A Luz Das Trevas escrita por Filha de Apolo


Capítulo 6
Quarto dia - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde coisas lindas da Gi.
Espero que gostem. Peço desculpas se ficar muito pequeno, mas é porque eu TINHA que dividir esse capítulo em dois, só porque eu sou malvada mesmo ofinasiofkdslf
acho que talvez a parte 2 vá ficar menor
ai eu escrevi no começo do ano né gente, logo depois de terminar o dia 3, aí não me lembro direitinho K
vou ter que dar uma relida se quiser continuar porém fiquem tranquilos que eu tenho mais dois capítulos prontinhos esperando para virem pra cá
se eu conseguir terminar o sexto dia aí vai ter mais unzinho e eu posso esperar pra ver se escrevo nas férias.
Enfim, aproveitem o caps que depois eu escrevo mais, que vocês devem estar afobadinhos u-u



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Se espreguiçou, abriu os olhos lentamente. Encontrou o rosto esfumaçado de alguém a observando. “Hipnos?”. Sentou-se na cama.

–Bom dia, madame.

–Ah, Tânatos. Achei que fosse seu irmão.

–Erro comum. - O sorriso um pouco amarelado do deus fez Perséfone sorrir também.

–Que.. - Bocejou, esfregando os olhos. - horas são?

–Perto da hora do almoço. Como alguém tinha que passar aqui para te entregar isso – ele acenou para um pacote de coisas que estava em cima da cadeira da escrivaninha. -, aproveitei para te fazer uma visita. - Ele sorriu novamente.

–Ah... obrigada. O que são as coisas? - Tentou criar um assunto para conversarem com esperança de que o deus parasse de fitá-la tão fixamente.

–São as coisas que você pediu para Hades, óbvio. O que mais poderia ser?

Pensando melhor, ele estava certo.

–Desculpe, estou com sono.

–Ah, eu que peço perdão por acordá-la. O Senhor disse que eu podia lhe ajudar a arrumar as coisas e depois almoçar com vocês.

–Ele disse? - Perséfone foi se levantando. Amaldiçoou mentalmente o comprimento insuficiente de sua camisola. Ia até quase o joelho, mas não impedia a maior parte de suas pernas de ficar a mostra.

–Então, está gostando daqui? - Ele disse, enquanto guardavam as roupas (lindas, por sinal), que haviam nas caixas. Praticamente só vestidos e algumas roupas de baixo. Deixou os acessórios para arrumar depois, a ajuda de um homem só a traria problemas nessa parte, já estava tendo que dobrar novamente o que ele guardava sozinho.

–Hum, não sei. - Ele ergueu uma sobrancelha, mas de fato, era verdade. Não queria gostar dali, não podia, não era sua casa, mas não tinha nenhuma reclamação bem fundada para desgostar do lugar. - O tempo é estranho por aqui. As horas passam voando, mas se você pensar no que passou, parece que...

–Parece que ontem aconteceu há um mês atrás?

–Isso. - Ela se virou, olhando diretamente nos olhos do deus, talvez pela primeira vez sustentando o seu olhar sem desconfiança.

–Passei por isso, e ainda passo. É difícil, mas uma hora você se acostuma, vais ver.

–Não quero me acostumar. - Era para ser apenas pensamento, mas escapou dos lábios de Perséfone antes que ela percebesse. Ela colocou a mão na boca rapidamente.

–Tudo bem. Vamos para o almoço?

Ela poderia abraçá-lo para agradecê-lo por não discutir com ela.

–Certo. Te vejo lá, ainda tenho que colocar uma roupa..

–Verdade. Se quiser, te espero aqui. - “E te ajudo.” os pensamentos de Tânatos acrescentaram o final da frase.

–Não é necessário, eu já estou indo.

–Okay, então. Nos vemos lá, vou passar e chamar Hipnos. - Ele se aproximou, fazendo-a recuar levemente. Beijou a bochecha dela, sorriu e foi para a porta. Deu uma pequena piscada para a deusa antes de ir embora. Perséfone tinha certeza que estava roxa de vergonha.

Pegou um de seus vestidos novos aleatoriamente e foi se vestir, mas não sem antes trancar a porta do quarto, mesmo que isso estivesse se mostrando bem ineficaz.

