Skinny Love escrita por Brus


Capítulo 27
Capítulo 26 - E Ano Novo...


Notas iniciais do capítulo

HEY EVERYBODY PUT YOUR PUT YOUR HANDS UP O/
EAE GALERIS, BLZ?
Ok, favela off.
Tudo bom gentennnnn? (Ta, deixa) como vocês estão? Desculpem a demora, estava em semana de provas e acabou agora. Mas semana que vem tem mais -.-
Enfim, obrigada pelos reviews lindos, e obrigada às LINDAS, GOSTOSAS E MARAVILHOSAS que me mandaram mensagem no whats app. Se você ainda não mandou, um recado: MANDA.
Até lá em baixo ^^



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Não sei quanto tempo ficamos assim, apenas abraçados. Mas por fim, Harry levantou sua cabeça e olhou nos meus olhos de uma forma séria, mas que me fez querer rir.

Na verdade, tudo estava me querendo fazer rir. Meu humor estava excelente. Obrigada álcool.

Prendi meu lábio inferior com os dentes para evitar que uma risada escapasse por eles, e os olhos de Harry foram para a minha boca.Uma de suas mãos (que estava acariciando minha cintura de forma lenta e preguiçosa) foi até meu queixo e o puxou para baixo levemente, até que eu não conseguisse mais morder meus lábios.

Não havia mais um traço sequer de humor em minha expressão. Eu agora era toda desejo. Sem freios ou remorsos. O rosto de Harry demonstrava curiosidade, como se eu fosse um brinquedo novo que ele estava descobrindo. Sua mão que estava em meu queixo virou levemente o meu rosto, e seu nariz roçou a minha bochecha, indo e voltando, me provocando, me testando.

Entreabri meus lábios e fechei meus olhos ansiando para que aquele joguinho acabasse e eu pudesse finalmente ter o que eu queria. Minhas mãos se comprimiram ao redor de seus ombros, tentando conter minha ansiedade.

Sua mão guiou meu queixo para cima, e ele agora roçava seu nariz pelo meu pescoço, até o pé da minha orelha e meu ombro. Engoli em seco e sua respiração vibrou, sinalizando uma risada. Ele estava brincando comigo! Aquele filho da puta...

Minhas unhas - curtas - estavam praticamente penetrando a camisa de Harry e eu estava mais quente que um vulcão dentro daquele moletom. A mão no meu queixo agora foi para a minha nuca, agarrando meu cabelo, e puxando minha cabeça em sua direção.

Seu nariz percorreu meu queixo, minha outra bochecha, meu nariz, e até minha boca, onde seus lábios roçaram tão levemente que parecia ser apenas minha imaginação.

– Harry - minha voz era apenas um fio praticamente inaudível, mas estávamos tão perto, que eu não precisaria nem emitir som para que ele entendesse.

– Uh? - abri meus olhos e vi os seus me encarando de forma divertida. Seu nariz estava colado no meu, nossos lábios separados por um fio.

– Ah... O Wil... - Franzi o cenho demonstrando chateação. Eu não queria ter me lembrado disso, mas minha consciência falava mais alto.

Para a minha total surpresa e espanto, Harry não fechou sua expressão ou se afastou - de imediato. Ele riu. Simplesmente riu!

Seus dentes se prenderam em meu lábio inferior, em uma mordida feroz que eu tinha certeza que começaria a sangrar mais tarde, mas eu não me importava. Eu queria mais mordidas como aquela.

Ele ficou um tempo assim, com meu lábio entre seus dentes e nossa bocas um pouco encaixadas. Ele ainda me encarava divertido, e eu o encarava de volta, querendo mais do que tudo dar continuidade àquele meio beijo.

Mas, para a minha decepção, Harry desgrudou nossos lábios encaixados e disse:

– Relaxe, loirinha. Eu não quero quebrar minha regra. - dizendo isso, ele me colocou deitava no sofá e beijou minha bochecha, dizendo no meu ouvido: - Feliz natal, Grinch.

Claro que eu era o Grinch. Não era eu quem tinha regras estúpidas que acabavam com o natal - e os desejos sexuais - das pessoas alheias.

Não demorou muito até que eu dormisse.

Acordei com o som irritante de uma chaleira. E o cheiro extremamente agradável de... Café!

Abri meus olhos e sentei no sofá rápido demais, o que me fez cambalear para o lado. Não estava de ressaca - não tinha bebido o suficiente para isso - mas minha tolerância era irritantemente baixa em relação à bebidas alcoólicas.

O que me lembrou que eu não estava bêbada o suficiente para estar de ressaca hoje, mas estava bêbada o suficiente para fazer - e pensar - coisas das quais eu tenho vergonha de admitir.

