Aparências escrita por Tahii


Capítulo 21
Almost Perfect - Part I


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELLOU MEUS AMORES ♥
COMO EU SENTI A FALTA DE VOCÊS, AAAAAWN *--*
MAS É ÓTEMO ESTAR DE VOLTA! Sim, eu me sai bem na minha semana de prova! Fiquei com 10 em: Português, Matemática, História, Filosofia, Ensino Religioso, Educação Física, Artes, Física e Desenho Geométrico! YEAH, EU SOU UMA NERD FODONA, OBRIAGDA, MUITO OBRIGADA *joga o cabelo* E as outras matérias tudo com 9,0 ou 9,5. Anyway, EU TAMBÉM GANHEI A COLEÇÃO INTEIRA DE HP E PERCY JACKSON AAAAAAAAAAAAAAAAWN *-* Que mais... EU MUDEI E MEU QUARTO É MEGA PEQUENO ASHUHUASHUSAHUASHU'' E tem um ar condicionado que quase me mata congelada todo dia ¬¬' Eu tive novas idéias para as minhas futuras fanfics e... EU GANHEI 2 RECOMENDAÇÕES ~~DANCINHA DA VITÓRIA. MUIITOOOOO OBRIGADA BRUNABARENCO E NAYLA HORAN PELAS RECOMENDAÇÕES PERFECTS ♥
E para recompensar vocês desses 15 dias, ta ai um cap bem grandinho pro meu gosto UHASHUASHUSAUHSAUH'' Não se acostumem, foi mais dificil do que parece u.u
EEEEEENJOY! ♥



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No capitulo anterior... 

–Você acha que se conseguirmos acabar com essa ideia do casamento, acabaríamos com o nosso namoro? -Indagou ela e eu dei ombros. -Esta frio, James, nosso namoro não é o mesmo de antes. Aconteceram tantas coisas tanto comigo quanto com você...

–Então esta dizendo que você acha melhor acabarmos aqui?

Capitulo 20:

Almost Perfect - Part I

P.O.V Rose Weasley.

-Acho. -Respondi olhando para o chão. Agora era oficial: Eu morreria sozinha, solitária e ainda por cima com um peso na consciência. Uma parte já estava feita: Acabar com tudo isso. Mas tinha a parte dois, que era acabar com o casamento, que no caso era a maior dificuldade. -Porém...

-Ainda temos o casamento, bem pensado. -Ele pareceu olhar para Alvo, depois para a carta que estava em sua mão. -A carta que o Teddy mandou... Falava que se a gente quiser fugir para a Irlanda e só voltar depois de uns anos até eles se esquecerem do casamento... 

-Não exagera! É só ter uma conversa com dona Hermione e dona Gina, e pronto! Vamos ver quem é que manda naquela casa. -Ele deu um riso e me abraçou. Eu sei que meu pai vai ter um colapso nervoso, mas acho que minha mãe é capaz de convencê-lo de que eu sou muito nova para assumir um compromisso sério como o deles. Acho.

-Você não existe, Rose Weasley! -Exclamou James me girando no ar. -Só que é bom esse nosso término ficar em segredo, certo? -Assenti e ele sorriu abertamente para mim. -Amigos? 

-Amigos. -Dei um beijo em sua bochecha e ele começou a bater a carta em sua mão. -O que vamos fazer agora?

-Vou responder Teddy e... E vamos ver se ele tem um plano melhor de como acabar com essa draga de casamento. -Dei ombros e ele piscou para mim saindo correndo logo em seguida.

Virei-me e lá estava Alvo vindo em minha direção emburrado por, com certeza, ter perdido o jogo, de novo, para Scorpius. Ele tacou a vassoura no chão, e depois se jogou nela.

-Eu-odeio-Scorpius-Malfoy. -É, eu sei como é isso, pensei comigo mesma. Scorpius tinha ficado la no campo, mais afastado de nós, olhando Alvo como se fosse a coisa mais divertida que ele poderia querer fazer. -PARA DE ME OLHAR ASSIM, MALFOY! EU QUERO REVANCHE, SEU FILHOTE DE DONINHA!  -É fuinha, ouvi sua voz em minha cabeça do dia em que ele me corrigiu na biblioteca. -Por que não vai falar com ele? Scorpius esta mais depressivo do que... Do que... Sei la, ele não é assim! Vai la! Fala assim: ''Scooooooorpius, podemos conversar?'', só que com a sua voz enjoativa de garota!

