas junto a mim.

Em todos esses anos, fiquei longe de minha mãe e meu pai, do meu irmão, de todos. Não tive coragem o suficiente para vir falar com meu pai sobre tudo isso, era muita coisa em minha cabeça. Muitas coisas aconteceram, como o nascimento de Lexis, meu verdadeiro casamento com Scorpius e é claro, meu trabalho incrível no ministério da magia.

—Ok, parem de sufocar ela. -Dominique afastou a maioria de perto de mim deixando apenas James.

—Ainda bem que voltou. -Seu sorriso fraco era a prova perfeita em que fiz a coisa certa em fugir com Scorpius. Se bem que a nossa fuga não foi grande coisa quando percebemos que podíamos ter feito aquilo o tempo todo e nem precisaríamos passar por tudo o que passamos. Fomos trouxas.

—Você sabe que... -Como de costume dos Potter, ele me interrompeu.

—Ele vai ter perdoar. -Assentiu e virou-se ao ouvir um choro de mulher vindo da porta da cozinha.

Minha mãe estava la, chorando baldes e oceanos por me ver novamente. Não me contive nenhum segundo em correr para seu braços em um abraço quase que asfixiante porém o abraço que eu mais senti falta em todos esses anos.

—Minha querida... -Sussurrou secando suas lágrimas. -Como você esta linda.

—Genética. -Piadinha que eu faço com o Scorpius, mas ainda vale quando o assunto é piada.

—E Scorpius? Sua filha? Alvo nos disse que agora eu sou vovó. -Sorriu me arrastando para dentro da casa e fazendo-me sentar no sofá, enquanto a maioria me cercava com perguntas e essas coisas.

—Scorpius e Lexis estão no carro. Ele praticamente me obrigou a vir sozinha por que... Você sabe. -Expliquei e ela assentiu segurando minhas mãos. -Pedi isso para ele de aniversário, vir ver vocês e tentar resolver as coisas. E ele me trouxe mas não esta muito animado para encarar vocês.

—Então a valentia só foi na hora da fuga? Isso é que é homem corajoso. -Ironizou uma voz grossa encostada a parede me fitando de um modo triste e bravo ao mesmo tempo. -Malfoy é tudo igual.

—Não fale assim. -Pedi e ele deu um riso sentando-se ao lado de minha mãe.

—Esqueci que agora você é uma deles. -Todos magicamente saíram da sala, só deixando eu, ele e mamãe.

—Por que faz isso? -Indaguei já sentindo meus olhos arderem.

—Você que começou. -Agiu como uma criança mal educada, mas mesmo assim o que ele falou não faz o mínimo sentido. Se não fosse ele com a história de '' Potter e Weasley'' nada disso teria acontecido.

Encaramos-nos por alguns segundos e logo me joguei em seus braços chorando tudo o que tinha para chorar junto a ele. Não era essa a intenção, fazer como uma criança de cinco anos que chora pelas desculpas do pai. Eu tinha amadurecido - mais do que antes, segundo Alvo - e aprendido que nada se consegue tão fácil na vida. Mas com meu pai tudo parecia ser difícil e fácil ao mesmo tempo, ele me confundia.

—Me desculpe papai. -Pedi abraçando-o.

—Tudo isso não vai ter volta não é? -Indagou ele e eu neguei com a cabeça. Percebi seu suspiro ao se separar de mim e me fitar carinhosamente. -Não tem com o que se desculpar. Se fosse sua mãe no seu lugar, nós faríamos a mesma coisa e até mesmo pior. Eu que peço desculpas por tentar... Mandar em você. -Nos abraçamos mais uma vez, mas desta vez em família. Eu, ele, mamãe e uns dois minutos depois, Hugo.

—Eu não sei vocês dois, mas eu quero conhecer a minha sobrinha. -Disse meu irmão todo sorridente cortando o clima tenso que estava na sala.

—É, pode ser. -Papai concordou receoso.

—Depois do coice que você levou do seu genro no casamento, duvido que queira ver a cara dele. -Brincou o ruivo deixando papai sério. -IÔÔÔN.

—Isso era pra ser um som de um cavalo? -Mamãe arqueou as sobrancelhas e meu irmão assentiu. -Rose, querida, vá buscar os dois.

—Tudo bem. -Levantei-me e segui meu caminho até o carro de Scorpius.

Ele ainda brincava com Lexis, o que me deixava feliz ao ver que minha filha era tão alegre. Eu consegui construir a minha família, e daqui a pouco seria a família que eu sempre quis ter.

Porém esta parecendo um conto enrolado, onde tudo começa a ir bem até que demais. E se eu aprendi uma coisa em todos esses anos é que: O destino sempre da um jeito de pregar suas peças, justamente quando estamos desprevenidos.

P.O.V Scorpius Malfoy.

