Memories In The Rain escrita por Sammy


Capítulo 1
Capítulo Único - Memórias na Chuva


Notas iniciais do capítulo

Enfim, eu fiquei super triste no final. Se eles não tivessem apagado a memória dela, eu até que ficaria bem, mas não! A Kagesaki tinha que me fazer chorar, sabe.
No mangá, a autora não fala o sexo do/a filho/a do Ren, então eu decidi que é um menino e o nome dele é Hiro.
Minha primeira fic de Karin, espero que esteja boa. POV's Anju. Boa leitura! o/



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Aquele garoto Usui realmente tinha algo que despertava o interesse da onee-chan. Assim que os dois começaram à namorar, senti como se eu tivesse perdido algo muito valioso para mim.

Assim que eu soube que iam apagar a memória da onee-chan, gelei. Eu não sabia se chorava, se desabava no chão ou simplesmente desmaiava. Só dei um sorriso triste e perguntei: “Vocês estão brincando comigo?”. Meus pais só acenaram negativamente com a cabeça. Se eu chorasse e dissesse: “Vocês não podem fazer isso!”, todos me encarariam como a pirralha mimada que não aceita perder. Às vezes, eu realmente acho que sou isso.

Eu já tenho vinte e dois anos. Acho que já não é mais época de ficar relembrando o passado. E eu tenho dois sobrinhos agora, apesar de uma nem saber que eu existo. O filho do Ren-nii-sama é parecido com a mãe. Ele ficou fulo por ter que criar o menino, e se arrepende amargamente de ter violentado aquela mulher.

Eu realmente gostaria de poder ajudar aqueles dois à criar a filha, mas não posso nem ser amiga da onee-chan. Usui Kenta foi proibido de falar qualquer coisa sobre nós.

Vovó começou à acordar com mais frequência, o que irritou bastante a mamãe. Vovó gosta de ver a bisneta dela, embora não possa falar com ela. Vovó també parou de incomodar o nii-sama, e agora vive perseguindo o Hiro-chan por aí.

Nossa família está muito depressiva depois da saída de Karin. Nem o Hiro-chan correndo pela casa alegrou mais o clima.

Algumas vezes eu me lembro da minha infância. Da primeira vez que a onee-chan teve um sangramento nasal. Eu realmente nutria muita admiração e carinho por ela. Eu gostava de brincar com ela, mas parece que Bogie-kun não ia muito com a cara dela. Por que ia? Porque a distância nos faz perceber que não demos o devido valor a alguém enquanto ainda a tínhamos por perto, e agora ele lamente não tê-la mais por perto. Ele diz que é porquê não tem mais quem irritar, mas eu não acredito.

Fui para o meu quarto. Meu caixão estava lá, como sempre. Uma chuva leve caía, e eu me apoiei no parapeito da janela para admirar a cena. Fechei os meus olhos, e muitas lembranças me vieram em mente. Como o dia estava chuvoso, não tinha problema sair para fora de casa. Peguei o meu guarda-chuva, e fui até o quintal. Sentei em um banco que fica debaixo de uma árvore. Fiquei olhando a chuva cair, enquanto lembranças ainda me vinham em mente. Nem percebi quando caí no sono, mas eu gostaria de poder continuar com aquele sonho para sempre.

–----X-----

Estávamos no quintal. Era inverno, e a neve caia levemente das folhas das árvores. A onee-chan estava lá, observando a paisagem, e eu estava junto, segurando a mão dela. Ela soltou a minha mão e apoiou as duas na cintura, dizendo:

– Certo! É hora de aproveitar a neve! - disse ela, sorrindo.

– Como? - perguntei.

Bonecos de neve! - respondeu ela. – Já fez algum? - acenei negativamente com a cabeça. - Eu te ensino, é fácil e divertido!

Obrigada, onee-chan. - falei, com as bochechas coradas. Ela olhou para mim e depois me abraçou muito forte. - Ahn, onee-chan?

– Você é muito fofa, Anju! - disse ela. Corei de novo. - Vamos lá! A gente tem que fazer três bolas de neve: uma grande, uma média e uma pequena. Eu faço a média e você faz a pequena, ok? - explicou ela.

Ok, mas... E a grande? A gente vai chamar o Ren-nii-sama para ajudar? - perguntei.

Ele não pode sair. Acho que ele nem ajudaria a gente, certo? – perguntou ela. Sorri de leve. - Nós fazemos a grande juntas!

E assim, ficamos fazendo bolas de neve. Quando eu terminei a minha, a onee-chan sorriu e disse: “Muito bem, Anju!”. Ela também terminou a dela, e começamos à fazer a grande. Nós a terminamos, e começamos à montar o boneco. A onee-chan tinha trazido um cachecol, um gorro uma cenoura e dois botões, que eu não entendi para que serviam. Ela também tinha separado dois galhos e umas seis pedrinhas.

Yoshi!* Agora, precisamos decorá-lo! - disse ela. Fitei os itens que ela havia trazido e separado, agora eu entendia o porquê dela os ter trazido.

Sim! - falei sorrindo, com as bochechas um pouco coradas.

A onee-chan me pediu para colocar o cachecol e os braços no boneco, e eu coloquei. Ela começou à colocar as pedrinhas. Devia ser a boca. Eu coloquei a cenoura um pouco acima da boca. A onee-chan colocou os botões, que era os olhos, e me levantou para que eu pudesse colocar o gorro. Admiramos o boneco, e eu sorri como se nunca tivesse feito nada tão legal quanto aquele boneco.

E então, gostou, Anju? - perguntou ela.

Sim, eu amei! - falei, abraçando ela. Ela retribuiu e voltamos para a casa.

–----X-----

– Anju? Anju, acorde. - a voz da minha mãe ecoava na minha cabeça. Abri os olhos e percebi que as minhas bochechas estavam quentes e meio molhadas.

– Mama...? - perguntei. Ela sorriu e estendeu a mão.

– Você caiu no sono, Anju. E parece ter chorado um pouco. - disse ela toquei a minha face, e depois segurei a mão da minha mãe.

– À quanto tempo parou de chover? - perguntei. Minha mãe me guiava de volta para casa.

– Não sei. - respondeu ela. - O seu sonho foi bom? - baixei a cabeça.

– Sonhei com a onee-chan. - respondi. Minha mãe fez uma expressão triste.

– Infelizmente, a Karin teve que ir embora. Ela não seria feliz ao nosso lado, Anju. Mesmo que nós consigamos trazer as memórias dela de volta, ela nunca nos perdoará por termos afastado ela. - baixei mais ainda o rosto. Lágrimas quentes começavam a cair pela minha face. Minha mãe percebeu, se virou e acariciou o meu rosto. - Não fique assim. Nós ainda podemos vê-la, só não podemos falar com ela.

– Sim. - concordei, sorrindo. Assim que eu pisei em casa, fui para o meu quarto. Voltei ao parapeito da janela. Uma chuva leve voltara à cair. Eu sempre me recordaria daquela bela chuva, que me deu tantas lembranças.



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Notas finais do capítulo

*: certo. Deixei em japonês porque eu achei kawaii.
Tô triste aqui ;-; Bem, espero que tenham gostado!