(DES)EDUCANDO Uma Princesa escrita por Vamp Writer


Capítulo 16
Capítulo 15: CASA DOS CULLEN


Notas iniciais do capítulo

Heey meninas!
Vcs devem estar querendo me matar, mas demorou um pouco pra eu terminar esse capítulo... Bem, eu coloquei o que vcs me pediram nos reviews: Jacob, Emmett, Esme e tem Beward no fim!
Espero que gostem e boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246866/chapter/16




Bella




Saí da casa dos agentes com um sorriso orgulhoso plantado em meu rosto, liberdade era o que exalava por cada poro da minha pele.

Quando liguei para Jacob, eu não contei as novidades logo de imediato, porque eu pretendia surpreendê-lo. Apenas perguntei-lhe quanto tempo ele demoraria mais, e quando ele me respondeu que ainda estaria no trabalho por mais meia hora, desconversei e disse que apenas iria ligar para ele mais tarde. Apressei-me em tomar banho, procurei a melhor roupa que eu tinha em minha mala e deixei o apartamento com Edward e Emmett resmungando e discutindo entre si sobre a minha condicional.

– Onze horas e nenhum minuto além! – berrou Edward, antes que eu fechasse a porta.

Desci o elevador e acenei para Peter, que prontamente veio abrir o portão para mim. Eu o agradeci e caminhei até o farol, lançando um olhar para a oficina em frente ao meu prédio. Quando consegui finalmente atravessar a rua e entrar no Império Black, um dos enormes funcionários de Jake veio ao meu encontro todo sorridente.

– Boa noite docinho, eu posso ajudá-la? – ele sorriu, enquanto me avaliava de cima a baixo e limpava as mãos em um pano. – Pode me pedir o que você quiser.

Olhei para ele por um segundo, fazendo uma avaliação rápida. Ele deveria ser apenas alguns centímetros mais baixo do que os agentes, mas ainda assim era muito alto e tão largo quanto Emmett. Seu macacão azul estava um pouco sujo de graxa, seus bíceps saltando contra a pele castanha e bastante pele de seu tórax exposta. Quatro botões abertos e eu vi até o começo dos seus quadradinhos. Alice teria adorado ele.

– Boa noite... Quil – falei, quando identifiquei seu nome no macacão. O sorriso dele alargou ainda mais. – O Jacob ainda está por aqui?

– E você seria? – ele continuou me devorando com os olhos.

– Bella – eu disse, engolindo em seco e tentando disfarçar com um pequeno sorriso.

– Ei, ela não é a garota do Jake? – outro jovem apareceu, intrometendo-se.

Olhei para ele, que também sorria para mim. Seth, eu li em seu macacão.

– Jacob fala de mim para vocês? – perguntei, corando.

– Quase todo o momento – Seth revirou os olhos, depois riu de algo que viu em meu rosto. – Mas não se preocupe. Você já é praticamente da nossa família, Bella.

– Hmm... obrigada, eu acho.

– Por quê você não me acompanha? Ele está lá em cima no escritório.

Querendo sair logo do campo de vista de todos aqueles homens me encarando de diversas formas, eu acompanhei Seth por uma escada nos fundos que levava ao andar superior. O escritório era amplo, poucos móveis, mas com decoração de bom gosto. Uma grande mesa a frente de portas duplas estava cheia de pilhas de papeis, um computador, um telefone e vários lembretes grudados por toda a sua extensão. Sua secretária não estava mais lá, e eu supus que Jake já a teria dispensado.

Seth bateu duas vezes na porta e enfiou a cabeça para dentro.

– Estou ocupado Seth, volte amanhã – eu ouvi a voz abafada de Jacob.

– Você tem visita, cara – Seth disse, indicando com a cabeça em minha direção.

– Visita à essa hora?! Mas Leah me disse que não tinha mais nada agendado para hoje – ele murmurou, e eu só ouvi porque estava a centímetros de Seth. – Você não pode se livrar dessa pra mim?

– Ah, eu acho que você não vai querer isso – ele sorriu torto, se afastou da porta e piscou para mim, me empurrando gentilmente. – Pode entrar.

– Seth! – eu o ouvi reclamar.

Quando cruzei a porta, a primeira coisa que eu vi foi a enorme parede em frente repleta de janelas. As cortinas estavam afastadas, revelando o brilho da rua e o branco do prédio à frente. A parede à minha direita era coberta por quadros e vários pôsteres, basicamente automobilísticos. Elegantes e confortáveis sofás de couro preto chegavam até a janela. Um tapete grosso branco ocupava a maior parte do chão.

E bem a minha esquerda, me olhando boquiaberto, estava o Imperador.

– Muito ocupado, senhor Black? – eu sorri para ele.