—Papai, eu vou conhecer o meu vovô hoje? -Perguntou Lexis sentada em cima das minhas pernas que estavam no volante. Por mim eu não estaria aqui. Mas Rose consegue me convencer até mesmo quando eu prometo para mim mesmo que não vou ceder a ela. É impossível.

—Vai. -Respondi forçando um sorriso para a pequena. -Mas eu aposto que você vai achar o vovô Draco muito mais legal do que esse ai. -Meu pai tinha aceitado isso até que bem. Não sei o que aconteceu exatamente, mas ele e mamãe me deram apoio. O que eu achei definitivamente estranho. -Olha a mamãe ali! -Apontei para Rose que vinha sorridente até nós. Tinha dado certo, droga.

—Vamos? -Perguntou ela e eu neguei com a cabeça fazendo-a rir. Peguei Lexis no colo e tranquei o carro. Tentei me distrair com a minha filha enquanto íamos até a casa. Ela estava maravilhada com tantas pessoas desconhecidas em sua volta. Afinal, ela só conhecia o Alvo, o Alex, a Karen e a Julie dali. -Seja educado, Scorpius.

—Você deveria falar isso para o seu pai e não para mim. -Sussurrei e ela me deu um tapa no braço.

—Boa sorte la dentro, fodão. -Brincou Alvo recebendo um olhar mortal meu.

Entramos e la estava Hermione e Ronald sentados no sofá esperando por nós. Hugo já estava de pé encarando-nos sorrindo. Poupei minha voz em dizer algo, por isso esperei que Rose dissesse alguma coisa. Porém não disse.

Seu pai me encarava com fogo nos olhos e eu o encarava do mesmo jeito. Pelo andar das coisas, nada seria resolvido hoje. Demoraria muito mais do que apenas quatro anos.

—Ooooooi Lexis, eu sou o tio Hugo, irmão da sua mamãe. -Disse Hugo pegando-a de meus braços. -E aquele é o seu vovô Rony e a sua vovó Hermione. -Colocou-a no chão e ela ficou encarando Ronald. Olhou ele de cima a baixo e o velho logo percebeu a pequena criatura lhe olhando.

—Oi vovô. -Fez um balanço com a mão e sua voz saiu mais doce do que o normal. Com certeza ela não superou as expectativas de Ronald, ele queria uma neta ruiva e não loira. Pra falar a verdade, ele não queria que o sangue Malfoy corresse em suas veias. Mas fazer o que.

—Oi. -Rose me olhou para não mostrar o riso ao ouvir seu pai falar tão sei jeito com uma criança. -Olhe Hermione, ela não se parece com a Rose? Tirando a cor dos olhos e do cabelo, ela é igualzinha a Rose. -Pegou Lexis no colo e foi até a esposa, que ficou paparicando ela junto a seu filho.

—Posso ir embora agora? -Sussurrei no ouvido de Rose, que bufou de raiva.

—A porta esta aberta, Malfoy. -Disse ele em alto e claro som. De imediato o olhei fixamente e dei as costas me dirigindo até a porta.

—PAREM! -Berrou Rose assustando todos. -O QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI ADIANTAR UM FICAR DANDO FORA NO OUTRO? VOCÊS DOIS NÃO SÃO MAIS CRIANÇAS MAL CRIADAS! ENTÃO PODEM PARAR COM ESSA RIXA RIDICULA QUE TEM POR AQUI! -Nos olhou furiosa o suficiente para eu ficar com medo. -EU NÃO SEI POR QUE TUDO ISSO! EU NÃO SEI POR QUE COMPETEM TANTO! O QUE OS DOIS QUEREM? O MEU AMOR? É ISSO? -Vi que ela olhava indignada para seu pai e para mim. -VOCÊS SÃO DOIS TROUXAS! POR QUE AMBOS SABEM QUE SÃO OS DOIS HOMENS MAIS IMPORTANTES DA MINHA VIDA! SÓ É QUE EU AMO CADA UM DE UM JEITO DIFERENTE! VOCÊ É O MEU PAI, EU NÃO POSSO DEIXAR VOCÊ MANDAR NA MINHA VIDA! MAS EU AMO VOCÊ POR TODOS OS MOMENTOS DA MINHA VIDA! MAS EU NÃO POSSO DEIXAR DE AMAR O MEU MARIDO! E VOCÊ, SCORPIUS, VOCÊ SABE QUE EU TE AMO! MAS EU TAMBÉM NÃO POSSO ESQUECER O MEU PAI! ENTÃO TRATEM DE APERTAR AS MÃOS E ACABAR COM ESSA BRIGA ESTUPIDA ANTES QUE EU FUJA DE UMA VEZ SOZINHA, APENAS COM OS MEUS DOIS FILHOS!

—Dois? -Indagamos eu e Ronald juntos. Nós nos olhamos e depois olhamos para Rose. Eu sabia que ele não iria ceder primeiro, então eu suspirei e estendi minha mão para ele.

