Slide Away escrita por letter
Notas iniciais do capítulo
Hola leitores :D O capítulo sairia apenas amanhã, mas a leitora e escritora Lauane estando em minha humilde residência me obrigou a postar hoje. Então eu aproveito e dedico o capítulo a ela e em agradecimento para leitora PahArantes que me presenteou com uma linda recomendação *-*
Desaparatamos direto no quintal da Toca dos Weasley. Em nenhuma situação eu ficaria tão receosa de estar naquele lugar, afinal aquele sempre seria o lugar que eu mais amava no mundo, mas pela primeira vez eu queria estar longe dali.
- A mestiça deve entrar – resmungou Monstro – E o garoto Malfoy deve ficar aqui fora, esperando pelos pais
- Scorpius vai comigo – protestei me virando para o miúdo elfo a minha frente.
- Melhor não priminha, acredite em mim – Albus andava em nossa direção com profundas olheiras em volta dos olhos – Eu fico com ele – Albus deu de ombros.
- O que rolou? – perguntou Scorpius.
- Confessamos tudo, até que vocês iriam fugir – Albus deu de ombros como se estivesse cansado de mais para dar mais explicações.
- Apenas você sabia disso, cara – falou Scorpius.
- Verdade, me lembre de nunca mais tomar Veritaserum.
- Vai ficar tudo bem – prometeu Scorpius selando meus lábios com os seus.
Assenti e com passos incertos atravessei o gramado até a entrada da Toca.
Na sala de estar, vovó Weasley agarrava um de seus bordados com toda a força e fitava a lareira apagada a frente com os olhos marejados, concentrada em tentar ouvir o que diziam no cômodo ao lado. Seus cabelos pareciam mais grisalhos do que a última vez que a vi e os traços da idade pareciam estar mais acentuados do que nunca antes, como se ela houvesse envelhecido muito mais desde o natal.
- Vovó? – chamei.
- Rose! Graças a Deus! – exclamou ela se levantando e me apertando com toda sua força entre seus braços – Sua avó está quase tento uma aneurisma com isso tudo.
- Desculpe, vovó – pedi quando ela se afastou.
- Não acredito que você queria abandonar sua família, você é só uma criança Rose!
- Eu sei... Me desculpe por isso também – pedi.
- Tudo bem, tudo bem, o que importa é que você está aqui... Todos estão aqui – falou ela com pesar lançando um olhar na cozinha.
- Hora de encará-los – falei forçando um sorriso.
Vovó assentiu e antes que eu pudesse seguir rumo à cozinha ela me apertou entre seus braços novamente. Cambaleante conseguir me desvencilhar de vovó e chegar até a cozinha.
Não eram todos que estava lá como dizia vovó. Lucy estava sentada a mesa, encarando os pais do outro lado, tia Audrey e tio Percy. Lily e Hugo estavam sentados ao lado dela e tio Harry e tia Gina estavam em pé ao lado do fogão. James o irmão de Albus e Lily, Molly II a irmã de Lucy e Fred II o irmão de Roxy se apertavam em um velho sofá colocada de um lado da cozinha e eu me apertei entre eles. Os três sussurram um “oi” quase inteligível e voltaram á prestar atenção a conversa. Um lado egoísta que existia dentro de mim se sentiu inferior ao perceber que eles não ficaram tão surpresos a meu ver, não que eu esperasse que todos fossem ficar como vovó: preocupados comigo, felizes por me ver.
Gui, Fleur, Dominique, Vic, Teddy, Roxy, Angelina, George, Louis e vovô Weasley não estavam ali.
Meus outros tios e primos apenas lançaram um olhar de soslaio a mim, não pareciam muito felizes ou interessados em me ver. Meu lago egoísta que já se sentia inferior desapareceu dentro de mim.
- Onde estão os outros? – sussurrei
- Os seus pais eu não sei – respondeu Fred – Minha irmã e Domi no quarto e os outros... – ele balançou a cabeça.
