Slide Away escrita por letter


Capítulo 12
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Algumas Consideração : Primeira quero muito agradecer a
Be HAPPY e a Isabel e a minha diva Júlia pelas recomendações que me deixaram muito feliz, adorei todas recomendações e elas realmente me inspiraram *O*
A segunda coisa é que a agora a fic está chique e tem um trailer *-* Eu vou deixar o link dele no cap e nas notas finais.
Terceiro: semana de avaliações mensais, por isso não postei antes e nem respondi os reviews, me desculpem, juro que amei cada um deles e pretendo responder eles logo, logo.
E por fim, a Paula irá betar o capítulos apenas no fds, mas para não atrasar mais já postei, então relevem os erros ortográfico, por favor.
Espero vocês nas notinhas finais.
Enjoy!



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✖trailer✖

– Sério Domi, não precisa disso – falei checando todos os ingredientes anotados com tinta rosa em um pergaminho em forma de coração.

– Não precisa? – perguntou Dominique incrédula baixando a máscara cirúrgica de seu rosto – Você ficou de cama por dois meses, não vou correr o risco de ainda estar com esse vírus e ele voar para cima de mim. Ainda mais que já está chegando o natal. Grandes planos para o natal, grandes planos, nada pode dar errado... – Dominique abanou o ar entre a gente com as mãos, e subiu novamente a máscara sobre metade do seu rosto.

– Foram menos de duas semanas... – corrigi Dominique, que deu de ombros num claro: que seja.

– Acônito – murmurou Dominique estendendo as mãos, e coloquei o frasco com o ingrediente em sua mão.

O professor de poções, gentilmente, permitiu que Dominique e eu usássemos a sala de poções após o término da aula, para que Dominique finaliza-se um “projeto no qual estava trabalhando”. O projeto, não sabia qual era, mas fui intimada por minha prima para ajudá-la. Segundo Dominique, eu me beneficiaria com a poção, mas como não sabia qual – uma vez que ela escrevera apenas os ingredientes que não decorara no pergaminho em formato de coração, omitindo as instruções, o nome e os principais ingredientes que me ajudariam a descobrir do que se tratava, não havia muito o que eu pudesse fazer. 

– Está quase pronto – sua voz soava abafada devido à máscara que cobria sua boca, mas Dominique se recusava ficar perto de mim por mais de meio minuto sem proteção.

­- Tem um cheiro bom – murmurei, fechando os olhos e inalando fundo a essência que saia do caldeirão junto com a fumaça – Tem cheiro das páginas de livro novo, chuva de inverno, chocolate quente, lavanda, noz moscada e menta – uma embriaguez tomara conta de mim enquanto os cheiros penetravam minhas narinas, e materializava imagens em minha mente.

– Não, não – Dominique baixou a máscara para poder inalar melhor – Tem cheiro de pelúcia, sapatos novos, pó de flu e... o perfume do Teddy.

Dominique continuava a mexer o conteúdo do caldeirão, com os olhos fechados e as feições serenas como se estivesse sonhando. O cheiro de menta era o que mais se sobressaltava de todos os outros, o gosto se materializara em minha boca e era quase palpável... Fechei os olhos novamente e deixei as imagens penetrarem minha cabeça: um beijo de Scorpius, um roubado, com ele inconsciente, outro em minha cama, parecia um sonho, pois minha mente estava processando tudo devagar de mais por conta da doença, mas logo senti o gosto de menta na boca. Era assim o gosto do beijo de um Malfoy? Era tão bom, e eu queria...

Espere um momento.

Abri os olhos rapidamente emergindo do estupor em que me encontrava.

– Dominique! – exclamei, ela abriu os olhos assustada.

– O que foi? – perguntou alarmada, seus olhos claros correram de um lado para o outro procurando por qualquer coisa.

– Essa poção... Essa poção é a Amortentia! – abri o pergaminho em forma de coração amassado entre meus dedos, e reli os ingredientes que ali estavam escritos – Esse brilho perolado, essa fumaça em espiral e esse cheiro... Varia de pessoa para pessoa, de acordo com o que mais a atraí – falei lembrando-me de uma das primeiras aulas do trimestre – Domi, para que você está fazendo isso?

Dominique pareceu ficar momentaneamente assustada, olhando para mim com os olhos esbugalhados, mas rapidamente os estreitou.

Suas palavras ditas a pouco soaram novamente em minha mente: “Grandes planos para o natal, grandes planos”, “O perfume de Teddy”.

– Você não pode dar isso ao Teddy – falei incrédula ao concluir os verdadeiros planos de Dominique.