-Eu não falo ''Scooooooorpius'', só para constar. -Defendi-me e ele revirou os olhos. -E ele não ta nem olhando na minha cara! 

-Certo ele. Se fosse comigo, faria a mesma coisa. -Arregalei os olhos e ele olhou para mim com aquela cara de despreocupado. -Que?

-VOCÊ ESTA DE QUAL LADO, GAROTO? -Berrei com ele, que se levantou e pegou a vassoura. 

-Dos dois. Podem me dividir, eu não ligo. -Dei um tapa em minha própria testa e ele sorriu vitoriosamente. -MALFOY! VEM AQUI CONVERSAR COM A ROSE, POR QUE DEPOIS EU QUERO A MINHA REVANCHE! -Gritou para o loiro escutar, porém a cara dele não foi a das melhores.

-NÃO VOU! -Gritou ele de la. Entre gritos, o que melhor do que isso?

-Eu tentei. -Bateu sua mão em meu ombro e foi correndo até o campo. 

Voltei para a arquibancada e peguei o livro que estava lendo. Ah, se ao menos eu estivesse prestando atenção nele e não flutuando em pensamentos. Seria tão bom se tudo estivesse normal.

|| Quatro Dias Depois - Dormitório Feminino da Grifinória, 18:55 da noite ||

P.O.V Rose Weasley.

-O discurso esta bom, Rose! Não há com o que se preocupar! -Disse Lily terminando de ler o meu imenso discurso de formatura. 

Eu trajava uma beca, como todos os outros estudantes do sétimo ano. Seria primeiro a entrega dos diplomas e depois o baile. E como sempre, o prêmio de quem esta mais nervosa, aflita, emocional e em pânico vai para: Rose Weasley. 

-Confie em mim! -Pediu abraçando-me. Lily era como uma irmã mais nova que eu queria ter no lugar do Hugo, e ela me fazia ficar bem quando estava por perto. Mas nada conseguia me acalmar.

Saímos do dormitório e nos dirigimos até o salão onde aconteceria a entrega dos diplomas. A cada passo que eu me aproximava de la, meu coração parecia sair pela boca e meus olhos começavam a arder em lágrimas, porém sem deixá-las cair.

Eu iria encarar meu pai, minha mãe, meu tio Harry e o resto da minha família. Teria que manter um sorriso de quem esta feliz mesmo não estando e falar como foi os meus sete anos em Hogwarts e como foram mágicos. Mas o problema é que não é tão fácil quanto parece. 

Nunca fui boa em discursos, nunca fui boa em encarar uma multidão orgulhosa por mim. E agora, justo agora não seria fácil. 

-Vai la e arrasa! -A pequena ruiva me deixou perto de todos e fora correndo até o seu lugar na plateia, ao lado de Fred e Hugo. Fechei meus olhos e tentei manter a calma. Era impossível. 

-Com certeza ela vai. -Ouvi uma voz grossa e pode sentir que aquele seria o meu fim. Virei-me e vi meu pai com um sorriso do pai que esta contente pela pequena garotinha estar se formando. -Ela é brilhante como a mãe, e desesperada como o pai. -Ele abriu os braços e eu não pude conter de abraçá-lo como se fosse o meu mundo, e realmente era por que a culpa de tudo isso era dele. 

-Pare, Ron! Ou ela vai chorar e borrar toda a maquiagem! -Pediu mamãe e eu esbocei um sorriso já indo para seus braços. Ela sim conseguia me confortar. -Esta na hora, querida. Boa sorte! -Foi minha vez de ficar calada e sentar-me ao lado de Alvo enquanto eles iam para seus lugares.

-Se começar a chorar, olha para mim! Eu vou estar ao seu lado, coisa chata! -O garoto sorriu para mim e eu peguei sua mão e a segurei. Eu tremia e ele acariciava minha mão. Nada adiantaria agora.

Não pode deixar de perceber os olhares da nossa família sobre eu e James. Ele estava no outro lado do palco, junto a Dominique, Roxanne, Lorcan e etc. E eu estava do lado dos meus melhores amigos. Bom, na verdade... Do meu melhor amigo. No singular. Já que o outro não fala comigo a muitos dias. 

