Skinny Love escrita por Brus


Capítulo 30
Capítulo 29 - De Volta


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee (: viu? Não demorei nada!! nfjenfqln bem, não sei se vocês vão gostar desse capítulo... ou se vão querer me matar... bem, não sei jdnbfjqneq
Sem mais delongas, aproveitem (:
PS.: OBRIGADA SARA SUA LINDA PELA RECOMENDAÇÃO



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– TAYLOR! ACORDA! - senti meu corpo ser levemente (sim, ironia pura) sacudido e abri meus olhos assustada. - O que você está fazendo aqui?

Olhei em volta e percebi que ainda estava na sacada, jogada no chão.

– Ah... Ignore. - disse com a voz lenta.

– Ok, com as suas loucuras lide você. - Holly disse me ajudando a levantar. - Anda, já pro banho! A transportadora já está levando suas coisas para o caminhão e seu voo parte em duas horas!

– O QUE? - gritei entrando no apartamento pouco me importando com o fato dele estar cheio de homens e eu estar somente com uma blusa um pouco maior que eu e sem sutiã.

Corri para o meu quarto pegando minha nécessaire e me trancando no banheiro.
Tomei um banho rápido (mais rápido do que eu de fato gostaria. Não que eu quisesse virar uma uva passa murcha no chuveiro, mas aquele era o meu último banho ali. Tinha que ser um banho digno!) e fiz minha higiene matinal. Quando saí do banheiro dois homens saíam com a última caixa.

– Uau. - disse olhando em volta. - Até que esse lugar é bom. Por que eu estou indo embora mesmo?

– Porque você tem uma amiga linda que está te salvando da monotonia e da depressão aguda. Agora me agradeça mais tarde porque você já está atrasada. - Holly surgiu da porta do apartamento jogando minha bolsa e um copo com alguma bebida quente na minha mão. Olhei novamente para o apartamento e ela suspirou. - Dois minutos. Nada mais, Hill. Estou te esperando no carro. Não esqueça de entregar as chaves na portaria. - Holly fechou a porta enquanto falava ao telefone e eu me voltei para o apartamento novamente.

Não é que eu fosse apegada à ele ou algo do tipo. Minha vida não me permitiu ser apegada à objetos, lugares ou pessoas. E quando eu o fiz, digamos que o resultado final só fodeu comigo.

Chequei - desnecessariamente - os cômodos pela última vez, e fechei a porta. Cheguei ao térreo e entreguei as chaves ao porteiro, me despedindo dele.

– Achei que tivesse morrido lá. - Encontrei Holly tamborilando os dedos impacientemente no volante.

– Não enche. - murmurei e beberiquei o café que ela havia me dado. Encostei minha cabeça no banco fechando os olhos.

– Você está legal, Tay? - Hol perguntou dando partida com o carro.

Não. Eu definitivamente não estava bem. A sensação de que algo ia dar errado não me abandonava e eu nem ao menos sabia o porque. Afinal, quais eram as chances de eu esbarrar com ele em Nova York?

Com a sua sorte? Muitas. Meu subconsciente zombou.

Percebi que Holly ainda esperava uma resposta.

– Sim, claro. Por que não estaria? - Menti habilmente.

Holly me deixou no aeroporto com a chave e o endereço do seu apartamento.

Eu teria que ficar no apartamento dela até que alguns dos meus objetos pessoais chegassem, o que ia levar alguns dias.

Dentro do avião, olhei para a chave única do meu apartamento. A outra chave estava na mão de um total estranho.

Sim, eu ia dividir o apartamento. Mais por preferência que necessidade. Eu não precisava de ajuda com as despesas ou o aluguel, mas gostava da companhia de algum outro ser sob o mesmo teto que o meu. E Holly já havia fechado contrato com o seu colega de apartamento (que foi cuidadosamente selecionado, porque ela queria alguém com quem ela nunca quisesse se envolver sexualmente - mesmo que bêbada - então ela escolheu um gay. Feio, só para ressaltar) quando eu havia anunciado que aceitava ir para Nova York com ela.

O que estava perturbando meus neurônios era o fato de ter sido Holly a escolher meu colega de apartamento.

