Slide Away escrita por letter


Capítulo 17
Capítulo XVI


Notas iniciais do capítulo

Oie meus lindinhos, LEIAM as notas finais, por favor? Bom capítulo *-*
PS: A paulinha ainda vai betar esse capítulo, relevem os erros ortográficos.



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Já lhe ocorreu que sempre quando alguém sente aversão ou qualquer tipo de sentimento negativo por algo, esse algo volta a assolar vida dela em momentos variáveis? Pois comigo não era diferente.

Eu simplesmente odiava o fato de ter de viajar por pó de flu e fim de história.

Odiava o fato de ser menor de idade, e ter de depender de bruxos de maiores para aparatar. Mas eu odiava mais ainda não ter nem um bruxo maior de idade para me acompanhar e depender de quebrar as regras invadindo uma lareira particular e viajando por pó de flu.

Então quando eu finalmente parei na lareira desejada minha mente começou a rodar e por um segundo pensei que perderia o equilíbrio. Tentei respirar fundo e isso se mostrou uma péssima ideia: inalei metade das cinzas que havia na lareira e no segundo seguinte eu estava engasgada com elas, cuspindo cinzas por todo o vestido que peguei emprestado de Roxy sem ela saber.

À medida que eu conseguia capturar o oxigênio de volta para os meus pulmões me apressei em tirar o acumulo de vestígios que começara a enfeitar o vestido de Roxy, afugentado de minha mente as imagens do que ela faria comigo ao vê-lo naquele estado. E havia o fato de que eu precisava ficar apresentável.

– Não vai adiantar tentar arrumar. Eu já te vi – eu não tive certeza de minha reação, meu corpo agiu por si só.

Por um momento parecia tão fútil meu ódio por lareiras, parecia não importar se eu estava mais apresentada que o zelador Filch, ou do que importava se Roxanne me estrangularia por pegar seu vestido sem autorização e danificá-lo? Por um momento o mundo parou e eu consegui colocar Scorpius Hyperion Malfoy em meu campo de visão.

Ele estava sentado sobre uma lona negra que cobria uma poltrona, trajado de negro e com suas conhecidas feições imutáveis.

Por um momento era o mesmo Scorpius Malfoy que tive o desprazer de conhecer desde que eu era nova de mais me lembrar quando, mas quando ele se levantou e sorriu para mim ele se transformara no Scorpius Malfoy pelo qual eu me apaixonara sem qualquer motivo justificável ou plausível.

Meu coração tamborilava violentamente de encontro meu peito, como se finalmente voltasse a funcionar depois de semanas, por novamente poder estar perto de Scorpius. Todos os meses de saudades caíram sem aviso sobre mim, Scorpius abriu os braços me convidando para um abraço que eu tanto clamava, cambaleei para fora da lareira e respondi a ele com um pesado murro em seus ombros que o fez desequilibrar alguns passos.

– Rose! – exclamou ele esbugalhando os olhos.

– Você é um completo idiota Hyperion! – exclamei levantando os braços exasperados – Agradeça por eu não usar qualquer feitiço em você, pois estou fora da escola e em um segundo me localizariam, mas acredite, eu queria muito, muito mesmo treinar umas novas azarações que aprendi!

– M... Mas Rose! – Scorpius balançou a cabeça – Eu tenho quase certeza que o certo era você me abraçar, e me dar uns bons beijos de saudades!

– Não me interrompa Hyperion – ralhei – Um simples bilhete de “fui embora”? – perguntei formando aspas no ar com os dedos – Simples cartas de “eu estou com saudades”, “ei que tal nos encontrarmos escondidos?”. Eu realmente quero te morder!

– Rose, bonequinha, respire – pediu Scorpius andando cautelosamente até mim com os as mãos levantadas – Você sabe que nada do que você está falando faz o menor dos sentidos, certo?

– Não faz mesmo! – admiti tomando consciência de meu tom de voz – Mas passará a fazer assim que você me explicar o que pelos cabelos de Merlin aconteceu!

– Certo... Ao menos um abraço antes? – perguntou ele abrindo o sorriso mais inocente que conseguia.

– Nada disso – rebati cruzando os braços.

Scorpius soltou um suspiro e andou até o sofá ao lado da poltrona em que ele estava.