-Senhores pais, estamos aqui para finalmente entregar o diploma de formandos do sétimo ano em Hogwarts aos seus queridos filhos. -Começou a diretora Mcgonagall. -Foi mais um ano difícil, com problemas com notas, emoções a flor da pele, puberdade, o que podemos fazer com ela? Esses alunos, que receberam avisos dos pais antes de entrarem no expresso Hogwarts e que ignoraram tudo o que vocês lhe disseram, estão se formando com honra e com histórias a contar. Eles não foram a geração mais corajosa, e nem a mais engraçada. Foram apenas eles mesmos, uma geração complicada de se entender. Cada um deles, fez jus ao sobrenome. Digo alguns... Pois outros ignoraram tudo e se deixaram levar pelos incansáveis meses aqui dentro. -Realmente, se teve alguém que não olhou para Scorpius, para mim, para Alvo e James na hora do ''jus ao sobrenome'', esse alguém era surdo ou cego. -E agora, chamemos os alunos para receberem seus diplomas! -A plateia ficou sorridente e eu tentei manter a calma inexistente. -Lorcan Scamander. 

Todos aplaudiram e fizeram o mesmo com Lysander, Roxanne, Julie, Bell e uns que eu não prestei atenção no nome. A única coisa que eu fitava era meu pai, aplaudindo e olhando sorridente a todos que erguiam com orgulho aquele pequeno pedaço de papel. 

-Dominique Weasley. -E Hogwarts vai a loucura, completou Alvo ao meu lado gargalhando junto com o resto dos sonserinos. Fazer o que. 

-Awn, obrigada pelo seu lindo comentário, Alvo. Eu não sei o que seria de mim sem você. -A ironia de Dominique era realmente algo bem perceptível, no entanto cômica. -Obrigada diretora, professores e etc por esse dia. Confesso a vocês que meu discurso ta um lixo total, mas foi o máximo que eu consegui pensar. Desconto, please. -Dava para ver que todos sorriam a cada palavra besta que ela falava. Afinal, ela ainda é a ''garota popular de Hogwarts''. -Como muitos falam, eu sou uma garota superficial que adora tudo o que brilha.

E eu realmente sou assim, porém nesses últimos tempos consegui aprender um pouquinho que nem tudo na vida tem que ser brilhante. Pode ser de ouro, prata, bijuteria. Tanto faz, mas se tiver um pouco de amor tudo fica colorido e luminoso. Nós não podemos viver pensando nas coisas materiais, temos que viver a vida como se fosse nosso ultimo dia. E acreditem quando eu digo que... Eu me arrependo de muita coisa.

Eu queria ser uma princesa de um conto de fadas, onde um príncipe que me buscasse em um cavalo branco. Não me foram buscar em um cavalo branco e nem me coroaram princesa de Hogwarts, mas eu achei muitos príncipes por ai. Vou citar o nome de cinco. Meu querido papai, que é mais rei do que príncipe, meu irmãozinho fofucho Louis, meus dois primos bestas, Alvo e James, e meu namorado, Scorpius. E foi com todos eles, que aprendi que em alguma hora da vida temos que arriscar fazer a coisa errada. Por que como meu namorado diz, tudo que é errado é mais gostoso. E ele esta certo. Mas às vezes temos que parar e pensar: Se tudo o que fazemos no dia a dia, vale realmente a pena. - Todos, obviamente, a aplaudiram e ela voltou ao seu lugar com um sorriso animado no rosto. 

Posso estar errada, mas acredito que esse discurso esta mil vezes melhor do que o meu. Pela primeira vez desde alguns dias atrás, vi um sorriso no rosto de Scorpius.

-Agora, James Sirius Potter. -A plateia, inclusive tio Harry e papai, o aplaudiram. Ele deu uma piscada para mim e respirou fundo antes de começar a falar. 