Fui até a cozinha me arrastando, e encontrei minha mãe discutindo com o coador.

– Bom dia... Mãe, o que você está fazendo?

– Café, oras. Mas esse coador não fica dentro dessa garrafa de jeito nenhum!

– Onde está a cafeteira? - perguntei me sentando na mesa.
– Onde está a luz? - Ela perguntou virando-se para mim, e colocando suas mãos na cintura.

Sorri. Eu admito que senti falta da personalidade levemente (leia: tão leve quanto um elefante) perturbada da minha mãe. Seu jeitinho doido e um pouco inconsequente. Eu definitivamente puxei isso dela. Inconsequência era praticamente meu sobrenome.

Por fim, ela desistiu de tentar fazer a água descer pelo coador e cair na garrafa térmica.

– Eu vou comprar algum café. O que vocês querem? - Meu pai apareceu na cozinha colocando seu casaco.

– Oi pai. - sorri ao vê-lo. Ele beijou o topo da minha cabeça.

– Obrigada pelo voto de confiança nas minhas habilidades na cozinha. Meu ego agradece.

– Querida, eu tenho confiança nas suas habilidades. Mas o meu estômago não pode sair prejudicado...

– Ah, que seja! Eu quero um café preto simples. - Ela disse saindo da cozinha.

– Eu também. - disse colocando minha cabeça entre as mãos.

Meu pai saiu do apartamento e eu me vi sozinha na cozinha.

Mas não por muito tempo, já que outro ser se fez presente atrás de mim.

Olhei para trás e vi Harry com um copo de starbucks na mão. Ele notou que eu observava discretamente (ok, sejamos honestos para não sermos hipócritas, eu estava quase pulando em cima dele e pegando o conteúdo de suas mãos), então estendeu o copo como se me oferecesse.

Levantei com um sorriso enorme, indo em direção à sua mão.

– Você quer? - ele perguntou.

Parei de ir em sua direção e cruzei os braços arqueando a sobrancelha.

– Não, Harry. Eu estou indo em direção ao seu corpo, com a intenção de te agarrar. Não estou nem aí pro copo de café que você está estendendo para mim. - Não era de todo mentira, mas a intenção era parecer irônico.

Ele riu e eu tornei a ir em direção à ele para pegar o copo. E eu estava quase conseguindo, se no último segundo o babaca não tivesse tirado o copo da minha direção e eu fosse de encontro com seu peito.

Olhei para cima com raiva e encontrei seu rosto a centímetros do meu.

– Que bom que não quer café. - sorriu irônico.

– Dá pra você me dar um pouco dessa merda? - eu estava pouco me importando com o café, mas havia se tornado uma questão de honra bebê-lo.

– Não. - ele respondeu simplesmente.

– E a sua regra de não irritar ou chatear alguém? Achei que estivesse tentando ser o bom samaritano, ou algo do gênero.

– Não é mais natal, é? - Harry se afastou e tomou o café todo. Jogou o copo vazio no lixo e me deixou na cozinha.
Irritada, ressentida e eufórica.

Realmente a bondade e paz de Harry duraram apenas um dia. Os dias infernais que se sucederam ao do natal podem ser facilmente definidos em uma palavra: regressão.

Eu me sentia com dezesseis novamente. Não que eu não tentasse parecer madura e com a idade que eu realmente tinha, mas Harry sempre encontrava uma maneira de deixar meu auto controle em frangalhos e por fim, eu me via correndo atrás dele pela casa enrolada em apenas uma toalha tentando recuperar minha calcinha, espancando-o (ou tentando espancar, porque eu dava tudo de mim para socá-lo, mas parecia ser o mesmo de eu estar fazendo cócegas nele) por ter jogado minha escova no vaso "acidentalmente" e só me contar depois de eu ter escovado meus dentes, xingando-o pela constante invasão de privacidade (entrando no banheiro enquanto eu tomava banho, ou invadindo o seu próprio quarto quando eu estava me trocando... Não que ele não tivesse o direito de entrar no quarto dele, mas ele arranjava algo para pegar lá justamente quando eu estava semi - ou completamente - nua, o que era muito irritante) ou outras ações e palavras que causavam sérios danos aos meus nervos.

A presença de Harry era maior que sua ausência, o que não ajudava também. Meus pais se ocuparam com tarefas mesmo estando de férias.

Então basicamente éramos eu, Harry, Will e Alex o dia inteiro.

Sim, Will me ligava todos os dias antes de eu dormir, e me mandava frequentes mensagens. Mais frequentes do que eu gostaria, porque por mais que ele não estivesse ali, era como se ele soubesse exatamente o que eu estava fazendo e com quem eu estava o tempo todo em cada mensagem. Eu sei que era paranoia minha, já que ele nem fazia ideia de que eu não estava no hotel, e sim na casa do meu ex colega de apartamento, por quem eu era loucamente apaixonada na adolescência, e que passou um natal extremamente romântico e quente comigo.