Levaram cinco segundos inteiros para que ele descongelasse e recuperasse seus movimentos outra vez. A mesa de Jacob era tão grande quanto a que papai possuía em seu castelo, o mais nobre e brilhante mogno coberto por uma camada de vidro. Um notebook, um telefone e vários papeis espalhados ocupavam cada espaço de sua superfície. A parede atrás dele estava sobrecarregada de troféus, placas de prêmios e miniaturas de vários carros ao longo da parede. Uma grande estante com livros ocupava o resto da parede até a porta.

– Bella! – ele saltou de sua cadeira, empurrando-a para trás e correndo até a minha direção. Jacob estava simples em sua camisa branca um pouco desabotoada e calça social preta, porém não menos lindo e perfumado do que sempre. Ele me tomou em seus braços e me beijou de uma forma que eu não estava preparada. Enquanto eu recuperava o ar novamente, percebi vagamente que ele correu até a porta e a trancou. – O que houve? Como você conseguiu chegar até aqui?

– Desde o fim desta tarde, eu estou experimentando algo fantástico chamado liberdade condicional – eu sorri para ele. – Usei minha primeira saída para vê-lo... Mas eu não quero te atrapalhar, Jake. Se você está cheio de trabalho, eu posso voltar depois e...

– Não! – ele rapidamente protestou, me envolvendo com seus braços novamente. - Que se dane o trabalho. Ele pode esperar para sempre.

– Eu não quero te atrapalhar – falei, passando meus braços pela sua cintura.

– Você nunca me atrapalha – ele sorriu e me deu um rápido beijo. – Por quê você não me disse que viria me ver? Eu poderia ter planejado algo para nós.

– Eu queria fazer uma surpresa – eu sorri para ele, meu sorriso sendo espelhado em seu rosto. – Eu sou toda sua, até às onze da noite. Ainda tenho toque de recolher.

Ele olhou imediatamente para o relógio em seu pulso. Eram oito e meia da noite.

– Bem, é melhor corrermos contra o tempo então. Onde você gostaria de ir?

– Qualquer lugar que não seja o meu prédio será um palácio!

Ele riu, sua risada preenchendo todo o lugar. Observei-o caminhar de volta até a sua mesa, pegar seu paletó jogado sobre a cadeira junto com as suas chaves e a carteira. Antes de pegar minha mão novamente, ele me olhou de cima a baixo.

– Eu já disse o quanto você está linda esta noite? – ele pegou minha mão e a beijou, em uma cena exagerada. – Liberdade com certeza lhe cai muito bem, além desta cor.

Eu não usava nada demais, apenas um vestido azul marinho sem mangas até os joelhos, um leve cardigã branco, peep toes e uma pequena bolsa de mão na cor preta.

– Eu tentei fazer o melhor que eu pude com o que estava à minha mão – eu sorri para ele, quase deixando escapar que eu não estava em casa com Alice, mas algo me disse para contar isso durante o jantar. – Você também está lindo, sr. Black.



[...]



Você vai fazer o quê?! – repetiu Jacob, um tom mais alto.

Olhei ao redor do salão do restaurante, para me certificar de que não estávamos chamando mais atenção do que o mínimo possível.

– Jacob se acalme, por favor! – eu supliquei.

– Me acalmar?! – ele repetiu, porém desta vez mais baixo. Toda a comida deliciosa de repente perdeu o gosto. – Você me diz que está em liberdade condicional, e no primeiro final de semana que podemos realmente aproveitar isso, você me diz que está indo viajar com o seu primo e aquele Cullen?

– E Alice – emendei rapidamente.

Tudo bem que era uma mentira, mas dizer que eu iria só com eles ia ser pior.

– Não importa! – ele largou o garfo e virou o resto de vinho em sua taça. – Bella, eu não quero você sozinha com aqueles caras quando nós podemos ficar juntos!

– Jake, não precisa se preocupar – eu disse devagar, pegando uma de suas mãos sobre a mesa. – Emmett é o meu primo. Eu mal falo com Edward, e ficarei grudada em Alice a maior parte do tempo... Você está com ciúmes?

Ciúmes?! – ele riu, um som amargo.

– Sim, ciúmes – eu estreitei os olhos, segurando o riso.

– É claro que estou me mordendo de ciúmes! – ele revirou os olhos e eu caí na risada. – Ei, não ria de mim! Você já se olhou no espelho alguma vez, Bella? Já viu a quantidade de caras que quase quebram o pescoço só pra te olhar? Eu deveria ter raio laser nos olhos.

– Quanta besteira, Jake – desta vez, eu revirei os olhos. – Eu não preciso de outro homem. Já tenho um namorado, um Imperador na verdade. Um bobo e ciumento Imperador, convenhamos, mas que ainda assim é o foco da minha atenção.

Eu sabia que o havia ganhado só na menção de Imperador.

– Eu vou te ligar todos os dias – teimou ele, desviando o olhar.