-Nesses meus sete anos em Hogwarts... -Alvo não conteve o riso ao ouvir essa velha frase. -Aprendi muita coisa, pena que não lembro de quase nada. Ouvi todos esses anos ''Detenção'', grande merda. Não adiantou... -Ele se segurou para não falar um palavrão, ele infelizmente tinha essa mania. -Nada. Imaginem, se o meu papai, como Dominique fala, não tivesse ido atrás da pedra filosofal? Ou entrado na câmara secreta? Ou voltado no tempo junto com a tia Hermione? Participado do torneio tribruxo? Entrado na ordem da fênix? Destruído todas as horcrux? Matado Voldemort? Nós poderíamos ser uma geração do mal e sem narizes! -E foi assim que todos começaram a rir. -Mas essa não é a questão. A questão é: Se meu pai tivesse seguido as regras, ele não teria feito muita coisa! Então eu simplesmente aprendi a quebrá-las mais facilmente. Porém eu aprendi com a minha namorada, Rosinha, que as vezes é bom segui-las. Mas às vezes não. 

Poderemos nos arrepender por coisas que não fizemos, ou por coisa que fizemos. Tudo na vida tem sua medida certa. Nem muito amor, nem pouco amor. Nem amargo, nem muito doce. Nem sem sal, e nem com muito sal. O que temos que fazer é pensar para agir, mas agir sem pensar.

O som das palmas era alto, e isso me deixava cada vez mais aflita. Faltavam apenas três discursos e isso era aterrorizante, já que poderia ser o meu. 

-Scorpius Malfoy. -Ele se levantou olhando para o chão, pegou seu diploma e encarou todos com aquela cara de mal dele. 

-E AS MINA PIRA NA SENSUALIDADE! -Berrou Alvo ao meu lado e infelizmente ninguém aguentou segurar a risada. Scorpius apenas deu um risinho e fez questão de começar seu discurso.

-Eu venho de uma família com um passado muito pesado, venho pagando esse preço todos os dias da minha vida, e ultimamente é onde o meu sobrenome mais estava pesando. Digo, ainda pesa. Nós, Malfoy, somos conhecidos por sermos sonserinos a gerações, por sermos estúpidos, grossos, esnobes e pela nossa aparência. Loiros, olhos claros, pele extremamente branca. Pergunto-me se eu fosse ruivo ou moreno, de olhos negros ou castanhos se mudaria em alguma coisa, se ao menos amenizaria algo. Com certeza não.

Pergunto-me também qual é a minha culpa em tudo isso? Nesse salão tem uma rixa dos Weasley com os Malfoy. E é de enlouquecer qualquer um. ''Não chegue perto dos Weasley ou dos Potter, Scorpius''. Eu virei melhor amigo de uma Weasley mesquinha, besta, idiota, mais esnobe do que eu, mais inteligente do que eu, mais tudo do que eu. E também virei melhor amigo de um Potter estragado, como o próprio fala.

Eu já dei centenas de provas de que eu não sou como o meu pai, como o meu avô, como as milhares de gerações anteriores. E sabe o que todos fizeram? Ignoraram tudo isso e usaram esse meu ''defeito'' contra mim em situações onde eles estavam errados, e sinceramente eu não acho isso justo! Todos criam um estereótipo diferente de mim a cada dia. No meu primeiro momento em Hogwarts: '' Deve ser como o pai, mesquinho ''. Se teve algo que me deixou mais tranquilo, foi ter conhecido o Alvo. Se não, eu poderia já ter cantado para subir. Todas as brigas que eu tive com a Rose, me deixavam cada dia mais inseguro do que eu poderia ser ou fazer. Ela nunca mediu palavras ao falar comigo, sempre disse o que veio a cabeça ruiva dela. E tudo isso sabe por quê? '' Não se aproxime do Malfoy, Rose ''

O que eu quero dizer é que Hogwarts foi o palco de três gerações de pura guerra, discussões, desentendimentos. Porém foi o palco de amizades por uma vida inteira, romances e tudo mais. Eu, graças a Merlin, consegui amenizar a birra estúpida do meu pai com o Senhor Potter, hoje eles até se cumprimentam na rua. Olhem que avanço. Malfoy e Potter não se alfinetam, não brigam, mas não são amigos. Está ótimo para mim. Agora os Weasley... Namoro uma, sou amigo praticamente de todos. Consigo ter uma conversa normal com todos os pais dos meus amigos. Fleur e Gui, Angelina e Jorge, Percy e Audrey, Hermione... Agora, Ronald Weasley tem que ser uma exceção. O cara simplesmente tem uma birra comigo até antes de eu nascer, só pode. E pra completar, a birra é hereditária. Passou para a Rose, que infelizmente é uma das pessoas mais importantes da minha vida. 

