Slide Away escrita por letter


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Oie leitores, confesso que iria esperar mais para postar o capítulo, porém vocês me ganharam com os reviews tão maravilhosos *O* Muito obrigada!
O capítulo a seguir é uma introdução aos personagens principais, por isso se acharem um tanto monótono me perdoem.
Leiam as notas finais, ok? Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247679/chapter/2




O sexto ano começou de diversas formas um tanto diferente de todos os anos anteriores em Hogwarts. O fato de que James Potter, Molly Weasley II e Fred Weasley II terem se formados no último ano letivo teve grande peso nas mudanças, pois os três foram quem lideraram o “bando” dos Potter e dos Weasley em Hogwarts. Como Albus dizia: eles eram o nosso elo.

Havia o fato de que a carga horária no sexto ano variava de acordo com suas notas nos NOMs, reduzindo algumas turmas para meia dúzia de alunos e fornecendo aos outros, vários tempos livres durante a semana. Roxanne e Dominique não eram o que podemos chamar de inteligentes o suficientes para que continuássemos a freqüentar as mesmas aulas, de forma que eu teria de passar os próximos dois anos dividindo livros apenas com Albus e Lucy. Porém, por motivos desconhecidos Lucy era a prima com quem eu menos conversava. Nada contra ela, apenas não tínhamos assunto. E embora Albus fosse uma espécie de melhor amigo, eu tinha de dividi-lo com seus amigos da Sonserina. Hugo, Lily e Louis decidiram formar seu grupo fechado por serem os mais novos. Percebi que seria um ano um tanto solitário, e com James e Fred fora não ocorreria grandes diversões no Salão Comunal da Grifinória e eu não teria tanto trabalho como monitora lhes escrevendo notações.



Ao chegar a Hogwarts admito que me esbaldei no banquete de abertura, afinal eu havia passado o dia apenas com o cheiro das panquecas de mamãe no estômago. Também negligenciei minhas atividades como monitora, pois estava exausta e algum feitiço desconhecido me puxava para a cama – decidi não lutar contra ele.

Não me lembro de ter sonhado durante a noite, mas acordei com uma estranha impressão de que algo saíra do lugar enquanto dormia. E essa impressão me acompanhou durante todo o primeiro dia de aula.

– Rose, tem algo errado – cochichou Albus em algum momento da aula teórica de feitiços, que graças aos NOMs, fora reduzida a doze alunos.

– Você também percebeu? – cochichei de volta sentindo meus olhos arregalarem para ele.

– Claro! Desde quando você deixa de dar uma resposta a senhorita Chang?

Pisquei algumas vezes antes de entender que meu primo estava tirando uma com minha cara. Admito que por um segundo me recriminei por ter me distraído e não ver a professora perguntar, dependendo da pergunta eu poderia ter acumulado pontos para Grifinória logo no primeiro dia, porém reprimi a culpa e voltei a atenção para minha consciência que apurava os últimos acontecimentos para entender de onde vinha aquela sensação de que realmente havia algo errado.

– Desculpa Rose – pediu Al soltando uma risada e balançando a cabeça – Mas está tudo bem? – perguntou ele adquirindo um tom mais sério.

Eu realmente podia entender porque dois terços de todas as garotas de Hogwarts gostavam de Albus – no outro um terço está inserido as garotas comprometidas e as garotas de nossa família –, a partir do terceiro ano Albus deixou para trás todos aspectos infantis, desde as bochechas fofas ao cabelo partido de lado, e começara adquirir características bastantes peculiares como um contorno pelos ombros e um ar mais despojado. Seus olhos também eram uma arma bastante sutil contra as garotas, tão claros e tão expressivos, se encaixando com seu cabelo sutilmente baixo e revoltado, que lhe fazia parecer ter acabado de desmontar de uma vassoura. Sem contar o fato de ser o melhor apanhador de quadribol, agora que James deixara o cargo, e os seus inúmeros reconhecimentos pelas melhores notas e por participar de quase todas as atividades extracurriculares. Mas o que mais atraia a atenção para Albus era como ele realmente se preocupava com as pessoas por quem tinha consideração e como se esforçava para ajudar.

– Apenas uma sensação ruim de que esqueci algo – respondi dando de ombros, como quem não quer nada.

– Bom, se tiver esquecido com certeza a tia Hermione vai te enviar. Hoje vi uma coruja trazendo metade dos pertences de seu irmão no café da manhã, ouvi dizer que a pobrezinha deu exaustão e está de repouso no corujal – contou acenando a cabeça como se fosse um fato realmente escandalizador.

– Pobre Pitch – concordei, meu irmão herdara a coruja de meu pai, e eu não sabia quanto era a expectativa de vida de uma coruja, mas sabia que Pitch era velho de mais para o trabalho pesado, e desastrado de mais para qualquer trabalho.

– Tem certeza que você está distante assim porque simplesmente “acha que esqueceu algo”? – perguntou Albus desconfiado.

– Tenho sim, sei que não parece muita coisa, mas eu sinto que é realmente importante... – murmurei. Eu podia sentir as engrenagens do meu cérebro se esforçando para se lembrar do que se tratava, porém o processo estava um tanto de vagar de mais.



O horário que se seguiu depois da aula teórica de feitiços foi aula de Runas. Runas Antigas era uma das minhas matérias preferidas, onde desde o terceiro ano Dominique e eu começamos a cursar a aula como dupla, já que mais nenhum de nossos amigos da Grifinória queriam ouvir falar de qualquer matéria facultativa. Porém após tirar um “D” (deplorável) nos NOMs em Runas, Domi desistiu da matéria.