– E porque não? – perguntou ela, voltando os olhos para mim, que emitiam um brilho de determinação – Não vou fazer ele ficar comigo Rose, ele vai se casar com minha irmã, apenas quero ter um momento antes de perder todas as esperanças. Quero que ele me ame por algumas horas, como eu o amo.

– Dominique isso é errado de tantas maneiras que nem sei por onde começar!

Mas antes que eu pudesse ao menos começar o sermão Hogwarts explodiu.


No fim das contas Hogwarts não explodiu, mas tinha quase certeza que estava prestes a ir pelos ares. Toda a área leste inferior do castelo fora chacoalhada por conta de feitiços mal redirecionados e defendidos. Um grupo de alunos havia se amontoado na beira do corredor procurando o que diabos haviam acontecido, mas quando vi Albus correndo em minha direção com a varinha em mãos, em um Frank Longbottom bufando de raiva amaldiçoando Albus, entendi tudo.

– Rose! – Albus gritou quando me viu do lado de fora da sala de poções.

– Mas que por...? – começou Dominique, porém não pude ouvir a conclusão de sua pergunta, uma vez que Albus agarrara meu braço enquanto corria me levando junto com ele.

– Abaixe-se! – ordenou ele, e assim que obdeci, um raio vermelho passou sobre nossas cabeças – Rose me ajude!

– Albus me solte! – estava tropeçando em meus próprios pés, mas as mãos de Albus me puxavam com tamanha força e velocidade que nem permissão para cair eu tinha.

– Ele vai me matar! – berrou virando um corredor e descendo as escadas.

– Pela Nina? – supus. Frankie era o garoto mais calmo que já tive o prazer de conhecer, e eu ainda não tinha certeza se era ele mesmo que vinha correndo atrás de Albus.

– Ela contou pra ele! – Albus balançou a cabeça – Quem conta para o namorado que o traiu com seu amigo? – Albus parecia incrédulo – E depois ainda diz que me ama!

Ótimo. Mais problemas alheios para lidar.

– Primeiro perco o joelho por ela, agora vou perder a vida!

Parei abruptamente no lugar, quase me encontrando com o chão devido à força que Albus fazia para me puxar.

– Potter! – berrou Frank enfurecido lançando outro feitiço.

Dessa vez consegui desviar o mesmo com minha própria varinha.

– Vocês não vão se matar – falei me soltando das mãos de Albus e me colocando entre os dois – Não aqui nesse castelo.

– Ou qualquer outro lugar... Não é Rose? – cochichou Albus aos meus ouvidos.

– Que seja, estão grandinhos para resolver essa questão sem que sejam mandados para Askaban.

– Rose, ele desvirtuou minha namorada! – bradou Frank levantando os braços – Não posso deixá-lo impune.

– Frank, ele não fez nada do qual ela não estava consciente ou não quisesse – falei cuidadosamente. As bochechas rechonchudas de Frank passaram do vermelho para o lilás e do lilás para o roxo, dei dois paços incertos para trás, temendo o momento em que ele explodisse.

– Isso é entre mim e Albus – falou tremendo de cima a abaixo.

Meu lado racional dizia para deixar que ambos resolvessem isso, verdade seja dita, eu não era a melhor aluna em duelos comparada a Frank Longbottom e esse assunto realmente não me desrespeitava.

– Longbottom baixe a varinha – Scorpius srgiu, e apenas quando ele apareceu percebi que havia se formado uma multidão a nossa volta.

– Veio defender a vida do Potter novamente? – perguntou Frank fulminando Albus pelos olhos.

– Talvez – a voz de Scorpius era calma, assim como ele apresentava estar – Mas seu pai não gostaria de saber disso.

Frank esbugalhou os olhos e os levou até Scorpius.

– Você não contou a ele, contou?

– Ainda não, mas estou pensando em descer para as estufas para ter um séria conversa com ele – Scorpius tinha um sorriso brincalhão no rosto, porque a última coisa que Frank Longbottom faria, seria desrespeitar as regras de seu pai, Neville Longbottom. Ele admirava o pai de uma forma nada saudável, idolatrava Neville literalmente.

– Malfoy, por favor... – Frank baixou a varinha – Desculpa Potter... Não fale pro meu pai... Ele não... Por favor.

Era um tanto engraçada a cena, e algumas pessoas começaram a rir de verdade, mas eu ainda estava assustada com a possibilidade de Frank ter explodido ou de termos duelado.

– Certo, então vocês dois – Scorpius apontou para Frank e para Albus – Vão conversar agora, mas como adultos. E o resto – Scorpius passou os olhos em volta e deu de ombros – Feliz natal.

Aos poucos a multidão foi se dissipando pelo castelo, alguns seguiram Albus e Frank que iriam “conversar”, outros começaram a espalhar a fofoca. Eu estava com pena de Nina, pois tinha certeza que nas próximas semanas ela seria bombardeada por piadinhas e conversas a respeito de sua pessoa.