Aprendi com tudo isso de que, em momento nenhum de nossas vidas, podemos julgar as pessoas pela Aparência. Por que primeiro: Elas podem ser bem diferentes por dentro. Segundo: Você pode se apaixonar por ela. Terceiro: O garoto que você magoou ontem, pode mudar e ser o homem que vai te fazer se arrepender de toda aquela besteira de ''Aparências.''

Todos o aplaudiram, até tio Harry. Agora, meu pai fechou a cara sobre o sorriso vitorioso de Scorpius e ficou emburrado. O loiro se sentou ao lado de Alvo e não fez nenhum esforço para olhar para mim. 

-Rose Weasley, dê-nos o prazer de lhe formar! -Assim que a diretora me chamou, Alvo murmurou algo como ''Sobe e arrasa!''. Olhei para Scorpius e ele olhou para o chão. Bela sintonia a que estamos. 

Peguei meu diploma, agradeci e fui até onde deveria discursar. Juntei as duas folhas que estava escrita tudo o que eu deveria falar sem esquecer nenhuma partezinha. A cara emburrada de meu pai, transformou-se em um belo sorriso ao me ver. E aquilo me assustava.

-Queridos pais, professores, diretora, amigos, familiares e etc... -Comecei a ler de cabeça baixa, não conseguia manter a calma ao receber todos os olhares para mim. Olhei para Alvo, que já me encarava como quem sabia que eu estava prestes a ter um piti nervoso. 

Ficou um silêncio absurdo no salão e eu tentei respirar fundo para ver se conseguia falar. Olhei para cima, para baixo, para todos os lados. Não tinha escapatória.

-Eu não consigo ler isso! -Disse tendo meus olhos ardendo em lágrimas. -Eu simplesmente não consigo fingir que sou a cópia exata de Hermione Granger. Não consigo! -Amassei todas as folhas e joguei-as no chão. Apesar de minha mãe já me olhar esquisitamente, meu pai ainda ficava com o sorriso intimidador no rosto. -Sabe àquela hora em que você queria fazer que nem nos filmes trouxas? Jogar tudo para o alto e correr para os braços da pessoa que você mais ama no mundo, dizer a ela o quanto importante ela é, olhar nos olhos dela e ver que ela também te ama? Eu queria fazer isso. Mas eu simplesmente não posso. Sabe quando queremos receber mais atenção do que merecemos por algo estupidamente idiota que fazemos? Isso simplesmente não acontece comigo. Eu tentei ser a melhor aluna de Hogwarts, eu tentei fazer tudo certo, tentei não me deixar levar por nada nem ninguém. Porém não existe nada perfeito, todos tem suas falhas. E a minha falha é absurda. Eu esperei tanto por esse dia, para falar o quanto eu estava feliz. Planejava até falar sobre o meu futuro, falar o quanto eu ansiava por me casar, ter meu trabalho, minha família. Hoje? Agora? Eu sou torturada com lembranças da primeira coisa que eu escutei do meu pai antes de vir para Hogwarts: '' Seja como sua mãe, Rose ''. Lembranças da primeira coisa que escutei ao chegar a Hogwarts: '' Tem uma mente brilhante como a da sua mãe, Grifinória! ''. Lembranças da época em que eu queria surpreender a todos e que agora, eu só ouço uma voz falando ''Você me decepcionou, Weasley, de uma forma que você não faz ideia do quanto dói.'' E essa voz anda me torturando a dias. Por que la no fundo, bem la no fundo, pela primeira vez: A culpa é minha. 

E agora não existe desculpa, não existe perdão. Eu estraguei tudo. Fiz a pessoa que eu mais admirava, odiava e amava ao mesmo tempo se distanciar de mim. Eu sinto saudades por essa pessoa estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe e eu sei, respondendo o comentário que ela deve esta pensando, que essas meras palavras não vão influenciar nada na sua vida. É o que eu faço, e não o que eu falo que importa. Eu queria pedir perdão, por tudo o que eu fiz a você pessoa, mas infelizmente não tem como mudar nada agora. 

Esse não foi um discurso que eu sonhei em dizer. Mas uma das várias coisas que aprendi aqui, é que tem que fazer o que você quer enquanto ha tempo. Por que depois... Não adianta.