Acontece que na época, eu estava ocupada demais com as provas finais da faculdade para pensar em entrevistar alguém, principalmente quando era necessário ir à Nova York para ver os candidatos.

Claro que eu dei meus pré requisitos para ela selecionar a pessoa, mas eu duvidava seriamente que ela tivesse seguido ao pé da letra minhas exigências que incluíam: ser do sexo feminino (e não ser lésbica), evitar gays (pois eles poderiam voltar a ser homens algum dia), NADA de homens, principalmente se eles fossem médicos, bonitos, gostosos ou simpáticos (evitar ao máximo britânicos). Só aceitaria padres que fossem castrados.

Mas eu tive a certeza de que Holly não levara em conta nem metade das minhas exigências quando ela veio com o "vencedor" das entrevistas dela.

O "escolhido" dela era um homem que margeava a minha idade, tinha terminado a faculdade há pouco tempo e já estava trabalhando (o que segundo ela seria ótimo porque não me traria dor de cabeça com aluguéis atrasados). Ele não tinha nenhuma doença venérea, tinha o pênis no lugar, era atraente e hétero!

Quando eu explodi com ela e a mandei ligar para essa pessoa se desculpando e explicando que eu não estava procurando por alguém do sexo masculino em pleno vigor sexual, ela me garantiu que ele não fazia o meu tipo (eu suspeitava - embora ela negasse - que era o tipo dela, por isso ele conseguiu a vaga) e que ele não estava interessado em criar algum tipo de relacionamento amoroso no momento.

Segundo ela tinha que ser ele, porque nossas personalidades era bem parecidas e nos daríamos realmente bem.

O avião pousou (foram apenas cinco horas de voo, mas pareciam ter sido cinco dias. Principalmente porque eu estava sentada ao lado de uma criança. Sim, uma criança de sete anos. Os pais estavam atrás dele, mas isso não era suficiente para conter a energia da criança. Nem as ameaças de castigo. Nem os tapas que eles davam naquele mini capeta. Nem mesmo os métodos de tortura que eu mesma fiz questão de descrever para ele, se ele continuasse a me atormentar) assim que eu consegui pegar minha mala, pedi um táxi e saí do aeroporto, indo para o endereço que Holly havia me dito.

Cheguei ao apartamento dela (que já estava mobiliado). O homem com quem Holly dividia o apartamento estava viajando, o que fazia com que o local ficasse só para mim por um dia.

Tomei um banho e fui para a sala ver o que estava passando na televisão. Meu cansaço havia sumido com o banho, dando lugar à uma estranha agitação. Acho que era pelo fato de eu finalmente estar de volta à Nova York, depois de tantos anos. E dessa vez era pra ficar. Em dois dias eu estaria no meu apartamento, e em menos de uma semana eu começaria a trabalhar na empresa que eu orgulhosamente fora aceita sem a ajuda dos meus pais. Claro que ser filha deles já era uma grande influência, mas isso eu não podia evitar.

Estava passando os canais preguiçosamente, quando meus olhos pousaram nas chaves do carro que eu havia alugado. Voltei minha atenção para a televisão, mas então uma ideia (muito desprovida de sentido) surgiu. Afinal, era por isso que eu estava ali, certo? Bem, errado. Mas foda-se.

Levantei e peguei a chave do carro, torcendo para não ser muito tarde para uma visita.

***

Oh Deus, me diga exatamente o porquê da existência do trânsito... Será que todos os motoristas decidiram simplesmente parar de andar com os carros no meio da rua? Porque, sei lá, como eram formados os engarrafamentos? Se todos andassem em um fluxo normal, não haveriam filas quilométricas que me impediriam de fazer uma - muito provável - loucura.

Bem, com engarrafamento ou não eu iria lá. Mesmo que já fossem onze horas, eu estivesse andando a 10 km/h e ainda faltavam consideráveis quinze mil metros.

Tamborilei meus dedos impacientemente no volante. Me olhei pelo retrovisor. Eu estava um pouco descabelada e com olheiras profundas. Meu rosto estava um pouco pálido. Mas honestamente já estive pior. Bem pior.