E bem, a Alex foi uma outra história. Harry a trouxe em casa para que eu explicasse toda a situação (e isso trouxe de volta sérias lembranças), eu acabei a conhecendo e descobrindo que ela era realmente uma ótima garota. Mas que estava indo embora no começo do próximo ano, porque tinha uma proposta de emprego em Nova Jersey.

Não queria parecer uma megera, mas tive que admitir que a ideia dela indo embora soou realmente bem aos meus ouvidos.

E finalmente era o último dia do ano. E meu último dia em Nova York. E meu último dia com Harry.

E como eu me sentia em relação à isso? Adivinhem? Começa com irritação, tem o meio de ressentimento e o final de euforia. Adivinharam? O idiota fez questão de tornar cada segundo daquele dia dez vezes mais irritante que o normal desde o momento em que meus olhos se abriram.

Mas era diferente, é claro. A semana inteira nos provocamos inocentemente. O único desejo que pairava entre nós era o de matar um ao outro. Em momento algum ficamos a um passo de nos beijar ou em uma situação em que tudo o que eu quisesse era agarrá-lo.

Claro que querer agarrá-lo era um desejo constante, mas nós não levamos nossas provocações e brincadeiras fatais à esse nível. Era como se estivéssemos nos tornando algo parecido com o esboço de amigos. E isso era bom. Me deixava... Feliz. Quase completa. Quase.

Porém, como que contrariando todas as minhas teorias sobre a nossa estranha e duvidosa amizade, Harry me provocava de uma forma diferente.

Cada brincadeira que ele fazia terminava com um momento de tensão, onde eu estava a milímetros da sua boca, e ele me encarava de forma maliciosa. Como se me despisse mentalmente. Não que eu não tenha gostado dessas provocações, mas aquelas brincadeiras estavam perigosamente à beira de tornarem-se sérias.

Por raros momentos eu pegava Harry me encarando de uma forma estranha. Quase dolorosa. E muitas vezes nos encontrávamos olhando um para o outro, como se quiséssemos recordar todos os momentos que passamos na última semana. Como se quiséssemos gravar um ao outro. Marcar um ao outro. Mas trocas de olhares claramente não eram suficientes.

– Eu não te odeio, Taylor.

– Hã? - olhei para Harry, que me arrancou do meu momento de reflexão.

Para explicar melhor, a situação que eu me encontrava não era das melhores. Tínhamos combinado de ver a queima de fogos em um penhasco. Meus pais, Dora, eu, Harry e mais alguns amigos dos meus pais iríamos para lá, porque a Times Square se transformava em um inferno cheio de turistas e pessoas tentando se encaixar em algum metro quadrado para ver a famosa bola gigante e os shows... Nada interessante para mim ou minha família.

Acontece que eu me atrasei um pouquinho (por favor, uma hora e meia não eram nada), e meus pais - que tinham alma de britânico - acabaram indo e me deixando em casa, me obrigando a pegar uma carona com o meu projétil de amigo, Harry Evans.

O problema era que o meu chapa Harry se esqueceu de um pequeno detalhe, chamado GPS, e agora, nós estávamos no penhasco. Errado.

Mas aí você pensa: Ah, fácil, é só fazer a volta e ir para o penhasco certo. Mas é claro que o nosso camarada Harry esqueceu de outro pequeno detalhe imperceptível chamado gasolina. E agora estávamos presos naquele fim de mundo sem sinal nos celulares, sem gasolina no carro e a única fonte de suprimento que tínhamos era uma garrafa de champanhe e duas taças, que iríamos abrir no penhasco certo.

Eu já tinha saído do carro, gritado com Harry, jogado neve nele, chutado os pneus do carro, ido até a beira do penhasco ponderando os prós e os contras de me jogar de lá (o medo de não morrer e ficar vegetando eternamente ganhou). E por fim, me cansei e voltei a sentar no carro, e comecei a refletir sobre minha última semana.

– Há muito tempo atrás, você disse que eu te odiava. E eu nunca te disse que eu não te odeio. - olhei para ele, mas ele não estava olhando para mim. Nosso carro estava de frente para o penhasco e tínhamos a vista clara do céu azul e estrelado, para o qual Harry estava olhando. Ele deu de ombros respondendo à minha pergunta não verbalizada - Não sei porque estou te dizendo isso. Só acho que você deveria saber. - ele me olhou e quem desviou o olhar para o céu fui eu.