E ele a segurou, passando dois segundos me puxou e me deu um abraço. Tomara que ele não tenha uma faca em mãos, se não vou estar encrencado.

—Magoe a Rose eu acabo com a sua raça, Scorpius. -Sussurrou no meu ouvido.

—O mesmo vale para você, Ronald. -Respondi e ele deu um riso como eu. -E você, dona Rose, quando ia me contar que eu vou ter outro filho?

—Esperei a ocasião perfeita que poderia usar contra os dois. -Sorriu vitoriosa me abraçando de lado. -E consegui.

—E esta com quantos meses ou semanas? -Perguntou Ronald sorrindo para nós enquanto tinha Lexis em seu colo.

—Dois meses e uma semana. -Revelou e eu ri negando com a cabeça.

—Bem que eu percebi que estava mais gordinha, só não quis comentar. -Sorri sacana e ela me olhou feio, indo para os braços do pai.

—Aaah pai, como eu te amo. -Gargalhei junto a ele, que teve Lexis querendo vir para mim.

—Estão vendo? Ela me ama! -Peguei minha pequena no colo e mordi seu bracinho fazendo-a rir. -Papai também te ama, bebe. Vamos torcer para que seja um menininho! Já chega de mulheres em casa.

—Quem te viu quem te vê. -Comentou Alvo vindo ao meu lado. -Como era seu lema mesmo? ''Quanto mais mulher melhor''. Como as coisas mudam. E pelo andar da carruagem, garanhão, minha futura princesinha vai ser uma bela pretendente para o seu futuro filho.

—Pelo amor de Merlin! Você quer abrir uma creche com tanto filho assim? -Perguntou Rose vindo ao meu lado.

—Pode ser. -Riu com sua resposta e logo teve Lexis em seus braços. -Eu sei que você ama o seu padrinho fora da lei.

—Bruxo fora da lei, essa foi ótima, Alvo. -Rose riu com meu comentário e resolveu ir junto a sua mãe.

—Melhor do que a quase briga de vocês dois? Impossível. -Com isso, resolvemos rir das lembranças e nos juntar a James la fora.

Sentamo-nos em baixo da famosa árvore da'Toca e ficamos vendo Jean, que agora esta com cinco anos, e Karen, a filha de Alvo de quatro anos, brincando com uma poça de água. Alex, Luke e Lexis ficaram conversando essas coisinhas de criança. Mas deu para notar que Luke e Lexis bem... Vocês sabem.

—Acho que eu vou ser o novo sogro da sua filha, Scorpius. -Disse James e eu dei uma gargalhada.

—Pode ser! O Luke parece ser um bom garoto. -Comentei e foi a vez de Alvo dar uma risada escandalosa.

—Só parece, viu? Por que esse menino é uma peste. -James fechou a cara enquanto riamos do comentário estúpido do bruxo fora da lei.

—ALVO! VEM ME AJUDAR! -Berrou Julie da cozinha, fazendo Alvo se levantar imediatamente.

—Se ferrou. -Brincou James fazendo o irmão mais novo revirar os olhos e gritar um ''Tô indo''.

—Esta reconhecendo essa história de dois pais que mesmo antes dos filhos crescerem já estão falando que um vai ficar com o outro? -Indaguei vendo que Luke e Lexis conversavam animadamente um com o outro.

—Como não reconhecer? -Assenti com a resposta de James e sorri para o nada.

Era como o meu avô sempre dizia.

''Hoho, meu jovem, não deixe que pequenos gestos influenciem em suas decisões. Por que aparências não é tudo, muito menos quando o assunto tratado é o coração.''

Fim.


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Notas finais do capítulo

Frase do vovô Lucius é essencial!
HUSAUSAUAS''
Bom... Eu já disse tudo o que queria la em cima, e se eu começar a falar eu não paro mais. No Banner eu coloquei até a Julie (Lucy Hale - a que esta do lado do Alvo). É o amor AHUSHUASHUAS''
Ham... Eu vou deixar o link de algumas fanfics que eu postei sobre a nova geração, espero vocês la!
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○ Os personagens de Harry Potter não me pertencem (obviamente) e essa fanfic não tem fins lucrativos;
○ O enredo é totalmente meu, portanto não permito plágios;
○ Ship Rose&Scorpius e Dominique&James Sirius

○ Aparências não é movida a reviews! Mas eu adoro saber o que os leitores estão achando, então mandar um review no final do capítulo não custa nada, certo? ♥

Espero que faça uma boa leitura ♥

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○ ROSE/SCORPIUS
https://fanfiction.com.br/historia/656892/Legami_Di_Amore/

○ JAMES/DOMINIQUE
https://fanfiction.com.br/historia/636592/Little_Princess/
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Obrigada por tudo meus amores!♥
Beeijos,♥
Taahii ♥
Ps. Eu amo vocês ♥