Em um suspiro olhei para os lados. Alvo sorria, Scorpius me encarava e meu pai ainda me olhava como se fosse o melhor discurso do mundo. Virei-me, e ao ouvir sons de palmas que foram se tornando maiores conforme eu voltava a me sentar, calei-me profundamente sem conseguir ouvi-los ou sem conseguir falar algo. Simples assim.

-Agora, chamamos o ultimo a discursar e mais um a se formar! –A diretora fez com que ficasse um silêncio após as palmas pararem. –Alvo Severo Potter. –E o barulho voltara novamente. Seria um longo discurso... Muito longo mesmo.

-Ouçam e aprendam como que é um discurso de verdade! –Ele piscou para mim e Scorpius e levantou-se deixando o lugar de sua cadeira vaga. O que era pior, já que era mais uma oportunidade de olhar nos olhos de Scorpius que seria frustrante. –Well, como esses patetas já roubaram o tema do meu discurso... Eu vou contar uma historinha bem engraçada sobre a minha vida. Vamos começar pelo dia em que eu nasci. –Eu, Scorpius e James demos tapas em nossas testas. Como assim desde o dia em que ele nasceu? –O dia em que eu nasci foi o dia mais belo do universo! Um dia ensolarado, onde os passarinhos cantavam uma músiquinha linda se de ouvir e... Mentira! Foi em um dia que estava uma tempestade que pelo amor de Merlin. Mas continuando... Era para eu ser o filho preferido do meu pai. Não por que eu sabia fazer as coisas, por que até hoje não sei. Mas sim por que eu era o mais novo, o mais inocente, o mais... Mais. Meus pais me mimaram tanto que eu acho que eles até esqueceram que o James existia. E esse era o propósito! Mas tudo isso... Até o dia em que a idiota da minha irmã nasceu. Ai ela virou a princesinha da casa e o meu irmão o preferido do meu pai. Mas dane-se, eu era o preferido do... Da... Do meu tio Rony talvez. É... Ele queria que eu e a Rose ficássemos juntos, mas ai eu acabei por admitir que o James era melhor que eu e olha a que ponto eles chegaram.

Rose, a Rose sempre foi a minha prima favorita, minha melhor amiga, a irmã mais velha que eu queria ter no lugar do James, meu anjo da guarda. –Ele me olhou com uma cara de quem estava falando bonito, e eu simplesmente revirei os olhos. –Sem ela eu não teria conseguido quase nada. Mentira! Teria sido tudo mais fácil. Mas continuando... Quando eu estava no expresso Hogwarts, o retardado do meu irmão ficou me falando que eu iria para a sonserina. E NÃO É QUE O CONDENADO ESTAVA CERTO? Agora eu acredito quando ele fala que eu sou a maçã verde dos Potter. Entenderam? Verde, sonserina, vermelho, Grifinória? É, eu puxei o senso de humor do meu pai: Horrível. Se bem, que eu acho que eu e meu pai temos mais coisas em comum do que todos dizem. Além de mim ser a cópia mais nova dele, só faltando os óculos redondos fundo de garrafa, acho que temos uma coisa assim sabe que... Ah cara, não sei explicar. Só sei que temos algo em comum: Nós dois vivemos em um trio de amigos, nós dois somos os estragas prazeres, nós dois somos apanhadores já que o James é artilheiro CHUPA ESSA JAMES, HÁ! E com certeza temos os melhores amigos do MUNDO.

Ele e tio Rony discutiam às vezes, mas eu e Scorpius brigamos toda hora. Ele e tio Rony achavam a tia Hermione brilhante, eu e Scorpius achamos a mesma coisa de Rose.

Mas... Véi... Eu quero ser que nem eles. Passar uns quinhentos anos e ainda ter uma amizade assim... Ter alguém para tomar whisky de fogo comigo até um de nós termos quase uma overdose. Ter alguém para me salvar de todas as enrascadas que eu com certeza ainda vou me meter. Eu quero um Rony e uma Hermione para mim. Se bem que eu tenho. A diferença é que o meu Rony é loiro e sonserino.

Se bem que é mais ou menos assim essa geração. Eu sou o Harry Potter, a Rose é a Hermione Granger, o Scorpius é o Ronald Weasley, a Dominique é a Lilá Brown, o James é o Cormac sei la das quantas e a Julie é a Gina Weasley... Se é que vocês me entendem.