O trânsito começou a andar um pouco mais rápido, e comecei a ficar com a sensação de ter deixado meu estômago em algum lugar no engarrafamento. Era engraçado como mesmo eu estando longe da margem de erro, algo me atraía para fazer o errado. E então eu punha a culpa na minha falta de sorte. Mas agora eu percebia que era eu quem provocava meu azar ambulante.

Comecei a pensar no que eu falaria quando chegasse lá... Mas não me vinha à mente palavras. O nervosismo era maior que qualquer tipo de pensamento coerente.

Por fim, estacionei o carro e encostei minha cabeça no banco.

– Não é nada demais. - disse à mim mesma repetidas vezes. - Só passei para dizer oi, e que eu estou morando aqui agora. O que isso tem de tão apavorante?

Bem, o fato era que eu iria falar um pouco mais do que somente um "Oi, qualquer dia podemos marcar de sair".

Respirei fundo e abri o carro. Estava um pouco frio e eu precisei me concentrar para não começar a bater o queixo. Entrei no saguão e inacreditavelmente o elevador estava funcionando, mas pela primeira vez na minha vida optei pelas escadas.

Adiar era ridículo e eu sabia.

Mesmo assim, como a covarde que era, subi lentamente os degraus e cheguei ao tão conhecido andar. Exitei um pouco, mas por fim bati na porta, que foi aberta segundos depois (nossa, que ironia).

– Taylor! Que surpresa! - Dora sorriu.

– Ah, desculpe vir sem avisar, mas cheguei hoje. - fiz uma pausa tomando ar. - Hm, Dora, o Harry está aí?

Percebi que a expressão de Dora desmoronou um pouquinho.

– Ah, meu bem... Ele não está mais morando aqui... Alugou um apartamento e viajou para Nova Jersey com a Alex... Se você tivesse vindo mais cedo...

– Ok, obrigada. - Cortei Dora antes que ela continuasse a jogar na minha cara o quão idiota eu havia sido.

Ok, ela não estava fazendo isso.

Mas eu sabia que havia sido uma.

– Quer entrar? - Ela perguntou depois de algum tempo de silêncio, onde eu me segurava pra não bater minha cabeça na parede e ela me encarava com pena.

– Não, obrigada. Eu... Já vou. Mais uma vez desculpe o horário. E qualquer dia eu passo aqui com mais calma. - sorri me afastando.

Dei as costas e comecei a descer as escadas me concentrando para não cair. Meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas.

– Taylor, espere. - me virei e Dora não estava na porta. Me aproximei do apartamento novamente e a vi vindo em minha direção com algo nas mãos. - Eu não sabia exatamente onde você morava, então ia entregar isso aos seus pais... mas como você apareceu aqui... - ela deu um sorriso meio envergonhado.

Agradeci e desci as escadas enxugando as lágrimas.

Honestamente, o que eu esperava? Chegar ali e dizer para Harry o quanto eu me arrependia de ter ido embora, que eu amava aquele idiota e que eu gostaria de ter uma chance de recomeçar? Eu realmente esperava que ele largasse tudo e ficasse comigo, só porque eu estou em Nova York agora?

É, eu esperava isso.

Nunca passou pela minha mente que ele talvez tenha superado, continuado com a vida, realmente amadurecido... Diferentemente de mim. Que continuava andando em círculos ao redor de algo que nem eu mesma tinha muita fé que poderia dar certo.

Ok, entendi. Eu e Harry. Não vai acontecer.


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Notas finais do capítulo

E aí? fjbejfnql eu gostei. Agora que o rumo da fic já está trassado e eu já terminei de escrevê-la... espero que gostem c:
Não fiz perguntas no capítulo passado, porque estava realmente com muitaaaa pressa D: mas hoje vai ser só uma perguntinha: Quais são seus planos para essas férias? jvebfjqnwn
Bem, acho que não preciso fazer toda aquela apelação melodramática pedindo reviews, porque vocês já sabem que eu estou realmente esperando que vocês ME MANDEM REVIEWS PFPFPFPF (:
beijos :3