Eu conhecia Al o suficiente para ter certeza de que Nina não agiu mal intencionada. Ele sabia fazer com que qualquer garota se sentisse uma princesa de contos de fadas trouxa quando queria.

– Desde quando você começou a agir com maturidade, Hyperion? – perguntei me aproximando de Scorpius.

Ele deu de ombros.

– É um dos meus vários dotes Weasley.

­- Bem, você podia usá-los mais vezes, ser útil de vez em quando – sugeri.

­­- Prefiro você doente Rose – falou Scorpius.

­Ficamos estudando um ao outro por um momento. Esperava encontrá-lo desde que melhorei, mas sempre que fantasiava nossa conversa, nunca sabia o que dizer e saía correndo. Estava apurando a ideia de trazer essa fantasia para a realidade naquele instante.

­- Podemos conversar?

­Sua pergunta me pegou de surpresa, admito. Talvez eu não tivesse que sair correndo.

­Por fim nos arrastamos até um degrau próximo e nos sentamos ao pé da escada.

­- Como fica as coisas entre nós agora? – perguntou ele.

­Encolhi os ombros sentindo as bochechas queimarem, eu realmente não nasci para ter esse tipo de conversa.

­- Não sei... Depende do que queremos – murmurei sentindo as palmas de minhas mãos soarem, me virando para Scorpius.

­- Não é simples assim – balançou a cabeça.

­- Por que não? – quando vi, já havia perguntado.

­- Eu sei o que eu quero, e sei o que você – Scorpius se virou para mim, estávamos tão próximos que quase podia sentir seu hálito de menta, não seria difícil beijá-lo de novo. Mas Scorpius estava diferente, como se os últimos acontecimentos houvessem se refletido de alguma maneira em si, transformando sua personalidade brincalhona em uma mais séria.

­- E qual é o problema? – perguntei.

­- Esses malditos Rose, eles sempre foram os problemas – balançou a cabeça outra vez – Você não entende.

­­- Me explique – pedi – Não pode ser complicado de se entender.

­- Não sei se quero que você entenda... Talvez assim seja mais fácil – Scorpius se virou para mim novamente – Vai depender de você. O que você quer?

­Apurei por um momento a sentença de Scorpius. Uma parte de mim queria muito saber o que o afetara, mas outra parte, a parte impulsiva, dizia que se ele estava escondendo algo e se preocupava tanto para que eu não soubesse o que era, com certeza ele saberia que era melhor para mim. E isso era bom, certo?

­- Quero aproveitar o que estamos sentindo – Scorpius refletiu minha resposta, e aos poucos um sorriso foi se abrindo em seus lábios – Não me importo com o resto.

­- Você tem certeza? – Scorpius entrelaçou seus dedos nos meus.

­- Positivo – respondi.

­Eu não queria pensar que aquilo estava acontecendo. Tecnicamente eu acabara de falar “Scorpius eu te amo” e eu nem mesmo sabia se realmente o amava, ou se era apenas o fato de isso parecer errado que tornava essa perspectiva de sentir algo por ele mais excitante. Mas pela primeira não importava, e fui verdadeira quando disse que queria aproveitar o momento.

­Estávamos prestes a começar aproveitar o momento, Scorpius se aproximara, e me inclinara, mas antes que fossemos adiante um soluço quebrou o momento.

­- R-rose – parada a nossa frente estava uma Nina De Lefebvre com os olhos marejados e a voz entorpecida – Você tem um minuto?

Olhei para Scorpius por um segundo, ele assentiu como se dissesse “vai lá”, porém soltou um pesado suspiro.

– Claro – falei me levantando.

– Feliz natal – Scorpius se levantou e plantou um beijo em minha testa.

Ele se virou e subiu as escadas, para onde ia, não sabia, mas enquanto Nina passava o resto da noite encolhida e deitada em meu colo dizendo que estava apaixonada por dois garotos e acabara de partir o coração de ambos, eu apenas pensava no presente de natal que havia ganhado: Scorpius Hyperion Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Bem leitores, eu espero que vocês tenham gostado do capítulo :D Eu adorei o trailer, e o que vocês acharam dele? E o que acham que vai acontecer agora??? Quero muito mesmo saber o que estão achando e esperando, por isso não deixem de comentar. Beijos, beijos.
(http://www.youtube.com/watch?v=BbwsQjvi_TQ&feature=player_embedded)
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Passando aqui só pra agradecer aos comentários, e avisar que o capítulo está devidamente betado!! Beijo e obrigada aos que lembraram de mim nos reviews *-* Valeu mesmo e Feliz Natal a quem estiver lendo ^^