-Entendemos, o pior é que entendemos. –Disse Scorpius com a pior cara que poderia estar. –E isso foi um insulto! Agora... Para a Julie. –Ele cutucou-a com o braço, levando um tapa da mesma logo em seguida.

-Eu sou um romântico incorrigível, okay? –Defendeu-se Alvo, causando risos em todos. –Ainda bem que vocês ai não entenderam porra nenhuma do que eu falei, mas okay. O que quero dizer com tudo isso é que... Estamos em tempos sombrios. Onde muita gente vai morrer! E nem vai precisar de alguém para matá-los, os próprios filhos farão isso e nem precisarão de ajuda. MAS NÃO PODEMOS NOS ESQUECER, de ascender a luz mesmo quando as coisas parecerem mais sombrias. -Frase de Alvo Dumbledore, por que não? Afinal, ele já tem esse nome.

Todos o aplaudiram e ele voltou ao seu lugar com um sorriso ao perceber que o seu discurso deu de mil a zero no meu. 

-Vocês entenderam a indireta do Rony loiro e sonserino, e a comparação entre você e a sua mãe, né gente? -Perguntou preocupado e Scorpius revirou os olhos. 

-Entendemos Alvo. Mas não teve a mínima graça. -O loiro não poupou grosseria com o coitado do Alvo. 

-Não era pra ter graça. -O moreno encolhido no meio de nós dois deu um fim a tudo, deixando apenas a diretora formando mais alunos e comentando como a nossa geração foi... Brilhante.

Essa era para ser uma formatura perfeita, mas tudo isso esta muito longe de ser perfeito. Não consigo pensar sobre olhares, não consigo falar e raciocinar ao mesmo tempo. Esta tudo embolado, e isso é perturbador quando o que se trata é as coisas que ja foram e que estão sendo remoídas agora. 

-... E agora, aproveitem a noite assistindo ao baile dos formandos! -Disse a diretora e assim nos levantamos para irmos colocar nossas roupas de galas, o que me deixava assustada já que odeio usar salto alto. 

(...)

-Rose? Esta ai, querida? -Mamãe fora entrando em meu dormitório junto a Lily Luna e Julie, que estava realmente linda mais do que o suficiente para Alvo. 

-Rose Weasley se produzindo? É isso mesmo produção? -Brincou Julie causando risos em mamãe, que veio ao meu encontro para dar-me um abraço.

-Lembro do meu primeiro baile em Hogwarts... foi um desastre. -Sorriu com a lembrança enquanto sentava-se em minha cama. -Foi no torneio tribruxo, eu queria tanto ir com seu pai, mas ele me deixou como última opção... E quando ele ia, talvez, me chamar... Victor Krum já tinha me convidado. Eu e seu pai acabamos por discutir e... Foi horrivelmente marcante... Em um sentido até que bom. -Como meu pai era tapado, pelo amor de Merlin. -Eu usava um vestido quase igual ao seu, dessa cor aqui. -Pegou em um babado e negou com a cabeça olhando-me e seguida. -Como você cresceu, Rose. Nunca consegui imaginar você indo a um baile com o seu futuro marido. 

-Mamãe... Você disse que foi ao seu primeiro baile com o Viktor Krum, não foi? -Ela assentiu e eu engoli a seco para tentar continuar. -E o seu baile de formatura foi com o papai. -Assentiu novamente enquanto Julie me olhava sorrindo e Lily ficava confusa. -Então eu posso ter a certeza de dizer que somos mais parecidas do que imaginávamos. 

-O que quer dizer, Rose? -Indagou se afastando um pouco de mim. 

-Você perdeu, por uma noite, o amor da sua vida para outra garota enquanto dançava com o cara que você achava que seria perfeito para você... Eu também perdi.



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Notas finais do capítulo

Não sabia que era Viktor ao invés de Victor ou Vitor, mas tudo bem fazer o que ¬¬' EEEEENTONCES, eu sei que o banner esta ridículo mas esta fazendo jus ao cap, ok? HUSAUHASUH''
Eu... Queria saber o que vocês acharam, é clarro*
HSAUHSAHASUAS' Estamos com 678 comentários entonces... Ah sei la, mandem quanto quiserem HUSAUHSAUHSAUSA'' RUMO AOS 700 REVIEEEEEEWS GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM! ♥
Espero vocês, ok?
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos,
Taahii ♥