– E eu vou ficar feliz com cada ligação – apertei sua mão, entrelaçando os nossos dedos. – Não há com o que se preocupar, eu não vou te trocar por outro homem. Talvez...

– Talvez? – ele repetiu, erguendo a sobrancelha para mim.

– Talvez eu te troque por algum príncipe encantado.

– Eu teria todo o prazer de te roubar de volta e te trancar no meu palácio – ele piscou.



[...]



– Majestade, nós sairemos em vinte minutos! – uma sequência de batidas na porta me acordou na manhã seguinte.

Abri um dos olhos e olhei para o quarto de Emmett. Ele insistira que eu ficasse com o seu quarto, porque ele ia dormir na sala. Quando encontrei o relógio sobre o criado mudo, resmunguei e virei outra vez para o lado. Nove e dez da manhã. Mais uma sequência de batidas incessantes na porta, e depois Emmett estava dentro do quarto.

– Bom dia vossa alteza! Serviço de Despertador Real em execução – ele falou rindo, e jogou-se sobre mim em sua cama.

– Ok, eu já estou acordada! – resmunguei, meio rindo, meio esmagada com seu peso.

– Ótimo – ele riu e se levantou. – Ei, sabia que esta é a primeira vez que uma mulher dorme sozinha na minha cama?

Virei-me para ele, já o encontrando vestido e pronto e de sobrancelha erguida.

– Ok, eu não quero saber quantas mulheres já estiveram em sua companhia nesta cama – bufei, tirando uma mecha de cabelo dos meus olhos. – Eu deveria ter ficado no sofá. Era mais seguro.

– Não me tente, garota – ele falou sombrio, mas riu quando viu minha expressão de choque. – Agora se arrume porque você tem menos de dezesseis minutos para se vestir, tomar café e juntar suas coisas. Edward não é nenhum pouco paciente.

– Você está brincando comigo! – levantei, puxando o cobertor – óbvio que eu não o deixaria me ver com aquele pijama minúsculo – a minha volta enquanto corria até o banheiro dele. – Por quê não me chamou mais cedo?

– Não foi por falta de tentativas – ele riu.

Depois que eu finalmente havia me trocado, tomado café e juntado minhas coisas, preparei as coisas de Preciosa. Eu não queria deixá-la aqui sozinha durante todo o feriado, mas os agentes insistiram que eu não poderia levá-la conosco. Algo sobre a mãe ou o pai de Edward ser alérgico a gatos.

– Tem certeza que trancou as portas, Ed? – perguntou Emm, enquanto carregava a minha mala para fora. – Não queremos que nenhum inconveniente aconteça com a Malg... Preciosa enquanto ela estiver aqui.

Edward lhe lançou um olhar feio, como se ele tivesse dito algo errado.

– Sim, está tudo fechado – ele falou, sorrindo um pouco para mim. – Preciosa terá a sala e a cozinha toda para si.

– Oh, isso parece bom – eu falei, acariciando minha gata. – Nós voltaremos em alguns dias, viu minha linda? Eu morrerei de saudades. Preciso que se comporte muito bem!

Preciosa miou triste, me cortando o coração.

– É uma pena que seus pais tenham alergia a gatos – eu disse a Edward.

– É, uma pena mesmo, né Emm?

Algo em seu tom de voz pareceu estranho.

– Vamos logo? – interrompeu Emm, chamando da porta.

Descemos até a garagem e fomos para o Volvo prata do agente Cullen, que rapidamente ocupou-se de colocar toda a bagagem atrás. Emmett abriu a porta de trás para mim, pedindo para que eu colocasse o cinto, enquanto ele e Edward assumiam os assentos à frente.

– Para onde estamos indo? – perguntei, depois de meia hora.

– A casa dos meus pais fica a duas horas e meia de Nova York – respondeu Edward, sem desviar o olhar da estrada. – Eles quiseram um pouco mais de tranquilidade, mas não queriam abandonar a todo custo à civilização. É uma bela propriedade, eu acho que você vai gostar. Talvez lembre um pouco a sua casa.

Um silêncio caiu sobre nós até o fim da viagem, que mais tarde acabou chegando. Edward pegou um pequeno acesso na rodovia que passaria despercebido por mim, e dez minutos depois, estávamos diante de uma enorme propriedade. O belo e alto portão branco de ferro chamou minha atenção, e logo foi aberto para nos dar passagem. Subimos uma pequena estrada em meio às árvores altas e no topo da baixa colina me deparei com uma enorme mansão branca de três andares, no melhor estilo vitoriano. Era a casa mais deslumbrante que eu já havia visto, ao mesmo tempo rica em detalhes antigos e contemporâneos.

Edward parou o carro em frente às escadas que levavam à pequena varanda de entrada e os agentes desembarcaram, para pegar nossas coisas. Eu fui a última a sair do veículo. Segui-os para a porta de entrada e antes que Emmett pudesse tocar a campainha, a porta se abriu.