– Não me lembro de ter dito alguma vez que te odiava, mas caso tenha feito, eu não te odeio. Não de verdade. - sorri.

– Por que você foi embora, Taylor? - suspirei. No fundo eu sentia que aquele assunto era inevitável.

– Bem... - agora eu teria que estar preparada para o inesperado. A reação de Harry seria inesperada. Eu deixei que ele tirasse suas próprias conclusões com relação à isso, mas agora ele ouviria toda a verdade da minha boca. - Eu precisava de tempo. - falei simplesmente, embora soubesse que aquelas palavras não seriam suficientes para ele. Prossegui: - Eu precisava pensar sobre o que estava acontecendo, o que eu estava sentindo... Então a oportunidade de ir embora apareceu. Eu estava magoada, irritada e confusa. Então aceitei. Não creio que meus pais teriam me deixado ficar com você e Dora se eu tivesse negado ir embora - sorri amargurada. - É como uma expulsão de um colégio, você recebe uma carta cordial dizendo que está sendo convidada a se retirar do colégio, mas você sabe que está sendo obrigada a sair, e que aquilo não é um convite. - Eu não olhava para Harry, mas sabia que seus olhos estavam em mim. - De qualquer jeito, - continuei com um suspiro - eu não tentei não ir. Eu não lutei contra a vontade deles de me levar. - ficamos em silêncio um bom tempo. Cada um interpretando da sua forma o que eu tinha acabado de dizer.

– Você nem sequer se importou de se despedir. - Seus olhos (embora fosse difícil enxergar na escuridão) aparentavam raiva. - Você não se deu ao trabalho de dar três malditos passos, bater na minha porta e dizer "Olha, a culpa não é sua ok? Mas eu estou indo embora.".

Harry saiu do carro, batendo a porta com força. Saí também indo atrás dele.

– Você iria tentar me impedir de ir embora! - disse atrás dele - E só tornaria tudo muito mais difícil!

– NÃO! - ele gritou e olhou para mim. Eu estava chocada. Ele tinha lágrimas nos olhos. - NÃO TENTE FAZER COM QUE EU ME SINTA O VILÃO DA HISTÓRIA, TAYLOR.

– E QUEM É O VILÃO? EU? POR TER TENTADO FAZER A COISA MAIS SENSATA? PENSA BEM HARRY! NÓS DOIS ESTÁVAMOS CONFUSOS, PERDIDOS. AMBOS PRECISÁVAMOS DE TEMPO. - eu também estava gritando, mas ao contrário de Harry que tinha engolido suas lágrimas, as minhas já estavam rolando pelas minhas bochechas e caindo na neve.

– Você não entende seu idiota! Eu não podia me despedir de você porque... porque... - eu estava gaguejando e minha voz estava deprimente. Eu nem sabia se Harry estava entendendo o que eu estava dizendo, mas eu precisava colocar para fora - EU TE AMAVA, SEU BABACA! - me virei mesmo cega pelas lágrimas e comecei a andar para longe de Harry, mas não dei nem dois passos e ele disse:

– Eu também te amava Taylor. - pausa enquanto meu choque não passava.

Me virei para Harry e fui em sua direção. O ódio transbordava em forma de lágrimas pelos meus olhos. Comecei a tentar acertas tapas e socos em Harry murmurando coisas ininteligíveis, mas uma de suas mãos prenderam meus pulsos ao seu peito, e a outra foi para o meu cabelo, me chocando violentamente contra seus lábios quentes, macios e ferozes. Tentei resistir e empurrá-lo, mas suas mãos eram fortes e me prendiam como em uma armadilha inescapável. E eu queria aquilo. Deus, como eu queria aquilo.

Queria aquele desejo, aquele desespero, aquele fogo, queria Harry. E o melhor de tudo: Harry me queria.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Gostaram? Acharam decepcionante? mfeklnal me contem!
Eu to num momento complicado da minha vida. Onde tudo estava perfeitamente bem, e eu estava agradavelmente apaixonada pelos gays do 1D e pelo gay do Justin, mas aí o que me acontece? A criatura que eu gostava termina o namoro e começa a gostar de mim. Mas eu gosto dele? Não! Cara. Eu devo ter algum problema muito, MUITO grande... Isso nos leva às perguntas de hoje: Vocês já estiveram em alguma confusão amorosa? Ou alguma confusão de amizade mesmo... Já se apaixonaram pelo melhor amigo de vocês? O que vocês costumam fazer quando estão pra baixo?
Gente, é sério, tá chovendo e eu to na frente do pc de frente pra janela chovendo, ouvindo músicas melancólicas... Um momento cena de filme, só falta eu olhar pra janela e as lágrimas começarem a cair... PF falem comigo :3
Beijos ♥♥