(DES)EDUCANDO Uma Princesa escrita por Vamp Writer


Capítulo 21
Capítulo 20: AÇÃO E REAÇÃO


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!
Vcs não tem noção da >felicidade< dessa autora que vos escreve hoje! Sério mesmo. Preparem-se para ler a bíblia nas notas finais AHSUAHSUA
Entretanto... sei que é geral a indignação contra o Agente Cullen, mas este capítulo serve para mostrar um pouco o lado dele - afinal, ele não é tão mau assim! (é o que eu espero que vcs vejam)
Sem enrolar mais, espero que aproveitem o capítulo de hoje!



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Agente Cullen




– Termine com o Black e fique comigo.

Eu a vi prender a respiração.

– O quê?!

Observei uma mecha teimosa de seus cabelos negros escapar do lugar, cobrindo seus olhos arregalados na minha direção. Sem pensar muito, apenas peguei-a com a ponta dos dedos e a coloquei de volta no lugar - mas deixei minha mão parada ali de propósito, como se pudesse fazer com que ela entendesse direito tudo o que eu estava falando.

Hora de ser prático, Edward Cullen.

– Você me ouviu. Largue o Black e vamos ficar juntos. Eu quero você, Bella - afirmei, intensificando o meu poderoso contato visual e formando cada palavra com o máximo de determinação que eu consegui. Aquilo precisava dar certo, não havia outra opção.

A garota ficou mais branca que papel em minhas mãos. E completamente muda.

Eu estava prestes a estalar meus dedos diante dela, sacudí-la ou o que quer que fosse necessário para reavivar a Princesa quando senti algo vibrando escandalosamente no meu colo. Quis me dar um tiro. Aquilo não era hora para ficar excitado, Santo Deus!

Percebi alguns segundos depois que se tratava do meu celular, exigindo atenção no meu bolso da frente da calça. A vida pareceu retomar o corpo de Bella, porque ela arregalou os olhos e ficou vermelho tomate mais rápido do que eu achei possível.

– É só o meu celular - eu disse, tentando mantê-la em meu colo enquanto pegava o aparelho, mas não consegui sucesso. A garota livrou-se de mim e ameaçou escapar de fininho sem me dar o que eu queria. Olhei no visor, pronto para mandar o filho a mãe para o raio que o partisse, apenas para me frustrar.

– Que incoveniente - resmunguei, tentado a não atender. Mas seria infinitamente pior, o verdadeiro Apocalipse chegaria até mim em pouco menos de cinco minutos. Virei-me para a Princesa novamente com meu olhar mais intimidador. - Preciso atender à critatura adorável que eu chamo de irmã, mas não devo demorar. Não saia daqui. Por favor - acrescentei esse detalhe de última hora, quando vi seus olhos começarem a se estreitar para mim.

Afastei-me alguns metros, mas ainda a um local de onde eu conseguia manter meus olhos (e braços, se fosse necessário) em Bella e atendi com uma fúria notável.

– Ora, quanta incoveniência. O que você quer, toupeira?

– Edward seu ogro! Não fale assim comigo! - ela gritou, agudo como sempre me irritava.

– Olha, agora realmente não é uma boa hora. Não estou interessado em seus problemas com caras, se você não consegue sobreviver sem algo que esqueceu aqui ou se está bêbada. Aliás, se você estiver me ligando bêbada, saiba que conseguiu me deixar ainda mais furioso. Alguém terá contas para acertar quando voltar a Nova York.

– Ui credo, quanto mal humor! Alguém está mordendo todo mundo por causa da TPM hoje, é?! - ela riu, em seu tom mais sínico. Senti vontade de torcer seu pescoço.

– Seu tempo acabou, estou desligando Alice.

– ESPERA! - ela gritou tão alto que tive que afastar o celular do ouvido. - Não ouse desligar na minha cara, antes de ouvir tudo o que eu tenho a dizer a você!

– Ah, agora você quer falar? Porque isso me parece só um monólogo de gritos.

– Estou adiando os gritos para quando nos encontrarmos pessoalmente, quem sabe você ganhe até um bônus? Minhas mãos estão coçando.