O clima quando Perséfone entrara na sala já estava tenso. Era claro que uma briga havia recém terminado. Foi se sentar, fitando o chão, quando ouviu o barulho de uma cadeira sendo puxada. Tânatos acenava o espaço vago ao seu lado. Perséfone enrubesceu novamente. Seu olhar passou de sua cadeira para a cadeira do lado do deus, depois seu olhar e fechou o ciclo no olhar de Hades. Quase pode ouvir um grunhido vindo do rei dos mortos enquanto ele desviava os seus olhos de volta para sua comida.

Quando sentou-se, todos ouviram o pigarreio de Hades. Tudo bem que talvez houvesse um motivo especial para Hades tê-la colocado sempre sentada na cadeira da ponta, mas não queria ser desrespeitosa com Tânatos. Quando tentou sustentar o olhar frio de Hades, estremeceu. Ele a olhava com mais do que simples frieza. Ela conhecia aquele olhar. Não era ódio, decepção ou confusão. Era tristeza. Pura e simplesmente.

Comeram todos em silêncio. Quando terminaram, Hipnos e seu irmão se ergueram para sair. Tânatos passou a mão por trás da cadeira de Perséfone, roçando seus dedos no seu cabelo ondulado que caía em suas costas. Se alguém estivesse olhando, teriam notado os olhos de Hades se estreitarem.

Ela se virou para o deus, ele sorria para ela, - Um dia desses vou te mostrar meu local de trabalho, me aguarde! -, Perséfone se limitou a um aceno de cabeça e um sorriso de canto da boca.

–Então, - A voz do Deus dos Mortos soou seca, preenchendo o ambiente depois de alguns minutos de silêncio. Perséfone engoliu em seco. - você e Tânatos estão se dando bem.

–É, eu acho.. tanto quanto eu e Hipnos. Nos falamos poucas vezes. - Perséfone terminou sua sobremesa.

–Sei. - O deus terminou sua bebida e se ergueu, fazendo com que a deusa instintivamente levantasse também. - Eu tinha planos para mostrar-lhe mais umas coisas importantes que você precisava saber, se você quiser me acompanhar durante a tarde.

–Hum, tudo bem. - Deixou que um pedaço minúsculo de esperança, esperança de que Hades cumpriria sua promessa, crescesse dentro de si.

–Me encontrarás no Salão dos Tronos ou em meu escritório. Vá a hora que for melhor para você. - Ele saiu porta fora, sem esperar a reação de Perséfone.

As servas saíram para recolher a louça. A deusa se sentou novamente, confusa.

–O que eu fiz para irritá-lo?!

–Por onde quer que eu comece? - Perséfone se virou para a alma ao seu lado e suspirou.

–Delta, eu não fiz nada!

–Vou apenas lhe dizer algo que eu observei, e certamente o magoou.

–Por favor.. - Perséfone puxou a cadeira onde antes Tânatos estava sentado.

–Não vou lhe explicar o porquê de Hades ter feito questão que você sentasse na cadeira da ponta, vou apenas te dizer um pequeno detalhe que para você pode ter passado despercebido, mas ele deve ter visto maldade no seu ato.

–Direto ao ponto, Delta!

–Certo. Você nunca deixou ele tocá-la. Nem que fosse apenas para puxar a cadeira. Parecia temer a pele dele. Agora, Tânatos passou deliberadamente as mãos pelas suas costas e você nem se curvou, não hesitou.

Perséfone teve que esboçar uma risada.

–O quê? Hades nunca ficaria bravo por isso.

–Não ria, querida, você tem que entender que Hades sempre foi temido por todos, e ele não aprecia isso.

–Não é o que parece, oras. Ele vive com aquele olhar sombrio e...

–Se disseres que ele é cruel, vou te mandar embora. - A alma se ergueu, terminando de recolher os últimos pratos. - Ele é educado e gentil sempre que é possível. Seu modo sombrio e tímido é apenas o jeito que ele é. Aceite-o.

Delta se retirou para cozinha, deixando Perséfone pensativa.

Pigarreou alto, chamando a atenção do deus. Estava há pelo menos meia hora escorada em um dos pilares da Sala dos Tronos, esperando que Hades erguesse seus olhos do pergaminho que trazia em suas mãos. Ele terminou de ler um parágrafo e ergueu os olhos.

–Boa tarde. Lembra de mim? - A deusa resmungou. - Você disse que ia demorar menos de um minuto para terminar sua leitura, e cá estou eu, ainda aguardando.