- ...Vamos no St. Mungus, conversar com um especialista... – tio Percy balançou a cabeça – Essa influência trouxa no mundo mágico é que está causando isso – as palavras saiam com dificuldades da boca de Percy, como se fossem doídas de serem ditas – Luna sempre foi uma boa pessoa, mas nunca tive certeza de que era uma boa mãe, ela criou a filha dela de uma forma... Ela lhe influenciou – Percy suspirou – Vamos concertar isso, filha – prometeu Percy colocando uma das mãos no ombro de Lucy que se desvencilhou violentamente do pai.
- Só se concerta o que está estrago, pai – rebateu ela, com os olhos marejados ela se virou para mim, e isso realmente me pegou de surpresa – Rose está certa em querer fugir, essa família tem dificuldades em aceitar os desejos e vontades de cada um. Essa família tem dificuldades em aceitar cada um.
- Lucy... – Audrey, mãe de Lucy a olhava com um misto de carisma e pena no olhar – Não se exalte agora, certo? É tudo parte de uma fase...
- Eu tenho uma namorada! – exclamou ela se levantando abruptamente da mesa – Sim, e todos os dias nós nos agarramos por Hogwarts, em todos os lugares e de todas as formas possíveis, e ela me excita e eu realmente a amo.
Lucy andou até mim e agarrou minhas mãos para que eu levantasse.
- Outra pessoa precisa de mais atenção do que eles – falou ela rispidamente.
Dei uma última olhada em volta, vendo os rostos chocados de cada membro de minha família e me levantei de mãos dadas com Lucy.
- É por isso que nunca contei a ninguém – falou Lucy quando estávamos subindo as escadas.
- Você não me deve explicações Lucy... Nem a mim nem a ninguém.
- Mas você é a favor? – ela parou por um segundo um degrau a cima de mim, me olhando com intensidade, como se suplicasse para que eu dissesse que o que ela havia escolhido não era errado – Disso? De eu ser... assim?
- Lucy eu sou a favor de sua felicidade – respondi sinceramente – E se você é feliz com a Lysander ou com qualquer outra garota quem tem o direito de te julgar? Ninguém pode questionar, é sua escolha, sua vida, sua felicidade. E ser feliz nunca será errado independente da maneira que você escolher conseguir isso.
Ela assentiu e sorriu, e até chegarmos ao antigo quarto de tia Gina, não dissemos mais nada.
A porta estava entreaberta, e sem bater nós duas entramos.
Roxy e Dominique estavam jogadas na cama. Dominique deitada ao colo de Roxy que brincava com seus cachos loiros enquanto contava qualquer coisa que fazia Dominique rir.
- Oi – cumprimentou Lucy se jogando ao lado delas na cama, com dificuldades consegui um cantinho na cama para mim. O antigo quarto de tia Gina fora redecorado por mim e minhas primas quando ainda éramos muito novas, decoramos a nossa maneira, pois o quarto de tia Gina se transformava em nosso refúgio quando passávamos o verão na casa de vovó – Sobre o que estão falando?
- Para os possíveis lugares para o qual vamos mudar depois de nossa família nos excomungar – respondeu Roxy.
- Você é que menos precisa se preocupar com isso Roxanne – respondeu Lucy rindo – Quer dizer, uma de nós está grávida do noivo da irmã, outra estava prestes a fugir com o namorado que os pais não aceita depois de revelar os segredos da mãe para meia Hogwarts e a outra acabou de confessar para os pais que se excita ao ficar com Lysander.
- Sim, mas depois disso tudo minha reputação já era – suspirou Roxy – Minhas melhores amigas são umas depravadas, terei de ir para um lugar onde ninguém me conhece ou saiba do meu passado obscuro.
- Roxy você é um consolo para todas nós, muito obrigada – ironizou Dominique.
- Como você está, Domi? – perguntei.