– Vocês chegaram! – uma delicada voz saiu atrás da grande porta, uma mulher agarrando imediatamente Edward à nossa frente. – Olha só pra você, querido!

– Mãe – Edward tentou se livrar gentilmente do abraço da mãe, fazendo careta e parecendo desconfortável. – Mãe, este é o Emm, que a senhora já conhece, e esta é a Bella.

A bela mulher me surpreendeu. Era aparentava ser muito jovem, eu daria no máximo quarenta anos para ela. Ela era da minha altura, cabelos castanhos ondulados e um suave rosto em forma de coração. Era tão linda quanto seus filhos.

– Oh, seja muito bem vinda à nossa casa, querida! – ela sorriu, e inesperadamente me puxou para um abraço apertado. Eu a abracei de volta, ainda pega de surpresa. – É um prazer finalmente te conhecer, Bella! Meus filhos falam tanto de você... Você é mais linda do que eu imaginava. Sou Esme.

– Obrigada – agradeci, sentindo-me estranha por um momento. – É um prazer conhecê-la, sra. Cullen.

– Ah, só Esme, por favor! – ela riu, fazendo careta.

Não pude deixar de sorrir.

– Hey, e eu? Não vou ganhar um abraço? – resmungou Emmett, atrás de mim.

– Claro que sim, venha cá para eu dar uma olhada em você, Emmett! – Esme riu, puxando-o para um abraço. Emmett a abraçou e a rodou no ar, fazendo-a rir mais ainda. – Meu Deus, o que você anda comendo filho? Está maior a cada dia!

– Eu como o brócolis e todos os vegetais que o Ed não come – zombou ele.

Edward fechou a cara, enquanto nós rimos.

– Venham, vamos para dentro! Vocês podem se instalar enquanto eu termino de fazer o almoço – falou Esme, nos empurrando para dentro. – Edward, você conhece muito bem o caminho. Pode colocar Emmett no quarto de hóspedes e a adorável Bella no quarto da Alice.

– Alice não vai gostar nada de saber que alguém que não seja ela dormiu lá – falou Ed, rindo. – Aquele quarto é tão sagrado para ela quanto o Taj Mahal para os indianos.

– Mas Alice não está aqui para saber disso – disse Esme em um tom conspiratório, fazendo nós três rirmos. – Além do mais, ela me abandonou neste fim de semana.

– E o papai?

– Seu pai deve chegar amanhã cedo, ele está participando de um Congresso de Medicina em São Francisco – ela parou diante da enorme escadaria e sorriu para nós. – Sintam-se a vontade aqui em casa, por favor crianças. Edward vai mostrar aonde vocês podem se instalar, e depois, quem quiser pode vir me ajudar com o almoço.

Subimos apenas um andar e Edward nos levou ao longo de um corredor cheio de portas dos dois lados. Era tudo muito claro, limpo e luxuosamente decorado. Como ele dissera, eu me lembrei de casa a cada passo que eu dava. Edward parou na terceira porta e a indicou para nós.

– Este é o meu quarto – nós andamos mais um passo e do outro lado, ele abriu uma porta. – Aqui é o quarto de Alice, você pode se instalar aqui. O quarto de hóspedes aonde o Emm vai ficar é ao lado do meu.

Olhei para onde ele apontou e Emmett seguiu assoviando uma música para lá, sua bagagem em mãos. Edward colocou minha mala aos meus pés e se voltou para mim.

– Qualquer coisa, pode me chamar ou chamar ao Emm – ele disse.

– Obrigada, Edward. Sua casa e sua mãe são incríveis – agradeci.

Ele deu de ombros e foi para o seu quarto, me deixando sozinha na porta do quarto de Alice. Peguei minha mala e me virei para o quarto, apenas para arfar.

– Quanto rosa! – foi a única coisa que eu consegui falar, enquanto seguia até a cama.

Todas as paredes eram rosa, com exceção à da cama que era pink. A cama de casal era grande e tinha um dossel, e a colcha ricamente bordada também era uma variação de rosa. Fotos de uma Alice Cullen de várias idades estavam espalhadas pelo quarto. Testei uma das portas e encontrei um banheiro grande e todo branco, mas com toalhas e alguns detalhes cor de rosa também. A porta seguinte era o que eu mais temia: o closet.

Este era ainda maior do que o do nosso apartamento, e eu não conseguia entender como ele poderia estar tão cheio de roupas e sapatos se Alice não morava aqui mais. Fechei a porta rapidamente, decidida a evitar aquela área.

– A área do quarto e o banheiro parecem ser o suficiente para mim – falei comigo mesma, deixando minha mala sobre um banco estofado grudado ao pé da cama.