Ele não falou nada, apenas enrolou o pergaminho e ficou observando Perséfone. “Ah, se soubesses que eu tento de tudo para esquecê-la, não faria tal pergunta”.

–Linda. - Ele sussurrou, depois de observá-la por mais cinco minutos. Sorte que ela havia se virado para cumprimentar Caronte. Hades se permitiu um sorriso. O vestido lilás esvoaçava-se atrás dela, enquanto a deusa caminhava até o Barqueiro. Suas pernas delicadas e levemente tonificadas ficavam a mostra, assim como suas costas. Podia perceber as perfeitas curvas de mulher que ela continha, desde suas orelhas até o tamanho de suas coxas, ela era completamente proporcional. Incrível. Ela usava pequenos brincos de pérolas brancas e um colar com um pequeno pingente que realçava suas curvas do pescoço. Tudo nela era lindo. Seu rosto era um exemplo disso, já que até mesmo suas pálpebras conseguiam ser...

–Só não vá babar,meu Senhor. - Hades piscou várias vezes, se endireitou em seu trono e virou-se para a dona da voz.

–Boa tarde, Hécate.

–Boa tarde, Hades. - Ela caminhou até ele, que se levantou. A deusa se curvou para sussurrar em seu ouvido: - Cuidado com o tipo de pessoa que você deixa entrar na sua vida. Depois vai ser tarde demais.

Antes que ele pudesse ofendê-la, a deusa da magia desapareceu. Perséfone se virou e caminhou até ele, virando-se para sorrir e dar tchau para Caronte.

–Vamos? - Ela disse, com um bom humor suspeito. Ele assentiu e a deixou ir na sua frente.

–É isso? Uma caverna?

–Sim, uma caverna.

–Me fez andar até meus pés quase explodirem para me mostrar isso. - Perséfone gesticulou, indignada. - Eu nem sabia que esse palácio tinha tantos corredores.

–É porque fomos por debaixo do castelo. Você não achava que fosse tão comprido pois não pode ver essa parte.

–Espera, nós estamos em baixo do Submundo?

–Mais ou menos. Isso é o ponto mais profundo do Mundo Inferior. - Hades apontou para a caverna. - O fundo disso, na verdade.

–Da caverna?

–A caverna contém um buraco. É uma entrada. Um abismo.

–Um abismo? - Perséfone captou pelo olhar de Hades que se ela fizesse mais uma pergunta, aparentemente óbvia para ele, acabaria nos Campos de Punição. Resolveu pensar, então. Fazia bem, às vezes.

Demorou dez minutos, mas ela conseguiu.

–O Tártaro! - Ao pronunciar o nome, a deusa sentiu como se as poucas sombras, resultado das tochas que iluminavam os cantos e as paredes do cômodo até a entrada da caverna, estivessem sido engolidas pela caverna.

–Sim.

–Por que você me trouxe aqui? - Ela olhou para os lados, preocupada. Não sabia se devia aproximar-se de Hades buscando por proteção, ou se afastar dele.

–Para impedir que, em um surto de curiosidade, se encontrasse aqui sem saber o que fazer. Fiz questão de te mostrar as portas que você deve evitar e o porquê, para que não se machuque.

Perséfone notou que ele usou a palavra “evitar” com ênfase, como se não quisesse dizer “proibir”. Certo ele, pois não tinha direito algum de proibi-la de algo.

–Entendo... obrigada?

–Disponha. - Ele se aproximou lentamente da deusa e colocou a mão em suas costas, a virando de volta para a saída. - Vamos.

–Espere. - Ela se desvencilhou delicadamente dele e deu dois passos para perto da caverna. - Não vamos ver o que há ali dentro?

–É um buraco. Um buraco grande, frio e que possui vontade própria. - Ele falou, naturalmente. - Vamos.

–O quê? - Ela se virou rapidamente. - Vida?

–Eu prefiro discutir isso com você lá em cima. - Metade das tochas, as mais próximas da caverna, tiveram suas chamas consumidas por um sopro quente que saiu das pedras. Hades se precipitou e puxou Perséfone para perto dele. Ia abraçá-la, mas sentiu ela hesitar a aproximação. - Vamos.

–Agora me explique. Vida própria?

Estavam de volta à “superfície”. Ou devia chamar de “térreo”?