– Como se você fosse conseguir me bater - revirei os olhos.

Alice nunca conseguira nada considerável contra mim. Desde sempre.

– Não me subestime, Edward Anthony Cullen.

– Então desembuche logo, Mary Alice Cullen. Você tem dois minutos. Cronometrados.

Eu pude vê-la cuspindo fogo do outro lado da linha. Não usávamos nossos nomes completos levianamente, a não ser que uma briga daquelas estivesse por vir.

– Não repita esse nome - ameaçou ela, pura fúria.

– Então não faça por merecer. O tempo está correndo.

– Imbecil - ela resmungou, antes de respirar fundo e pegar fôlego.

Eu já sabia que agora era um daqueles momentos em que Alice não parava de falar, nunca mais, até que sua voz fosse interrompida por seus pulmões brigando por mais oxigênio. Tudo o que eu precisava fazer era fingir escutar e resmungar algo monossilábico no final.

– Um passarinho azul, que neste caso não é o twitter, me contou que algum retardado de cabelos cor de bronze está tramando mais um de seus maquiavélicos planos. Um ponto para você, se você o reconheceu. O alvo deste plano ridículo é uma bocó caipira vinda do meio do nada e que ostenta um título de nobreza. Mais um ponto se você advinhou que é a Princesa sem teto que eu faço a grande caridade de abrigar.

Quis interrompê-la naquele segundo, mandando-a se ferrar. Como se eu conseguisse.

– Agora a história começa a ficar legal. Enfim, o grande Cabeção de Bronze - ela fez questão de usar o apelido de infância que eu mais odiava, de propósito - está pretendendo enfiar suas garras imundas na Princesa Caipira, para devorá-la em todos os sentidos e depois jogar fora as sobras pela janela. Ele não liga para os sentimentos de ninguém, porque ele tem um bloco de granito no lugar do coração e um amendoim no lugar do cérebro. Há um belo Imperador que ficaria honrado em defender a Princesa, mas ele não tem noção do que está acontecendo porque está sendo deixado de fora. Oh, mas e agora, quem poderá defendê-la?

– Grande imaginação, Peter Pan - eu sorri torto.

Alice SEMPRE odiou o Peter Pan, graças a mim. Passei anos da minha infância e adolescência chamando-a assim, no pior de todos os sentidos. Enquanto ela se imaginava uma fada-princesa ou algo estúpido assim que as garotas sonham, eu a chamava de Peter Pan porque dizia que ela era idêntico a ele: cabelos espetados e revoltos, nenhuma noção e ela nunca iria crescer de verdade. Bem, vamos combinar que parte sempre foi verdade.

– Beeeh - ela imitou o barulho daqueles botões que dizem que você errou, da forma mais ridícula possível. - Não, história errada. Ninguém vai salvar a bela Princesa Caipira, porque ela na verdade merece tomar um toco pra aprender a ser alguém na vida. Porém... Como eu sou uma pessoa exemplar e sublime, estou mexendo meus pauzinhos para evitar esse tipo de coisa. Não porque eu gosto dela, ou porque ela é minha amiga, porque nós dois sabemos que isso é tão verdadeiro quanto a Terra ser quadrada. Estou fazendo isso por mim.

– Por você? - não aguentei e caí na risada. Alice estava se superando dessa vez.

– Sim, por quê quem é a sua irmã? Eu, Alice Cullen. Não que eu me orgulhe desse fato, vamos esclarecer isso. Quem te conhece melhor do que ninguém? Também eu, Alice Cullen. Quem conhece o seu histórico de relacionamentos? Eu, a fantástica Alice Cullen. E quem é que vai ter que aguentar morar com a Princesinha, quando você for o canalha de sempre e partir o coração da garota? A verdadeira heroína da nossa história: Alice Cullen.

Ouvir seu nome tantas vezes em um único discurso me deu dor de cabeça.

– Alice, você não sabe nem do que está falando.