Como eu não ia me aproximar do closet dela, eu decidi não me dar ao trabalho de desfazer minha mala. Poderia sobreviver a dois dias com minha bagunça organizada. Peguei apenas um elástico para prender meu cabelo em um coque frouxo e saí do quarto, disposta a tentar encontrar a cozinha e ajudar Esme.

Desci a escada no final do corredor e tentei me orientar pelo olfato até a cozinha. Demorou um pouco mais do que eu esperava, na verdade mais erros do que acertos, até que eu finalmente encontrei a cozinha.

– Edward, não ponha o dedo na calda de chocolate! – ralhou Esme.

Encontrei Edward em pé do outro lado da bancada, a panela de calda de chocolate em um braço e os dedos sujos a meio caminho da boca. Ele ria, parecendo um garoto.

– Estou tentando te ajudar, mamãe! – ele riu.

Emmett estava do outro lado da bancada, sentado em um banco em frente a ele e enfiou a mão dentro da panela também.

– Ei, isso está bom mesmo! – ele elogiou, rindo e lambendo os dedos ruidosamente.

– Bella, graças a Deus você apareceu! – falou Esme, aliviada, pegando a panela da mão dos agentes e fazendo cara feia para eles. – Saiam da minha cozinha agora, se não for pra ajudar vocês dois!

Eles riram, nenhum pouco abalados com a ameaça de Esme.

– Você se importaria em me ajudar com a sobremesa? – pediu ela, e eu não consegui dizer não ao me deparar com tanta bondade em seu rosto.

– Eu não sei fazer nada na cozinha, Esme...

– Ah, mas isso é muito simples – ela riu e me puxou pela mão, até a bancada. – Tudo o que você tem a fazer é espalhar esta calda de chocolate sobre o bolo que está na geladeira. E claro, não deixar nenhum desses meninos encostarem na calda enquanto você trabalha!

– A panela é minha! – declarou Edward, se aproximando mais.

– Só por cima do meu cadáver! – rugiu Emmett, olhando para ele de cara feia.

Enquanto os dois homens adultos se encaravam em uma competição de cara feia como se tivessem cinco anos, eu fui até a geladeira e achei o bolo que Esme havia falado. Ele parecia estar com uma cara ótima, e minha boca encheu de água. Voltei para a bancada, espalhei a calda meticulosamente sobre cada centímetro de bolo, sentindo o tempo todo sobre mim o olhar dos dois homens à minha frente. Quando terminei, encontrei uma colher limpa à minha frente e rapidamente a peguei.

Um sorriso inocente surgiu em meus lábios.

– Quem vai querer lamber a panela? – perguntei, olhando-os o tempo todo.

– Eu! – gritaram os dois ao mesmo tempo, saltando das banquetas.

– Mas que pena, porque não sobrou nada na panela... – disse, fazendo cara de vítima. – Só vai dar para uma pessoa...

– Eu! – gritaram os dois mais uma vez, me fazendo rir.

– ... que sou eu! – gritei e enfiei a colher que eu havia raspado na colher em minha boca, e saí correndo pela porta aberta ao lado de Esme.

Pude ouvir o som da risada de Esme, abafada pelos gritos e passos correndo dos dois agentes correndo atrás de mim. Eu ria, me sentindo leve como uma criança outra vez, enquanto descia os degraus da varanda do fundo e me deparava com um interminável jardim à minha frente. Edward e Emmett gritavam atrás de mim, me pedindo para parar e resmungando sobre trapaça, enquanto eu apenas ria.

Por fim, eles me encurralaram contra uma árvore grande, me deixando sem escapar.

– Não ousem se aproximar de mim! – gritei, ainda rindo. – Como Princesa de Bharsóvia, eu digo para se afastarem e me deixarem em paz!

Edward e Emmett continuaram avançando, um de cada lado, até que eu esbarrei minhas costas na árvore. O rosto deles era pura fúria, o que era hilário.

– Eu pego pela direita, você pela esquerda – sugeriu Emmett.

– Fechado – concordou Edward.

– Parem com isso! – gritei, segurando a panela mais perto de mim.

Quando olhei para cima, eu vi algo que me chamou a atenção. Uma construção estava no topo da árvore, e parecia tão antiga quanto interessante.

– Você tem uma casa na árvore? – perguntei a Edward, nem protestando mais quando eles me dominaram para pegar a panela.

– Essa velharia aí? – ele falou, com descaso. – Alice e eu a usávamos quando éramos crianças, mas já faz uns quinze anos que eu não subo aí.

– Podemos? – eu perguntei, olhando da casa da árvore para ele.

– Me deixa adivinhar: mais uma coisa que você nunca fez na vida, certo Princesa? – perguntou Emmett, roubando a colher de minha mão para enfiá-la na panela.

Assenti para ele, ainda sorrindo.

– Vamos nessa então! – ele foi o primeiro a falar e o primeiro a subir, escalando os degraus pregados ao longo da árvore. Eu o vi desaparecer lá dentro, depois sua cabeça surgiu pelo pequeno quadrado. – Vocês vão ficar aí embaixo feito duas estátuas do templo e perder toda a diversão e a magia desse lugar?

Eu ri e comecei a subir, encontrando dificuldade por causa dos meus sapatos de salto. Por fim, larguei-os no chão e subi descalça. Agradeci por estar de calça em vez de vestido, porque Edward veio logo atrás de mim.

– Aqui é simplesmente...

– Velho? Empoeirado? Abandonado? – falou Edward, fazendo careta.

– Incrível – eu concluí, indo até a pequena varanda. – A vista é tão linda!

E era deslumbrante mesmo. Em um dos lados da varanda era possível ver a parte de trás da casa dos Cullen, um palácio branco em meio a um quadro impecável da mãe natureza. Do outro lado da varanda era possível ver uma sequência de árvores verdes e mais ao fundo montanhas encobertas pela nuvem. Parecia não ser real.

– Eu tinha me esquecido como era olhar as coisas daqui de cima – ouvi a voz de Edward ao meu lado, olhando na mesma direção que eu. – Você tem razão.

– Nossa Ed, você deve ter tido uma infância horrível... Imagine só, crescer em um lugar como esse durante toda a sua vida! – ironizou Emmett, surgindo do meu outro lado com um sorriso zombeteiro no rosto e a panela com a colher em mãos.

Passei um dedo dentro da panela e o levei a boca, e eles rapidamente voltaram ao problema original: me perseguir por eu ter roubado a panela de chocolate deles.



[...]




Quando abri os olhos, levou mais tempo do que o necessário para eu me orientar.

Estava em algum lugar úmido e pavorosamente escuro, que cheirava a mofo e algo podre. Não havia iluminação, exceto por um minúsculo quadrado com grades em uma das paredes de pedra. Os raios da lua não eram suficientes para iluminar mais do que um metro, e a brisa que vinha de fora era tão triste quanto a própria morte.

Um barulho de algo se arrastando em correntes do outro lado do lugar me informou que eu não era a única ocupante daquela prisão. Não, não era uma prisão qualquer.

Era um calabouço. O calabouço do meu castelo em Bharsóvia.

“Quem está aí?” perguntei, minha voz trêmula.

Não houve uma resposta, então eu me levantei e dei um passo à frente. Um par de familiares olhos castanhos, embora assombrados por algo que eu nunca presenciara na vida, encontraram os meus ao mesmo tempo em que eu os encontrei.

“Papai?” arfei, me aproximando mais. O homem não respondeu, como se não pudesse me ouvir ou ver ali, apenas continuou olhando através de mim. Corri até ele, me ajoelhando no fino colchão em que ele estava, mas eu não pude tocá-lo. Minha mão atravessou seu rosto sujo como se eu fosse um fantasma. “Papai! Estou aqui!”

Mas era tão inútil como falar com uma parede de tijolos.

“O que aquele monstro fez com o senhor?” perguntei, minha voz chorosa, enquanto tentava inutilmente afagar seus cabelos desgrenhados e oleosos para fora de seu rosto. Eu nunca vira meu pai naquele estado, aliás, nunca vi o Rei de Bharsóvia nada menos do que impecável. Este homem estava desnutrido, pálido, sua pele opaca esticada sobre os ossos. Trapos cobriam-lhe apenas o essencial do corpo.

Meu coração se contorceu dentro de meu peito. Meu pai... estava definhando.

Um estrondo acabou com todo o silêncio desesperador da prisão, ao mesmo tempo em que homens fortemente armados invadiam a cela preparados para ordens. Dois guardas vieram à frente, carregando tochas, e no fim do cortejo, ele surgiu.

O General Trenttini estava do mesmo jeito que eu me lembrava, exceto pelo rei que ele agora carregava na barriga. Ironicamente, ele se apossara do manto real, a coroa e o cetro que sempre pertenceram ao meu pai.

“Eu vou fazer você pagar por tudo isso!” esbravejei, ficando de pé.

Claro que ele também não me ouviu. O que só aumentou minha raiva.

“Pronto para me falar o que eu preciso saber, Charlie?” ele zombou, sua risada áspera trovejando pelo calabouço. “Onde ela está? Sua preciosa herdeira?”

O quê? Ele queria saber sobre mim?

“Você nunca saberá nada sobre isso, Trenttini” retrucou papai, sua voz fraca, mas ainda assim cheia de nojo. “Isabella está segura e protegida, fora do seu alcance.”

“Resposta errada, majestade” ele se aproximou, rindo, e completamente a sangue frio, deu uma forte pancada em meu pai com o cetro. “Última chance: onde ela está?”

Eu gritei e me atirei contra ele, mas passei direto pelo corpo do General. Lágrimas de fúria misturadas a nojo escorriam pelo meu rosto, enquanto eu tremia por estar incapacitada de fazer qualquer coisa. Maldito sonho, por quê eu não acordava logo?!

Papai virou seu rosto lentamente, um filete de sangue escorrendo por sua boca.

“Nem toda tortura do mundo vale essa resposta, General” ele respondeu, encarando-o diretamente nos olhos com algo que eu pensei por um segundo ser determinação. “Você nunca a terá. Nós dois sabemos quem, no final das contas, vai vencer isto.”

O General Trenttini tremia de fúria, seus dedos esmagando o cetro em suas mãos. Senti um arrepio terrível quando lentamente, um sorriso diabólico surgiu em seus lábios. Ele usou a outra mão livre para sacar o seu revólver de ouro sob o manto.

“Você tem razão, meu caro Charlie” ele concordou, sua voz tão macia quanto veludo. Eu o ouvi puxar o gatilho e apontá-lo diretamente para a testa do meu pai. “Nós dois sabemos quem é o vencedor de tudo isso. Você sempre foi um perdedor, Swan.”

O som do tiro foi mais alto que o meu grito, e não havia nada que eu pudesse fazer para impedi-lo. Eu corri, mas não passava de um espírito naquela realidade.

Papai estava morrendo diante dos meus olhos e eu não fiz nada para impedir.



– NÃO! – berrei, sentando na cama, meu corpo sacudindo violentamente enquanto eu me convulsionava em um choro horrível. O pesadelo ainda estava vívido demais em minha cabeça para que eu percebesse que tinha finalmente acordado. – Não, não!

Houve uma leve batida na porta.

– Majestade? Está tudo bem?

Eu não conseguia responder, tampouco tinha forças para manda-lo embora.

– Bella? – a porta foi aberta apenas um pouco, o suficiente para que a cabeça do agente Cullen invadisse o quarto escuro. – Ei, eu pensei...

Ele imediatamente parou o que estava dizendo, quando me viu sentada na cama, meus cotovelos apoiados nos joelhos e minha cabeça escondida entre minhas mãos. Através do oceano de lágrimas depositado em cada olho, eu parcialmente o vi arregalar os olhos, depois dar uma última olhada no corredor e entrar no quarto, fechando a porta atrás de si.

– O que aconteceu, Bella? – sua voz era baixa, mas cheia de preocupação.

Ainda sem conseguir explicar com palavras em vez de lágrimas, eu apenas o observei vir até mim, em passos cautelosos. Ele estava descalço, usando somente uma calça de moletom, perigosamente baixa em seu quadril. Eu o deveria ter mandado embora, ou corado intensamente, mas não consegui me mexer. Minha mente registrou o prato cheio de biscoitos que ele carregava, junto com uma caneca nas mãos.

Edward colocou o que carregava sobre o criado mudo, seu olhar sem deixar o meu.

– O que aconteceu, Bella? – repetiu ele gentilmente. – Por quê você está assim?

– Foi um pe-pesadelo – solucei, ainda com dificuldades para conter o choro e acalmar minha respiração ao mesmo tempo. – Foi ho-horrível... Pa-pai e o general...

Mais rápido do que eu esperava, ele estava se sentando ao meu lado na cama e passando seus braços em minha volta, tentando me consolar.

– Shhh... – ele murmurou, seu aperto se intensificando em volta de mim enquanto uma de suas mãos corriam pelo meu cabelo. Um alarme soou em minha cabeça, me dizendo para me afastar, porém tudo o que eu fiz foi envolver meus braços em volta de sua cintura e me deixar aninhar contra sua pele quente. – Foi só um pesadelo ruim. Não era real, acredite em mim. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

– Mas foi real demais! – sussurrei, sentindo minhas lágrimas quentes saltarem dos meus olhos para a pele nua em seu peito. – Eu vi como o papai sofria, eu vi!

– Acalme-se Isabella, por favor – pediu ele baixinho, me aninhando contra si.

Era a primeira vez que ele me chamava de Isabella.

– Você quer me contar sobre o sonho? – perguntou ele alguns minutos mais tarde, enquanto ainda estávamos abraçados. Meus olhos já não produziam mais lágrimas e eu me sentia tão seca quanto um deserto. – Dizem que ajuda a não sonhar de novo.

Respirei fundo devagar, sendo interrompida por um soluço.

– Eu vi meu pai preso ao calabouço do castelo – comecei, ainda sem coragem de olhar para ele ou fechar os olhos novamente, porque eu não queria rever a cena. – Estava escuro e úmido, e cheirava a mofo e algo podre. Eu sabia o lugar que ele estava, porque eu já estive lá uma vez quando criança. Ele estava muito magro e fraco, eu vi meu pai definhando diante de mim. O General invadiu o lugar com vários guardas e perguntou sobre o meu paradeiro. Mas papai recusou-se a falar e então...