Antes de colocar os pés dentro da sala eu pensei se seria uma boa ideia desistir, afinal éramos vinte alunos antes dos NOMs, agora deveria haver menos da metade, e nesse número não estava incluído minha dupla. Eu juro que não nutro nenhum sentimento de antipatia por quaisquer sextanistas seja da Corvinal ou da Sonserina – nenhum aluno da lufa-lufa cursava Runas –, mas eu não me sentia a vontade de talvez tiver de fazer dupla algum deles.

Mas antes mesmo que eu pudesse apurar minha decisão de desistir ou não fui obrigada a entrar na sala.

– Não congestiona o trânsito, Weasley – cuspiu um azedo Scorpius Hyperion Malfoy tentando entrar na sala.

– Qual a palavrinha mágica? – indaguei saindo de meus devaneios.

– Crucio? – sugeriu ele arqueando as sobrancelhas.

– É assim que sua mãe te ensinou? – perguntei fingindo tom de censura – Que feio Hyperion – balancei a cabeça negativa.

– Pra dentro, os dois – mandou a professora chegando atrás de Hyperion.

Com um pesado suspiro notei que apenas oito alunos estavam na sala. Seis da Corvinal que já haviam montada três duplas entre si, eu e... Hyperion.

Eu não odiava Scorpius como poderia parecer. Ele estando em outro continente eu até poderia dizer que gostava dele como pessoa, porém éramos como água e óleo: não se misturam num mesmo recipiente. Mas desde o primeiro ano quando Albus decidiu que Scorpius Hyperion Malfoy era seu melhor amigo, eu tive de aprender a conviver com sua presença mais vezes do que preferiria, e com o passar dos anos percebi que era quase possível suportá-lo. Quase.

Olhamos de soslaio um para o outro ao perceber que teríamos de ser uma dupla até o final do sétimo ano, e se alguma idéia de desistir das aulas de Runas havia se fixado em minha mente, ela saíra naquele momento. Pois eu não deixaria a culpa cair sobre a presença de Hyperion por abandonar minha matéria preferida.

Consegui sobreviver o resto da aula sem olha na direção de Scorpius, e de sua parte ele fez o mesmo e percebi que se nos portássemos os próximos dois anos da forma como nos portamos aquela aula, ambos se formariam sem grandes traumas.




Depois do almoço passei por uma aula de Poções e me deparei com um último horário livre. Subi para a torre da Grifinória que se situava no sétimo andar tentando me lembrar se em algum outro ano o primeiro dia de aula fora tão tranquilo. Lembro que no quinto ano, logo no primeiro dia, tive de virar a noite na biblioteca escrevendo em enormes pergaminhos para as aulas do dia seguinte.

O salão comunal da Grifinória estava monotamente vazio, uma vez que parte dos alunos ainda estava tendo seu último horário, e o dormitório se encontrava terrivelmente bagunçado, pois ninguém se dera ao trabalho de arrumar as malas na noite anterior antes de dormir, ou de manhã antes de ir para as aulas.

– Sentiu minha falta? – indagou Dominique assim que coloquei os pés dentro do quarto, ela estava sentada ao parapeito da janela, com um caderno aberto sobre as pernas.

– Mais do que você imagina – confessei – Passou o dia inteiro livre?

– Quem me dera. Tive aula de adivinhação e ensaio do coral – respondeu ela sorridente colocando uma mecha dos ondulados cabelos loiros para trás da olheira e voltando sua atenção para seu caderno – E você?

– Feitiços, Runas e Poções – respondi enquanto abria meu malão sobre a cama, a procura do livro padrão de feitiços numero seis, imaginando se daria tempo de praticar a teoria que foi vista em aula, antes do jantar, pois depois teria de ir na reunião dos monitores preparar o cronograma do trimestre.

– Parabéns, você sobreviveu – respondeu Domi um tanto distante.

Meus livros não estavam no malão, e por um momento alarmante imaginei se talvez eu os esqueci em casa e daí a tal sensação ruim que me perseguiu durante o dia. Mas antes de começar um ataque de desespero me lembrei que coloquei todos os livros na mochila, junto com o diário de minha mãe.

– O diário! – exclamei percebendo que era isso que me incomodava.

– O Tony? – perguntou Domi levantando sua cabeça para mim, e então percebi que em seu colo não estava um caderno qualquer, e sim o Tony, o diário de Domi.

– Esquece... – murmurei balançando a cabeça enquanto Domi dava de ombros e voltava sua atenção para o Tony.

Encontrei sem dificuldades minha mochila jogada embaixo da cama, e rapidamente a abri e virei todo seu conteúdo em cima do colchão, me esquecendo do livro padrão de feitiços número seis, e pegando o grosso caderno de capa azul marinha, com um cadeado dourado o lacrado, e um enorme “secreto” bordado sobre as pequenas letras: H-J-G. As iniciais de mamãe, Hermione Jean Granger.

Passei a mão sobre a capa e estranhamente senti os cabelos de minha nuca se eriçar. Porque aquilo parecia tão errado? Era apenas as memórias da adolescência de minha mãe, e era de conhecimento geral que a adolescência dela, de meu pai e de meu tio Harry fora um tanto quanto emocionante. Seria errado eu ler e entender tudo que eles passaram pelos olhos dela?

O sentimento de curiosidade se sobrepôs ao de culpa, e antes que eu mudasse de ideia decidi que iria abri-lo e lê-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Confesso que estou com a fic bem adiantada em meu computador, e eu tinha planejado postar apenas um por semana, porém se vocês forem bonzinhos e comentarem eu vou postar o próximo ainda essa semana em retribuição :3 Mas por favor, comentem para me dizer o que estão achando, preciso saber *O* Beijos e obrigada por lerem.