– Não sei, Edward? - pude ver ela erguendo a sobrancelha, toda irônica. - Há quantos anos eu te conheço mesmo? Ah sim, vinte anos da minha gloriosa existência. Eu sei de cada garota que você chutou e vi como todos os seus relacionamentos sempre acabam: você por cima, o poderoso garanhão, e a garota na lama, como se fosse a maior vadia. Não que todas as suas ex-namoradas fossem exemplos de vida, ou não tivessem culpa no cartório, mas ainda sim eram mulheres e eu estou me solidarizando com a causa.

– Bella não é desse tipo - falei.

– Claro que ela não é, eu sei disso! Deusa das Virgens, hello! - franzi a testa, sem entender. - Mas não importa. A Bella não é pro seu bico, e você não vai por as suas mãos taradas na garota. Ela já é o Grande Prêmio de outro cara.

– Outro cara que se comporta como um babaca?

– O que você quer dizer? O que ele fez? - ela mudou toda a sua postura, curiosidade pura.

– Pergunte ao seu passarinho azul e você descobrirá - eu a provoquei de propósito.

– Edward!

– Alice, eu sei o que eu estou fazendo. Não sou esse tipo de canalha... Bom, pelo menos não vou ser mais. Eu vou cuidar das coisas do meu jeito, e você não vai me impedir.

– Experimente continuar acreditando nisso, Edward Cullen.

– Experimente continuar com a sua vida, Alice Cullen - e com um gesto magnânimo, encerrei a ligação e desliguei o celular. Sorri ao imaginar o quão puta ela ficaria.

Alice me liga no meio da noite, para contar uma história idiota e ainda querer me dar lição de moral? Fala sério, cara!

Por quê todo mundo ficava achando que meu plano era estúpido e me tornava um grande canalha? Eles achavam o quê, que eu ia usar a garota como bem quisesse, depois quebrá-la em partes e espalhar os cacos pelo mundo? Cacete.

Eu não era tão louco assim, a ponto de brincar com uma Princesa de verdade!

E daí que eu tenho cultivado uma reputação - Edward Cullen é praticamente uma lenda - ao longo de todos esses anos?! E daí que eu já parti alguns corações ao terminar relacionamentos? Todo mundo faz esse tipo de coisa e ninguém é condenado a nada. Além do mais, aquelas mulheres não passavam de nada, só o lance físico e carnal, a velha luxúria comandando mais um ser humano. Não eram o tipo de pessoa que você imagina contigo daqui há uns 50 anos, sentado ao seu lado e cercado por uma penca de netos barulhentos com os seus traços ou os dela. Não passavam de conchas bonitas, e as poucas com algum cérebro, eram complicadas demais para que eu conseguisse manter uma relação estável.

Resumindo, o meu lance com a Princesa era algo estritamente profissional, apesar de ninguém querer acreditar nisso. Eu não era - e nunca fui - um canalha que ia acabar com ela. Eu ia ficar perto para protegê-la além dos limites de um agente do FBI, alguém em que ela realmente confiava. Confiança é a base de qualquer relação - não que nós fôssemos manter uma relação de verdade, porque eu sabia muito bem até onde eu podia ir. Estar próximo, mas não tão perto assim. Apegar-se demais a alguém acaba tornando você cego e desatento. Eu não ia ser um namorado tolo e apaixonado, tampouco deixar a garota criar fantasias demais ao meu respeito.

Eu só ia ser um cara focado no seu objetivo. Apenas isso.

Voltei para onde Bella ainda estava, obedientemente me esperando como deveria fazer - hehe. Mentira, ela só estava lá sentada olhando para onde eu estava, seu rosto emoldurado sem expressão nenhuma. Nunca gostei dessa cara dela.

– Desculpe por esse transtorno - murmurei, me sentando ao lado dela novamente.

Ela não disse nada.

– E então? Eu tenho uma resposta? - perguntei, segurando sua mão.

Fiquei observando seu rosto durante um tempo imensurável, tentado antecipar em seus olhos o que sua boca viria a me dizer. Não tive muito sucesso, e aquilo começou a me deixar nervoso. Não como uma adolescente boba e apaixonada se sente em seu primeiro encontro, mas como um cara que sente que algo vai dar merda.

– Não sei - ela finalmente disse, os lábios travados em linha reta.

– Não sabe a minha resposta?

– Não, não sei é a resposta - ela esclareceu.

Fiz cara de ponto de interrogação.

– O que você não sabe? Me ajude a entender você, Majestade - deixei escapar. Merda.

– Primeiro, isso - ela soltou minha mão. - Você pede para que eu largue o Jake, supondo que ele não é o certo para mim, mas ainda sim tenho a impressão de que nada entre nós mudou. Majestade faz de mim a sua missão a ser cumprida, não o alvo de seus sentimentos.

Sentimentos?! Caramba. A garota era boa.

– Segundo, como eu posso deixar algo que é seguro e estável por algo que eu não conheço? Você diz que me quer, mas isso começou assim do nada, da noite para o dia? Eu não estou dizendo que não acredito em você, apenas mostrando o que eu vejo. E se... isso entre nós... for mais confuso do que realmente é? Pode não ser nada, além de uma gratidão minha misturada com o seu desejo por controle.

Puta que pariu, ela estava entendendo tudo errado!

– Bella, não é nada disso!

– Não? Você me deixa mais confusa do que qualquer um que eu já conheci.

Levei as mãos à cabeça, frustrado, como se me deixar careca deixasse tudo mais claro.

– Eu não estou tentando te confundir. Não há porque você duvidar de mim.

– Então prove, Edward.

E, sem dizer mais uma única palavra, a Princesa de Bharsóvia me deixou sentado ali sozinho, com a maior cara de tacho do mundo.




Bella




Os dias que se seguiram foram os mais estranhos e tensos pelos quais eu já passei. Se eu estivesse em Bharsóvia, escondendo-me com um grupo de rebeldes e planejando derrubar o General Trenttini, eu teria me dado melhor. Mas não, cá estava eu, uma Princesa deslocada na maior cidade do mundo tendo que lidar com homens impossíveis de entender.

O primeiro da lista, aquele que para todos os efeitos ainda era meu namorado, Jacob Black. Jacob estava ficando louco tentando advinhar o que acontecia comigo, enquanto tudo o que eu fazia era evitá-lo e quando não conseguia, tudo o que meu olhar transmitia era culpa. Não sei como ele não percebeu o grande alvo que deveria estar estampado na minha testa, nem tampouco chegou perto da verdade e me poupou de sentir um pouco menos de remorso. Em todo caso, ele continuava sendo o namorado perfeito e eu a imperdoável.

O segundo da lista, aquele que dizia me querer acima de tudo e um dos responsáveis por cada batimento do meu coração deste lado do Atlântico, Edward Cullen. O agente Cullen simplesmente não facilitava os meus dias enquanto eu estava com eles, esperando pela volta de Alice. Ele me paparicava praticamente o tempo todo, me enchia de perguntas sobre coisas que eu gostava, me levava cookies e chocolate quente todas as noites no quarto de Emmett - porque claro, eu precisei sair do quarto dele para conseguir pensar com alguma decência, mas não sem antes causar uma discussão entre nós dois - antes que eu dormisse... Essa era a parte tecnicamente fácil, mas era óbvio que ele tinha seus truques na manga. Como por exemplo estar perto de mim o tempo todo - não o perto saudável, amigo, companheiro... Perto tipo perto mesmo, a ponto de eu sentir seu cheiro todo o tempo e não conseguir olhar para outra coisa que não fosse seus olhos verdes ou sua boca sempre me tentando ao pecado, fosse com comentários perturbadores ou com sorrisos que me causavam ataques cardíacos. Eu consegui evitar a maior parte do contato físico, mas não passei tão imune assim. Ele conseguiu me roubar uns três beijos, um amasso contra a porta do seu quarto (nem quero comentar sobre isso) e dezenas de abraços possessivos.

O terceiro da lista, mas não menos preocupador e o outro responsável pelos meus batimentos cardíacos, Emmett McCarthy. De início, Emmett sismou que eu precisava ser no mínimo razoável em defesa pessoal - até agora eu não entendi o porque dessa fixação súbita. Isso significou horas e horas de treinamento, como ele chamava, ou barbaridade lícita, como eu definia. Basicamente, eu tinha que tentar escapar de todo jeito quando ele vinha para cima de mim, no pior sentido da palavra mesmo. Gritei bem alto de susto na primeira vez, ao ver sua expressão nada amigável. Eu não aguentava mais ser jogada no chão, dar joelhadas, cotoveladas e coisas do tipo, mas ele insistia que eu precisava aprender e estava melhorando. Claro que ele estava mentindo, até Preciosa sabia disso. E então, como se não bastasse as horas de tortura mental com Edward Cullen intercaladas com as horas de tortura física com Emmett McCarthy, começaram as piadinhas. Nada discretas.

– Ei Bella, você ouviu um barulho alto no corredor ontem à noite? Eu juro que pensei que alguém estava tentando derrubar a porta do quarto do Ed à murros... ou eram gemidos?

– Ed, pare de devorar a garota desse jeito. Parece que você vai tocar fogo em metade da cidade se continuar com esse olhar impróprio para menores de 80 anos.

– Ei casal, porquê vocês não procuram um quarto? Tem gente querendo comer aqui.

E estas foram algumas das "mais leves".

Sabe aquela expressão "um é pouco, dois é bom e três, é demais"? Então, quatro é completamente enlouquecedor. Branco pareceu se recordar da minha existência, insistindo a todo momento que sentia saudades e querendo me levar para comer chocolate à vontade (ele sempre ria quando falava isso). Eu estava consegui enrolá-lo, mas não sabia até quando.

Enfim, eu estava a ponto de tomar todos os remédios do apartamento dos agentes, ou roubar a arma de um deles escondida e me presentear com uma bala na cabeça, quando Alice finalmente voltou para casa.

– Aliiiiiiiiice! - gritei quando a vi, não acreditando, e me joguei sobre ela.

– Ai me larga mulher! - resmungou ela, quando viu que eu não a soltava e desmanchava em lágrimas enquanto me apertava a ela. - Não era de você que eu queria tanto contato físico. Eu gosto é de homem, garota!

Nem liguei para o seu ataque, apenas a abracei e não soltei sua mão até estarmos seguras em seu apartamento novamente. Mais tarde, ela me contou que tivera uma conversa com o irmão por telefone - naquele dia em que Edward me pediu que largasse Jake e ficasse com ele - e que estava disposta a não permitir nenhum tipo de relacionamento entre nós.

– É para o seu próprio bem, Bellinha - ela me garantiu mais tarde, quando estávamos no meu quarto. - Você não deve permitir que o tapado do meu irmão coloque um dedo em você.

Corei e desviei o olhar.

– O problema é esse.

– Como assim o problema é esse? - ela aumentou o tom de voz.

– Ele já colocou mais que um dedo em mim - explodi em um vermelho pimentão ao confessar aquilo, não sei como não incinerei tudo à minha volta. - Não me olhe com essa cara, Alice. Não fiz nada do que você está pensando. Mas não é fácil resistir perto dele.

– Ai, mas que droga - resmungou ela, batendo em sua própria testa. - Você já está infectada pelo veneno dele. Aquele bastardo idiota, olha o que ele fez com você...

– Alice, por favor, não fale assim do seu irmão.

– O irmão é meu e eu falo dele a merda que eu quiser.

Desisti de tentar argumentar.

– Mas falando sério, você está mesmo considerando se aproximar dele?

Demorei um pouco para responder.

– Eu... não tenho muita opção, Alice - admiti em voz baixa. Santa Bharsóvia, como eu me odiei nos últimos dias. - Querendo ou não, ele sempre está perto de mim, ou pelo menos vai estar. Eu sei que tecnicamente sou o trabalho dele, mas é diferente a forma como eu interajo com ele e com Emmett. Com Emmett é fácil como respirar, não exige muito esforço ou capacidade de pensamento.

– E com Edward...?

– Com o Edward é muito mais complicado - soltei um suspiro que nem sabia que estava prendendo. - É como querer olhar direto para o sol em um dia de verão, sabe? Você sabe que ele queima os seus olhos e te cega por um tempo, mas ainda sim você sempre fica tentando olhar para enxergar o verdadeiro centro de tudo. É algo tóxico e perigoso.

Alice estava boquiaberta.

– Uau - ela disse por fim, depois de um longo tempo me encarando chocada. - Que profundo isso, garota. É o tipo de comentário nerd que o meu irmão faria - ela riu. - Mas pelo visto, o que está ligando vocês é algo físico, certo?

Acho que sim. Assenti com a cabeça.

– E ao que parece, isso afeta mais a você do que ele. Acertei de novo?

Concordei mais uma vez.

Alice abriu um sorriso enorme, radiante, e se aproximou para apertar minhas bochechas. Eu fiz careta e ela riu, depois abriu um sorriso malicioso constrangedor.

– Como tudo entre vocês é um lance físico, eu tenho a solução.

– Que solução?

– Bella, como é que se captura alguém que se considera um grande gênio?

– Sendo mais esperto que ele? - perguntei de volta, sem acompanhar sua lógica.

– Isso.

– Isso o quê?

– Isso é o que nós vamos fazer.

– Prender um bandido?

– Esta é uma boa definição. Grande garota! - ela sorriu, orgulhosa.

Continuei sem acompanhá-la.

– Alice, o que você está querendo dizer?

Ela revirou os olhos, levemente desapontada.

– Francamente, garota, como mulher você é uma ótima parede! Vamos acabar com a física, coisa da qual eu sinceramente nunca gostei. Está na hora de alguém cair de quatro por aí.

– Quem?

– Edward Cullen vai cair de quatro por você. Pode anotar isso no seu Diário Real.






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Notas finais do capítulo

Então... Alice está de volta ao jogo! AHSUAHSUASHSU E todos esses homens enlouquecendo a Princesa?! O que será que vai acontecer, hein? O que acharam do capítulo?
.
Primeiro de tudo, quero agradecer mtmtmtmt à todo mundo que comentou no capítulo anterior (193 comentários me deram um ataque cardíaco!), o nível dos comentários foi simplesmente fantástico. Um obrigado super especial para as fofas Juu e Flavinha, que escreveram reviews-bíblia que me deram vontade de chorar de tão perfeitos ♥
Claro, um obrigada também pra Karol, que veio toda fofa conversar comigo pelo twitter e me encheu de elogios também! *----*
O terceiro agradecimento todo especial vai pra Cherry Bomb e pra Juu, pelas recomendações DIVÔNICAS! ♥ Meninas, vcs me deixaram sem palavras - e quem vê pensa que eu sou uma super autora de sucesso HAUSHAUSHASUSA Enfim, sem palavras pra agradecer o suficiente e dizer o quanto cada uma de vcs é especial pra mim. Eu deveria tatuar o nome de vcs no meu corpo haha
O quarto (e último, pq vcs já devem estar cansadas) agradecimento vai pra linda da Natalya Scherbatsky, que apesar de ser uma leitora nova, vem lendo e fazendo comentários super fofos em cada capítulo. Não sei se vc já nos alcançou amora, mas espero que fique feliz quando ver isso ♥
.

Depois de tanto lero lero, resolvi presentear vocês depois de terem sido tão perfeitas no capítulo anterior. Aqui vai um spoiler!!
Lembra que a Bella vai sofrer uma mudança, a tão mudança anunciada desde a sinopse da fic? Pois bem. Ela está chegando! Talvez daqui a 2 ou 3 capítulos, mas posso adiantar que já vem com Alice, os agentes, Jake, uma noitada daquelas... e aquele assunto tão esperado da primeira vez. Provavelmente vou acabar dividindo em dois capítulos, mas eu espero que eu consiga escrever de um jeito que valha a pena! Então, já não dá muito o que pensar?
Obrigada mais uma vez e até o próximo capítulo! Beeijos ♥