–Tártaro é um deus primordial, como Gaia e Urano. Todos nasceram de Caos, o começo de toda nossa existência, o passado. - Estavam sentados em uma espécie de sacada que Perséfone não sabia que existia, no terceiro andar. Estavam virados para as costas do Castelo e, de acordo com Hades, a escuridão que Perséfone via em sua frente podia mostrar-lhe a imagem que quisesse do mundo dos mortais.

–É por isso que vocês por aqui falam coisas do tipo “graças a Caos”?

–Não queria que eu dissesse “graças a Zeus”, queria? - Hades sorriu com a risada que Perséfone deixou escapar.

–Faz sentido. Mas continue..

–Então, Como Urano era a personificação dos céus e Gaia da terra, Tártaro é a personificação do Mundo Inferior primordial. Há um tempo atrás, no tempo que não existiam humanos ou heróis, antes mesmo de eu nascer, durante a Era dos Titãs, as almas dos mais fracos, que tombavam em batalha, eram dadas ao Tártaro como alimento.

–E como você criou o Mundo Inferior?

–Assim como Zeus fez com que o Olimpo se tornasse o governo dos Céus e Poseidon fez com que os oceanos respondessem ao seu comando.

–Hum. Então você criou os Elísios?

–Sim. Com a criação dos humanos, foi necessário ter divisórias para os que fossem dignos, já que nem todos tinham a sorte de Hércules de se tornarem deuses, mas também não eram tão terríveis para irem direto para o Tártaro. - Perséfone tomava seu chá enquanto escutava. Se encostou para trás na cadeira e ergueu seus pés, os descansando na perna de Hades.

–Então antes de existirem os Campos, eram apenas você e o Tártaro aqui em baixo?

–Mais ou menos. Nesse tempo, eu ainda frequentava o Olimpo, mesmo que contra o gosto de muitos. Eu ainda era respeitado. - O rancor em sua voz era quase palpável. - Seu pai baniu-me no espaço de tempo entre a criação dos humanos e a “descoberta” do fogo.

–Ah, eu ouvi sobre isso, como Prometeu roubou o fogo do Olimpo e o entregou aos mortais! Nunca vi meu pai odiar tanto alguém como ele odeia aquele titã.

–Olha, vou deixar você ficar pensando que é só por isso que seu pai odeia ele, certo? Algum dia eu lhe explico o que realmente aconteceu.

–Hum...

–Não morra de curiosidade.

–Não vou! Não sou tão curiosa. - Perséfone bufou e cruzou os braços, mas não conseguiu segurar a risada. Ah, como eram lindos seus risos, eram melodia para os ouvidos de Hades, talvez o melhor som que já ouvira em sua vida. Era talvez a primeira vez que ela ria na frente dele sem hesitar, sem tentar esconder ou se conter.

–Enfim, depois de banido, vim de volta para cá, aprimorei meu Castelo, meus domínios e cá estou.

–Mas, moraste o tempo todo sozinho?

–Ah, de modo algum. Nix também é filha de Caos, ela me acompanhou desde o começo. - Perséfone suprimiu um som de fofura, se limitou a sorrir.

Ficaram conversando até o fim do dia. Haviam passado a tarde juntos e ainda não haviam tentado se matar, era uma coisa boa, mas Hades sabia que eles brigariam na janta. Ele ia cumprir sua promessa e ficaria enlouquecida com ele. Era bom ter ao menos conseguido ouvir sua risada. As chances de ela não querer falar com ele pelo resto da eternidade eram enormes. Hades dispensou as servas e levou Perséfone até seu quarto, para que pudesse se aprontar para o jantar, e depois foi cuidar de seus próprios arranjos.

Hades se encontrava encostado na cabeceira do quarto da deusa, a fitando com um olhar inocente, as mãos brincando com uma escova de cabelo prateada que encontrara quando entrou.

–Nix, por favor.

–Não, já lhe avise, não me envolva nisso. Eu adorei a garota, mas você não pode simplesmente mantê-la aqui como uma posse!

–Eu não estou maltratando-a! E ela também te adorou. Depois dos anos que convivemos sob esse mesmo teto, vais me negar um favor?

–Uh, Hades, você é impossível! - A deusa jogou os braços para cima, levantou da cama e andou pelo quarto até o closet. - E não está a maltratando ainda. Eu vi nos olhos dela, é uma rebelde, logo vai se opor a você e pretende domá-la como?