– Eu não sei o que aconteceu – confessou ele – Minhas notas não são piores que a do Albus, e eu levei menos advertências esse ano do que em qualquer outro, mas logo depois do ano novo meu pai não conversou comigo, como se estivesse bravo comigo sem qualquer motivo, e um dia antes de voltar para Hogwarts ele me acordou muito cedo, dizendo que alguém me esperava. Era o coordenador do Instituto Durmstrang, ele me avaliou por um segundo, e no segundo seguinte nosso elfo domestico apareceu com minhas malas, minha mãe me abraçou forte e pediu desculpas e antes que eu me desse conta eu havia aparatado de mãos dadas com o instrutor e estava parado sobre uma pesada nevasca de frente para um castelo muito sinistro.

­- Não falou com seus pais depois disso? – perguntei descruzando os braços e sentando ao seu lado.

– Sim, claro – contou ele – Meu pai apenas disse que seria melhor para mim ficar longe de Hogwarts.

– E você sabe por quê?

Scorpius soltou um pesado suspiro e desviou seus olhos do meu. As palavras não ditas responderam minha pergunta sem deixar qualquer dúvida.

– Por minha causa – respondi por fim.

– Rose...

Novamente Scorpius me olhava, ele abriu um meio sorriso:

– Eu estava com saudades.

– Eu também estava – confessei me aproximando dele.

Scorpius colocou sua mão sobre a minha.

– Não vai ser meu pai que vai me deixar longe de você, ele poderia me levar para a Oceania e não iria conseguir nos afastar. Estou disposto a enfrentar ele ou qualquer outra pessoa para isso dar certo – prometeu Scorpius.

– Acredito em você – murmurei – Bom... Agora sim, se você quiser, posso lhe dar uns beijinhos de saudades – falei dando de ombros como quem não quer nada.

Scorpius soltou uma risada, passando seus braços em volta de mim me puxando para próximo de si, plantando rápidos beijos por todos os lados de meu rosto e pescoço até chegar aos meus lábios, onde o beijo desacelerou e pude sentir o contorno de seus lábios sobre os meus, e o cuidado deles ao explorar minha boca.

Por que motivo Draco Malfoy não poderia aprovar aquilo? Sentindo as mãos de Scorpius por meu corpo e o calor de seus lábios nos meus, aquilo pareceu tão certo e necessário que não fazia sentido imaginar qualquer motivo para o senhor Malfoy nos afastar.

– Scor – balbuciei me separando de seus lábios – Seu pai deve ter algum motivo.

– Rixas antigas – supôs Scorpius.

– Não – balancei a cabeça me afastando – Minha mãe, no natal... Eu não lhe falei, mas ela pediu para que eu me afastasse de você.

– Seu pai e minha mãe tiveram um romance, talvez se sintam desconfortável por nós termos um.

– E se for mais do que isso Scorpius? – me afastei mais um pouco para que eu pudesse o ver direito – E se eles tiverem medo de... – o que eu ia falar? Sermos irmãos? Eu não conseguia colocar essas palavras para fora.

– Eu não sei eles, mas eu sei do que você tem medo Rose, eu também tive esse medo, no começo... Por isso me afastei, mas é impossível isso que você está pensando – não era difícil notar que Scorpius também tinha dificuldades em lidar com tal ideia a ponto de não conseguir pronunciar as palavras que eu também não consegui.

Scorpius se levantou e estendeu sua mão para mim.

– Vamos explorar essa casa? Talvez isso afaste esses pensamentos de você – sugeriu ele de forma compreensível.

Grata pela idéia, eu peguei sua mão e me levantei.

– Qual a história dessa casa Rose?

– É a "A mui antiga e nobre Casa dos Black” – contei – Meu padrinho Harry a herdou de seu padrinho Sirius Black, o último Black que a herdou, a casa era de seus pais e ele fugiu aos dezesseis ou dezessete – dei de ombros – A parte de ter sido preso e ter sido o primeiro a fugir de Askaban você conhece, e bom, depois que fugiu ele ofereceu a casa para sede da Ordem da Fênix. A casa é escondida por isso lhe mandei aquele bilhete com o endereço e disse para você ler em voz alta.

– Isso eu percebi.

– Bom, depois que um Comensal da Morte descobriu a localização ninguém mais a usou, mesmo depois do fim da guerra meu padrinho não se sentia confortável aqui... E aqui está ela abandonada.

