Skinny Love escrita por Brus


Capítulo 34
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Muitos acharam que era mentira, que não iria acontecer, que era uma lenda, mas sim, eu voltei da terra dos desaparecidos com o epílogo mais clichê conhecido entre os homens...
Vocês vão querer me matar depois que eu disser isso, mas esse epílogo ficou pronto no dia em que u postei o último capítulo. E sim, eu levei 5 meses para postá-lo. Motivo? Sou uma bitch.
Enfim, espero que gostem (:



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Azar.

Essa foi a palavra que me acompanhou por mais de vinte anos. Mas fora essa mesma palavra, temida por muitos, odiada por todos e bem vinda somente à quem deseja o pior ao próximo, que me fez estar onde estou.

Posso dizer que minha história até o atual momento foi no mínimo estranha. Não posso dizer que levei uma adolescência e juventude calma. E certamente, quando contar minha história para a posterioridade, vou fazer questão de ocultar alguns fatos vergonhosos (principalmente se essa posterioridade forem meus filhos).

Mas, se querem saber, repetiria tudo. Viveria tudo exatamente, nos mínimos detalhes, se isso me trouxesse aonde estou, nesse exato segundo: na sala do apartamento, dividindo um pretzel com a pessoa que mora sob o mesmo teto que eu, que por acaso era o mesmo que me acompanhou em toda minha história maluca.

E tudo isso, fora possível somente com a ajuda da minha falta de sorte.

Afinal, como eu iria acabar presa em um apartamento velho e mofado no centro de Nova York, com uma mulher até então desconhecida por mim e seu filho que era no mínimo, perturbado mentalmente? Como esse filho iria namorar, entre as 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, justamente uma das pessoas que eu mais odiava?! Como eu iria para a casa dessa menina e sair para comprar M&M, parar em outra cidade e sem mais nem menos, literalmente esbarrar em meu antigo vizinho/melhor amigo/namorado?

Não posso nem mesmo listar a quantidade de coisas inesperadas que aconteceram nesses últimos anos. E tudo obra da minha sorte que decidiu dar uma volta e nunca mais voltou.

Mas posso afirmar com toda certeza que, se nada disso tivesse acontecido, ou, se os fatos ocorressem de forma diferente, eu não estaria aqui. Talvez ainda estivesse viajando com meus pais, não teria feito faculdade na Califórnia, não teria namorado Will por dois ótimos anos ou conhecido Holly, voltado para cá...

E não, não estaria nem um terço tão feliz e satisfeita como estou agora.

– Você sabe que estamos atrasados, e que o Matt vai nos esfaquear, certo? - Harry disse tirando com um guardanapo o chocolate que estava no canto da minha boca.

– Você tem certeza de que quer que seu filho nasça com cara de pretzel de chocolate? - disse me levantando e pegando meus sapatos.

– Ok, você venceu. Mas é você quem vai ter que explicar à Prim porque chegamos atrasados. - revirei os olhos.

– Vamos, não quero chegar antes que a cerimônia comece. - peguei minha bolsa, enquanto Harry pegava as chaves do carro.

Antes que eu passasse pela porta, ele me puxou e selou nossos lábios.
– Eu amo você, loirinha. - sorri.

– Eu também te amo, e não quero que essa criança cresça com um pai morto antes do seu nascimento, então vamos logo. - dei mais um beijo em Harry (eu nunca me cansava de beijar aquela boca e provavelmente nunca me cansaria).
Observei-o ir em direção ao elevador. Virei-me para trancar a porta.

É extremamente irônico, mas hoje, cinco anos, um casamento e uma gravidez depois, eu posso afirmar da forma mais clichê que existe entre os homens, que eu sou a mulher mais sortuda do mundo.


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Notas finais do capítulo

E então? Alguém ainda vivo para ler isso? Espero que sim... E espero que tenham gostado também.
Beijos, até uma próxima história (: