Skinny Love escrita por Brus


Capítulo 2
Capítulo 1 - Vingança Molhada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, muito obrigada pelos reviews, eu amei *-*

Entao aí está o primeiro cap. Espero que gostem



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Terminei de me arrumar, fui para o meu quarto e encontrei o idiota babando na minha cama. Eu poderia muito bem acordá-lo e falar para ele levantar e nós irmos para a escola. Mas é claro que eu ia me vingar pela forma como ele me acordou essa manhã.

Fui à cozinha, peguei uma panela, enchi com água da pia, e voltei para o quarto, onde Harry ainda estava jogado. Cheguei bem perto dele, e joguei a panela de água no rosto e no corpo dele. Ele deu um pulo da cama gritando.

– PUTA QUE PARIU TAYLOR! MAS QUE MERDA! - eu não conseguia falar nada, estava quase caindo no chão de tanto rir. Só depois de vários minutos consegui recuperar o ar e a fala.

– Terminei de me arrumar. - eu disse caindo no riso de novo.

– Ah Tay... Muito obrigada por me acordar a tempo de ir pra escola... vem cá me dar um abraço, vem! - ele abriu os braços como se fosse me abraçar.

– AAAAH NÃO, OBRIGADA, EU NÃO SOU MUITO DE DAR ABRAÇOS, VOCÊ SABE DISSO. - eu gritei e sai correndo.

– Ah, mas eu insisto! - ele disse e saiu correndo atrás de mim. Consegui desviar de várias tentativas, mas por fim ele conseguiu me abraçar, me deixando encharcada também.

– NÃO! AH SEU IDIOTA! - Ele começou a rir e eu não pude evitar de acompanhá-lo. - Eu não acredito que você me molhou!

– Ótimo, agora nós vamos chegar muito atrasados na escola, e isso tudo por culpa de quem mesmo ein? - ele disse olhando para mim.

– E desde quando você se importa em chegar atrasado ou não?

– Eu não me importo, mas eu precisava ter um motivo pra ficar chateado com você. Um motivo além do óbvio.

– Do óbvio?

– É, você sabe... - ele deu de ombros - motivos como você ter nascido, respirar o mesmo ar que eu... essas coisas simples assim.

– IDIOTA! - eu disse dando um tapa nele.

– Eu vou tomar OUTRO banho, e é você quem vai explicar para a diretora o porque chegamos atrasados. - ele disse e foi então que eu percebi que ele ainda não tinha me soltado e que eu ainda estava abraçada com ele. Ignorei esse fato e fui para o meu quarto, que agora estava completamente encharcado, e peguei outra roupa, me troquei e esperei o lerdo do Evans terminar o banho.

Depois de um século, ele finalmente terminou e nós entramos em seu carro. Sim, sintam a injustiça, ele tinha um carro e eu não. Isso me fez pensar nos meus últimos dois meses e meio aqui em Nova York.

Flash Back On:

– Você vai adorar a Dora, ela é igual a mim! - a minha mãe disse tentando me animar. O carro parou em frente a um prédio enorme que parecia que ia desmoronar.

– Ótimo, vamos nos dar bem pra caralho. - eu disse com ironia. Hans, o motorista da família, velho e que cheirava a charuto, abriu a porta do carro, e a minha mala já estava na calçada. Olhei para os meus pais com aquele olhar do gato de botas quando quer alguma coisa - Pai, mãe, eu não acredito que vocês vão me largar em Nova York com uma velha que eu nem conheço, por séculos! Eu posso processar vocês por abandono de incapaz!

– Incapaz? Minha filha, você é capaz de mais coisas do que eu gostaria que fosse. - meu pai disse enquanto mexia no celular.

– Como explodir o quarto da filha de um dos empresários mais importantes que nós estávamos quase fechando negócio!

– Mãe, em minha defesa, eu disse que não era pra me deixar sozinha com aquele filhote do capeta. Não ia dar certo! Ela ficou me enchendo o saco com aquelas coisas retardadas que a maioria das garotas fazem.

– Eu conheço a Dora, ela não vai deixar que nada aconteça com você. - A minha mãe disse.

– O difícil é a capetinha aí não vai fazer alguma coisa com a coitada da moça!

– Cala a boca Hans! - mostrei a língua para e ele e ele me devolveu. Voltei a olhar para os meus pais. - E se eu virar uma drogada?

– Ok, chega Taylor. Nós confiamos em você, e te amamos. Não vamos te largar aí. É só por alguns meses.

Eu sabia que na verdade, eles não queriam que eu continuasse a viajar com eles. Era assim que meus pais trabalhavam, viajando pelo mundo, se hospedando em hotéis de luxo, indo à festas com ricos metidos cheios de plástica e fechando negócios para a empresa que eles trabalhavam.

É claro que eu odiava toda aquela merda, e é claro que eu sempre "aprontava" alguma coisa, mas eu não considerava aprontar, eu chamava de diversão que pode machucar as pessoas, e era melhor que vir morar em um apartamento apertado em Nova York com uma velha com cheiro de mofo.

– Nós te amamos querida, qualquer coisa, é só ligar. E se comporte como um ser humano por favor! - a minha mãe dizia enquanto o carro se afastava e me deixava sozinha com a minha mala que era quase maior e com certeza mais pesada que eu na frente do prédio que podia ser derrubado pelo lobo mal dos três porquinhos.