–Não a domarei, essa é a parte que tu não entendes. Ela não precisa ser domada, e sim ensinada. Ela é rebelde pois todos a sua volta a privavam do mundo. - Largou a escova e andou até a porta do closet, se recostando.

–E você vai mostrar-lhe o mundo como, querido? - A deusa olhou com ternura para o Rei. - Não tem como ver o mundo de baixo, meu bem, e se tentarás mostrar o mundo de cima, saiba que ela escapará na primeira oportunidade. Você não acha que ele não vai procurá-la?

–Claro que não! Tenho um trato com meu irmão, sabes disso! Ele não é tão louco a ponto de quebrar uma promessa. Estamos em tempos difíceis, sabes que ele não faria isso.

–Mas você a raptou, Hades!

–Esperava que eu fizesse o quê? - O deus ergueu o tom de voz, impaciente.

–Que ele a entregasse ela.

–Rá, nunca! Zeus não saberia como abordar um assunto tão delicado com alguém como ela, entenda isso! Foi melhor assim. Tenho certeza que ela não me odeia completamente e não me odiará quando souber de minhas intenções! Se ele a entregasse a mim, seria como um casamento arranjado.

–Ah, imagino que sim, assim que ela descobrir que você pretende despejar um caminhão de responsabilidades em cima de alguém imaturo e jovem, ela vai lhe adorar. Excluindo o fato que você pretende manter uma relação com ela.

–Qual o problema? E não a insulte assim! Ela é madura o suficiente para ser minha, e não há nada de errado com isso.

–Você é éons mais velho que o pai dela e ela está na flor da idade!

–Não importa, aposto que temos a mesma experiência com relacionamentos.

–Sério? - Nix revirou os olhos, sarcástica. - Imagino que ela saia por aí encantando homens.

–Eu não faço isso! A culpa não é minha, você sabe! Eu não me esforço e eu nunca quis nenhuma delas, não entendo porque nós, deuses, também necessitamos de contato carnal. Não sou eu quem controla meu corpo! - A deusa quis rir, mas se absteve. Rir da cara do próprio Rei não seria muito delicado.

–Enfim, porque não pede para Hécate? Você sabe que ela faria qualquer coisa por você.

–É, é, tu não paras de me lembrar isso. - Hades bagunçou o cabelo e mudou o tom de voz, incomodado. - Não acredito no que dizes, eu e Hécate somos apenas bons e velhos amigos.

–Claro, claro, se você diz. Mas então, por que não pede a ela?

–Ela não se adaptou com Perséfone. Sabe como ela é implicante, seria pior se a desse essa tarefa. E é por isso que eu a dou a ti, que também é minha boa e velha amiga.

–Já lhe falei que você é impossível?

–Falou sim.

–Pois repito: você é impossível.

–Obrigado. - Hades beijou a testa de Nix e saiu pela porta, vagando pelos corredores até seu escritório.

“Tenho que avisar Delta para não deixar taças na mesa”.


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Notas finais do capítulo

É isso, amores oavbskfsadgoindgk sei que todo mundo quer ver a louça de Hades arruinada, pq vocês são uns barraqueiros mesmos, mas só daqui a 2 meses okay? ):
Entendam que eu estipulei postar caps de 2 em 2 meses pra não fica muito tempo sem postar, se não vou acabar postando tudo agora e ficar 1 ano sem postar. Vão por mim, é melhor assim.
Se quiserem um porquê pra demora, só aviso que é meu ano de vestibular, o tempo livre que eu tenho to passando todo estudando, eu simplesmente não tenho como escrever. Nem mais dormir tarde eu tô dormindo, e era de madrugada que eu tinha meus picos de inspiração.
Mas saibam: eu não vou desistir dessa história. NÃO vou. Não importa quanto eu demora, acreditem, vocês vão ter um final pra cá. Eu me orgulho do quanto que eu já escrevi e não vou abandonar vocês.
Confiem em mim
e me xinguem nos comentários OSINISAKLDSABUSAKFJ
Beijocas beijocas, até daqui 2 longos meses
amo vocês.

Obrigadão pelas recomendações, vocês são demais! Sério, queria poder abraçar cada um de vocês que comentou, divulgou e recomendou ovabdfksdfbas amei, fiquei muito feliz de entrar e ver que tinha ganhou mais leitores, vocês são os melhores



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