– Interessante.

– Cuidado com a escada, Albus me contou que se esbarrar em não sei o que vai aparecer à mãe de Sirius Black berrando com a gente.

– Isso é... Estranho – falou Scorpius colocando o pé com cautela no primeiro degrau.

Subi logo atrás dele, tentando gravar cada detalhe da casa e formulando em minha mente maneiras de deixá-la habitável novamente, mas me perdi na trilha dos pensamentos quando notei as cabeças de elfos que enfeitavam a parede lateral pregadas em placas.

– Essa casa tem quantos andares? – perguntou Scorpius olhando para cima.

– Quatro ou cinco – dei de ombros – Acho que minha mãe já teve um quarto por aqui durante o tempo que ficou aqui da primeira vez – falei soltando a mão de Scorpius e andando pelo corredor do primeiro andar.

Algumas das portas estavam trancadas e eu não estava disposta a usar magia para abri-lá, pois eu não podia.

Mas a última porta estava destrancada e sem pestanejar eu a abri.

Lumus – murmurou Scorpius ao meu lado.

Mesmo com a mínima luz se via muito pouco do quarto. Scorpius o adentrou a minha frente, iluminando as paredes e eu segui a seu lado.

– Olha isso – apontou ele para parede, onde algumas fotos estavam coladas. Com certeza eram fotos trouxas, pois os personagens dela não se moviam, se aproximando da parede e semicerrando os olhos consegui discernir de quem era a fotografia, e com um sorriso nos lábios percebi que eram meus avôs maternos.

– São os pais de minha mãe – contei.

Scorpius se aproximou e os fitou por um momento.

– É difícil dizer, mas acho que você parece com sua avó.

Assenti me virando, com sede de explorar mais o quarto.

Indo para o lado oposto de Scorpius, andei até tropeçar em um criado mudo e me sentando a beirada da cama que estava ao seu lado tentei abrir a gaveta, mas está por sua vez estava emperrada.

Scorpius se jogou na cama a meu lado.

– Bastante interessante – comentou ele em tom de tédio.

– Eu não tenho muito tempo Scor – falei – Dominique me ajudou a usar a lareira da sala de Teddy para vir, mas não vai demorar e alguém vai sentir minha falta e a Domi está realmente encrencada e eu preciso ficar com ela, e... – Fui interrompida pelos lábios de Malfoy que grudaram nos meus me silenciando.

– Você fala de mais Rose Weasley – a pouca luz que provinha de sua varinha apagou quando a mesma caiu ao chão.

– Scor... – murmurei.

Ele me silenciou novamente com seus lábios, me puxando para perto de si ao meio da cama. O beijo estava diferente de todos que antes tivemos, não era calmo, não era incerto, era decidido e voraz, como se Scorpius tivesse medo de que escapulisse de seus braços.

Sem demora comecei a sentir o que Scorpius sentia, como se a proximidade de nossos corpos fosse capaz de passar de um para o outro os mesmo sentimentos, e com a mesma intensidade que ele comecei a retribuir seus beijos e suas carícias, deixando de lado toda a razão.

Mas parecia tão certo... Tão necessário.


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Notas finais do capítulo

1º Então pessoal, fiquei satisfeita de ver que o cap bônus deu certo e nos comentários houve várias sugestões interessantes para futuros capítulos bônus, então eu irei montar mais alguns até o final da fic, e se você tiver algum personagem em especial para ter um capitulo narrado por ele basta falar nos comentários que tentarei atender aos pedidos.
2º Eu não respondi os reviews do último capítulo pelo tempo que está bem corrido, mas juto que li todos com muito carinho e amei cada um. Não prometo postar o próximo rápido, pois vocês sabem, final de ano letivo é uma correria (...) E muito obrigada a todos que me desejaram boa sorte no ENEM (alguém mais viu a questão sobre a JK na prova?) *-*
3º No domingo é meu aniversário (weeee) então se vocês quiserem me presentar com lindos reviews, recomendações e favoritos, ficarei muito feliz.
4º Obrigada por lerem o capítulo e as notinhas, beijinhos.
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Capítulo betado e me desculpem a demora e se o capítulo ainda conter alguns erros, é que estou super cansada e posso ter deixado passar alguma coisa!! Feliz Natal pra quem estiver lendo agora e deixe a Letter feliz com um review ^^