Entrei na recepção, e para a minha total não-surpresa, o elevador estava quebrado. E onde a desgraçada da velha morava? No penúltimo andar. Peguei minha mala, e me arrastei até a escada. Depois do que pareceu ser um século, finalmente cheguei ao penúltimo andar, vermelha e pingando de suor. Fui até o apartamento, e toquei a campainha. Toquei de novo, e nada. - Ah, mas que maravilha! Essa velha deve ter morrido tentando subir todos esse degraus! - toquei impacientemente a merda da campainha e finalmente a porta abriu, e uma moça alta e de cabelos pretos presos em um coque apertado apareceu.

– Olá querida, você deve ser a Taylor.

– Merda, eu não errei o apartamento.

– O que?

– Nada, esquece.

– Ok, vem querida! Vou te mostrar o seu quarto. Entrei no apartamento puxando a minha mala. Ela me guiou até um corredor onde tinham três quartos, e me mostrou um quarto que tinha uma cama, um closet e uma escrivaninha. A parede era rosa. - E então, gostou? - antes que eu pudesse responder, olhei para o quarto do outro lado do corredor, que ficava de frente para o meu.

Aqule quarto era maior, tinha uma cama de casal, e uma das paredes era azul, a minha cor favorita.

– Eu prefiro aquele. - apontei para o quarto.

– Hm... sinto muito querida, aquele quarto é do meu filho Harry...

– Ah, mas ele não se encomodaria em me emprstar o quarto dele só por um tempinho não é? Eu aposto que ele quase não para em casa! - eu disse arrastando a minha mala para o outro lado do corredor.

– É... pensando por esse lado... mas é você quem vai desocupar o quarto, porque eu estou atrasada. - atrasada? E velhas tem vida social para estarem atrasadas para alguma coisa? Ela deve é estar querendo fugir da arrumação do quarto. - Volto tarde! Então não me espere para o jantar! Tem comida na geladeira e dinheiro na bancada caso você queira pedir comida. - ela disse e fechou a porta da frente.

Realmente era como viver com meus pais, a Dora devia sair para milhares de clubes de velhas solteironas, e o Larry, Parry, Harry... sel lá o nome dele, devia ser um nerd, gordo e barbudo, que não conseguiu se casar, e passa as noiters comendo pizza e jogando xbox ou indo a convençōes de bonequinhos de ação.

Comecei a pegar todas as coisas do infeliz e fui jogando no outro quarto, e fui colocando as minhas no lugar. Ok, pelas roupas que ele tinha espalhadas pelo quarto, ele não se vestia como um nerd, e nem tinha objetos de nerd.

Quando eu finalmente terminei, fui até a cozinha e abri a geladeira. Só tinha suco e outras coisas saudáveis. Eu não queria nem saber o que tinha nos armários. Voltei para o meu quarto xingando os meus pais.

Abri o guarda-roupa e tirei todas algumas roupas dele, jogando algumas minhas ali dentro. Abri as gavetas e fiz a mesma coisa, tirei algumas coisas dele, e coloquei as minhas. A última gaveta estava presa, depois de fazer uma força desgraçada pra abri-la, eu comecei a rir. Então era ali que gurdavam as porcarias da casa. Tinham pacotes de salgadinho, potes de nutella, algumas garrafas de ice, e até umas três garrafas de vodka. E o melhor, vários saquinhos de M&M. Não tirei e nem coloquei nada naquela gaveta.

Depois de terminar a arrumação, tomei banho e voltei para o meu quarto pegando um tubo e Pringles e alguns saquinhos de M&M. Me joguei na minha cama e liguei meu IPod no máximo.

De repente a porta se abre e um garoto alto, de cabelos pretos aparece.

A primeira coisa que eu fiz foi gritar que nem uma idiota e cair da cama. Depois de ter essa atitude super corajosa, eu finalmente me liguei que era um ladrão e peguei a primeira coisa que minha mão alcançou - o tubo de Pringles - e joguei na cabeça dele.

– AI! - da testa dele eu conseguia ver um filete de sangue escorrendo. O-ou.

– Quem é você? - perguntei.

– Eu sou o filho da dona da casa, o que você pensou que eu fosse?

– Larry? - perguntei - Mas você não é gordo, nem barbudo e nem tem quarenta anos! Eu pensei que você fosse um ladrão. - Antes que ele pudesse responder, uma menina tão alta quanto ele, de cabelos castanhos claros perguntou:

– Quem é ela?

– Eu to me fazendo essa mesma pergunta.

– Então faz o seguinte, quando você descobrir, pode ficar com ela ok? Pra mim já deu.

– O que? Sophia é sério! Eu não faço a mínima ideia de quem é ela! - ele disse e nós ouvimos a porta da frente bater. Ele olhou pra mim e repetiu a pergunta -Quem é você? - eu revirei os olhos e disse voltando a deitar na cama:

– Eu sou Taylor, filha da amiga da sua mãe, e vim passar um tempo aqui. Quanto ao seu quarto, a sua mãe deu ele pra mim enquanto eu estiver aqui. Seu novo quarto é aquele. - apontei para o quarto do outro lado do corredor.

– Mas ele é menor, e é rosa!

– Que bom que você gostou. Fecha a porta quando sair. - ele bateu com força a porta do meu quarto e eu conseguia ouvir ele xingando. Recoloquei meu fone e abri um saquinho de M&M.

Flash Back Off

– Do que você está rindo garota louca? - a pergunta dele me surpreendeu me fazendo esquecer a lembrança.

– Nada que o seu cérebro de ervilha vá entender. Vamos logo, eu ainda tenho que inventar uma desculpa para dizer para a diretora do porque nós chegamos atrasados.



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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Eu gostei dessa vingança da Taylor haha. E agora você entenderam porque ela está vivendo com o panaca do Harry e com a velha, a Dora ^^ Beijos e até o próximo cap *-*