Parei de falar, porque eu não consegui ir adiante. Eu podia sentir o choro voltar.

– Tudo bem, não precisa continuar – ele falou baixinho, me afastando um pouco apenas para que pudesse olhar em meu rosto. Ele colheu gentilmente uma lágrima que escorregou pelo canto do meu olho. – Pelo jeito que eu te encontrei aqui, dá para imaginar como tudo terminou. Mas lembre-se do que eu disse: não foi real.

Eu quis dizer algo, mas a proximidade entre nós não permitiu que eu produzisse qualquer som. Seus olhos eram tão calmos, serenos, mas ao mesmo tempo fortes e me transmitiam algum tipo de esperança. Senti minha pulsação mudar, do estágio calmo ao super acelerado. Minha boca se abriu e fechou, mas nada saiu.

– Que tal voltar a dormir? – ele sorriu.

Eu balancei minha cabeça negativamente.

– Não vou conseguir. Não quero ver tudo aquilo novamente.

– Eu sei de algo que pode te ajudar – seu sorriso tornou-se torto.

– O quê? – perguntei, curiosa, sentindo borboletas assaltarem meu estômago.

Ele esticou-se até o criado mudo, pegando o prato de biscoitos e a caneca. Colocou o prato na cama no pouco espaço que havia entre nós dois, um lado apoiado em sua perna e o outro encostado contra as minhas. Entregou-me a caneca.

– Os cookies de chocolate da mamãe e um copo de chocolate quente – explicou ele, respondendo a pergunta silenciosa em meu rosto. – Não consigo dormir sem isso. Eu assalto a cozinha no meio da madrugada desde os seis anos de idade.

Antes que eu me desse conta, um pequeno sorriso havia surgido em meu rosto.

– Biscoitos e chocolate quente? – repeti.

Ele deu de ombros, parecendo envergonhado por um momento, e depois sorriu.

– Não é qualquer biscoito – ele teimou, pegando um e mordendo-o. – São simplesmente os melhores cookies de chocolate do mundo, receita secreta da Esme Cullen. Quando eu volto para casa, eu carrego uma quantidade gigante deles. E esse chocolate quente é o meu segredo. Aposto que nunca provou nada igual.

Sorrindo de volta, eu mordi um cookie e beberiquei o chocolate. Era realmente divino.

– Isso é... – murmurei, ainda mastigando.

– Eu sei – ele sorriu presunçoso. – Uma noite de sono não é boa o suficiente sem cookies e chocolate quente.

– Você deveria ser obeso – falei, quando engoli o segundo cookie.

– Genética – ele piscou, pegando o último cookie. – Parece que acabou por esta noite.

Ele pegou a caneca da minha mão e bebeu o que restava, parecendo satisfeito.

– Muito obrigada, agente – eu disse, quando ele devolveu o prato e a caneca ao criado mudo. – Eu sinto muito por ter te incomodado tanto assim.

– Ei, não ouse se desculpar por isso ou ficarei ofendido.

– É sério.

– Eu também estou falando sério – ele teimou. – Boa noite, majestade.

Ele levantou da cama, mas não foi até a porta. Seu olhar estava preso em mim ainda.

– Eu não vou voltar a dormir – não seu porque eu falei, antes que pudesse me segurar.

Um minuto inteiro se passou entre nós, um silêncio constrangedor gritando à nossa volta.

– Gostaria que eu ficasse mais um pouco com você? – ele perguntou baixinho.

Sem coragem o suficiente para dizer o sim, eu gostaria, apenas assenti devagar. Eu fiquei olhando enquanto o agente Cullen se enfiava debaixo das cobertas ao meu lado, se ajeitando confortavelmente e batendo no travesseiro ao seu lado para que eu me deitasse. Timidamente, eu me recostei à cama deitando virada para ele, mantendo alguma distância segura entre nós.

Eu pude ouvir o seu suspiro, mesmo na penumbra do quarto. Agradeci por ele estar olhando para o teto, assim ele não me viu corar.

– Obrigada – eu sussurrei baixinho, antes de ver seu sorriso e fechar meus olhos novamente.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

BEWAARD! *O*
Feito exclusivamente para vcs, inspirado em cada comentário do capítulo anterior. Obrigada a cada uma de vcs que comentou, vcs me deram excelentes ideias, além de me deixar super feliz! ♥
Já posso adiantar que o próximo capítulo, começa com a continuação dessa cena. O fim de semana na casa dos Cullen ainda não acabou, então ainda tem algumas surpresinhas para rolarem... Que tal vcs comentarem bastante? Aparentemente eu tenho leitoras, mas são pouquíssimas as que comentam :(
Beeijinhos :3