- Não sei... Minha irmã veio falar comigo, ela disse que não me odeia, mas que não sabe como ira me perdoar – contou Dominique – Ela está falando com Teddy agora e com meus pais. Tentei avaliar a barra de Ted, contando que batizei sua bebida com Amortentia, mas depois de meu pai comparar meu bebe com o Lord das Trevas que foi fruto de um romance forçado por Amortentia, Teddy contou toda a verdade... Sobre nós em Hogwarts... Sobre ele não estar sobre efeito da poção quando o bebe foi concebido – Dominique suspirou – Eu irei para Academia de Magia Beauxbatons ano que vem. Irei morar na França com meus avôs maternos, poderei ficar em casa a maior parte da semana e apenas alguns dias terei de ir para Beauxbatons, poderei cuidar de meu bebe e não irei atrapalhar a vida de mais ninguém aqui... Nem de Teddy, nem de Vic, nem de ninguém.
- É isso o que você quer? – perguntou Roxy.
Ela negou com a cabeça.
- Mas é o melhor para todos, incluindo para mim e para o bebe.
- Talvez eu vá com você – sugeri – O que acha?
- E por que você iria? – perguntou Domi levantando a cabeça do colo de Roxy.
- Não queria ter de ficar aqui depois disso tudo.
- Eu também poderia ir – Lucy deu de ombros – Meus pais querem me internar em St. Mungus, com certeza a França não pode ser pior que o St. Mungus.
- Ninguém me conhece lá – refletiu Roxy – Seria um bom lugar para começar uma nova reputação. E os franceses são uma gracinha, cá entre nós.
Por um segundo todas nós caímos na gargalhada, fantasiando uma vida alternativa longe de tudo o que estava havendo.
- Eu queria que vocês pudessem ir – suspirou Dominique.
A porta do quarto voltou a se abrir, e Lily entrava com os cabelos ruivos presos em um coque e as vestes de Hogwarts, as quais trajavam na noite anterior.
- O que é incesto? – perguntou ela sem rodeios.
- Pegar algum parente – respondeu Roxy rapidamente.
- Tecnicamente não – corrigi – Pois se não o mundo bruxo seria um incesto incrivelmente grande, pois praticamente todos sangues puros são primos e tem algum parentesco muito próximos em suas antigas gerações.
- Então o que é incesto gênia? – perguntou Roxy.
- Apenas relacionamento que ocorre entre pais e filhos e irmãos e irmãs.
- Então, se eu ficar com o Hugo... Não seria um incesto? – perguntou Lily refletindo.
- Não – respondi sentindo um sorriso se formar em meus lábios.
- Aí que alivio! – exclamou Lily pulando sobre nós na cama – Talvez também eu goste dele, não sei.
- Não sei se nossa repreensiva família aceitaria isso por serem primos de primeiro grau – confessou Lucy – Mas qualquer coisa você pode ir para França conosco.
- Sempre gostei da França – assentiu Lily e rimos juntas novamente.
- Reunião de garotas? – perguntou Hugo colocando a cabeça dentro da porta. Pude ver as pontas de suas orelhas adquirirem um tom rubro quando seus olhos encontraram os de Lily.
- Claro, por isso você é bem vindo – respondeu Dominique, Hugo apontou língua para ela – Rose, nossos pais te chamam, eles estão no escritório do vovô.
- Sorte priminha – desejou Lucy.
- Hugo nós vamos conversar – intimou Lily saltando da cama junto comigo e indo em direção a porta.
Enquanto eu subia as escadarias em direção ao escritório de meu avô consegui apurar os ouvidos e ouvir vozes exaltadas vindo dos andares abaixo. Enquanto isso eu imaginava se depois de tudo que eu vira com meus primos a minha situação não poderia ser pior. Mas claro que não... Ou... Quem sabe?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu sinto muitíssimo por o capítulo não ter sido tudo aquilo que todos vocês esperavam, mas talvez agrade saber que no próximo capítulo haverá muitas revelações :3 Comentem muito que posto ele super rapidinho e sigam o exemplo da Pah e fiquem a vontade para recomendar *-*